quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Aumentar a comunhão com o Pai Celeste

Os cristãos desde o dia em que se tornam cristãos, aceitando Jesus como Senhor e Salvador, até ao fim das sua vidas, têm o desafio de se tornarem mais íntimos do Pai Celeste. Por isso o nosso Pai Celeste convida-nos através da pessoa do Senhor Jesus a termos uma nova mentalidade, a abandonar-mos o pecado que nos cerca e a aproximar-nos mais de Jesus Cristo e d'Ele.

Nós humanos somos pecadores e crescemos numa sociedade com uma mentalidade corrompida pela maldade e pelo pecado. A meta diária do cristão é renovar a sua mentalidade trocando ao forma mundana de ver a vida, pela visão do nosso Senhor Jesus Cristo. Essa renovação só possível através da meditação na Palavra e aceitando que a Palavra é a verdade que nos permite pensar e viver de forma agradável a Deus.
 
A cerca disso o apóstolo Paulo convida-nos a renovar a mente como vemos no versículo seguinte: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2.
 
A comunhão com Deus é algo que deve ser objeto de um investimento por parte dos cristãos. Esse investimento envolve toda o nosso tempo, todas as nossas faculdades. Isto porque para aumentarmos a comunhão com Deus temos de abandonar os pecados que o Espírito Santo vai nos revelando ao longo nas nossa vida. Para além disso, temos também de investir tempo a meditar na Palavra para conhecer o coração de Deus e dedicar as nossas forças a aplicar aquilo que aprendemos na Bíblia.
 
O nosso Senhor Jesus adverte-nos que não é suficiente sabermos a sua vontade e orarmos; é preciso que mostremos perseverança em praticar aquilo que aprendemos, sobretudo nas circunstâncias mais adversas. Quando praticamos o que nos diz a Palavra crescemos espiritualmente e a nossa fé é progressivamente mais fortalecida como uma casa construída na rocha.

Nos versículos seguintes vemos as Palavras do Senhor Jesus sobre a importância de fazermos aquilo que o Pai nos recomenda: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. (…) Todo aquele, pois que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;” Mt 7:21,24.

Para além de termos de praticar a Palavra de Deus temos também de viver e pensar de forma agradável ao Espírito Santo que habita em nós. Devemos afastar dos nossos pensamentos todas as ideias de rancor, ódio e de inveja contra o nosso próximo porque Deus e o seu Santo Espírito não se agradam dessas ideias. Devemos ter cuidado de não proferir palavras que desagradem a Deus e que demonstrem maldade, malícia, ciúmes, lascívia entre outras coisas.

Deus é Santo e o Espírito Santo que está em nós não se agrada das obras da carne, das coisas que são cultivadas no reino das trevas. Portanto, devemos aproximar-nos de Deus, da sua forma bondosa e misericordiosa de ver os homens e fazer as obras ensinadas pelo Senhor Jesus para aproximar-nos do Pai Celeste.

Deus é totalmente Santo, totalmente puro, e por isso quanto mais nos afastar-nos das trevas e do pecado, mais nos aproximamos do Reino da Luz no qual o Pai Celeste habita.
Não hã comunhão entre as trevas e a luz, porque são opostos. Por isso diariamente temos de nos decidir entre as coisas do reino da luz e do reino das trevas. Deus apesar nos de amar a nós, homens pecadores, não gosta do pecado. Por isso para termos maior comunhão com Deus temos nos afastar do pecado.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O viticultor


O nosso Senhor Jesus diz-nos através do evangelho segundo São João que o nosso Pai é o viticultor do Reino de Deus, ou seja o agricultor que cuida da videira e dos seus frutos. Como viticultor, o Pai Celeste cuida da vinha e enxerta cuidadosamente ramos na videira verdadeira que é o Senhor Jesus. Cada ramo da videira são cuidados pelo Pai Celeste, que acompanha o crescimento das folhas e dos frutos.

Quando é plantada uma videira tem-se como objetivo recolher frutos, que no caso da videira são as uvas. No Reino Celestial os ramos enxertados na videira dão frutos, que nada mais são que as obras e o caráter ensinado pelo Senhor Jesus. Quando somos enxertados na videira, o Pai Celeste espera que produzamos frutos de acordo com a Videira verdadeira, em que estamos enxertados, que é o nosso Senhor Jesus.

