quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Perseverança

A fé cristã é uma corrida que tem como alvo diário permanecer firme nos ensinos do Senhor Jesus perante as várias situações diárias que tentam desmotivar o cristão em seguir o Mestre. Esta corrida apenas termina com a nossa morte ou com a vinda do Senhor Jesus para buscar a sua Igreja.

Temos uma promessa dada pelo nosso Senhor Jesus, de vida eterna com Deus no céu. “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna.” 1Jo 2:24-25. Para alcançar esta promessa precisamos de permanecer firmes naquilo que nos tem sido ensinado pelo Espírito Santo, como o Senhor nos avisa no versículo seguinte: “Aquele porém que perseverar até ao fim será salvo” Mt 24:13.

Esta promessa gloriosa, a principal bênção que Deus tem para as nossa vidas, exige perseverança diária, para podermos chegar ao fim da nossa carreira e dizer como Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” 2Tm 4:7. Sabemos que a salvação, para além de uma condição, é como que um caminho que nos leva a vida eterna, e que quando saímos do caminho da salvação nos  afastamos do nosso destino eterno.

Por isso devemos perseverar a cada dia em fazer a nossa semeadura no Espírito e não na carne; quando semeamos na carne apenas colhemos corrupção, mas se semearmos nos Espírito colheremos vida eterna. Mesmo que surjam situações que nos queiram desanimar, não devemos nos cansar de fazer o bem pois Deus nos recompensará em vida ou no céu.

O apóstolo Paulo adverte-nos sobre isso a seguir: “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” Gl 6:8-9. O Espírito Santo está em nós e devemos fazer aquilo que lhe agrada e afastar-nos daquilo que Ele não gosta.

É importante perseverar na fé e na prática do amor e das boas obras durante as provações. A provação é um meio de confirmação da nossa fé. Por isso devemos alegrar-nos porque durante a provação, a perseverança e a integridade são aperfeiçoadas. O carácter do cristão também é aperfeiçoado durante a tribulação, quando este persevera em praticar os ensinamentos do Mestre.

Por tudo isto, o apóstolo Tiago exorta-nos a alegrar-nos durante a provação, como vemos a seguir:” Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a cora da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1:12 Deus alegra-se quando prosseguimos firmes na fé apesar das tribulações.

O apóstolo Paulo fala-nos também da provação e dos benefícios que esta traz na fé do cristão quando este persevera. “E não somente isto, mas nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”Rm 5:3-5.

A perseverança diária na fé é a única forma de caminharmos em direção a Pátria Celestial e para as promessas que Deus tem para as nossas vida. Quando perseveramos somos aprovados por Deus e a nossa experiência com Deus aumenta. Por isso perseveremos em Deus.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Vacilam todos os fundamentos

Deus como Senhor do céu e da terra, e criador do homem estabeleceu regras de conduta para que os homens pudessem relacionar-se uns com os outros mantendo os princípios de respeito e amor. Sabemos contudo, que nem sempre os homens obedecem as leis de Deus e que por vezes as infrações as leis de Deus são tais que as leis morais são como que abaladas.

Na Bíblia, vemos a descrição de lamentos de homens que viveram situações em que fundamentos que Deus estabeleceu para os relacionamentos foram destruídos e que por isso sentiram-se vivendo numa tempestade. O salmista no versículo a seguir comenta que os homens a sua volta não sabem nada sobre a vontade de Deus, nem entendem os seus pecados e que quando agem vacilam todos os fundamentos que Deus estabeleceu para os homens na terra. “ Eles nada sabem, nada entendem; vagueiam em trevas; vacilam todos os fundamentos da terra.” Sl 82:5

O ser humano é um ser social e muitas vezes imita o que os outros fazem a sua volta. Por isso, a Bíblia ensina-nos a não ter como exemplo homens que agem impiamente e que não seguem as leis de Deus. Contudo, a injusta as vezes baralha o homem; e a aflição de ver que as pessoas a sua volta não agem corretamente leva a perguntas como a do salmista: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sl 11:3

Quando o homem se encontra numa situação assim, o que deve fazer é em primeiro lugar perdoar aqueles que o tenham lesado, pois o nosso Senhor Jesus nos ensina que devemos perdoar as ofensas cometidas pelos outros homens contra nós. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se porém, não perdoardes aos homens [as ofensas as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” Mt 6:14-15.

Para além disso, devemos lutar para seguir o exemplo do nosso Senhor Jesus, que era misericordioso, e cheio de bondade e que mesmo na cruz do Calvário perdoou aqueles que o tinham agredido e ainda rogou ao Pai Celeste que lhes perdoasse. “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.” Lc 23:34.

O apóstolo Paulo resume a importância de sermos bondosos, misericordiosos e de nos perdoar-nos uns aos outros como Deus nos perdoou no versículo seguinte: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros como também Deus em Cristo, vos perdoou.” Ef 4:32.

Sabemos que o nosso velho homem tem tendência para atitudes contrárias a vontade de Deus e que quando o homem se encontra numa situação em que todos os fundamentos vacilam ele tem a tendência de ficar amargurado, cheio de ira e de cólera. Devemos rejeitar as obras da nossa velha natureza, como nos aconselha o versículo seguinte: “Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfémias, e bem assim toda a malícia.” Ef 4: 31

Isso mostra que devemos lutar para que o nosso coração fique puro, sem malícia e nem ódio, amargura e outras coisas que desagradam a Deus. Para preservar o nosso coração também devemos fugir da falsidade e de tudo aquilo que é vão e passageiro do mundo. Deus ama aqueles que são retos e abençoa-os no tempo oportuno como nos diz o versículos a seguir: “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.” Sl 24:4-5.

Devemos ter como confiança que Deus abençoa aqueles que são puros de coração e retos nos seus procedimentos; e mesmo que todos a nossa volta se afastem de Deus como nos dias de Noé, devemos permanecer firmes na obediência a vontade de Deus e praticar a bondade, a misericórdia e o perdão.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Moisés e os milagres de Deus

Deus ao longo dos séculos tem revelado ao homem o seu poder para que o homem possa compreender que está perante o Deus criador de tudo o que existe, e que merece ser adorado e honrado. Deus revelou-se a Moisés no tempo oportuno para que Moisés se deixasse usar por Deus na libertação do povo de Israel da escravidão.

Quando Deus se revelou pela primeira vez, Deus atraiu a atenção de Moisés com um milagre: uma sarça ardente no deserto que não se consumia. Moisés ficou tão espantado com o fato que aproximou-se para ver como é que uma sarça ardia sem se consumir. Vemos como isso se sucedeu a seguir: “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e, levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe. Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Então, disse consigo mesmo: Irei lá e verei essa grande maravilha; porque a sarça não se queima?” Ex 3:1-3.

Deus ao ver que Moisés se aproximava da sarça para ver o que se passava então chamou-lhe. Depois de Moisés responder afirmativamente a Deus, Deus avisou-lhe da necessidade de ter uma postura de adoração e temor por causa da sua santidade e também por causa do lugar santo que Deus escolhera para se encontrar com ele.

Vemos isso nos versículos a seguir: “Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.” Ex 3:4-5.

