domingo, 21 de julho de 2019

Veja que não caia


O povo de Israel que sofria por causa da escravidão no Egipto, viu grandes sinais e maravilhas de Deus, enquanto faraó era convencido a deixa-los sair do Egipto. Eles presenciaram as dez pragas que Deus fez cair sobre o Egipto, e foram protegidos do exterminador, quando todos os primogénitos egípcios morreram. Eles souberam o que era sair da terra da escravidão cheios de riquezas e ainda viram a salvação de Deus quando faraó foi atrás deles no deserto; Deus abriu o mar Vermelho e eles passaram em seco até ao outro lado do mar.

Vemos a seguir a última praga que Deus lançou sobre o Egipto e que convenceu a faraó deixar sair o povo de Israel: “Aconteceu que, à meia noite, feriu o Senhor todos os primogénitos na terra do Egito, desde o primogénito de Faraó, que se assentava no seu trono, até o primogénito do cativo que estava na exovia, e todos os primogénitos dos animais. Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto.” Ex 12:29.

Depois desta última praga, o faraó deixou que o povo saísse levando consigo o seu gado, e outros bens; e ainda desejou que Moisés e Arão abençoassem-lhe. “Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do povo, tanto vós como os filhos de Israel: ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me a mim também” Ex 12:31-32.

Enquanto caminhavam pelo deserto o povo de Israel viu dificuldades e então deixavam de  temer a Deus e murmuravam contra Moisés, Arão e o próprio Deus. Eles esqueciam-se do grande poder com que Deus os tinha libertado e não confiavam no Senhor Deus. As necessidades imediatas eram mais importantes para eles do que Deus.

Nos versículos seguintes vemos a murmuração do povo de Israel quando faltou-lhes água para beber no deserto. “Contendeu, pois os povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Porque contendeis comigo? Porque tentais ao Senhor? Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nosso rebanhos?” Ex 17:2-3. Ao revoltaram-se pela falta de água, eles mostraram-se ingratos por tudo quanto Deus tinha feito por eles, dizendo que Moisés os tinha feito sair do Egipto para morrerem alí.

Mesmo depois de ver tantas maravilhas feitas pelo Senhor Deus, o povo de Israel não temia a Deus. Eles não pensaram que a atitudes deles poderiam ofender à Deus, que tinha feito o Egito ser coberto de gafanhotos, e que tinha morto todos os primogénitos dos egípcios. O temor a Deus é muito importante para caminharmos em direção as promessas de Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”. Sl 111:10.

A principal bênção que Deus tinha prometido ao povo de Israel era leva-los para a terra de Canaã, uma terra que manava leite e mel, onde poderiam ter uma terra deles, e onde poderiam viver com as suas famílias e adorar a Deus. As outras bênçãos dadas por Deus eram um meio para que o povo atingisse a bênção final. Muitos, israelitas apesar de terem visto a libertação da escravidão do Egipto, não viram a bênção final que era a chegada à terra prometida.

Isto porque Deus castigou o pecado de rebelião do povo, demonstrado quando os doze espiais vieram da terra de Canaã, relatando o que viram. Deus castigou-os deixando-os andar no deserto por quarenta anos até que toda a geração que tinha-se rebelado contra Ele tivesse morrido: “Depois, disse o Senhor a Moisés e a Arão: Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim. Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto, cairá o vosso cadáver, como também de todos os que de vós foram contados segundo o censo, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.” Nm 14:26-30.

Por esse motivo, o Espírito Santo diz-nos através da epístola do apóstolo Paulo aos coríntios, que aquele que pensa que está firme na fé, porque viu maravilhas de Deus deve vigiar os seus comportamentos, para que não peque contra Deus, nem se afaste do caminho da salvação. Se desagradarmos a Deus podemos ficar afastados da promessa principal que é a vida eterna.

Vemos as palavras do apóstolo Paulo a seguir: “Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão porque ficaram prostrados no deserto. Ora, estas coisas se tornaram exemplo para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: (...) E não pratiquemos imoralidade como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhamos o Senhor a prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. (…) Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia.” 1Co 10: 5-10,11

Depois de termos vistos as bênçãos do Senhor, devemos temer a Deus e ter o cuidado para não desagrada-Lo com o nosso comportamento; isso para que possamos caminhar em direção a principal bênção que é a vida eterna. Caso não atentemos para os mandamentos e os ensinos do nosso Mestre, podemos correr o risco de cair no deserto e de nos afastar-nos do caminho da nossa Pátria Celestial.

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