 
No evangelho segundo  São João vemos as Palavras do Senhor Jesus sobre o fato de Ele ser a Videira verdadeira e o Pai Celeste o agricultor. “ Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo aquele que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.” Jo 15:1-2.


Para que possamos dar fruto o nosso Senhor Jesus recomenda-nos que permaneçamos nele, na sua Palavra e consequentemente, que nos amemos uns aos outros, e que nos mantenhamos em comunhão uns com os outros, porque somos o corpo de Cristo. Podemos frisar a necessidade de nos amarmos uns aos outros por ter sido este o mandamento que o Senhor Jesus nos deixou como vemos a seguir: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” Jo 15:12.


Como ramos não somos nada se não estivermos na videira porque precisamos do alimento que circula na videira, a seiva, para nos mantermos vivos, se não secamos e morremos. No Reino Celestial a seiva da videira é o Espírito do Senhor Jesus ou seja, o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo é impossível dar os frutos que o Senhor Jesus nos ensina. Por outras Palavras sem o Senhor Jesus e o seu Espírito Santo nada podemos fazer para glorificar o Pai Celeste.


O nosso Senhor Jesus diz-nos isso no versículo a seguir: “Eu sou a videira verdadeira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15:5. Jesus Cristo está em cada cristão através do seu Santo Espírito e se ouvirmos a sua voz e formos obedientes daremos os frutos que o Pai Celeste espera de nós.


Os frutos que o Pai Celeste espera de nós são obras de justiça, ou seja, obras feitas em favor daqueles que têm necessidade de pão, de abrigo, de roupa e de carinho. Deus deseja que façamos justiça, ou seja, que defendamos a causa do pobre e do necessitado, que nada mais são do que os mudos na nossa sociedades, aqueles que não podem fazer ouvir a sua voz porque não são pessoas importantes na sociedade.

 
Vemos a recomendação de defendermos a causa do necessitado no versículo seguinte:” Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” Pv 31:8-9.


Para além das boas obras o Pai Celeste deseja também que produzamos os frutos do Espírito santo que são: o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, como vemos na epístola aos Gálatas no capítulo 5.

 
Se não produzirmos frutos, o Pai Celeste terá que purificar as nossas vidas, cortando tudo que nos faz gastar a nossa energia de forma inútil através da poda. Este processo por vezes pode ser doloroso. Por isso é preferível voluntariamente analisarmos as nossas vidas e tirarmos o que nos impede frutificar em determinadas áreas. Assim, pouparemos tempo, e colaboraremos com o Pai Celeste no seu objetivo de darmos fruto.

sábado, 24 de dezembro de 2016

A capacidade para discernir o bem e o mal


A Bíblia, no Novo Testamento, define os adultos na fé como aqueles que pela prática da Palavra de Deus, têm a capacidade para discernir não somente o bem, como também o mal. Podemos ver isso no versículo seguinte da epístola aos Hebreus: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” Hb 5:14.


Para atingir a fase adulta, na fé, os cristãos têm de passar por um processo de crescimento da mesma forma que as crianças que se desenvolvem até tornarem-se adultas. Esse desenvolvimento, é permitido pela pratica da Palavra de Deus.


Quando mais se pratica a Palavra mais crescemos e mais parecidos ficamos no nosso coração com Deus e com o seu Filho Jesus Cristo. Inclusive, o nosso modelo de crescimento é o Senhor Jesus e por isso temos como objetivo desenvolver-nos em carácter e santidade até a semelhança como o Senhor Jesus.


O nosso Senhor Jesus e o nosso Pai Celeste são Santos. Neles não existe qualquer malignidade. A Bíblia diz-nos que Deus nunca age com maldade, nem comete injustiça como os perversos. Vemos isso no versículos seguintes: “Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça.(...) Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo.” Jó 34: 10-12.