Ainda hoje, quando Deus chama a nossa atenção para Ele e nos convida a aproximar-nos Dele, Deus avisa-nos da sua santidade e da nossa necessidade de ter uma postura de respeito a Deus e também da necessidade de separar-nos do pecado que anteriormente havia nas nossas vias.

O apóstolo Pedro avisa-nos sobre isso no versículo a seguir: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu santo.” 1 Pe 1:13-15

Depois Deus disse a Moisés quem era: aquele a quem o seus ancestrais, que deram origem ao povo de Israel, tinham servido ao longo de suas vidas. Deus marcou a vida de Abraão, Isaque e Jocó porque tinha sido aquele que os tinha dirigido e também dado a proteção que necessitavam para eles e para as suas famílias.

Deus hoje, também nos diz que Ele é o Deus Todo Poderoso, Criador dos céus e da terra, que por amor a humanidade, deu o seu Filho ao mundo para que o mundo pudesse ter a expiação necessária para os seus pecados e assim ter acesso a Ele. Devemos a cada responder positivamente a Deus e dizer como Moisés, com toda a humildade e gratidão: “Eis-me aquí!”

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Requesito da humildade

Jesus Cristo é o fundador da Igreja e é também o Senhor e Mestre de todos os que desejam segui-Lo. Para fazer aquilo que o nosso Mestre ensinou é necessário também aprender a ser como era o nosso Mestre. O nosso Senhor Jesus, sendo o Criador e Senhor de tudo, era manso e humilde de coração.

O forma abnegada com que o Senhor viveu mostra a sua humildade. Ele não veio a terra como um homem rico mas sim como alguém humilde filho de um carpinteiro, que também tornou-se carpinteiro de profissão. O nosso Senhor poderia vir a terra como alguém poderoso e rico mas preferiu vir como homem humilde para mostrar o valor que Deus Pai dá a um coração manso e humilde, que está mais preocupado em servir do que ser servido.

O Espírito Santo fala-nos da necessidade de seguirmos o exemplo de humildade de Jesus Cristo no versículo a seguir: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2:5-8

Os poderosos da terra vivem de forma luxuosa e muitos homens deixam-se dominar pela soberba e desejam todas as manifestações sociais que possam mostrar que são superiores aos outros homens. Na humanidade vemos que isto é feito de muitas formas: através de bens materiais (roupas, carros e casas) como também através de servos, ou pessoas que façam tudo o que a pessoa deseja.

Por isso o nosso Senhor, ao ensinar-nos sobre o carácter que devemos ter enquanto seus discípulos referiu que não devemos preocupar-nos em sermos servidos como fazem os poderosos que vivem cercados de criados; mas devemos ser como o Senhor Jesus que veio a terra não para ser servido mas para servir.

Vemos o ensino do nosso Mestre nos versículos a seguir: “Então, Jesus, chamando-os disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28.

Desta forma o discípulo do Senhor deve também ser humilde e estar sempre pronto para partilhar a sua vida com os outros e também os recursos financeiros que dispuser. A humildade do discípulo é o oposto da soberba que o mundo cultiva. A soberba, necessita de mais bens materiais para sentir-se melhor do que os outros e para realizar-se. A humildade que nos ensina o Senhor Jesus, é aquela que coloca os outros acima de si mesmo e que compartilha aquilo que tem para suprir as necessidades dos outros.

O nosso Mestre faz-nos o convite seguinte: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11:28-3o.

O convite do Senhor Jesus é irrecusável pois apenas com Ele podemos ter descanso para as nossas almas e propósito para as nossas vidas. Apenas precisamos de deixar para trás toda a soberba e egoísmo que o mundo nos ensina e seguir humildemente o nosso Mestre em direção a nossa Pátria Celestial.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O potencial de uma semente

Uma semente é algo que, em si mesmo, contém a capacidade de gerar a mesma espécie que lhe deu origem. Isto porque a semente contém toda a informação necessária para que um organismo se desenvolva, se encontrar as condições adequadas. A palavra de Deus é comparada pelo nosso Mestre Jesus com uma semente, pois ela tem a capacidade de gerar, não só a vida eterna pela fé, como também comportamentos semelhantes ao do nosso Senhor Jesus.

Como a Palavra, quando cai no coração humano, tem a capacidade de enraizar-se e gerar fé em Jesus (a fé leva a salvação) é necessário que toda a humanidade tenha a oportunidade de ouvir a Palavra de Deus e de ser salva. “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24.

Para além de operar a fé em Jesus, que leva a salvação, a Palavra também é capaz de gerar uma mudança de vida tal que a pessoa passa a assemelhar-se no seu comportamento ao Senhor Jesus e ao Pai Celestial. Essa mudança é operada através do controlo do Espírito Santo das atitudes diárias do cristão.

O Espírito Santo origina frutos na vida do cristão, fazendo com que ocorra uma transformação progressiva no carácter da homem. Essa transformação conduzida pelo Espírito Santo é chamado de Fruto do Espírito Santo que e é composta por vários componentes como vemos a seguir: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas cisas não há lei.” Gl 5:22-23. Quando o Espírito Santo tem liberdade para controlar a nossa vida, acabamos por desenvolver a longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio entre outras coisas.

Quanto mais espaço dermos ao Espírito Santo, mais o nosso coração fica em boas condições para deixar crescer a semente da palavra de Deus nas nossa vidas e de gerar tudo o que Deus planeou para nós. Isto porque Deus dá-nos o livre arbítrio de dar ouvidos ou não a voz seu Espírito.

Assim, consoante o espaço que o Espírito Santo tem na nossa vida, o nosso coração pode estar de várias maneiras quando ouvimos a Palavra de Deus; e isso afeta o resultado da Palavra nas nossas vidas como nos ilustrou o Senhor Jesus na parábola do semeador.

E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o lavrador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um” Mt 13: 3-8.

Dependendo do estado coração do cristão, a semente pode gerar diferentes quantidades de frutos. Em outros casos a semente pode não dar fruto por causa da má condição do coração. Por isso a cada dia devemos vigiar o nosso coração e pedir a Deus que limpe de nós tudo o que lhe desagrada para que a sua Palavra possa encontrar espaço no nosso coração e dar frutos em abundância.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Os retos na Bíblia


A sociedade tem regido leis para que haja ordem nas comunidades e para que os direitos do homem não sejam violados. Um indivíduo cumpridor das leis na sociedade é um homem de boa conduta. A Bíblia mostra-nos o que é um homem reto para Deus e vemos que as características de um homem reto estão relacionados com a sua relação de dependência com Deus e com a observação da Palavra.

No salmos 119 vemos as características de um homem reto ao longos dos vários versículos. Neste salmos podemos ver que um homem reto não é apenas aquele que anda na lei mas como também a ama e por isso se apressa em fazer aquilo que Deus ordenada na sua Palavra. “Amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado” Sl 119:127.

Sabemos que a maioria das pessoas sente dificuldade em fazer a vontade de Deus e por isso vai adiando a hora em que vai começar a fazer aquilo que Deus lhe ordenou na sua Palavra. Um homem que ama a Palavra de Deus mais do que tudo não se demora em fazer aquilo que é correto para Deus; ele se apressa em fazer a vontade de Deus como nos diz o versículo a seguir: “Apresso-me, não me detenho em aguardar os teus mandamentos.” Sl 119:60.

