domingo, 24 de novembro de 2019

O Senhor teria confirmado o teu reino


A Bíblia ensina-nos que nos momentos difíceis Deus pode confirmar as bênçãos que Ele nos prometeu. Isto porque a nossa fé é provada quando nos encontramos em situações difíceis onde nada podemos fazer para resolver os problemas. Os apóstolos de Jesus recomendam, por isso, a vermos a provação pelo lado positivo, porque nessas situações Deus aprova a nossa fé, e somos abençoados com o cumprimento das promessas de Deus.

O apóstolo Pedro diz-nos que a prova da nossa fé, que é mais preciosa de que qualquer bem material, resultará em louvor e glória a Jesus Cristo e consequentemente na vida eterna. “Nisso exultais, embora, por breve tempo, se necessário sejais constritados por várias provações, para que uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.” 1Pe 1:6-7.

Saul foi um dos homens de Deus que foi provado mas que no momento da provação não fixou a sua fé em Deus e não acreditou que teria de ser Deus a resolver o problema em que estava. Saul no seu segundo ano de reinado viu os filisteus vindo em direção a Israel em grande número: trinta mil carros e seis mil cavaleiros juntamente com um povo que parecia uma multidão de areia. “Reuniram-se os filisteus para pelejar contra Israel: trinta mil carros e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como areia que está à beira-mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven.” 1 Sm 13:5

A reação do povo de Israel ao ver que estavam em apuros, e em menor número, foi esconder-se nas cavernas, e pelos buracos, e pelos penhascos, e pelos túmulos e pelas cisternas. Contudo, alguns hebreus ajuntaram-se a Saul para combater. Antes de combater os filisteus Saul deveria esperar sete dias por Samuel para que ele viesse a Gilgal, oferecesse sacrifícios e orasse a Deus.

Enquanto Saul esperava por Samuel os homens que estavam com ele viam que Saul se demorava a chegar e desistiam de combate; e Saul foi-se vendo cada vez com menos homens para lutar, como vemos no versículo a seguir: “Esperou Saul sete dias, segundo o prazo determinado por Samuel, não vindo, porém, Samuel a Gilgal o povo se foi espalhando dali.” 1 Sm 13:8

Ao ver-se naquela situação Saul deixou-se levar pela situação aflitiva e resolveu oferecer ele o sacrifício a Deus no lugar de Samuel, para conseguir manter alguns homens consigo. Mas, mal acabou de oferecer o holocausto, Samuel chegou e ficou indignado com a atitude dele, como vemos a seguir: “Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou: Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e que os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, eu disse comigo: Agora descerão os filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do Senhor; e, forçado pelas circunstâncias, ofereci holocaustos.” 1 Sm 13: 10-11.

Saul não viu que Deus estava no controle da situação, e esqueceu-se que foi eleito rei pela graça de Deus. Ele não tinha sido rei por algo especial que tivesse mas porque Deus o escolheu e o capacitou com o seu Espírito. Saul tentou defender o reino de Israel pela sua força e não esperou por Deus, nem pelo seu sacerdote. A atitude de Saul foi reprovável, e ele não passou na prova em que se encontrava.

Por isso Samuel lhe disse que foi uma atitude néscia, tentar agir fora da orientação de Deus, porque aquela situação poderia ter servido para Deus confirmar o seu reino para sempre. “Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não guardar o mandamento que o Senhor, teu Deus te ordenou; pois teria, agora, o Senhor confirmado o teu reino para sempre.” 1 Sm 13:13.

Davi, foi o homem que Deus escolheu para substituir Saul, como rei; e ele também foi provado de uma forma muito mais dura. O próprio Saul passou a invejá-lo e a querer a sua morte a todo custo; e isso fez com que Davi tivesse de fugir de Saul por vários anos para salvar a sua vida. Contudo, A grande prova de Davi foi quando Deus deu-lhe uma oportunidade para matar a Saul; nesse momento Davi poderia ter matado a Saul e obter rapidamente o trono que lhe foi prometido por Deus.

Davi, não deixou-se levar nem pela vontade de ver a sua vida livre de perigo, nem pela vontade de conquistar o reino de Isarel. Ele temeu a Deus e não quis tocar no ungido do Senhor. Vemos isso a seguir: “Então, os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: Eis que te entrego nas tuas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te apetecer. Levantou-se Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois, sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; e disse aos homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.” 1 Sm 24:5-6. Assim Davi foi aprovado e recebeu de Deus o cumprimento da promessa de ser rei de Israel.

Da mesma forma que Saul e Davi, somos provados nas situações difíceis da vida, em que escapam a nossa capacidade de intervenção. Nesses momentos a nossa fé é provada, e caso sejamos aprovados, nos mantendo firme em Deus, receberemos as promessas que Ele deu a nossa vida.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Davi se esforçou no Senhor


David foi um dos servos do Senhor mais amados e a quem Deus mostrou o seu amor não só por ele mas por todos os seus descendentes. Davi é um exemplo de temor e obediência a Deus e de espera no Senhor para ver o cumprimento das promessas de Deus. Nos momentos mais difíceis da sua vida Davi não se esquecia de Deus e continuava a confiar na proteção e no amor divino.

Um dos momentos difíceis da vida de Davi, que lhe poderia levar ao desespero, foi quando viu que a sua família tinha sido levada pelos amalequitas. Naquele momento de desespero, Davi, chorou em alta voz, juntamente com os seus homens que estavam a sofrer a mesma situação. No livro de 1 Samuel, vemos que David e seus homens choraram tanto, que até perderam as forças.

Podemos ver a descrição desde momento da vida de Davi nos versículos seguintes: “E levaram cativas as mulheres que estavam nela, porém ninguém mataram, nem pequenos nem grandes; tão somente os levaram consigo e foram pelo seu caminho. Davi e os seus homens vieram à cidade, e eis que estava queimada a fogo, e as suas mulheres, seus filhos e filhas foram levados cativos. Então, Davi e o povo que se achava com ele alçaram a sua voz e choraram, até que neles não houve mais força para chorar.” 1 Sm 30:2-4.

Para além da tristeza que sentia, Davi teve de enfrentar a eminência de ser apedrejado por todos os homens que tinham perdido a sua família. Nesse momento, Davi esforçou-se em arranjar uma solução, e buscou a orientação de Deus através de um sacerdote que estava com eles.“E disse Davi a Abietar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me, peço-te aqui o éfode. E Abiatar trouxe o éfode a Davi. Então, consultou Davi ao Senhor, dizendo: perseguirei eu a tropa? Alcança-la-ei? E o Senhor lhe disse: Persegue-a, porque, decerto, a alcançarás e tudo libertarás.” 1 Sm 30:7-8

Davi esforçou-se portanto, em Deus, e não entregou-se a angústia. Apesar de cansado da viajem que tinham feito da terra de Israel para a terra dos filisteus, e do angústia que tinha passado por ver que tinham levado a sua família, ele dispôs-se em perseguir a tropa que tinha levado as mulheres, filhos e filhas dele e dos seus companheiros.