A pratica da vontade de Deus dá ao cristão maior sensibilidade para distinguir aquilo que é bom para Deus e aquilo que que não é bom ou maligno. Essa sensibilidade é crescente, pois a medida que vamos crescendo na fé, as coisas que antes achávamos que não tinham mal, porque toda a gente fazia, passam a não serem boas aos nossos olhos e naturalmente concordamos com a Palavra de Deus que condena essas coisas.


O cristão passa a sentir como mau coisas certas que vê a sua volta e desvia-se delas, não porque é obrigado a isso, mas de livre vontade pois vê e sente que essas coisas não boas para um cristão. Quando estamos longe de Deus não temos sensibilidade para distinguir aquilo que é mau do que é bom.


Essa incapacidade para distinguir o bem do mal é algo que Deus não se agrada e por isso, o nosso Senhor Jesus convida-nos a ir até Ele e aprender com Ele a andar de forma agradável ao Pai Celeste. Vemos no versículo seguinte o aí de condenação a todos os que chamam o mal bem e o bem mal : “ Ai, dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo!” Is 5:20.


Por isso o crescimento espiritualmente é gradual e dá-se com o aprendizado com Jesus Cristo e ao mesmo tempo dá-se em direção a semelhança com Cristo e com o seu carácter. O Espírito Santo que está em nós não gosta do pecado e afasta-se de nós quando nos misturamos com coisas pecaminosas. A medida que nos afastamos voluntariamente o pecado e praticamos a Palavra de Deus o Espírito Santo ajuda-nos  mais, a cada dia, alertando-nos para situações que possam ofender a sua santidade.


As faculdades para discernir o mel e o mal, traduzem-se numa mentalidade que está de acordo com a Palavra de Deus. Por o cristão pensar da mesma forma que está descrita na Palavra, ele consegue ver aquilo que é mau e aquilo que é bem segundo a Palavra de Deus.


O nosso discernimento é muito importante pois permite que renunciemos aquilo que o mundo oferece de mau e andemos a cada dia de forma agradável a Deus. Por isso o apóstolo Paulo recomenda que renovemos o nosso entendimento para experimentar aquilo que é bom e agradável para Deus.


Vemos isso no versículo seguinte: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2. Assim, devemos a cada dia renovar a nossa mente, de forma a distanciar-nos da mentalidade do mundo e a aproximar-nos da mentalidade de Jesus Cristo para que assim possamos viver aquilo que é bom e agradável a Deus.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Como Jesus colocou a sua vida nas mãos do Pai


Jesus Cristo tinha uma relação muito intima com o Pai Celeste e tudo o que Ele disse e fez, foi em obediência ao Pai Celeste. Para além disso, Jesus fez tudo da mesma forma como vira o Pai fazer. No difícil momento em que se aproximava o cumprimento da missão de Jesus na terra, o nosso Mestre apesar de ser homem não virou as costas a ordem que recebera do Pai Celeste, mas deixou-se ser levado até a cruz do Calvário.


Este momento foi quando Jesus estava no Getsêmani e sendo Deus, sabia de tudo o que se iria passar com Ele: todo o sofrimento, todos os insultos e ultrajes que iria passar. Como homem Jesus tinham uma alma, que se entristeceu até a morte, ao ver tudo o que se iria sofrer.


Vemos a discrição dos momentos que Jesus passou no Getsêmani no versículo seguinte: “Em seguida foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo.” Mt 26: 36-38.


A angustia que Jesus sentiu na sua alma era tão grande que escorreram como que gotas de sangue do rosto de Jesus. Apesar disso, Jesus não fugiu da missão que o tinha levado a terra, mas colocou a decisão de ir ao não para a cruz do Calvário nas mãos do Pai com as palavras do versículo seguinte: “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando dizendo: Meu pai, se possível passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.” Mt 26:39.


Jesus colocou a sua vida nas mãos do Pai Celeste e disponibilizou-se a fazer a vontade do Pai mesmo sabendo do sofrimento que iria passar. A angustia pelo momento que se iria passar era tão grande que Jesus repetiu esta oração no total três vezes como vemos nos versículos seguintes: “Tornando a retirar-se, orou de novo dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. (...)Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.” Mt 26:42,44.