Um homem reto luta para fazer a vontade do Senhor e para sonhar os sonhos do Senhor porque o seu coração está ligado ao coração de Deus. Aquilo que aborrece a Deus é o que aborrece ao seu coração. Por isso, o homem reto aprova aqueles que temem a Deus e cerca-se da companhia deles. “Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos.” Sl 119:63.

O Espírito Santo agrada-se de ambientes onde as cristãos são sinceros e desejam o bem uns aos outros. Deus é amor e deseja que os homens sigam o exemplo de amor do Senhor Jesus nos relacionamentos em geral e na relação com o Pai Celeste em particular. A falsidade é algo oposto ao amor de Deus porque tem aparência de amor mas encobre sentimentos maus como ódio, desprezo ou tem por detrás motivações interesseiras.

Deus abomina a falsidade. Por isso se quisermos ter uma relação intima com Deus e crescer na fé devemos despojar-nos de toda a falsidade e hipocrisia, e desta forma a Palavra enxertada em nós poderá crescer e dar frutos. “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda a sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para a salvação,” 1Pe 2:1-2.

Para além disso, um homem reto é aquele que se devia do pecado, inclusive do desejo que muitos acham lícitos, como o desejo da cobiça. A cobiça é um desejo que controla a mente e o coração do homem e que caracteriza-se por um desejo de ter apenas por ter. Aquilo que se deseja não tem nenhuma utilidade nobre e alegra o coração apenas pelo facto de se o possuir e não pelas vantagens que possam ter para o cristão e para as pessoas a sua volta.

Por isso, um homem reto foge também da cobiça e pede a Deus que incline o seu coração para os Seus mandamentos. “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não a cobiça. Desvia os meus olhos para que não vejam a vaidade, e vivificam-me no teu caminho.” Sl 119:36-37.

Vemos assim que um homem reto para Deus é aquele que ama a Palavra e que se desvia de todas as formas do mal. É também um homem que se alegra em fazer aquilo que Deus acha correto e ama aqueles que temem a Deus. Somos convidados a cada dia para deixarmos os padrões do mundo e nos aproximarmos do Senhor Jesus para que possamos ser retos em todos os nossos caminhos.

Aproveitar a vida


Muitas pessoas defendem que na juventude deve-se aproveitar a vida e experimentar todos os tipo de prazeres que a sociedade pode oferecer. A Bíblia oferece-nos uma perspetiva de como aproveitar a vida, a cada dia, tendo como objetivo o alcance da vida eterna com Deus.

Vemos no livro de Eclesiastes que Deus aconselha-nos a aproveitar os dias da mocidade para servir a Deus e para aproximar-nos o mais possível Dele porque quando começamos a envelhecer a força e o vigor vão desvanecendo e podemos não ter a mesma capacidade física para servir a Deus e amar ao próximo. “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer.” Ec 12:1

Além de devermos aproveitar o vigor do nosso corpo para servir a Deus, a cada dia devemos aproveitar as hipóteses que temos para preparar-nos para enfrentar épocas futuras em que possa haver outras dificuldades. Por exemplo, a Bíblia dá-nos o exemplo de um rei que no tempo de paz com os povos que estavam a sua volta aproveitou para reconstruir a cidade e levantar os muros que os protegiam das invasões.

Vemos a atitude do rei Asa nos versículos seguintes: “Edificou cidades fortificadas em Judá, pois havia paz na terra, e não houve guerra contra ele naqueles anos, porquanto o Senhor lhe dera repouso. Disse, pois a Judá: Edifiquemos estas cidades, cerquemo-las de murros e torres, portas e ferrolhos, enquanto a terra ainda está em paz diante de nós, pois temos buscado ao Senhor, nosso Deus; temo-lo buscado e ele nos deu repouso de todos os lados.” 2Cr 14: 6-7.

Podemos ainda hoje aplicar a mesma diligência do rei Asa nas nossas vidas empenhando-nos para edificar a nossa vida espiritual, e para reparar os danos causados pelo pecado nas nossas vidas. O diabo o nosso adversário, quer atingir a nossa vida. Quando restauramos a nossa comunhão com Deus e nos afastamos do pecado estamos levantando murros, portas e criamos ferrolhos contra as investidas do nosso inimigo.

Através da vida de oração, jejum e leitura da Palavra de Deus construímos torres de vigia que nos permitem estar atentos e preparados contra qualquer aproximação do inimigo.”Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a prepraçao do evangelho da paz; embrançando sempre o escudo da fé, com o qual poderesi apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; com toda a oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos.” Ef 6:14-18.

O rei Asa antes da reconstrução física da cidade preocupou-se em reconstruir a comunhão com Deus, pois ordenou ao povo que se afastasse da idolatria e aboliu todos os altares aos deuses estranhos e também ordenou que o povo buscasse ao Senhor Deus como vemos a seguir: “Porque aboliu os altares dos deuses estranhos e o culto nos altos, quebrou as colunas e cortou os postes-ídolos. Ordenou a Judá que buscasse ao Senhor, Deus dos seus pais, e que observasse a lei e o mandamento.” 2Cr 14:3-4.

Cada dia que Deus nos concede é uma oportunidade para aproximar-nos Dele, para abandonar-nos o pecado da falta de amor ao próximo. Por isso a Palavra de Deus aconselha-nos a não endurecer o nosso coração se ouvirmos a voz de Deus falando connosco. “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me a prova, e viram as minhas obras por quarenta anos.” Hb 3:7-8.

A vida é uma bênção de Deus a qual devemos ser gratos. Deus deseja que usufruamos das coisas que Ele preparou para nós na terra; mas a cima de tudo Deus deseja que possamos garantir a nossa vida eterna com Ele enquanto estamos vivos. Por isso devemos aproveitar a cada dia as nossas vidas tendo em conta as maiores bênçãos que Deus deseja nos dar e caminhar para elas.


domingo, 25 de novembro de 2018

Santificaçao

Através da Palavra de Deus sabemos que os cristãos foram escolhidos antes da criação do mundo para serem santos e irrepreensíveis diante de Deus. Para sermos santos apenas precisamos de aceitar que Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário para que os nossos pecados fossem perdoados e para que tivéssemos a vida eterna. Depois de sermos feitos filhos de Deus podemos começar a viver um processo de santificação que vai fazer com que nos assemelhemos cada vez mais ao nosso Senhor Jesus.

No versículo a seguir vemos que tudo o que precisávamos para ter um lugar no céu e começar a nossa caminhada cristã foi feito pelo Senhor Jesus, que com o seu sangue vertido na cruz do Calvário, lavou-nos e purificou-nos de todo o pecado. “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e nos Espírito do nosso Deus.” 1Co 6:11.

Para vivemos o processo de santificação, Deus através do seu Santo Espírito orienta-nos sobre o que devemos fazer para andarmos de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus. Por um lado a santificação exige a aceitação da direção dada pelo Espírito Santo através da Palavra e por outro lado exige uma firme decisão de separar-nos daquilo que é mau e desagradável a Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo 17:17.

Antes de aceitarmos a Jesus estávamos nas trevas mas Deus chamou-nos para a sua maravilhosa luz, como nos diz o apóstolo Pedro no versículo seguinte: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” 1Pe 2:9. Para estarmos na sua luz temos de deixar as obras das trevas e viver segundo a vontade do nosso Senhor Jesus.