Este exemplo, Deus deseja que O tenhamos na nossa mente nos momentos de dificuldade. Deus deseja não baixemos os braços, que não desanimemos, mas que confiemos nele e nos esforcemos buscando Nele a força que necessitamos. “Tão somente esforça-te e tem muito bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que o meu servo Moisés ordenou; dela não te desvies , nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas onde quer que andares.” Js 1:7

Da mesma forma como Deus deu a Davi uma promessa, que exigia que ele confiasse em Deus para alcança-lá, nós também temos uma promessa que exige que confiemos em Deus e no poder do sangue do Seu Filho derramado na cruz do Calvário. Davi tinha a promessa de ser rei de Isarel, mas ele não tentou alcançar a promessa pelos seus próprios meios. Pelo contrário ele confiou em Deus, e deixou que fosse Deus a entregar-lhe o reino.

Quando se encontrava em aflição Davi não desanimava e esforçava-se para continuar a sua caminhada com Deus. Ele temia a Deus e colocava o temor a Deus em primeiro lugar na sua vida e não a bênção que a promessa de Deus significava. Ele declarou a sua confiança em Deus e o temor que tinha ao Senhor no verso seguinte do salmo: “O Senhor é o meu rochedo o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação e o meu refúgio.” Sl 18:2

Cada cristão tem uma grande promessa de Deus que é a vida eterna. Para alcança-la o cristão precisa de se esforçar e ter bom ânimo confiando na proteção e no amor de Deus. Essa atitude positiva de mover-se em direção da resolução dos problemas existentes quando há situações difíceis foi o que Deus recomendou a Josué e é o que Deus nos recomenda a cada dia.

domingo, 29 de setembro de 2019

A necessidade de avivamento


A Bíblia refere várias vezes a necessidade do povo de Deus reavivar-se, e relata as coisas maravilhosas que aconteceram com o avivamento do povo de Deus. Hoje, a necessidade de avivamento é muitas referida nas igrejas; mas não é percetível para muitos o motivo da necessidade do avivamento. Ao longo das Escrituras vemos motivos para a necessidade de avivamento.

No Antigo Testamento, como lemos a seguir, vemos o profeta Davi, no seu salmo 51 clamar a Deus pedindo uma renovação na sua vida. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto. (…) Torna a dar-me a alegria da salvação e sustem-me com um espírito voluntário.” Sl 51: 10,12. O principal motivo dessa necessidade era o pecado que existiu na vida do salmista e que fazia com que ele se sentisse afastado de Deus e sem a alegria da salvação. Podemos dizer que a renovação espiritual que o salmista pedia era sinónimo de avivamento.

O avivamento é uma ação de Deus que provoca despertamento espiritual da Igreja e o arrependimento dos maus caminhos. Para que aconteça um avivamento é necessário que a Igreja busque a Deus, através da oração e da meditação da Palavra. Ao buscarem a Deus e a sua Palavra, com humildade, os crentes apercebem-se dos seus pecados e arrependem-se e deixam os seus maus caminhos. Em resumo é necessário seguir a recomendação do versículo seguinte, para que aconteça um avivamento: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, sararei a sua terra 2 Cr 7:14-16

Com isso, passa a haver uma maior firmeza na fé que se traduz, na obediência a Palavra de Deus e na busca de Deus sem interesse. O avivamento traduz-se no ressuscitar da fé de crentes, que apesar de uma rotina religiosa, não têm amor a Deus, e não agradam a Deus nas suas atitudes. A igreja de Sardes é um exemplo de uma igreja que precisava de avivamento porque aparentemente estava viva para Deus, mas que na realidade não estava. “(...) Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.” Ap 3:1-3

Com o arrependimento do povo de Deus, é possível haver transformação do homem interior e a produção do Fruto do Espírito. A transformação do homem interior é essencial para a entrada no céu e por isso é o principal motivo da necessidade de um avivamento. O fruto do Espírito é descrito em Gálatas como vemos no versículo a seguir: “Mas o fruto do Espírito É: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” Gl 5:22

Por isso o avivamento, não se resume em dons do Espírito Santo como muitas vezes somos julgados a pensar, mas sobretudo na renovação do homem interior, como foi visto no apóstolo Pedro, que se tornou num homem que amava mais a Deus do que a sua própria vida. No versículo a seguir vemos como o apóstolo Pedro e os outros apóstolos, mudaram a sua forma de encarar a vida e as ameaças dos principais sacerdotes, e com isso, colocaram em primeiro lugar a vontade de Deus: “Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: mais importa obedecer a Deus do que aos homens. At 5:28-29

Vemos com o exemplo do apóstolo Pedro que a mudança interior reflete-se numa nova forma de pensar. Deus transforma o homem interior, no avivamento, e este último deixa de moldar-se a mentalidade do mundo a sua volta. Para o homem manter-se avivado, é necessário uma busca constante de uma nova mentalidade e não deixar que a sua mente se molde a mentalidade do mundo. Vemos a recomendação do apóstolo Paulo no versículo a seguir: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2

Por tudo isso, o avivamento não é apenas necessário para que haja dons espirituais na Igreja, como o falar de línguas estranhas, a profecia, entre outras coisas. É sobretudo para que haja vida espiritual no meio da Igreja, para que as pessoas despertem, abandonem os seus pecados e para que voltem a amar a Deus, não vivendo apenas uma mera religiosidade.

domingo, 22 de setembro de 2019

As veredas de Deus


Deus, como criador da humanidade, dos céus e da terra conhece a natureza do homem e da sua facilidade em se distanciar dos seus caminhos, deseja ser o guia pessoal de cada homem, para evitar que os que creem no Senhor Jesus se percam do caminho. Para isso, o nosso Senhor Deus usa o seu Espírito Santo, a sua Palavra e também a sua voz.

O nosso Senhor Jesus, antes de ser entregue pelos pecados da humanidade, disse aos seus discípulos que nãos os deixaria sós, mas que enviaria o seu Espírito Santo que iria ficar aos lado deles para conduzi-los em todos os caminhos que o Senhor os tinha ensinado. Vemos isso a seguir: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.” Jo 14:16-18.

O Espírito Santo é aquele que está connosco para nos ajudar a caminhar segundo tudo o que o nosso Mestre ensinou. A cada dia Deus requer de nós que saibamos administrar o nosso tempo, e que usemos o nosso tempo para tomar atitudes retas. Isso porque se quisermos viver para Deus temos de fazer o lhe agrada. Sabemos, como nos diz o versículo seguinte, que Deus não se agrada da iniquidade e com Ele o mal não subsiste, logo, para Lhe agradarmos temos de nos afastar na iniquidade, e da injustiça. “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal.” Sl 5:4.