O nosso Mestre mostrou um grau de obediência e de disponibilidade para fazer a vontade do Pai Celeste que deve acompanhar cada cristão em todos momentos da vida, principalmente nos momentos de dificuldade. Se formos obedientes como o Senhor Jesus e cumprimos o plano do Pai Celeste para as nossas vidas veremos o bom fruto da nossa obediência, da mesma forma que o Senhor Jesus.


O nosso Senhor Jesus foi obediente e deixou-se levar para o Calvário, onde morreu pelos nossos pecados. Mas a morte não deteve o nosso Senhor Jesus, e ao terceiro dia ressuscitou. Depois, Jesus esteve com os seus discípulos que deixaram o seu testemunho dos fatos nos evangelhos. Perante os olhares dos discípulos o nosso Senhor Jesus ascendeu aos céus (At 1:9) e hoje está assentado a direita do Pai Celeste.


Graças a obediência do Senhor Jesus povos de todas as raças tribos e nações podem fazer parte de um reino celestial e viver para sempre no céu com o Pai Celeste e com o Senhor Jesus. Tudo o que fizermos para atrair pessoas para Jesus contribuirá para o crescimento do reino de Deus e o próprio Pai Celeste nos recompensará quando estivermos na Glória. Por tudo isso, vale a pena colocarmos a nossa vida nas mãos do Pai da mesma forma que o nosso Mestre.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A relação de Jesus Cristo com o Pai Celeste


A Bíblia mostra-nos, ao longo dos quatro evangelhos, que o nosso Senhor Jesus tinha um relacionamento de respeito e reverência ao Pai Celeste, motivado por um grande amor. Isso traduzia-se em obediência e honra ao Pai. Isso deve ser para nós cristãos, um incentivo para obedecermos, respeitarmos e honrarmos o Pai Celeste, pois como cristãos devemos seguir os passos do Senhor Jesus.


Jesus obedecia rigorosamente o Pai Celeste a fazia apenas a sua vontade. A obediência era tão importante para o nosso Senhor Jesus, Ele dizia que fazer a vontade do Pai era o seu alimento, aquilo que lhe sustentava e lhe dava força para viver. Jesus também confessava que tinha descido do Céu não para fazer a sua vontade mas a vontade daquele que o enviou ou seja, do seu Pai Celeste.

 
Podemos ver isso nos versículos seguintes: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” Jo 4:34. “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” Jo 6: 38.


A principal obra que o Pai tinha ordenado ao Senhor Jesus era que se entregasse na Cruz do Calvário em favor da humanidade. Esta ordem na realidade era um mandamento, como vemos a seguir: “Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” Jo 10:17-18.


O relacionamento de Jesus Cristo com o Pai Celeste era de tão grande amor que Jesus colocou a sua vida inteiramente a disposição do Pai Celeste. Por isso o nosso pai Celeste pôde enviar o Senhor Jesus a terra e dar a vida Dele em favor da humanidade, para que o homem pudesse alcançar a salvação. Da mesma forma, como filhos de Deus, devemos colocar a nossa vida inteiramente nas mãos do Pai para que Ele possa usar-nos para alcançar outras vidas.


No versículo seguinte vemos que o nosso Pai Celeste deu a vida do seu Filho Amado em nosso favor, para que não perecêssemos mas tivéssemos a vida eterna. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.


O nosso Mestre era o embaixador do Pai Celeste na terra, pois como Filho unigénito conhecia intimamente o Pai e apenas fazia na terra aquilo que tinha visto o seu Pai fazer, como vemos a seguir: “Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente faz.” Jo 5:19.


O Senhor Jesus era uma rigorosa testemunha do Pai Celeste pois fazia e dizia exatamente o que o Pai o tinha mandado. “Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim falo.” Jo12:50. Nós cristãos também devemos ser como o Senhor Jesus e obedecer rigorosamente o Pai Celeste sem nos desviarmos para a esquerda nem para a direita.


