O
homem depois de encontrar-se com Deus e conhecer a Jesus como o seu
Senhor e Salvador, pode continuar a ter um comportamento fora dos
padrões da Palavra de Deus. Ao homem com este comportamento a Bíblia
chama de homem carnal. O homem carnal tem algumas características
que devem ser conhecidas de forma a evitar esses comportamentos.
As
principais características relacionam-se com a forma como o homem encara o seu próximo: ele vê o próximo com inveja e maldade ; e deixa-se envolver por contendas e outras coisas que desagradam a Deus. O
apóstolo Paulo refere na epístola aos coríntios que os cristãos
manifestam um comportamento carnal quando se deixam envolver por
ciúmes e contendas. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como
a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (…)
Porquanto havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que
sois carnais e andais segundo os homem?” 1Co 3:1,3
A
carnalidade opõe-se a espiritualidade que Deus deseja para os
cristãos. A carnalidade demonstra-se nos ciúmes, na soberba, nos
comportamentos inconvenientes. A carnalidade manifesta-se quando o cristão,
nas suas decisões, direciona-se mais para os seus próprios
interesses, do que para os interesses de Deus. O cristão carnal,
coloca de lado o mandamento de Jesus, de nos amaremos uns aos outros,
e põe os seus interesses em primeiro lugar. Por isso, coloca o seu
eu no centro da sua vida e não Jesus Cristo e a sua Palavra.
A
maldade, que se traduz no desejo de ver o próximo mal, numa situação
difícil, faz com que o cristão carnal, alegre-se com as injustiças
sofridas pelo seu próximo. Sabemos que Deus é benigno e
misericordioso, e que deseja que os seus filhos, sejam também
benignos e misericordiosos. Quando não existe no coração do
cristão benignidade, mas maldade, ele coloca-se numa posição
contrária a vontade de Deus. Como vemos a seguir, Deus deseja que
andemos em amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde
em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, (…) não se alegra
com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;” 1Co 3: 4,6.
Deus
é Amor, e quando o homem conduz-se no ódio e na maldade, pensa de
uma forma, que se opõe a vontade de Deus para os homens. Por isso,
quando o homem está na carne não pode agradar a Deus, e ainda
faz-se inimigo de Deus, porque rebela-se contra o senhorio de Deus na
sua vida e deseja combater a obra de Deus na vida dos outros. Se
deixar-nos levar pelas coisas da carne andamos no sentido contrário
à direção do céu. “Por isso, o pendor da carne é inimizade
contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode
estar. Porquanto os que estão na carne não podem agradar a Deus.”
Rm 8:7-8
Para
podermos ser amigos de Deus temos de ser submissos à sua vontade, e
caminharmos na direção apontada por Deus. A Bíblia, diz-nos que
Abraão o nosso pai na fé foi considerado amigo de Deus, porque
colocou a sua fé em Deus, e foi obediente em tudo. “Vês como a fé
operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que
a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão
creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e Foi chamado
amigo de Deus.” Tg 2:22-23.
O
Espírito Santo deseja conduzir-nos de forma a que nos torne-mos
graduadamente mais amigos de Deus e mais próximo do exemplo do
nosso Senhor Jesus. Ele deseja produzir em nós o seu Fruto, e capacitar-nos a deixarmos ser usados por Deus nos seus assuntos. Podemos
ver na epístola aos gálatas os componentes do Fruto do Espírito:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei.
A
amizade com Deus é um privilégio que os homens têm e que deve ser
preservada. Deus é Senhor, e deve governar as nossas vidas. Pela
criação de Deus que está a nossa, e pela salvação que o Pai
Celeste nos concedeu, através do seu Filho Amado,
devemos temer a Deus, e ser-Lhe obedientes; Deus merece todo o nosso
amor e devoção.
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