Aqueles que trilham caminhos retos agradam ao Senhor e são considerados por Deus bem-aventurados os que guardam a sua Palavra. “Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o coração. E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos.” Sl 119:1-3

Devemos ter como bússola para os nossos caminhos a Palavra do Senhor e deixar espaço para que o Espírito Santo nos dirija nas retas veredas do Senhor Deus. Se formos obedientes, e submissos a Deus, Ele poderá nos instruirá a cada dia e ensinar-nos o caminho em que devemos seguir a cada dia, como nos diz o versículo seguinte do salmos 32: “Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei como os meus olhos.” Sl 32: 8

Para isso, Deus aconselha-nos a meditar-nos na sua Palavra de dia e de noite, para termos o cuidados de fazer conforme tudo o que nela está escrito. A vinda do Senhor Jesus está perto e precisamos de vigiar para não nos desviarmos nem para esquerda nem para a direita daquilo que o Senhor Jesus nos ensinou para que possamos estar em condições de irmos com o Senhor Jesus.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

A salvação vem do Senhor

Todas as pessoas já se viram nalguma situação onde as suas capacidades eram postas a prova e em que viram que apenas Deus as podia ajudar. A Bíblia mostra-nos que Deus é o nosso Salvador, e quem nos garante a vida eterna. Mas Deus não é apenas aquele que nos salva da condenação eterna, mas é aquele que pode salvar-nos nas várias dificuldades que surgem no dia a dia.

O povo de Israel depois de conquistar a terra de Canaã viu-se várias vezes em dificuldades e apercebiam-se que só Deus, que os tinha tirado da terra do Egito os podia salvar. Nesses momentos eles deixavam os seus ídolos e viravam-se para Deus e Ele os ouvia enviando livramento. Eles como o salmista recordavam-se que a salvação vem do Senhor: “A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção.” Sl 3:8

Deus é o único Deus, e tenta chamar as pessoas a si de várias maneiras; por isso quando as pessoas despertam e recordam que Deus é a sua única solução estão a reconhecer que Deus é Deus, e isso agrada ao nosso Senhor. Várias situações difíceis que ocorrem na vida das pessoas, são utilizadas por Deus para demonstrar que nos devemos virar para Ele e buscar a salvação apenas Nele. “Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Vós vistes todo o mal que fiz cair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá; e eis que elas são, hoje um deserto, e ninguém habita nelas; (…) Mas eles não deram ouvidos, nem inclinaram os ouvidos, para se converterem da sua maldade, para não derramarem incenso a deuses estranhos; “ Jr 44: 2,5

Sempre que o povo de Israel se voltava para Deus e pedia-Lhe socorro, o Senhor Deus os ouvia e os livrava porque Deus está atento ao clamor do seu povo, e pronto a salvar os arrependidos, como nos diz o versículo a seguir: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a terra.” 2Cr 7:13.

Ao longo do livro dos profetas vemos que depois de receber o socorro que necessita, o homem deve declarar no seu coração que apenas em Deus se encontra a salvação, e honrar a Deus, andando conforme o que nos ensina a sua Palavra, porque Deus apesar de ser misericordioso também é justo e deseja que os seus filhos o amem, e sejam constantes na sua busca pela sua presença.

Isso implica que os homens deixem de lado os seus ídolos, se arrependam dos seus pecados e se virem totalmente para Deus. Deus é Santo e não se agrada da iniquidade praticada pelo homem, como vemos no versículo a seguir: “Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal.” Sl 5:4

Aqueles que desejam o favor de Deus e a sua Presença precisam de se afastar da iniquidade. Todos os caminhos que possam parecer mal aos olhos de Deus devem ser deixados, e o coração deve ser limpo da maldade como nos aconselha o apóstolo Tiago no versículo a seguir: “Adúlteros, e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.(...) Chegai-vos a Deus, e ele se achegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e vós de duplo ânimo, purificai o coração.” Tg 4:4,8.

O caminhar do homem deve ser então regida por uma sabedoria divina. A inteligência deve ser exercitada pela prática dos ensinamentos de Deus. Nos versículos a seguir o apóstolo Tiago diz-nos como podemos mostrar sabedoria e inteligência para Deus: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre pelo bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.” Tg 3:13-15.

A Bíblia nos ensina, portanto, que todos aqueles que desejam ter a salvação de Deus a cada dia, devem honra-Lo e obedece-Lo pois Deus sonda os nossos corações e deseja que nós os amemos com sinceridade. Depois de obter a bênção de Deus, o homem para continuar gozando dos benefícios de Deus deve deixar tudo o que desagrada a Deus e servi-Lo de todo o coração.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

O teu Ajudador


Na Bíblia vemos que Deus trata com misericórdia e graça ao seu povo escolhido. Essa misericórdia e graça traduz-se na ajuda diária que Deus concede a todos os que fazem parte pela fé a nação de Israel. Em tudo o que o homem necessita de fazer ele pode contar com a ajuda de Deus. Ao longo do Antigo e do Novo Testamento vemos como Deus várias vezes ajudou o seu povo.

O salmista Davi fala da forma como Deus sustentou a sua vida e louvou a Deus através do salmo 103. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e de misericórdia.” Sl 103: 2-4.

Ao longo dos livros do profeta Samuel vemos que Deus durante toda vida de Dai ajudou-o capacitando-o, através do seu Espírito, com força e destreza para enfrentar animais ferozes (urso, leão) e para combater na guerra. Apesar de ser jovem e pouco experiente em guerrear, Davi mostrou força e coragem e conseguiu derrotar o gigante Golias que desafiava o povo de Israel.

Nos versículos a seguir vemos como Davi conseguiu derrotar animais ferozes e mais tarde o experiente soldado Golias através do poder de Deus: “Porém Saul disse a Davi: Contra o filisteu não poderás ir pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade. Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando um leão ou um urso os tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei(...) Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; a pedra encravou-se-lhe na testa, e ele caiu com o rosto em terra.” 1Sm 17:33-34,49.

Para além disso, o Espírito Santo de Deus ajudava a Davi colocando temor a Deus no seu coração, e fazendo com se desviasse do mal. Vemos no livro de 1 de Samuel, que Davi sentiu como que um alerta de Deus para que não matasse a Saul, e esse aviso ajudou a Davi a não cometer um assassinato contra um ungido de Deus. Nos versículos a seguir vemos a descrição de como isso se passou: “Sucedeu, porém, que depois, sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; e disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor.” 1 Sm 24:5-6. Assim Davi conquistou o trono de Israel através da força de Deus.

Deus foi o ajudador de Davi e deseja ser o ajudador de cada homem, basta que sejamos humildes e nos submetamos ao seu Senhorio. A nação de Israel, foi rebelde contra Deus; não obedeciam aos seus mandamentos e adoravam outros deuses. Essa atitude tão insensata entristeceu Deus e colocou esta nação numa situação de desproteção dos povos ao seu redor. No livro do profeta Oseias Deus comenta acerca da insensatez do povo de Israel: “Para perda tua, ó Israel, te rebelaste contra mim, contra o teu ajudador.” Os 13:9

Deus foi aquele que criou a nação de Israel e quem os tinha conduzido no deserto até a terra de Canaã. Durante a travessia o povo foi alimentado, pela graça de Deus, e conseguiu conquistar as cidades porque Deus era com eles. Eles deviam a Deus as chuvas que regavam a terra, e o sucesso de cada colheita. Mesmo assim eles esqueceram-se de Deus e voltaram-se para outros Deus. Vemos isso a seguir: “E, agora, multiplicaram pecados e da sua prata fizeram uma imagem de fundição, ídolos segundo o seu entendimento, todos obra de artífices, dos quais dizem: os homens beijam os bezerros.” Os 13:2.