O Pai Celeste recompensou o amor e a obediência do Senhor Jesus exaltando-o a cima de todo o nome e dando-lhe no céu o lugar de máxima honra, sentando-O a sua destra. Se formos obedientes ao Pai, da mesma forma que o Senhor Jesus, também seremos recompensados e herdaremos a vida eterna. A parte mais difícil, para a nossa salvação, já foi feita pelo Senhor Jesus que se entregou na Cruz do Calvário por nós. Agora só precisamos amar e obedecer ao Pai Celeste.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os benefícios da correção


Os cristãos para além de serem servos de Deus são também filhos e como tal têm uma relação filho-Pai com o Deus Todo Poderoso. Os filhos a medida que crescem cometem erros que merecem a correção dos seus pais. Da mesma forma, nós como filhos de Deus, a medida que crescemos espiritualmente somos corrigidos pelo Pai Celeste, porque cometemos erros, muitas vezes sem nos apercebermos.


A correção do nosso Deus Pai é muito útil porque alerta-nos dos nossos maus caminhos e permite que nos arrependamos e nos encaminhemos na direção correta. Por isso o Espírito Santo diz-nos no livro de Jó: “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso.” Jó 5:17.


Ser corrigido pelo Pai Celeste é uma bem-aventurança, um privilégio que nós cristãos temos, porque Deus no seu amor por nós não deseja que sigamos maus caminhos, nem que nos percamos e por isso no corrige. Quando crianças, os homens geralmente choram quando os pais os corrigem, mesmo que tenham levado apenas uma palmadinha.


Os cristão, quando adultos também tendem a chorar, lamentar e a fazer birra quando são corrigidos por Deus. Contudo, devemos colocar-nos no lugar no nosso Pai, que nos vê em maus caminhos e nos corrige para nos alertar e para que não sejamos condenamos a morte eterna. Por tudo isso, não devemos desprezar a correção do Todo-Poderoso.


Os pais corrigem os seus filhos de acordo com aquilo que bem lhes parece, mas Deus corrige-nos para a nossa santificação e para que assim possamos estar mais puros e ter uma relação mais íntima com Deus Pai que é Santo e puro. A Bíblia refere-nos isso na livro de Hebreus: “Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.” Hb 12: 10.


Toda a disciplina, no momento produz tristeza; porque sentimos desapontados connosco mesmos, porque vemos que somos falhos em áreas que não sabíamos. Muitas vezes a disciplina produz dor devido as circunstâncias que são utilizadas para nos corrigir. Contudo, se perseverarmos na obediência à correção vemos que a correção de Deus produziu em nós frutos pacíficos, frutos de justiça.


A epístola aos Hebreus diz-nos isso: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” Hb 12:11. No livro de Jó vemos também que Deus nos fere, quando nos corrige, mas Ele mesmo com o seu poder restaurador nos cura das consequências dos nossos pecados e das circunstâncias dolorosas.


Podemos ver estas palavras no seguinte versículo do livro de Jó: “Porque ele mesmo faz a ferida e ele mesmo a ata; e as suas mãos curam. “ Jó 5:18. Por isso não devemos preocupar-nos com as circunstâncias usadas para nos corrigir; porque o próprio Deus vai curar a nossa vida e resolver as circunstâncias que nos feriram.


Deus abençoa-nos quando somos sensíveis a sua correção e deixamos os maus caminhos que Ele nos mostrou. Deus é um Pai amoroso, que devido ao seu amor corrige aos seus filhos para que eles sigam nos caminhos do Senhor Jesus. Por isso devemos nos considerar abençoados quando somos corrigidos; pois Deus, como Pai, mostra que está connosco e que está a conduzir-nos para a vida eterna.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Ebed-Meleque o salvador de Jeremias


O livro de Jeremias conta como Ebed-Meleque aparece como um raio de Sol numa hora escura e difícil da vida do profeta Jeremias salvando-o da morte. Jeremias foi um grande profeta de Deus que anunciava destemidamente a Palavra de Deus numa altura em que o povo de Israel estava na eminência de ser atacado pela exército da Babilónia.