Deus é Luz, e Nele não há trevas. Para termos comunhão com Ele não podemos andar nas trevas; pelo contrário temos de lutar para sermos santos assim como o nosso Deus é Santo. Isso implica deixarmos para trás os desejos da carne, que existiam em nós quando estávamos nas trevas. “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” 1Pe 1:13-16.

A vontade de Deus não é que ganhemos hábitos religiosos, nem que nos lembremos dele as vezes, em algum dia da semana. Deus deseja que nos consagremos a Ele, o que significa que dediquemos todos os dias da nossa vida a fazer exclusivamente a sua vontade. Enquanto trabalhamos, estudamos, nos relacionamos com as outras pessoas Deus deseja que espelhemos os seus princípios, que anunciemos as virtudes do seu Reino.

Isso implica que nos nossos relacionamentos e nas nossas atividades diárias devemos seguir os princípios de amor, justiça e verdade como Deus nos ensina no versículo a seguir: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Mq 6:8.

A santidade é um requisito para andarmos com Deus mas é também uma condição para o nosso bem estar espiritual, porque o pecado mancha a vida do cristão e rouba-lhe a paz e alegria. Quando nos afastamos da santidade que Deus exige de nós tornamos-nos mais vulneráveis aos ataques do inimigo das nossas almas, o diabo. Sabemos que o diabo anda em derredor e tenta levar-nos ao pecado, a ruína física e espiritual. Quanto mais próximos estivermos de Deus, mais bem-aventurados seremos.

Resolver o passado

O passado na vida do homem, por vezes está tão presente, que se deixa de ver e sentir o que está a nossa volta e apenas pensamos nos fatos passados. Este elemento do tempo faz parte da nossa vida, mas não podemos viver olhando para o passado porque é no futuro onde estão as maiores bênçãos de Deus para a nossa vida, inclusive a vida eterna com Deus no céu.

Deus tem planos maravilhosos para nós e se concentrarmos o nosso pensamento no passado não conseguiremos olhar em frente e seguir em direção aquilo que Deus tem para nós. “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jr 29:11. Apenas conseguiremos andar em direção aos planos de Deus para nós se estivermos com o nosso pensamento centrado em Deus e não no passado.

Por vezes as pessoas sofrem desilusões, e não desligam-se dos fatos que as magoaram arrastando consigo esses episódios. O nosso Jesus avisou-nos que no mundo passaremos aflições mas que deveríamos ter bom ânimo, porque Ele venceu o mundo. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jo 16:33. Jesus não ficou com mágoa daqueles que o maltrataram e até pediu ao Pai Celeste que os perdoasse.

Da mesma forma, temos de vencer a mágoa, e os ressentimentos perdoando aqueles que nos ofenderam ou que nos desiludiram. Devemos recordar que no passado também cometemos faltas e que Jesus nos perdoou; da mesma forma como Jesus nos perdoou devemos perdoar. Caso contrário estaremos sendo ingratos.

O nosso Mestre ensinou-nos isso com a parábola do credor incompassivo. Vemos a seguir um excerto da mesma: “Então o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? (…) Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.” Mt 18:32-33;35.

Por vezes as mágoas sufocam a vontade de amar do cristão e este, entra numa vida longe daquilo que Deus planeou para ele; por outras palavras esse cristão passa a praticar pecado por omissão das boas obras que Deus espera dele. Nesse momento, Deus alerta-o do seu pecado e avisa-o que deve voltar a prática das primeiras obras. “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta a prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” Ap 2:5.

Devemos semear o que Deus nos tem dado: amor, perdão, misericórdia e também outras coisas que Deus tem colocado em nossas mãos. Aquilo que nos fazem de mal não deve afetar negativamente a nossa vontade de amar. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” Gl 6:7-9

O apóstolo Paulo via-se como alguém que ainda estava em processo de aperfeiçoamento e por isso não olhava para trás, mas focava-se no presente e caminhava em direção ao futuro, para o seu aperfeiçoamento e para a vida eterna com o Senhor Jesus.

Vemos isso nos versículos seguintes: “Não que eu tenha já recebido ou tenha alcançado a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:12-14.

A nossa luta pela perfeição deve ser feita no dia de hoje, para que nos aproximemos gradualmente mais do carácter no nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos confiar em Deus e no seu amor e não exigir a perfeição daqueles que nos cercam porque cada um de nós estamos num processo de aperfeiçoamento que termina com a nossa morte ou com a vinda do nosso Senhor Jesus.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Sacrifício de gratidão

O homem quando quer agradar a Deus, geralmente pensa em algum sacrifício que envolve muita vezes a doação de quantias de dinheiro a igreja local. Contudo, quando o homem não tem nada de material para oferecer, pode oferecer a Deus a sua gratidão. Esse sentimento no coração é recebido por Deus como um sacrifício de grande valor.

No salmo 50, o salmista refere que Deus não se agrada de sacrifícios que não são acompanhados por obediência a sua Palavra e de temor ao seu nome. Deus agrada-se daquele que se lembra que Deus julgará a todos os homens, e que age de acordo com aquilo que Deus acha correto. “Mas ao ímpio diz Deus: De que me serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras?(...) Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra o teu irmão e difamas o filho da tua mãe.” Sl 50:16-17;19-20.

Deus reprova o homem quando vê que ele se alegra com o mal que usa a sua língua para falar do próximo e para o mal. Ao homem humilde que aceita a correção do nosso Deus, e ouve as orientações do seu Santo Espírito, Deus vê como justo. “Rogo igualmente aos jovens sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns aos outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.” 1Pe 5:5.

Quando o homem atenta para Deus e reconhece que Deus fez muitas coisas por ele, nutrindo sentimentos de gratidão, Deus se alegra; porque como Pai, Deus faz muito por nós; faz muitas coisas que muitas vezes não nos damos conta. É algo lindo quando, como filhos, reconhecemos as bênçãos que Deus nos tem dado. “Oferece a Deus sacrifício de ação de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo;”Sl 50:14.

A gratidão a Deus é expressa não só através da alegria mas também através de várias atitudes. Por exemplo, um coração cheio de gratidão, não se inclina para pensamentos negativos, mas regozija-se pelo que tem. Para além disso, não há espaço para murmuração, revolta na vida da pessoa que está grata a Deus.

O povo de Israel depois de sair do Egipto, não demonstrou nenhuma gratidão a Deus. Pelo contrário, eles estavam sempre murmurando, queixando-se do que não tinham e pensavam voltar atrás no caminho que Deus lhes tinha mostrado. Por isso o autor do livro aos Hebreus mostra-nos que o povo de Israel, na sua atitude de murmuração e ingratidão a Deus é um exemplo a não ser seguido por nenhum cristão.

Vemos isso nos versículos a seguir: “Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?” Hb 3:16-18.

Com tudo isso vemos que a gratidão é um sacrifício, uma oferta que agrada a Deus. Para além disso a gratidão é essencial para caminharmos com Deus e para avançarmos rumo as promessas de Deus. Quando o cristão para reclamando do que não tem deixa de avançar rumo aquilo que Deus lhe prometeu.