O exemplo da nação de Israel serve para nos alertar para que não deixemos de nos submeter ao nosso Deus, pois tudo o que temos devemos a Ele. A vida do profeta Davi serve para nos lembrar que aqueles que temem ao Senhor são bem-aventurados e gozam do amor de Deus, como nos diz o versículo a seguir “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja a esperança está posta no Senhor, seu Deus, que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles e que guarda a verdade para sempre;” Sl 146:5-6.

Aqueles que confiam em Deus e que depositam a sua esperança no Criador dos céus e da terra são com uma árvore plantada a beira do rio e têm em si o fluir da seiva de Deus, dando frutos em todas as situações. Apenas em Deus, e no seu poder de nos capacitar devemos colocar a nossa esperança, pois Deus está sempre com aqueles que O buscam.

sábado, 14 de setembro de 2019

Acima de tudo


A Bíblia ensina-nos que prioridades devemos dar a nossa vida, e ajuda-nos colocar cada área da nossa vida numa hierarquia de prioridades que agrade a Deus. Hoje em dia o cristão tem o desafio de conciliar a sua vida espiritual, com a sua vida profissional, familiar, e outras coisas determinantes na nossa vida. Deus través da sua Palavra diz-nos que devemos colocar acima de tudo a nossa vida espiritual.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus diz-nos através dos evangelhos que devemos colocar a nossa vida espiritual acima de tudo na nossa vida, buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” Mt 6:33.

O Reino de Deus é regido por regras diferentes das que encontramos no mundo, e a figura central do Reino de Deus é Jesus Cristo e a sua vontade. Por isso, ao buscarmos o Reino de Deus buscamos a Jesus Cristo e ao Pai Celeste, e colocamos como prioridade a sua vontade. A obediência a vontade do Pai Celeste é um dos requisitos para após a nossa morte termos lugar no reino de Deus, como vemos no versículo a seguir: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” Mt 7:21.

Ao longo do seu dia a dia, o cristão tem, portanto, como prioridade obedecer a vontade do Pai, em todas as áreas da sua vida. Na sua obediência a Palavra de Deus, o cristão demonstra a sua obediência ao primeiro mandamento dado por Deus, que é o de amar a Deus acima de tudo. “Respondeu Jesus: O principal é: Ouve ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” Mc 12:29-30.

Enquanto o cristão se dedica em obedecer a vontade do Pai Celeste, acaba por amar ao seu próximo e por obedecer ao mandamento dado pelo Senhor Jesus. Nesse mandamento o nosso Senhor Jesus ordenou aos seus discípulos que se amassem uns aos outros da mesma forma com Ele tinha os tinha amado. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Jo 13:34.

No amor ao Pai Celeste e ao próximo, o cristão coloca em segundo lugar os seus interesses pessoais, e coloca em primeiro lugar a justiça e o amor ensinado pelo nosso Mestre. Essa prioridade, faz com que a maior realização pessoal do cristão seja a obediência a vontade do Pai Celeste.

A alegria pela aprovação do Pai Celeste passa a ser maior do que a alegria conseguida na vida profissional, familiar, entre outras coisas. Essa satisfação pela aprovação de Deus deve motivar também ao cristão a buscar aquilo que é agradável a Deus e a ter prazer naquilo que dá alegria ao Pai Celeste. “provando sempre o que é agradável ao Senhor.” Ef 5:10.

O nosso Mestre o Senhor Jesus, como Filho de Deus, nos ensinou como deveríamos honrar a Deus, e agir como seus filhos. O nosso Mestre mostrou-nos como é glorioso ouvir do nosso Pai Celeste a sua aprovação do Pai Celeste e o convite para entrarmos no gozo eterno. Por isso como filhos e como servos que somos podemos ter a esperança de ouvir: “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” Mt 25:23.

sábado, 31 de agosto de 2019

Zelar pela salvação

Sabemos que existem coisas que têm grande valor para nós e que por isso cuidamos delas com mais dedicação, com mais entrega. Para essas coisas da nossa vida demonstramos mais diligência em cuidar delas e somos motivamos por uma afeição íntima. A Bíblia fala-nos de que a salvação é um bem preciso, a qual devemos manter com todo o zelo e amor.

O homem para além de ter um corpo que precisa de manter e cuidar com alimentação adequada e vestuário protetor, tem também uma alma e um espírito. A diferença entre estas três partes do homem é a sua longevidade: o corpo envelhece após cerca de 100 anos e morre; a alma pelo contrário é eterna, e por isso mesmo após a morte do corpo a alma continua a existir. Por isso o nosso Mestre diz-nos que não importa o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma.” Mc 8:36

Devemos por isso preservar a nossa salvação com muito cuidado, vigiando constantemente o que está ao nosso redor para mantermos um coração voltado para Deus e em condições que agradem ao Espírito Santo. Por isso o nosso Mestre aconselha-nos, no versículo a seguir, a não deixarmos o nosso coração ficar sobrecarregado com os cuidados deste mundo e distraídos de Deus: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente como um laço” Lc 21: 34

Ao vigiar o cristão analisa as coisas que estão a sua volta, e confirma se são situações que o possam levar a desagradar a Deus, e a afastar-se da Sua presença. O nosso Senhor Jesus poderá voltar a qualquer momento e não queremos que Ele nos encontre vivendo em pecado, e sem arrependimento das nossas más ações. Por isso, o apóstolo Pedro aconselha-nos a permanecermos firmes na fé para que não nos afastemos de Deus: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.” 1Pe 5:8-9

Para nos mantermos firmes da fé temos de fazer alguma coisas que ajudam a manter o nosso coração puro, as nossas ações justas e o nosso propósito no alvo certo. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir ao dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embaraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é e palavra de Deus; com toda a oração e súplica por todos os santos;” Ef 6:13-18.

Na época do apóstolo Paulo o cinto era uma peça que adequava o vestuário ao corpo e que dava liberdade de movimentos. O cinto da verdade adequa o viver cristão a sua profissão de fé. A verdade quando interiorizada permite que o cristão saiba distinguir o que é correto do que não é correto para Deus e faz com que ele saiba adequar os seus comportamentos segundo a vontade de Deus. Quando o que dizemos e o que fazemos não coincidem com a Palavra de Deus ficamos infrutíferos. Deus é glorificado quando damos muito fruto, como vemos no versículo a seguir: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.” Jo 15:8

No mundo espiritual existem forças opositoras contra a vida dos cristãos que não vemos, porque são espirituais. Para nos proteger dessas forças espirituais da maldade temos de vestir toda a armadura de Deus. Um dos alvos do nosso inimigo é o nosso coração: ele tenta sujar o nosso coração, com maus sentimentos e pensamentos, de forma a que nos comportemos de forma que desagrada a Deus. Uma forma de proteger o nosso coração e a nossa alma é praticando a justiça e tendo uma conduta íntegra. Essa conduta será para nós como que uma couraça de justiça referida pelo apóstolo Paulo.

