sexta-feira, 9 de agosto de 2019

O que semeamos a cada dia


A cada dia o cristão tem desafios e questões para resolver que podem ser resolvidos de diversas maneiras, utilizando diversos valores morais. As decisões tomadas podem ter impacto no presente, no futuro e na vida eterna do cristão. Por isso, a Bíblia alerta aos cristãos a não tomarem as suas decisões com base apenas nas suas necessidades, e vontades, mas sobretudo a basearem-se nos princípios da Palavra.

O nosso Mestre, ao longo dos evangelhos dá-nos várias orientações sobre como devemos decidir no nosso dia a dia. Isso, para que não caiamos no erro de tomar decisões que tenham impacto negativo na nossa vida eterna. “buscai em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33

Embora, as necessidades do dia a dia sejam importantes, elas não devem ser colocadas como prioridade na nossa vida, nem acima os valores do reino dos céus. Por isso, o nosso Mestre diz-nos que os gentios, é que se deixam levar pelas ansiedade causada pelas necessidades diárias, como comer, beber e vestir. Os cristãos para agradarem a Deus devem preocupar-se em primeiro lugar em cumprir a justiça de Deus e obedecer a sua Palavra.

É uma loucura buscar apenas a resolução das necessidades básicas da vida, através do entesouramento de bens materiais, e deixar de lado a necessidade de investir do Reino de Deus, e de sermos ricos para Deus. Isso porque a nossa vida é breve, em comparação com vida eterna, que é exatamente eterna. O nosso Mestre, avisa-nos isso através da parábola do rico insensato: “Então direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:19-21.

Deus, pede contas das nossas vidas, diariamente e por isso temos de administra-la a cada dia lembrando do amor que Deus deseja que tenhamos pelo nosso próximo, e das necessidades das pessoas que nos rodeiam. Quando nos centramos apenas nas nossas necessidades, esquecemos das pessoas que estão a nossa volta e das suas necessidades. Por isso, o rico da parábola foi insensato porque esqueceu-se que existiam pessoas a sua volta que precisavam de ajuda, e não usou corretamente os seus bens. Ao morrer, tudo aquilo que ele tinha armazenado não tinha mais valor, porque não iriam beneficia-lo na vida após a morte.

O Espírito Santo recomenda-nos a investirmos a nossa vida de forma a que os princípios de Deus, sejam colocados em primeiro lugar. Vemos isso no versículo a seguir: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para ao sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.” Gl 6:7-9.

O investimento que fazemos é comparado com uma semeadura; por outras palavras, as nossas atitudes são como sementes que colocamos num terreno para que cresçam; se tivermos atitudes corretas semeamos corretamente, se tivermos atitudes incorretas semeamos erradamente para a nossa carne. Tudo o que dispomos, podem ser vistos como sementes que vamos usar para plantar num terreno.

O nosso tempo, os nossos talentos, as finanças que dispomos, são como sementes que podemos usar para fazer crescer coisas boas ou coisas que não vão de encontro as necessidades do Reino de Deus. Por isso devemos usar tudo de forma a que o nosso Senhor Jesus veja utilidade em nós, e para o seu Reino. Mesmo que não sejamos recompensados imediatamente, no céu receberemos recompensas de tudo o que fizermos de bem.

Por isso o Espírito Santo diz-nos que não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos. “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.” Gl 6: 9-10.

Da mesma forma como um administrador gere os bens de outra pessoa, os cristãos gerem uma vida que não é deles mas sim de Deus: tudo o que o cristão tem não é dele, mas sim de Deus e por isso ele deve gerir o seu dia a dia de forma a que o nosso Senhor Jesus se do que ele faz.

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