segunda-feira, 29 de julho de 2019

Inimizade contra Deus

O homem depois de encontrar-se com Deus e conhecer a Jesus como o seu Senhor e Salvador, pode continuar a ter um comportamento fora dos padrões da Palavra de Deus. Ao homem com este comportamento a Bíblia chama de homem carnal. O homem carnal tem algumas características que devem ser conhecidas de forma a evitar esses comportamentos.

As principais características relacionam-se com a forma como o homem encara o seu próximo: ele  vê o próximo com inveja e maldade ; e deixa-se envolver por contendas e outras coisas que desagradam a Deus. O apóstolo Paulo refere na epístola aos coríntios que os cristãos manifestam um comportamento carnal quando se deixam envolver por ciúmes e contendas. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (…) Porquanto havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo os homem?” 1Co 3:1,3

A carnalidade opõe-se a espiritualidade que Deus deseja para os cristãos. A carnalidade demonstra-se nos ciúmes, na soberba, nos comportamentos inconvenientes. A carnalidade manifesta-se quando o cristão, nas suas decisões, direciona-se mais para os seus próprios interesses, do que para os interesses de Deus. O cristão carnal, coloca de lado o mandamento de Jesus, de nos amaremos uns aos outros, e põe os seus interesses em primeiro lugar. Por isso, coloca o seu eu no centro da sua vida e não Jesus Cristo e a sua Palavra.

A maldade, que se traduz no desejo de ver o próximo mal, numa situação difícil, faz com que o cristão carnal, alegre-se com as injustiças sofridas pelo seu próximo. Sabemos que Deus é benigno e misericordioso, e que deseja que os seus filhos, sejam também benignos e misericordiosos. Quando não existe no coração do cristão benignidade, mas maldade, ele coloca-se numa posição contrária a vontade de Deus. Como vemos a seguir, Deus deseja que andemos em amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, (…) não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;” 1Co 3: 4,6.

Deus é Amor, e quando o homem conduz-se no ódio e na maldade, pensa de uma forma, que se opõe a vontade de Deus para os homens. Por isso, quando o homem está na carne não pode agradar a Deus, e ainda faz-se inimigo de Deus, porque rebela-se contra o senhorio de Deus na sua vida e deseja combater a obra de Deus na vida dos outros. Se deixar-nos levar pelas coisas da carne andamos no sentido contrário à direção do céu. “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Porquanto os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:7-8

Para podermos ser amigos de Deus temos de ser submissos à sua vontade, e caminharmos na direção apontada por Deus. A Bíblia, diz-nos que Abraão o nosso pai na fé foi considerado amigo de Deus, porque colocou a sua fé em Deus, e foi obediente em tudo. “Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e Foi chamado amigo de Deus.” Tg 2:22-23.

O Espírito Santo deseja conduzir-nos de forma a que nos torne-mos graduadamente mais amigos de Deus e mais próximo do exemplo do nosso Senhor Jesus. Ele deseja produzir em nós o seu Fruto, e capacitar-nos a deixarmos ser usados por Deus nos seus assuntos. Podemos ver na epístola aos gálatas os componentes do Fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

A amizade com Deus é um privilégio que os homens têm e que deve ser preservada. Deus é Senhor, e deve governar as nossas vidas. Pela criação de Deus que está a nossa, e pela salvação que o Pai Celeste nos concedeu, através do seu Filho Amado, devemos temer a Deus, e ser-Lhe obedientes; Deus merece todo o nosso amor e devoção.

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