A proclamação do evangelho do Reino é uma forma de manter-nos na direção certa. Essa proclamação pode ser feita através das nossas atitudes ou através do testemunho do que Deus é para nós, a outras pessoas que nos rodeiam. O apóstolo Paulo também no aconselha a proteger-nos com a fé quando somos atacados pelo inimigo. A fé em Deus permite confiarmos no seu amor e assumirmos o nosso papel como filhos de Deus.

Saber que somos salvos e que não pertencemos a este mundo mas sim a Deus ajuda a proteger as nossas mentes das mentiras do inimigo das nossas almas. A salvação da alma é algo que não precisamos pagar, mas sim receber gratuitamente. O preço para a nosso salvação foi pago pelo Senhor Jesus, quando se deu na cruz do Calvário; cabe ao homem aceitar a salvação dada por Jesus e submeter-se ao seu senhorio. Nos versículos a seguir vemos que não há nada que o homem. “Que daria um homem em troca de sua alma?” Mc 8:37.

A medida que caminharmos com Deus vamos ter uma necessidade cada vez maior de usar toda a armadura de Deus para nos podermos manter firmes no caminho da salvação. Precisamos de cuidar da nossa salvação com todo o zelo, pois ela é o maior bem que possuímos.

domingo, 25 de agosto de 2019

A si mesmo se esvaziou

O nosso Mestre, o Senhor Jesus é aquele que permitiu que qualquer homem pudesse ter acesso ao Reino Celestial, ao entregar-se em sacrifício vicário por nós na Cruz do Calvário. Para além de ser o nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo é também o nosso exemplo de como devemos caminhar de forma a que possamos viver em obediência ao Pai Celeste.

Sabemos que o nosso Senhor Jesus é o Filho de Deus, e que Deus deseja que nós nos tornemos semelhantes a Ele no nosso carácter e na forma como nos relacionamos com Ele. O apóstolo Paulo diz-nos, no versículo a seguir, que os cristãos foram projetados para serem semelhantes a Jesus Cristo: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos.” Rm 8:30

No Novo Testamento vemos que Jesus era manso e humilde de coração e que a obediência a vontade de Deus Pai era o motivo da sua vinda a terra. “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” Jo 6:38. Como Mestre, Jesus ensina-nos a emita-Lo e recomenda-nos que também tenhamos como objetivo de vida fazer a vontade do Pai Celeste e a obedece-Lo em tudo.

Sabemos que a obediência exige uma renuncia da própria vontade, e que isso é algo difícil de fazer. Isso exige que nos esvaziemos a nós mesmos, e que coloquemos em primeiro lugar a vontade do Pai Celeste. No dia a dia, tudo a nossa volta incentivam-nos a sermos orgulhos e a colocarmos a nossa vontade a cima de tudo. Por isso, Deus recomenda aos cristãos que sigam o exemplo de Jesus Cristo, que sendo Filho de Deus, entronizado entre querubins e cheio de glória, veio a terra na forma de homem, e morreu a mais vergonhosa morte da sua época.

Vemos a recomendação do Espírito Santo a seguir: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2: 2-8

Para esvaziar-nos da nossa própria visão da vida precisamos de reconhecer que Deus é Omnisciente, aquele que tudo sabe; e que tudo o que Ele nos diz através da sua Palavra é a Verdade. Quando reconhecemos que a Palavra é a verdade, colocamos de lado as nossas próprias ideias, e nos obrigamos a obedecer a Palavra. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo.” 2 Co 10:4-5.

Para além de renunciarmos os pensamentos contrários a Palavra de Deus devemos cultivar pensamentos que sejam bons, como por exemplo devemos pensar em coisas que sejam verdadeiras segundo a Palavra de Deus, e também tudo o que possa ser justo, puro e amável, como vemos no versículo a seguir: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8

Quando nos esvaziamos de tudo aquilo que é contrário a vontade de Deus como o ódio, a inveja, o rancor, a ira, damos lugar ao Espírito Santo, para que Ele possa nos encher e nos capacitar a obedecer a vontade de Deus. Quanto mais nos vaziarmos de nós mesmos, mais poderemos receber do Espírito Deus; e seremos melhores servos de Deus. Por isso, devemos nos estimular a seguir o exemplo de Jesus Cristo, na sua humildade e na sua obediência a Deus.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Limpos de coração

O nosso Senhor Jesus ao derramar o seu sangue pela humanidade na cruz do Calvário, permitiu que todos os que cressem Nele pudessem ter acesso ao céu. Depois de aceitarmos a Jesus como Senhor e Salvador passamos a ser também do Pai Celeste, pois fomos comprados para Deus através do sangue de Jesus Cristo. Depois de fazermos parte do Reino de Deus a pureza de coração tem de ser cultivada para que possamos nos achegar cada vez mais a Deus.

No Reino de Deus a felicidade passa a ser consequência de coisas diferentes daquelas que nos davam felicidade quando estávamos fora do Reino de Deus. O nosso Mestre diz-nos que são felizes aqueles que são limpos de coração. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” Mt 5:8

Muita coisa do mundo e da nossa velha natureza podem sujar o nosso coração, e é necessário que o cristão limpe o seu coração das coisas da velha natureza que antes dominavam os seus pensamentos. “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e avareza, que é idolatria; (…) Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.” Cl 3: 5,8

Enquanto estivermos na terra, Deus Pai deseja transformar progressivamente a nossa vida, para alcançar-mos semelhança com o seu Filho Amado. Uma das característica de Deus e do seu Filho é a sua Pureza, que é uma consequência da sua Santidade. Deus através do seu Santo Espírito e da sua Palavra deseja limpar o nosso coração e transformar-nos a imagem do Senhor Jesus. “e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” Cl 3:10

Quanto mais puros de coração formos mais podemos conhecer a Deus e agradá-Lo. Um dos requisitos para conhecermos a Deus é haver temor no coração. Quando se teme a Deus, nos afastamos do pecado e de tudo o que lhe possa desagradar. “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.” Pv 1:7 Como a fuga de atos que possam desagradar a Deus contribui para a pureza do coração, o temor a Deus também contribui para que tenhamos um coração puro.

