O
povo de Israel que sofria por causa da escravidão no Egipto, viu
grandes sinais e maravilhas de Deus, enquanto faraó
era convencido a deixa-los sair do Egipto. Eles presenciaram as dez
pragas que Deus fez cair sobre o Egipto, e foram protegidos do
exterminador, quando todos os primogénitos egípcios morreram.
Eles souberam o que era sair da terra da escravidão cheios de riquezas e
ainda viram a salvação de Deus quando faraó foi atrás deles no
deserto; Deus abriu o mar Vermelho e eles passaram em seco até ao
outro lado do mar.
Vemos
a seguir a última praga que Deus lançou sobre o Egipto e que
convenceu a faraó deixar sair o povo de Israel: “Aconteceu que, à
meia noite, feriu o Senhor todos os primogénitos na terra do Egito,
desde o primogénito de Faraó, que se assentava no seu trono, até o
primogénito do cativo que estava na exovia, e todos os primogénitos
dos animais. Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais
e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não
havia casa em que não houvesse morto.” Ex 12:29.
Depois
desta última praga, o faraó deixou que o povo saísse levando
consigo o seu gado, e outros bens; e ainda desejou que Moisés e Arão
abençoassem-lhe. “Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a
Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do povo,
tanto vós como os filhos de Israel: ide, servi ao Senhor, como
tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como
tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me a mim também” Ex
12:31-32.
Enquanto
caminhavam pelo deserto o povo de Israel viu dificuldades e então deixavam de temer a Deus e murmuravam contra Moisés, Arão e o próprio
Deus. Eles esqueciam-se do grande poder com que Deus os tinha
libertado e não confiavam no Senhor Deus. As necessidades imediatas eram
mais importantes para eles do que Deus.
Nos
versículos seguintes vemos a murmuração do povo de Israel quando
faltou-lhes água para beber no deserto. “Contendeu, pois os povo
com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés:
Porque contendeis comigo? Porque tentais ao Senhor? Tendo aí o povo
sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste
subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e
aos nosso rebanhos?” Ex 17:2-3. Ao revoltaram-se pela falta de
água, eles mostraram-se ingratos por tudo quanto Deus tinha feito
por eles, dizendo que Moisés os tinha feito sair do Egipto para
morrerem alí.
Mesmo
depois de ver tantas maravilhas feitas pelo Senhor Deus, o povo de
Israel não temia a Deus. Eles não pensaram que a atitudes deles
poderiam ofender à Deus, que tinha feito o Egito ser coberto de
gafanhotos, e que tinha morto todos os primogénitos dos egípcios. O
temor a Deus é muito importante para caminharmos em direção as
promessas de Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria;
revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece
para sempre”. Sl 111:10.
A
principal bênção que Deus tinha prometido ao povo de Israel era
leva-los para a terra de Canaã, uma terra que manava leite e mel, onde
poderiam ter uma terra deles, e onde poderiam viver com as suas
famílias e adorar a Deus. As outras bênçãos dadas por Deus eram
um meio para que o povo atingisse a bênção final. Muitos,
israelitas apesar de terem visto a libertação da escravidão do
Egipto, não viram a bênção final que era a chegada à terra
prometida.
Isto
porque Deus castigou o pecado de rebelião do povo, demonstrado
quando os doze espiais vieram da terra de Canaã, relatando o que
viram. Deus castigou-os deixando-os andar no deserto por quarenta
anos até que toda a geração que tinha-se rebelado contra Ele
tivesse morrido: “Depois, disse o Senhor a Moisés e a Arão: Até
quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim.
Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, que, como falastes aos meus
ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto, cairá o vosso
cadáver, como também de todos os que de vós foram contados segundo
o censo, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim
murmurastes; não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos
faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho
de Num.” Nm 14:26-30.
Por
esse motivo, o Espírito Santo diz-nos através da epístola do
apóstolo Paulo aos coríntios, que aquele que pensa que está firme
na fé, porque viu maravilhas de Deus deve vigiar os seus
comportamentos, para que não peque contra Deus, nem se afaste do
caminho da salvação. Se desagradarmos a Deus podemos ficar
afastados da promessa principal que é a vida eterna.
Vemos
as palavras do apóstolo Paulo a seguir: “Entretanto, Deus não se
agradou da maioria deles, razão porque ficaram prostrados no
deserto. Ora, estas coisas se tornaram exemplo para nós, a fim de
que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos
façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está
escrito: (...) E não pratiquemos imoralidade como alguns deles o
fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhamos o
Senhor a prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas
mordeduras das serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuraram
e foram destruídos pelo exterminador. (…) Aquele, pois, que pensa
estar de pé veja que não caia.” 1Co 10: 5-10,11
Depois
de termos vistos as bênçãos do Senhor, devemos temer a Deus e ter
o cuidado para não desagrada-Lo com o nosso comportamento; isso para
que possamos caminhar em direção a principal bênção que é a
vida eterna. Caso não atentemos para os mandamentos e os ensinos do
nosso Mestre, podemos correr o risco de cair no deserto e de nos
afastar-nos do caminho da nossa Pátria Celestial.
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