Ao
longo de toda a Bíblia vemos que Deus é amigo dos justos e que as
grandes personalidades descritas na Bíblia, tinham em comum serem
pessoas justas e íntegras no meio da sua geração. Estas pessoas
tiveram o privilégio de falar com Deus através de anjos, em sonhos
e até mesmo cara a cara.
Maria,
uma jovem que teve o privilégio de conceber do Senhor Jesus
destacou-se pelo seu carácter das jovens da altura e foi por isso
escolhida por Deus para esse tão importante papel. “No sexto mês,
foi o anjo Gabriel enviado para uma cidade da Galileia, chamada
Nazaré; a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo
nome era José; a virgem chamava-se Maria.” Lc 1:26-27.
Deus
agradou-se de Maria e estava com ela, como vemos nos versículos
seguintes: “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: alegra-te
muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta
palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria
esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque
achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um
filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será
chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de
Davi, seu pai;” Lc 1:28-32.
A
Bíblia diz-nos que Deus revela-se aqueles que são justos; e que
eles têm o privilégio de contemplar a face de Deus. Maria foi
achada por Deus justa por que Deus apenas se revela aos justos como
nos diz o versículo seguinte: “Porque o Senhor é justo, ele ama a
justiça; os retos lhe contemplarão a face.” Sl 11:7 Apenas alguns
homens como Abraão, Daniel, Zacarias tiveram a honra de receber a
visita de anjos.
Para
além de justa e reta, Maria também era uma mulher de fé; ela creu
quem Deus tinha um bom plano e que iria usa-la. Ela creu no que o
anjo lhe disse sobre a sua milagrosa conceção. “Então, disse
Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem
algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o
poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também
o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus." Lc 1:34-35.
Maria
não temeu mesmo sabendo que a sua vida ficaria em perigo pelo fato
de engravidar sem ter ainda conhecido o seu esposo. Isto mostra a sua
fé e confiança em Deus; ela acreditava que a sua vida era para
servir os propósitos do Senhor Deus. Ela tinha um coração de
serva: “ Então disse Maria: aquí está a serva do Senhor; que se
cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.”
Lc 1: 38.
Sabemos
que o papel de mãe é muito importante para a educação de uma
criança. A moral da mulher e a forma como vê o mundo tem influência
na forma como educa uma criança. Por isso, o papel de Maria era
muito importante: ela teria o dever de cuidar do menino Jesus e de
ensinar o que era certo e o que era errado enquanto Ele aprendia as
primeiras palavras e se desenvolvia. Provavelmente Maria deveria ser
uma mulher benigna, misericordiosa e justa para poder ensinar coisas
boas ao menino Jesus.
No
versículo seguinte do livro do profeta Ezequiel vemos algumas
características de uma pessoa a quem Deus considera de justo:
“Sendo, pois o homem justo e fazendo juízo e justiça, (…) não
oprimido a ninguém, tornando ao devedor a coisa penhorada, não
roubando, dando o seu pão ao faminto e cobrindo ao nu com vestes;
não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo juros, desviando a
sua mão da injustiça e fazendo verdadeiro juízo entre homem e
homem; andando nos meus estatutos, guardando os meus juízos e
procedendo retamente, o tal justo, certamente viverá, diz o Senhor
Deus.” Ez 18:5, 7-9
Com
isso, podemos concluir que Maria certamente era uma mulher bondosa,
que ajudava os necessitados, que desviava a sua mão da injustiça,
que guardava os estatutos e juízos de Deus andando segundo os
mandamentos divinos. Isto porque se Maria agradou a Deus, certamente
era uma pessoa justa. Se formos também bondosos, se desviarmos a
nossa vida da pratica da injustiça e se andarmos segundo a Palavra
de Deus, também alegraremos o coração do Pai com as nossas vidas.
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