Vemos na Bíblia que dos doze espias que visitaram a terra de Canaã, apenas dois mostraram um coração agradecido a Deus, lembrando-se do grande poder com que Deus os tinha libertado da escravidão do Egito e mostraram-se dispostos em avançar rumo a promessa de Deus de conquistarem a terra de Canaã.

Os restantes espias juntamente com todo o povo ficaram murmurando contra Deus, olhando para a grande estatura dos habitantes de Canaã, em comparação com a estatura deles. Eles recusaram-se a continuar caminhando com Deus rumo a Canaã porque não reconheceram que tinha sido Deus quem os tinha trazido até alí e não as suas forças.

O sacrifício de gratidão é algo que devemos oferecer a Deus a cada dia. Para além disso devemos e olhar para as promessas de Deus e não apenas para os nossos desejos pois Deus tem sempre o melhor para nós e caminhar com Ele trás bens incalculáveis.

sábado, 27 de outubro de 2018

As características de Maria

Ao longo de toda a Bíblia vemos que Deus é amigo dos justos e que as grandes personalidades descritas na Bíblia, tinham em comum serem pessoas justas e íntegras no meio da sua geração. Estas pessoas tiveram o privilégio de falar com Deus através de anjos, em sonhos e até mesmo cara a cara.

Maria, uma jovem que teve o privilégio de conceber do Senhor Jesus destacou-se pelo seu carácter das jovens da altura e foi por isso escolhida por Deus para esse tão importante papel. “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré; a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria.” Lc 1:26-27.

Deus agradou-se de Maria e estava com ela, como vemos nos versículos seguintes: “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: alegra-te muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;” Lc 1:28-32.

A Bíblia diz-nos que Deus revela-se aqueles que são justos; e que eles têm o privilégio de contemplar a face de Deus. Maria foi achada por Deus justa por que Deus apenas se revela aos justos como nos diz o versículo seguinte: “Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.” Sl 11:7 Apenas alguns homens como Abraão, Daniel, Zacarias tiveram a honra de receber a visita de anjos.

Para além de justa e reta, Maria também era uma mulher de fé; ela creu quem Deus tinha um bom plano e que iria usa-la. Ela creu no que o anjo lhe disse sobre a sua milagrosa conceção. “Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus." Lc 1:34-35.

Maria não temeu mesmo sabendo que a sua vida ficaria em perigo pelo fato de engravidar sem ter ainda conhecido o seu esposo. Isto mostra a sua fé e confiança em Deus; ela acreditava que a sua vida era para servir os propósitos do Senhor Deus. Ela tinha um coração de serva: “ Então disse Maria: aquí está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” Lc 1: 38.

Sabemos que o papel de mãe é muito importante para a educação de uma criança. A moral da mulher e a forma como vê o mundo tem influência na forma como educa uma criança. Por isso, o papel de Maria era muito importante: ela teria o dever de cuidar do menino Jesus e de ensinar o que era certo e o que era errado enquanto Ele aprendia as primeiras palavras e se desenvolvia. Provavelmente Maria deveria ser uma mulher benigna, misericordiosa e justa para poder ensinar coisas boas ao menino Jesus.

No versículo seguinte do livro do profeta Ezequiel vemos algumas características de uma pessoa a quem Deus considera de justo: “Sendo, pois o homem justo e fazendo juízo e justiça, (…) não oprimido a ninguém, tornando ao devedor a coisa penhorada, não roubando, dando o seu pão ao faminto e cobrindo ao nu com vestes; não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo juros, desviando a sua mão da injustiça e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos, guardando os meus juízos e procedendo retamente, o tal justo, certamente viverá, diz o Senhor Deus.” Ez 18:5, 7-9

Com isso, podemos concluir que Maria certamente era uma mulher bondosa, que ajudava os necessitados, que desviava a sua mão da injustiça, que guardava os estatutos e juízos de Deus andando segundo os mandamentos divinos. Isto porque se Maria agradou a Deus, certamente era uma pessoa justa. Se formos também bondosos, se desviarmos a nossa vida da pratica da injustiça e se andarmos segundo a Palavra de Deus, também alegraremos o coração do Pai com as nossas vidas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A quem damos ouvidos

O nosso Mestre, o Senhor Jesus, avisou-nos de que do nosso coração procederiam todas as veredas da nossa vida. Por este motivo, Deus aconselha-nos a guardar o nosso coração de todos os maus pensamentos e sentimentos que possam querer entrar em nós, no nosso dia a dia.

Se existirem coisas más no nosso coração elas vão se exteriorizar em más ações, como nos diz o nosso Mestre. “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura.” Mc 7:21-22.

Por isso, o Espírito Santo aconselha-nos, no versículo seguinte, a guardar à cima de tudo o nosso coração. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4:23. Existem pessoas que se preocupam em guardar o seus bens, outras tentam guardar coisas diversas. Mas, o que cima de tudo devemos guardar é o nosso coração.

Para além do nosso coração determinar as nossas ações, aquilo que temos no nosso coração também determina a quem ouvimos: se ouvimos a voz do Espírito Santo, ou se ouvimos a carne e os demónios. Quanto mais limpo o coração do homem estiver, mais facilmente ele dará ouvidos a voz de Deus e Lhe obedecerá. “Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a voz de Deus e a guardam.” Lc 11:28.

Quando existe inveja no coração, é mais fácil dar ouvidos a voz da carne e do diabo e fazer alguma coisa de mal contra a pessoa a quem se inveja, do que fazer o bem a ela. Pelo contrário, quando existe bondade e misericórdia no coração é mais fácil ouvir a voz do Espírito Santo e fazer o bem a quem nos odeia.

Por exemplo, Davi era um homem que tinha temor a Deus e quando teve a oportunidade de matar a Saúl, não deu ouvidos a opinião dos seus homens que diziam que aquela era a oportunidade dada por Deus para Davi matar a Saúl. Pelo contrário, Davi temeu a Deus e não deixou que os seus homens fizessem algum mal a Saúl.

Vemos isso a seguir: “Então os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. Levantou-se Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saúl. Sucedeu porém que, depois sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saúl; e disse aos seus homens: o Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é ungido do Senhor. Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saúl; retirando-se da caverna, prosseguiu o seu caminho.” 1Sm 24:4-7.

Quanto mais coisas más como inveja, soberba, malícia, entre outras coisas, existir no coração mais difícil é ouvir a Deus. Por isso, as pessoas quando estão longe de Deus, têm tendência a fazerem-se surdas para os concelhos de Deus e preferem fazer a vontade da carne. Deus, ao longo dos evangelhos e também em Apocalipse, diz-nos que quem tiver ouvidos para ouvir ouça o que Ele diz: “Quem tem ouvidos, [para ouvir] ouça.” Mt 13: 9

Com isto, podemos perceber que a nossa capacidade de ouvir a Deus pode ser apurada se limparmos do nosso coração tudo aquilo que é mau e que pode desviar-nos da sua vontade. Deus deseja purificar as nossas vidas; se deixarmos a Deus limpar o nosso coração, o seu Espírito Santo nos purificará e nos fará aproximar mais de Deus. Quanto mais próximo estivermos de Deus mais facilmente ouviremos a sua voz e O obedeceremos.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O reino eterno de Jesus

A história é marcada por vários impérios e reinos, que tiveram um início, um apogeu e um fim. Nestes reinos, a autoridade máxima sobre tudo o que existia era um rei. Eles governavam a nação e o povo devotava-lhes submissão total. Existe um reino eterno, onde é Deus que governa e dirige tudo. Este é o reino de Deus. Sabemos que Deus é o criador do universo e por isso dono e sustentador de tudo o que existe.