Ao longo da sua vida Jeremias mostrou-se sempre fiel a Deus e anunciou diversas vezes que a cidade de Jerusalém seria tomada pelo exército Babilónico devido aos pecados do povo. Muitos odiavam a Jeremias devido as palavras de transmitia da parte de Deus. Em certa ocasião quando Jeremias deslocava-se para cidade de Benjamim para receber uma herança foi intercetado por um capitão da guarda que o acusou de tentativa de fuga dos caldeus, e prendendo-o, o entregou aos príncipes da cidade.

 
Podemos ver esses acontecimentos nos versículos seguintes: “saiu Jeremias de Jerusalém, a fim ir à terra de Benjamim, para receber o quinhão de uma herança que tinha no meio do povo. Estando ele à Porta de Benjamim, achava-se ali um capitão da guarda, cujo nome era Jerias, filho de Selemias, filho de Hananias, capitão que prendeu a Jeremias, o profeta, dizendo: Tu foges para os caldeus.(...) Os príncipes, irados contra Jeremias, açoitaram-no e o meteram-no cárcere, na casa de Jônatas, o escrivão, porque a tinham transformado em cárcere.” Jr 37: 12-13; 15.


Os príncipes da cidade odiavam a Jeremias por causa das suas palavras e o acusaram perante o Rei Zedequias de desanimar o povo de Israel e pediram ao rei para atirarem-no para dentro de uma cisterna para que morresse de fome. O rei Zedequias não se opôs a decisão dos príncipes e Jeremias foi lançado na cisterna. Quando chegou ao fundo da cisterna Jeremias ficou atolado na lama.

 

Vemos isso no versículo seguinte: “Disse o rei Zedequias: Eis que ele está nas vossas mãos; pois o rei nada pode contra vós outros. Tomaram, então, a Jeremias e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; desceram a Jeremias com cordas. Na cisterna não havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama.” Jr 38: 5-6.

 
A cisterna para onde atiram Jeremias era tão fundo que foi necessário descer Jeremias com cordas. Assim ficou Jeremias num local escuro, fundo, cheio de lama e sem comida nem água por causa para sua obediência em proclamar a Palavra a Deus. Apesar de sofrer Jeremias mostrou-se sempre fiel a Deus e nunca se revoltou.

 

Contudo, enquanto estava nessa terrível situação Ebed-Meleque ouvindo que Jeremias encontrava-se nessa injusta situação foi pedir ao rei que tirasse Jeremias da cisterna, para que ele não morresse de fome. O Rei aceitou o pedido de Ebed-Meleque e recomendou que tomasse trinta homens e tirassem Jeremias da cisterna.

 
Vemos isso nos versículos seguintes: “saiu Ebed-Meleque da casa do rei e lhe falou: Ó rei, senhor meu, agiram mal estes homens em tudo o quanto fizeram a Jeremias, o profeta, que lançaram na cisterna; no lugar onde se acha, morrerá de fome, pois já não há pão na cidade. Então, deu ordem o rei a Ebed-Meleque, o etíope, dizendo: Toma contigo daqui trinta homens e tira da cisterna o profeta Jeremias, antes que morra.” Jr 38: 8-10.

 
Ebed-Meleque, mostrou ter um grande coração ao compadecer-se de Jeremias e por ir interceder por ele perante o rei. Para além disso, Ebed-Meleque arranjou roupas usadas e trapos e aconselhou a Jeremias que colocasse debaixo das axilas para que não se magoasse com as cordas enquanto os homens puxavam-no para fora da cisterna. Deus cuidou assim de Jeremias, num momento difícil em que os príncipes irados contra ele queriam-no matar a fome dentro de uma cisterna funda, sem água nem comida.

 
Deus usou a Ebed-Meleque por este ter um coração sensível e piedoso. Hoje, podemos descansar em Deus porque certamente Deus usará Ebed-Meleques ao longa da nossa vida para nos socorrer. Por outro lado, devemos ter um coração sensível as necessidades e sofrimentos dos outros para podermos ser usados como Ebed-Meleque para socorrer homens e mulheres de Deus do nosso tempo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Graça inaudita


O Espírito Santo é a dádiva do Pai Celeste e do seu Filho Jesus Cristo a todo crente para que tenhamos capacidade de testemunhar o Senhor Jesus. O Espírito Santo é o Espírito da Graça. Recebemos a salvação e o Espírito Santo não porque somos melhores do que os outros mas porque Deus pela sua infinita Graça nos deu apesar de não sermos merecedores.