Todos aqueles que ouvem a Palavra de Deus têm a responsabilidade de a porem em prática pois caso contrário, podem cair na mera religiosidade. O apóstolo Tiago admoesta-nos sobre isso nos versículos a seguir: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque se alguém, é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; (…) Mas, aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.” Tg 1:22-23,25

A purificação da alma pode ser obtida através da prática da Palavra de Deus. O Espírito Santo diz-nos isso através do seguinte versículo da primeira epístola de Pedro. “Tendo purificado a vossa alma, pela obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” 1Pe 1:22

Ler a Palavra de Deus e pratica-la é uma forma de buscar o conhecimento de Deus e ajuda-nos a sermos puros e irrepreensíveis para Deus. Por outro lado, preparar-nos para a vinda do nosso Senhor Jesus. O apóstolo Paulo refere isso nos versículos seguintes: “ E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” Fp 1:9-11

A pureza de coração é assim importante para podermos caminhar de forma agradável a Deus, e pode ser alcançada através da prática da Palavra de Deus e também deixando de lado os maus sentimentos como a ira, o ódio, a inveja, entre outras coisas. A pureza de coração ajuda-nos a ser irrepreensíveis para Deus e a estarmos preparados para a vinda do Senhor Jesus.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O que semeamos a cada dia


A cada dia o cristão tem desafios e questões para resolver que podem ser resolvidos de diversas maneiras, utilizando diversos valores morais. As decisões tomadas podem ter impacto no presente, no futuro e na vida eterna do cristão. Por isso, a Bíblia alerta aos cristãos a não tomarem as suas decisões com base apenas nas suas necessidades, e vontades, mas sobretudo a basearem-se nos princípios da Palavra.

O nosso Mestre, ao longo dos evangelhos dá-nos várias orientações sobre como devemos decidir no nosso dia a dia. Isso, para que não caiamos no erro de tomar decisões que tenham impacto negativo na nossa vida eterna. “buscai em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33

Embora, as necessidades do dia a dia sejam importantes, elas não devem ser colocadas como prioridade na nossa vida, nem acima os valores do reino dos céus. Por isso, o nosso Mestre diz-nos que os gentios, é que se deixam levar pelas ansiedade causada pelas necessidades diárias, como comer, beber e vestir. Os cristãos para agradarem a Deus devem preocupar-se em primeiro lugar em cumprir a justiça de Deus e obedecer a sua Palavra.

É uma loucura buscar apenas a resolução das necessidades básicas da vida, através do entesouramento de bens materiais, e deixar de lado a necessidade de investir do Reino de Deus, e de sermos ricos para Deus. Isso porque a nossa vida é breve, em comparação com vida eterna, que é exatamente eterna. O nosso Mestre, avisa-nos isso através da parábola do rico insensato: “Então direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:19-21.

Deus, pede contas das nossas vidas, diariamente e por isso temos de administra-la a cada dia lembrando do amor que Deus deseja que tenhamos pelo nosso próximo, e das necessidades das pessoas que nos rodeiam. Quando nos centramos apenas nas nossas necessidades, esquecemos das pessoas que estão a nossa volta e das suas necessidades. Por isso, o rico da parábola foi insensato porque esqueceu-se que existiam pessoas a sua volta que precisavam de ajuda, e não usou corretamente os seus bens. Ao morrer, tudo aquilo que ele tinha armazenado não tinha mais valor, porque não iriam beneficia-lo na vida após a morte.

O Espírito Santo recomenda-nos a investirmos a nossa vida de forma a que os princípios de Deus, sejam colocados em primeiro lugar. Vemos isso no versículo a seguir: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para ao sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.” Gl 6:7-9.

O investimento que fazemos é comparado com uma semeadura; por outras palavras, as nossas atitudes são como sementes que colocamos num terreno para que cresçam; se tivermos atitudes corretas semeamos corretamente, se tivermos atitudes incorretas semeamos erradamente para a nossa carne. Tudo o que dispomos, podem ser vistos como sementes que vamos usar para plantar num terreno.

O nosso tempo, os nossos talentos, as finanças que dispomos, são como sementes que podemos usar para fazer crescer coisas boas ou coisas que não vão de encontro as necessidades do Reino de Deus. Por isso devemos usar tudo de forma a que o nosso Senhor Jesus veja utilidade em nós, e para o seu Reino. Mesmo que não sejamos recompensados imediatamente, no céu receberemos recompensas de tudo o que fizermos de bem.

Por isso o Espírito Santo diz-nos que não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos. “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.” Gl 6: 9-10.

Da mesma forma como um administrador gere os bens de outra pessoa, os cristãos gerem uma vida que não é deles mas sim de Deus: tudo o que o cristão tem não é dele, mas sim de Deus e por isso ele deve gerir o seu dia a dia de forma a que o nosso Senhor Jesus se do que ele faz.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Deus perdoa o pecador

A Bíblia demonstra através dos seus vários livros e evangelhos que Deus é totalmente Santo e Justo. Contudo, apesar da sua Santidade Deus ama o pecador, a ponto de ter planeado uma forma de expiação dos pecados da humanidade. Ao enviar o seu Filho Amado, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar, Deus deu a humanidade uma forma de ter os seus pecados perdoados. Cabe apenas o homem aceitar o sacrifício vicário de Jesus Cristo.

Na epístola aos romanos vemos que aqueles que creem em Jesus Cristo é-lhes imputada a justiça porque Jesus, nosso Senhor foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou para a nossa justificação. “mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” Rm 4:24-25.

Vemos então, que Deus perdoa os pecados daqueles que se achegam ao seu Filho Jesus e creem no seu sacrifício. Então, todos os pecados que o homem tenha cometido ficam justificados pelo sangue de Cristo. A fé é o meio para alcançarmos a Graça da Salvação de Deus. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” Rm 5: 1-2.

O justo recebe a vida eterna pela fé em Cristo Jesus, e não por meio de boas obras, como vemos no versículos a seguir: “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Ora, a lei não procede da fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” Rm 3:11-14

Depois de recebermos a salvação através da fé em Cristo Jesus, podemos achegar-nos a Deus em busca de perdão, quando tivermos cometido algum pecado. Isto porque Jesus para além de ser propiciador dos nossos pecados, também nos defende perante Deus como Advogado. “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1Jo 2:1-2.

Deus não nos abandona, e deseja transformar a nossa vida progressivamente, à semelhança com o seu Filho Amado. Quando pecamos, Deus continua fiel ao seu Amor e ao seu propósito de transformar as nossas vidas. Por isso, Deus nos perdoa quando confessamos os nossos pecados e purifica-nos de toda a injustiça. “ Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos purificar de toda injustiça. “ 1 Jo 1:9

Ao longo dos evangelhos vemos que Jesus perdoou os pecados de muita gente, e que com esse perdão as pessoas usufruíram de uma nova vida com Deus. O paralítico, trazido até Jesus por quatro amigos, teve os seus pecados perdoados, e também cura para a sua paralisia. “E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados.(...) Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos disse: porque cogitais o mal no vosso coração? Pois qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados- disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa.” Mt 9:2,4-6.

Hoje, Jesus Cristo ainda deseja perdoar pecados e restaurar a vida dos que se achegam a Ele. Apenas precisamos, receber pela fé o seu perdão, e deixar que o seu Espírito Santo transforme as nossas vidas para que possamos viver uma vida agradável a Deus Pai.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Inimizade contra Deus

O homem depois de encontrar-se com Deus e conhecer a Jesus como o seu Senhor e Salvador, pode continuar a ter um comportamento fora dos padrões da Palavra de Deus. Ao homem com este comportamento a Bíblia chama de homem carnal. O homem carnal tem algumas características que devem ser conhecidas de forma a evitar esses comportamentos.