Antes que existisse a terra Deus já era Deus e pelo seu poder todas coisas foram criadas, nos céus e na terra. “Reina o Senhor. Revestiu-se de majestade; de poder se revestiu o Senhor e se cingiu. Firmou o mundo, que não vacila. Desde a antiguidade, está firme o teu trono; tu és desde a antiguidade.” Sl 93:1-2.

A base do governo de Deus é a justiça e a equidade. Deus sempre trata a todos com bondade e defende os necessitados. Todos na terra têm motivos para se alegrarem porque Deus governa a terra. “Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas. Nuvens e escuridão o rodeiam, justiça e juízo são a base do seu trono. Adiante dele vai um fogo que lhe consome os inimigos em redor.” Sl 97: 1-3.

Deus é cheio de majestade e glória e diante dele os povos estremecem. “Derretem-se como cera os montes, na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a terra. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua glória.” Sl 97:5-6. A glória do Senhor cobre toda a terra.

O reino de Deus é um reino baseado no amor, na equidade e na justiça e Deus deseja que todos obedeçam a sua vontade e vivam de acordo com os seus mandamentos. Por isso, Deus enviou o seu Filho, Jesus Cristo ao mundo para que pudesse transmitir a vontade de Deus aos homens e assim passassem a viver no Reino de Deus.

Jesus Cristo anunciou a chegada do reino de Deus e aconselhou os homens a arrependerem-se e a crerem no Evangelho. “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Mr 1: 14-15.

O reino de Deus está entre nós e se quisermos podemos viver nele. Apenas precisamos de reconhecer que Jesus é o Senhor absoluto do céu e da terra e viver de acordo com as suas orientações. Com isto, o homem passa a ser cidadão do reino de Deus, com uma nova forma de viver, de falar e com novos objetivos.

Assim, o amor passa a motivar as ações do homem. Por um lado o amor à Deus, por gratidão de tudo o que Deus fez por nós quando deixou que o seu Filho Amado pagasse o preço dos nossos pecados. Essa gratidão, reflete-se na forma de falar e de agir. O homem deixa de lado as murmurações, e as reclamações sobre o que está a sua volta e mostra, quando fala, agradecimento a Deus pelas coisas boas que Deus lhe concede.

Anteriormente no reino das trevas, a ira e a vingança eram fomentadas; mas agora no reino de Deus, o homem abandona a ira e mostra misericórdia para com as falhas dos outros. No fundo o homem passa a amar ao seu próximo em obediência ao mandamento do Senhor Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35.

Embora o reino de Deus na terra esteja hoje nos corações das pessoas que creem e servem o Senhor Jesus, um dia o Reino de Deus será visível porque os primeiros céus e a primeira terra passarão e o Senhor Jesus reinará pelos séculos dos séculos: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” Ap 11:15.

A maior alegria que um homem pode ter é de pertencer ao reino de Deus e gozar eternamente com Jesus no seu Reino Celestial. Por isso, devemos seguir o conselho do nosso Mestre, o Senhor Jesus, e buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, pois o Senhor nos ajudará a buscar as outras coisas que necessitamos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Domínio próprio

As emoções são um elemento positivo do ser humano, que permitem que ele desfrute de momentos com sensações positivas como alegria. Contudo, as emoções não podem determinar a forma como vemos as coisas a nossa volta, nem dirigir os nossos passos. A vida cristã exige a prática do domínio próprio, das emoções que surgem em nós para que possamos agir de acordo com a vontade de Deus.

O nosso Senhor Jesus é o nosso exemplo máximo de domínio próprio, pois em todas as situações que de viveu de insultos, ofensas, maltrato físico, nunca reagiu com raiva, nem ofensa e cumpriu humildemente a sua missão até ao fim morrendo voluntariamente na cruz do Calvário por nós. “pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças , mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” 1Pe 2:23-24.

Na Bíblia vemos outro exemplo de alguém que teve domínio próprio e que por isso, abriu a porta do seu coração para ouvir o que Deus tinha a dizer sobre o assunto que estava a viver. Essa pessoa foi José. Ele estava noivo de Maria e soube que ela estava grávida. Provavelmente José deve ter sentindo-se traído mas mesmo assim, não deixou que a sua deceção controlasse as suas emoções; não reagiu com ira, e tentou poupar a Maria de escândalos. Por isso, José pensou em deixar Maria secretamente.

Sabemos que a vida amorosa é uma área da nossa vida onde as emoções são frequentes e para um jovem saber que a sua noiva estava grávida não era fácil. Mesmo assim, José teve domínio próprio e conseguiu ouvir a voz de Deus, quando um anjo falou que não deixasse Maria. “Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixa-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.” Mt 1:19-20.

Ao longo do nosso dia a adia muitas coisas sucedem a nossa volta; cada uma dessas coisas podem despertar-nos emoções muitos diferentes. Como Deus deu-nos a capacidade de controlar as nossas emoções temos de estar constantemente alertas quanto ao tipo de emoção que surge em nós. Isto porque algumas emoções dão oportunidade para que façamos coisas que não estão de acordo com a Palavra de Deus.

Por exemplo, a ira, que é uma reação de descontentamento em relação a alguma coisa, pode abrir espaço para que o diabo faça coisas más nos nossos relacionamentos, como por exemplo, criar inimizades, ódios e outras coisas más. Por isso devemos vigiar os nossos sentimentos, como nos aconselha o Espírito Santo nos versículos a seguir para que o diabo não ache oportunidade para agir nos nossos relacionamentos. “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” Ef 4:26-27.

O Espírito Santo deseja controlar a nossa vida e por isso devemos estar a atentos a todas as emoções que podem nos levar a cometer atos que desagradam a Deus. Por exemplo, o mundo ensina que quanto mais temos, mais felizes seremos. Se focarmos a nossa atenção naquilo que os outros têm e nós não temos, acabaremos por ficar com ciúmes, invejas, com ódio e até mais egoístas. A nossa felicidade deve ser focada em Deus e naquilo que Ele nos dá e não nos bens materiais.

A seguir temos algumas ações que desagradam a Deus e que são motivadas por emoções más que enraizaram no coração e que se traduziram em ações. “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já antes vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Gl 5:19-21.

Os crentes têm um grande privilégio, que é ter relacionamento com Deus e gozar da vida eterna. O diabo e os seus anjos, não têm esse privilégio, por estarem condenados ao inferno. Por isso, ele tenta atingir os crentes, e afasta-los da presença de Deus, tentando chamar a nossa atenção para coisas que não são agradáveis a Deus, e também criando situações onde possa tentar-nos a agir de forma contrária aos ensinamentos de Deus.