Para uma vida cristã frutífera precisamos do Espírito Santo para que faça nascer em nós o fruto do seu Espírito e para que nos dê dons para que possamos servir a Igreja. O fruto do Espírito Santo é essencial para que possamos seguir a Jesus e servir os outros com humildade e dedicação.


O fruto do Espírito Santo não vem de nós, é desenvolvido pelo Espírito Santo que está em nós. Os nove componentes do fruto do Espírito Santo são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. O apóstolo Paulo refere os componentes do fruto do Espírito Santo no versículo que podemos ver a seguir: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5:22.


Uma vida cristã frutífera depende do Espírito Santo, da sua capacitação e do seu fruto em nós. Inclusive, para que possamos servir a Igreja precisamos dos dons do Espírito Santo. Quando é colocado em nós um dom pelo Espírito Santo, não podemos enterra-lo, pois toda a Igreja sofreria com isso.


Os dons que recebemos do Espírito Santo são para ser usados para a edificação da Igreja, e por isso têm de ser desenvolvidos e multiplicados. O Senhor Jesus fala-nos da necessidade de usar os dons que recebemos do Espírito Santo, na parábola dos talentos. Quer o Senhor Jesus nos dê, através do seu Espírito, cinco, dois ou um talento temos de desenvolve-los e multiplica-los para o benefício da Igreja e do nosso Senhor que deseja o crescimento da Igreja.


Podemos ver a parábola dos talentos, nos versículos a seguir: “O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova escondeu o dinheiro do seu senhor.” Mt 25:16-18.


Devemos nos colocar a disposição do Espírito Santo para obedecer-lo e fazer o que lhe é agradável de forma que Ele tenha liberdade em nós para nos capacitar a servir o Senhor Jesus e a Deus Pai. O apóstolo Paulo, foi um servo dedicado a Deus e que sempre ouviu a voz do Espírito Santo.

 
Ao longo dos atos dos apóstolos e das epístolas vemos o trabalho do apóstolo Paulo em favor da Igreja. Contudo, apesar dos grandes trabalhos missionários desenvolvidos por Paulo ele não considerava que o seu trabalho se devia a ele mesmo, mas sim a Graça do Espírito Santo que o capacitou e conduziu ao longo da seu serviço a Deus.

 
Podemos ver as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Mas pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” 1Co 15:10.

 
Devemos ser gratos a Deus por nos ter concedido o seu Espírito Santo. Devemos também agradecer ao Espírito Santo por tudo aquilo que nos capacita a fazer, pois sem Ele nada poderíamos fazer para Deus. Contudo, não devemos sentir-nos melhores do que os outros por causa do que fazemos para Deus, pois tudo é pela inaudita Graça de Deus.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Como Jesus avalia o que damos


O ato de ofertar é um ato de amor, que muitas vezes é avaliado por comparação com o que os outros deram. Na nossa relação com Deus, podemos chamar de ato de ofertar, todas as coisas que damos para Deus, seja o nosso tempo, as nossas ofertas, as nossas dádivas para ajudar os outros e inclusive o tempo que reservamos para orar a Deus e meditar na sua Palavra.

O ser humano, tem uma certa tendência para se comparar com os outros, e inclusive os cristãos por vezes comparam uns com os outros aquilo que dão para Deus. Isso levanta questões por vezes, como: “qual será o melhor servo?”, “qual será o mais deu para Deus?”

Contudo, o nosso Senhor Jesus não avalia o que lhe dá-mos por comparação quantitativa com os que estão a nossa volta. O nosso Senhor avalia o que lhe dá-mos pelo o que tinha-mos ao nosso dispor para lhe ofertar, por outras Palavras, Jesus vê se lhe demos o nosso melhor ou não.


Estando Jesus no templo, sentado em frente do local onde colocavam as ofertas, viu que uma certa viúva pobre, aproximou-se do gazofilácio e ofertou apenas 2 moedas. Apesar da pequena quantia ofertada, o nosso Senhor Jesus considerou que a oferta dela tinha sido superior a todas as outras ofertas . Isso porque a viúva pobre tinha dado tudo o que possuía, enquanto que os outros, que eram ricos, deram apenas do que lhes sobrava.