As principais características relacionam-se com a forma como o homem encara o seu próximo: ele  vê o próximo com inveja e maldade ; e deixa-se envolver por contendas e outras coisas que desagradam a Deus. O apóstolo Paulo refere na epístola aos coríntios que os cristãos manifestam um comportamento carnal quando se deixam envolver por ciúmes e contendas. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (…) Porquanto havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo os homem?” 1Co 3:1,3

A carnalidade opõe-se a espiritualidade que Deus deseja para os cristãos. A carnalidade demonstra-se nos ciúmes, na soberba, nos comportamentos inconvenientes. A carnalidade manifesta-se quando o cristão, nas suas decisões, direciona-se mais para os seus próprios interesses, do que para os interesses de Deus. O cristão carnal, coloca de lado o mandamento de Jesus, de nos amaremos uns aos outros, e põe os seus interesses em primeiro lugar. Por isso, coloca o seu eu no centro da sua vida e não Jesus Cristo e a sua Palavra.

A maldade, que se traduz no desejo de ver o próximo mal, numa situação difícil, faz com que o cristão carnal, alegre-se com as injustiças sofridas pelo seu próximo. Sabemos que Deus é benigno e misericordioso, e que deseja que os seus filhos, sejam também benignos e misericordiosos. Quando não existe no coração do cristão benignidade, mas maldade, ele coloca-se numa posição contrária a vontade de Deus. Como vemos a seguir, Deus deseja que andemos em amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, (…) não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;” 1Co 3: 4,6.

Deus é Amor, e quando o homem conduz-se no ódio e na maldade, pensa de uma forma, que se opõe a vontade de Deus para os homens. Por isso, quando o homem está na carne não pode agradar a Deus, e ainda faz-se inimigo de Deus, porque rebela-se contra o senhorio de Deus na sua vida e deseja combater a obra de Deus na vida dos outros. Se deixar-nos levar pelas coisas da carne andamos no sentido contrário à direção do céu. “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Porquanto os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:7-8

Para podermos ser amigos de Deus temos de ser submissos à sua vontade, e caminharmos na direção apontada por Deus. A Bíblia, diz-nos que Abraão o nosso pai na fé foi considerado amigo de Deus, porque colocou a sua fé em Deus, e foi obediente em tudo. “Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e Foi chamado amigo de Deus.” Tg 2:22-23.

O Espírito Santo deseja conduzir-nos de forma a que nos torne-mos graduadamente mais amigos de Deus e mais próximo do exemplo do nosso Senhor Jesus. Ele deseja produzir em nós o seu Fruto, e capacitar-nos a deixarmos ser usados por Deus nos seus assuntos. Podemos ver na epístola aos gálatas os componentes do Fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

A amizade com Deus é um privilégio que os homens têm e que deve ser preservada. Deus é Senhor, e deve governar as nossas vidas. Pela criação de Deus que está a nossa, e pela salvação que o Pai Celeste nos concedeu, através do seu Filho Amado, devemos temer a Deus, e ser-Lhe obedientes; Deus merece todo o nosso amor e devoção.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Deus prova os corações

Deus criou o homem com características peculiares, que o distinguem de todo o resto da sua criação. Algumas dessas características é o facto de ter alma; capacidade de sentir, pensar e de escolher. O ser humano tem por isso a de capacidade de decisão. O homem pode, por isso, escolher o que quer fazer, entre todas as possibilidades que estiverem perante dele.

O facto de ter uma alma, e de sentir emoções, de ter vontades e desejos, influencia o seu comportamento. Consoante o que estiver na mente, e no coração do homem, as atitudes poderão ser ou não agradáveis a Deus. Por isso, o nosso Senhor Jesus avisa-nos que é do coração que procedem todas as atitudes más, como vemos no versículo a seguir: “Por que do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias.” Mt 15: 19.

Deus é omnisciente e por isso sabe tudo o que pensamos, desejamos e fazemos. Contudo, Deus por vezes deseja ver se aprendemos o que Ele nos tem ensinado na sua Palavra, e que tipo de coisas existem no nosso coração. Da mesma forma como fazemos uma prova pública, e os nossos conhecimentos são verificados e os resultados afixados publicamente, Deus permite que passemos por provas onde a nossa forma de pensar, e tudo que aprendemos são testadas publicamente.

No versículo a seguir vemos que Deus diz-nos através do livro do profeta Jeremias que Deus esquadrinha o coração, prova os pensamentos; e retribui ao homem consoante ao seu procedimento. “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17:10.

Os pensamentos do homem são importantes para Deus; e por isso Deus prova os nossos pensamentos. Os cristãos são por isso aconselhados a não deixarem maus pensamentos na sua mente, e a cultivarem pensamentos que agradem a Deus: “Finalmente irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8

Se já existirem pensamentos e ideias erradas, Deus aconselha-nos a arrepender-nos dos maus pensamentos e intenções e a voltar-nos para Deus. Caso haja conversão, Deus perdoa-nos e evitamos que esses pensamentos nos conduzam a perdição. “Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os vosso caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniquidade vos não servirá de tropeço.” Ez 18:30.

Para aqueles que não se convertem dos seus pensamentos e dos seus maus caminhos Deus, retribuirá com ira e indignação, como vemos nos versículos da epístola aos romanos: “que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas, ira e indignação aos facciosos, que desobedecem a verdade e obedecem à injustiça;” Rm 2: 6-7

A Bíblia fala de várias pessoas que foram provadas, e que com o seu comportamento mostraram amar a Deus e aos seus mandamentos. Essas pessoas foram recompensadas com o cumprimento de bênçãos, e com uma maior comunhão com Deus. Abraão, homem descrito na Bíblia como o pai da fé de Israel, foi provado por Deus, e mostrou com a sua obediência que amava mais a Deus do que as bênçãos que Deus lhe tinha prometido.

Nos versículos a seguir vemos a prova de Abraão e o resultado da mesma: Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. (…) Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.” Gn 22:1-2, 12.

Assim, com as provas, podemos ver até que ponto temos aprendidos aquilo que Deus nos tem ensinado, e também mostramos a Deus em que nível espiritual nos encontramos. Se passarmos prova, podemos continuar a crescer espiritualmente, caso não passemos temos de rever as áreas em que precisamos de nos aperfeiçoar. Deus tem como objetivo principal para a vida do cristão, fazê-lo crescer espiritualmente, tendo como referência o seu Filho, Jesus Cristo.

terça-feira, 23 de julho de 2019

O efeito do Senhorio de Cristo

O nosso Senhor Jesus Cristo, sendo Filho de Deus, foi enviado à terra pelo Pai Celeste, em forma de homem para que pudesse pagar o preço dos pecados da humanidade. Ao ter cumprido a sua missão, Jesus Cristo tornou-se o nome mais elevado, no céu e na terra; o Senhor de todos os homens, tanto daqueles que O servem como àqueles que não O servem.

Na epístola aos romanos o apóstolo Paulo refere que tudo o que os homens fazem é para o Senhor Jesus, tanto aquilo que fazem de bem, como aquilo que fazem de mal. O Espírito Santo diz-nos que o Filho de Deus ao ter morrido e ressuscitado tornou-se Senhor tanto dos vivos, como dos mortos espiritualmente. “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si mesmo. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.” Rm 14:7-9.