Por isso, a cada dia, temos de ser sóbrios, moderados em tudo o que envolva os apetites sensuais, para não sermos tentados a dar mais valor, do que o necessário, à coisas relacionadas como os nossos sentidos como: comer, beber, vestir, o sexo, o possuir objetos entre outras coisas. Devemos também ser contidos nas nossas emoções, serenos e recatados. O Espírito Santo aconselha-nos isso no versículo seguinte: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” 1Pe 5:8

O domínio próprio é algo que deve ser exercitado em todos os instantes da nossa vida, de forma a que as emoções não controlem as nossas ações. Quando lutamos para agradar ao Senhor com as nossas ações o seu Espírito Santo age em nós dando-nos também o domínio próprio sobrenatural, que faz parte do Fruto do seu Espírito.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Coragem

O medo é uma emoção forte que surge quando enfrentamos alguma coisa que nos ameaça ou algo incerto. Contudo, o nosso Mestre, o Senhor Jesus ensinou-nos que não deveríamos deixar controlar pelo medo, mas deixar que os seus ensinamentos e os seu Santo Espírito nos controlasse. Na Bíblia vemos que através da fé no Senhor Jesus podemos enfrentar o medo e seguir a diante sem deixar que ele nos domine.

Pela fé no facto de que Jesus venceu o mundo, cumprindo toda a vontade do Pai Celeste, também podemos prosseguir na nossa caminhada cristã sem esmorecer, confiando que, da mesma forma como o Senhor Jesus venceu o mundo, podemos vencer porque o seu Santo Espírito está em nós.

No versículo a seguir vemos a exortação do Senhor Jesus, para que tenhamos bom ânimo, para que não nos deixemos esmorecer, por Ele venceu o mundo: “Estas coisas vos tenho dito, para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jo 16:33.

Quando colocamos a nossa fé nas Escrituras e confiamos que Deus nos capacitará a ganhar o pão de cada dia e que nunca dos deixará faltar nada, ganhamos coragem para enfrentar o dia a dia. “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”Is 41:10.

Mesmo que a incerteza tente bater a porta do nosso coração podemos confiar de que Deus abençoa-nos se formos justos, retos em tudo o que fazemos. “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão. É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção (…) Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.” Sl 37:25-26, 28.

O mundo por vezes rejeita aqueles que lutam para seguir ao Senhor Jesus, mas a fé nas bênçãos espirituais que estão reservadas para aqueles que obedecem a vontade de Deus faz-nos continuar olhando apenas para Jesus, autor e consumador da nossa fé, da mesma forma como Daniel e seus companheiros, que mesmo sabendo que poderiam perder as suas vida, continuaram a adorar a Deus.

Os próprios apóstolos pela fé em Deus aguardaram a promessa do Senhor Jesus, foram cheios do Espírito Santo e puderam enfrentar com coragem as ameaças dos sacerdotes para que eles deixassem de pregar o nome do Senhor Jesus. “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera.” At 4:19-21.

Na galeria da fé vemos muitos outros homens e mulheres que tiveram coragem graças a fé que tinham em Deus. Assim pela fé, Abraão enfrentou a incerteza do futuro e foi para um lugar que desconhecia; pela fé Moisés enfrentou a pressão causada pela perseguição do exército egípcio e atravessou o mar vermelho aberto por Deus. Outros enfrentaram torturas, açoites, e levaram o evangelho para lugares onde o nome de Jesus não era conhecido.

Com tudo isso, podemos dizer que a única forma de sermos corajosos é tendo fé no Senhor Jesus Cristo e nas suas promessas. O nosso Senhor Jesus Cristo, prometeu estar todos os dias connosco até a consumação dos tempos. A presença do Mestre traz paz, gozo, alegria, consolo, direção, consolação e milagres para as nossas vidas.

domingo, 14 de outubro de 2018

Fidelidade

A Bíblia aconselha-nos a termos sempre a fidelidade e a benignidade nos nossos corações. Isto porque elas são importantes para praticarmos aquilo que o Senhor nos ensina e para refletirmos o coração amoroso do Pai Celeste. A Bíblia mostra-nos a vida de Rute como exemplo de alguém que seguiu o caminho da fidelidade e da benignidade e que com isso foi capaz ter atitudes de grande altruísmo.

Havia uma mulher de nome Noemi que emigrou para a terra de Moabe com o seu marido e com os seus dois filhos. Noemi e o marido, Elimeleque, saíram de Belém de Judá por causa da fome que existia nesta terra. Na terra de Moabe, os seus filhos casaram-se com mulheres moabitas. Em certa altura, o marido de Noemi, e depois os seus dois filhos, morreram e Noemi e as suas noras ficaram desamparadas.

Podemos ver isso no versículo a seguir: "Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. Morreram também ambos, Malom e Quilom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido.” Rt 1: 3-5.

Noemi resolveu então regressar para Bejém de Judá porque ouvira que já havia alimento naquela cidade. As suas noras resolveram ir com ela mas Noemi disse-lhes que fossem cada uma para a casa dos seus pais, e que procurassem casar-se de novo. Quando ouviram essa sugestão elas choram e declararam que não iriam embora, como vemos a seguir: "Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrara do seu povo, dando-lhe pão. (…) disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os que morreram e comigo. O Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido. E beijou-as. Elas porém, choraram em alta voz e lhe disseram: Não! Iremos contigo ao teu povo.” Rt 1:6, 8-10

Ao ouvir as noras Noemi recusou a companhia delas e disse-lhes que não tinho como oferecer-lhes marido. Isto porque já era velha demais para ter marido e mesmo que tivesse filhos, elas teriam que esperar que eles crescessem e então casarem-se com eles. Ambas as noras de Noemi sabiam que o certo era ficar ao lado de Noemi que estava velha, sem recursos financeiros e sozinha.

Apesar de saber que o certo era ficar com a Noemi, Orfa, como muitas vezes fazemos, preferiu fazer o que lhe era mais vantajoso e foi-se embora para a casa dos seus parentes e também procurar marido. “Então, de novo, choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.” Rt 1:14. Por vezes as circunstâncias a nossa volta desmotivam-nos de fazer aquilo que é certo e ficamos inclinados a fazer aquilo que nos é mais conveniente.

Rute, pelo contrário, estando, na mesma situação que Orfa, ou seja, viúva, sem filhos e desamparada preferiu ficar ao lado da sogra e ir com ela para Belém, como vemos a seguir: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” Rt 1:16-17.

Rute, foi então com Noemi para Belém e lá demonstrou ser uma trabalhadora, procurando voluntariamente forma de sustentar a si e a Noemi. Quando Rute encontrou um lugar onde pudesse
apanhar espigas, trabalhou com afinco horas a fio sem descansar. Quando o proprietário do campo perguntou ao seu servo quem era ela, ele a descreveu como uma mulher trabalhadora e falou também que tinha vindo com a sua sogra Noemi.

Boaz, gostou do que ouviu acerca dela e abençoo-a pedindo que Deus retribuísse todo o bem que tinha feito a sua sogra e ofereceu-lhe a mesma refeição que os seus trabalhadores e deu-lhe o direito de recolher espigas sem ser incomodada. “Respondeu Boaz e lhe disse: Bem me contaram tudo quanto fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nascente e vieste para um povo que dantes não conhecias. O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas viste buscar refúgio.” Rt 2:11-12.

Vemos, assim que Rute, colou-se em segundo lugar quando preocupou-se mais com a sua sogra do que consigo mesma e com a sua necessidade de encontrar um marido para sobreviver. Por isso, Deus abençoou Rute, dando-lhe resposta para a sua necessidade, fazendo com se se casasse com Boaz, um parente do falecido marido de Noemi e dando-lhe um meio de ajudar também a sua sogra Noemi. Aqueles que andam em fidelidade e benignidade veem a bondade de Deus.

Prudência


A prudência é uma virtude que na Bíblia está relacionada a sabedoria, pois está relacionada com a capacidade de agir com inteligência. É uma qualidade do caráter humano que permite avaliar as consequências possíveis de um acontecimento e adotar uma atitude que que evite o perigo ou más consequências. Na história da Bíblia houve uma mulher que ficou conhecida pela sua prudência e o seu nome era Abigail.

Abigail era uma mulher formosa e prudente, casada com um homem chamado Nabal. O seu marido, ao contrário dela era uma homem duro e maligno em todo o seu trato. A Bíblia descreve o caráter de Abigail e do seu marido Nabal no versículo seguinte: “Havia um certo homem, em Maom, que tinha as suas possesões no Carmelo; homem abastado, tinha três mil ovelhas e mil cabras e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo. Nabal era o nome deste homem, e Abigail, o de sua mulher; esta era sensata e formosa, porém o seu homem era duro e maligno em todo o seu trato.(...)” 1Sm 25:2-3

Esta mulher conseguiu prever a desgraça que sobreveria sobre a sua casa por causa de uma atitude mesquinha e má de seu marido e consegui evitar que o mal acontecesse. O rei Davi, enquanto fugia de Saúl esteve no deserto acompanhado de vários homens que se tinham juntado a ele. Davi e os seus homens, muitas vezes ajudavam o marido de Abigail, protegendo o gado dele que pastava no Carmelo e ajudando os seus pastores.

Em certa altura, quando Nabal tinha contratado tosquiadores para tosquiar as suas ovelhas, Davi mandou um mensageiro, a Nabal, pedindo alimentos, uma vez que Nabal estava a receber os seus tosquiadores e tinha preparado alimentos para oferecer aos mesmos enquanto trabalhavam para ele. Vemos isso a seguir: “Ouvindo Davi, no deserto, que Nabal tosquiava as suas ovelhas, enviou dez moços e lhes disse: Subi ao Carmelo, ide a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. Direis àquele próspero: Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! Tenho ouvido que tens tosquiadores. Os teus pastores estiveram conosco; nenhum agravo lhes fizemos, e de nenhuma coisa sentiram falta todos os dias que estiveram no Carmelo. Pergunta aos teus moços e eles te dirão; achem mercê, pois os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão.” 1Sm 25:5-8

Nabal era um homem próspero, e tinha três mil ovelhas e mil cabras e tinha preparado conserteza muita comida para oferecer as tosquiadores que estavam a tosquiar as suas muitas ovelhas. Contudo, Nabal foi duro e mesquinho com Davi e, mesmo sabendo que Davi tinha protegido os seus rebanhos no Carmelo, não quis dar-lhe da comida que tinha preparada para os seus tosquiadores.

Vemos no versículo a seguir de recusa de Nabal ao pedido de ajuda de Davi: “Respondeu Nabal aos moços de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” 1Sm 25:10.

Davi, quando soube da recusa de Nabal ao seu humilde pedido de alimentos, ficou furioso, e sentindo-se injustiçado resolveu destruir todos os os pertences de Nabal incluindo a sua família. Abigail ouvindo, por um seu servo que Davi tinha pedido alimentos a Nabal, e que Davi tinha protegido os rebanhos de Nabal no Carmelo, previu que Davi viria contra a casa de Nabal junatamente com os seus homens.

Então Abigail tomou a pressa duzentos pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas preparadas, cinco medidas de trigo tostado, sem cachos de passas e duzentas pastas de figos e colocou sobre jumentos para ir entrega-los a Davi. Enquanto ia a caminho Abigal encontrou a Davi como vemos a seguir: “Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, desceu do jumento e prostrou-se sobre o rosto diante de Davi, inclinando-se até a terra. (...)Agora, pois meu senhor, tão certo como vive o Senhor e a tua alma, foste pelo Senhor impedido de derramar sangue e de vingar-te por tuas próprias mãos. Como Nabal sejam os teus inimigos e os que procuram fazer mal ao meu senhor.” 1Sm 25:23,26. Com as suas palavras e com a sua oferta Abigail conseguiu apaziguar a Davi.

Com a sua prudência Abigail consegui evitar que Davi cometesse mal contra Nabal e Deus mais tarde vingou a Davi matando a Nabal. Pela sua percepção de Deus, Abigail viu que Deus estava com Davi e que ele seria estabelecido rei de Israel. Abigail foi recompensada tornando-se rainha em Israel e com as grandes honras que recebeu.

domingo, 30 de setembro de 2018

Toda lei se cumpre no amor


Quando olhamos pela primeira vez nas leis e mandamentos de Deus achamos que são muitas coisas, mas na verdade os mandamentos não são muitos. Eles apenas são uma aplicação prática das várias formas como podemos mostrar amor ao próximo. Como vemos de seguida as lei têm como objetivo indicar-nos como amar a Deus e ao próximo preservando a sua integridade física, a sua reputação e os seus bens.

Por exemplo, nos versículos seguintes vemos alguns mandamentos que têm como objetivo preservar as relações entre os filhos e os seus pais, e também preservar a integridade física, a reputação das pessoas bem como preservar o casamento. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus te dá. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçaras a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo.” Ex 20:12-17.

Deus sendo amor deseja que os homens sigam o exemplo do seu Filho Jesus e vivam também na pratica do amor. Jesus Cristo viveu na terra numa relação de grande amor com Pai Celeste, visível pela sua obediência e também amando o próximo. Tudo o que o nosso Senhor Jesus fazia era motivado pela compaixão pelos outros. Esse grande amor levou a Jesus a entregar-se voluntariamente por nós na cruz do Calvário, para que os nossos pecados pudessem ser perdoados.

Por isso o Espírito Santo nos aconselha através do versículo seguinte a vivermos a nossa fé olhando firmemente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. “Portanto, também nós visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedeia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” Hb 12:1-2.

Jesus Cristo é o nosso Mestre e hoje está entre nós através do seu Santo Espírito para nos guiar e capacitar a fazer a sua vontade. Com a obra de Jesus Cristo já não podemos ser condenados se não cumprirmos toda a a lei de Deus, porque as nossas transgressões já estão pagas. Apenas precisamos de pedir perdão a Deus quando falhamos e buscar a capacitação do seu Espírito Santo para não pecarmos mais.

Contudo, as lei são uma forma de lembrar-nos o que Deus deseja que façamos e que tipo de comportamento desagrada ao coração de Deus. Por exemplo, Deus declarou que não deveriamos furtar, nem mentir, nem sermos falsos com o nossos próximo como vemos no versículo a seguir. “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; não jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor. Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã.”

Apesar de a lei não servir para nos condenar, devemos a mesma obedecer ao que está escrito sobre a vontade de Deus nos nossos relacionamentos. Assim estaremos agradando a Deus com o nosso comportamento e dando espaço na nossa vida para que o seu Santo Espírito possa nos dirigir.