Quando o homem encontra-se com o Senhor Jesus, e apercebe-se que Ele é Deus, Todo-Poderoso, ele rende-se aos seus pés e aceita Jesus como salvador da sua vida. No entanto, quando o cristão apercebe-se que Jesus Cristo é Senhor da sua vida, por o ter comprado com o seu sangue, ele deixa de agir como se fosse dono da sua vida e deixa de buscar apenas a sua vontade, para buscar a vontade de Deus.

Jesus Cristo, deseja que o cristão reconheça, a cada dia, que Ele é o seu Senhor, e que ponha a sua vida à disposição Dele e ao seu serviço. O Espírito Santo deseja ajudar-nos a sermos mordomos de tudo na nossa vida e a multiplicar tudo o que Ele nos tem dado para o Reino de Deus. O nosso Mestre explica que devemos multiplicar para Ele tudo o que nos foi dado através da parábola dos talentos: “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.” Mt 25: 14-15.

Nos versículos a seguir vemos que o profeta Davi, louvou a Deus porque tudo o que ele e o povo de Israel tinham vinha de Deus; e por isso, em agradecimento eles ofertavam tesouros para a casa de Deus. “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças de damos e louvamos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.” 1 Cr 29:11-14

Essa nova visão acerca da vida transforma os objetivos da vida e também o próprio carácter do cristão. O cristão deixa a avareza, a soberba, para humildemente dispor tudo o que tem para o bem do seu próximo e da igreja. Os seus planos, deixam de ser motivados pela ideia da superioridade sobre os outros e passam a focar-se na obediência do exemplo do Mestre em lavar os pés os discípulos.

Nos versículos a seguir vemos a recomendação do nosso Senhor Jesus de que os seus servos, e discípulos, deveriam seguir o seu exemplo e lavar os pés uns dos outros. “Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu voz fiz, façais vós também.” Jo 13:12-14.

Deus deseja que tenhamos a perceção de que, para além de sermos seus filhos, pela Graça do Senhor Jesus, também somos seus servos. Como servos, devemos imitar o nosso Senhor Jesus, que veio a terra, e viveu como servo em obediência ao Pai Celeste. A nossa vida, é do Senhor Jesus, para servi-Lo e contribuir para o crescimento do seu Reino; tudo o que temos e somos é do Senhor e devemos administrar a nossa vida, não como se a vida fosse nossa, mas na consciência de que a nossa vida é do Senhor Jesus e que teremos de dar contas de tudo o que fizermos.

domingo, 21 de julho de 2019

Veja que não caia


O povo de Israel que sofria por causa da escravidão no Egipto, viu grandes sinais e maravilhas de Deus, enquanto faraó era convencido a deixa-los sair do Egipto. Eles presenciaram as dez pragas que Deus fez cair sobre o Egipto, e foram protegidos do exterminador, quando todos os primogénitos egípcios morreram. Eles souberam o que era sair da terra da escravidão cheios de riquezas e ainda viram a salvação de Deus quando faraó foi atrás deles no deserto; Deus abriu o mar Vermelho e eles passaram em seco até ao outro lado do mar.

Vemos a seguir a última praga que Deus lançou sobre o Egipto e que convenceu a faraó deixar sair o povo de Israel: “Aconteceu que, à meia noite, feriu o Senhor todos os primogénitos na terra do Egito, desde o primogénito de Faraó, que se assentava no seu trono, até o primogénito do cativo que estava na exovia, e todos os primogénitos dos animais. Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto.” Ex 12:29.

Depois desta última praga, o faraó deixou que o povo saísse levando consigo o seu gado, e outros bens; e ainda desejou que Moisés e Arão abençoassem-lhe. “Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do povo, tanto vós como os filhos de Israel: ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me a mim também” Ex 12:31-32.

Enquanto caminhavam pelo deserto o povo de Israel viu dificuldades e então deixavam de  temer a Deus e murmuravam contra Moisés, Arão e o próprio Deus. Eles esqueciam-se do grande poder com que Deus os tinha libertado e não confiavam no Senhor Deus. As necessidades imediatas eram mais importantes para eles do que Deus.

Nos versículos seguintes vemos a murmuração do povo de Israel quando faltou-lhes água para beber no deserto. “Contendeu, pois os povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Porque contendeis comigo? Porque tentais ao Senhor? Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nosso rebanhos?” Ex 17:2-3. Ao revoltaram-se pela falta de água, eles mostraram-se ingratos por tudo quanto Deus tinha feito por eles, dizendo que Moisés os tinha feito sair do Egipto para morrerem alí.

Mesmo depois de ver tantas maravilhas feitas pelo Senhor Deus, o povo de Israel não temia a Deus. Eles não pensaram que a atitudes deles poderiam ofender à Deus, que tinha feito o Egito ser coberto de gafanhotos, e que tinha morto todos os primogénitos dos egípcios. O temor a Deus é muito importante para caminharmos em direção as promessas de Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”. Sl 111:10.

A principal bênção que Deus tinha prometido ao povo de Israel era leva-los para a terra de Canaã, uma terra que manava leite e mel, onde poderiam ter uma terra deles, e onde poderiam viver com as suas famílias e adorar a Deus. As outras bênçãos dadas por Deus eram um meio para que o povo atingisse a bênção final. Muitos, israelitas apesar de terem visto a libertação da escravidão do Egipto, não viram a bênção final que era a chegada à terra prometida.

Isto porque Deus castigou o pecado de rebelião do povo, demonstrado quando os doze espiais vieram da terra de Canaã, relatando o que viram. Deus castigou-os deixando-os andar no deserto por quarenta anos até que toda a geração que tinha-se rebelado contra Ele tivesse morrido: “Depois, disse o Senhor a Moisés e a Arão: Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim. Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto, cairá o vosso cadáver, como também de todos os que de vós foram contados segundo o censo, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.” Nm 14:26-30.

Por esse motivo, o Espírito Santo diz-nos através da epístola do apóstolo Paulo aos coríntios, que aquele que pensa que está firme na fé, porque viu maravilhas de Deus deve vigiar os seus comportamentos, para que não peque contra Deus, nem se afaste do caminho da salvação. Se desagradarmos a Deus podemos ficar afastados da promessa principal que é a vida eterna.

Vemos as palavras do apóstolo Paulo a seguir: “Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão porque ficaram prostrados no deserto. Ora, estas coisas se tornaram exemplo para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: (...) E não pratiquemos imoralidade como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhamos o Senhor a prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. (…) Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia.” 1Co 10: 5-10,11

Depois de termos vistos as bênçãos do Senhor, devemos temer a Deus e ter o cuidado para não desagrada-Lo com o nosso comportamento; isso para que possamos caminhar em direção a principal bênção que é a vida eterna. Caso não atentemos para os mandamentos e os ensinos do nosso Mestre, podemos correr o risco de cair no deserto e de nos afastar-nos do caminho da nossa Pátria Celestial.