Podemos ver isso no versículo seguinte: “Estando Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. Porque todos deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o sustento.” Lc 21:1-4


Por isso podemos descansar porque o nosso Senhor Jesus não vai avaliar o que lhe ofertamos, ao longo da nossa vida, por comparação quantitativa com os outros mas sim, vai verificar se lhe demos o nosso melhor, do nosso tempo, das nossas finanças e das nossas capacidades e dons; ou se, pelo contrário, demos-lhe o que sobrava do nosso tempo, das nossas finanças e dos nossos dons.


Muito além de ofertas, Jesus deseja que lhe ofertemos a nossa vida: o nosso coração, a nossa alma e nossa mente por isso o apóstolo Paulo aconselha-nos,  como vemos a seguir, a oferecer-nos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus através do nosso culto racional. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional.”Rm 12:1.


Por isso, devemos obedecer a servir a Deus de forma racional, baseando-nos na Palavra de Deus e assim oferecer o nosso melhor a cada dia. Deus nos ama e tudo que fazemos por amor a Ele é apreciado mesmo as pequenas coisas. Não devemos esmorecer, mesmo quando o que fazemos não é valorizado pelos outros, pois Deus vê os nossos corações e se alegra de tudo o que fazemos para os outros em obediência a sua Palavra.

sábado, 26 de novembro de 2016

O mesmo sentir uns para com os outros


Jesus Cristo ao morrer e ressuscitar tornou possível a existência de uma só da Igreja, que nada mais é do que o corpo do próprio Senhor Jesus Cristo. Como corpo de Cristo, todos os cristãos formam a Igreja eleita que o Senhor virá buscar um dia. Por isso em cada congregação é importante a vivência como Corpo; e é importante que em cada coração haja o mesmo sentir uns para com os outros.

O apóstolo Paulo afirma ainda hoje para a Igreja de Jesus Cristo: “Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.” Rm 15:5. Esse desejo é o desejo do Espírito Santo para a Igreja de Cristo, para que possa haver unidade.

O mesmo sentir uns para com os outros é importante para que haja concordância e harmonia. Cada cristão deve amar, respeitar e desejar o bem aos seus irmãos e esse sentimento deve ser recíproco no meio da Igreja para que todos possam lutar uns pelos outros e crescer em conjunto.

Na Igreja primitiva, essa unidade era notória, e o discípulos ficaram conhecidos pelo amor que tinham uns pelos outros, como o próprio Senhor Jesus dissera. Todos os que criam em Jesus eram um coração e alma. O amor que sentiam uns pelos outros levava-os a partilhar tudo o que tinham de forma que não havia necessitados entre eles.

Podemos ver no versículo seguinte o que Jesus disse sobre o fato de os discípulos serem conhecidos pelo amor que tivessem uns aos outros. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34. Em atos vemos como os cristãos eram uma só alma e um só coração. “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo porém, lhes era comum.” At 4:32.

Da mesma forma que os cristãos da Igreja primitiva é importante que todos dentro de uma congregação desejem o bem dos seus irmãos, não só a nível espiritual mas também a nível físico e material. Esse sentimento é importante para que possam ajudar os irmãos de coração, sem falsidade ou hipocrisia. É também importante para que as nossas orações pelos nossos irmãos estejam em concordância sobre o que pensamos e desejamos para eles.

Deus deseja que nós cresçamos em maturidade espiritual com todos os nossos irmãos, mas como vivemos ainda na terra precisamos também de outras coisas como crescer na nossa vida material e a nível da saúde. Para podermos crescer plenamente como cristãos temos de ter um amor fraterno sincero uns pelos outros, para assim ajudar-nos uns aos outros a crescer, suportando-nos uns aos outros e considerar-nos uns aos outros.

Devido a grande importância de nos amarmos uns aos outros o nosso Senhor Jesus deixou-nos como mandamento que nos amássemos uns aos outros como Ele próprio nos amou. Vemos esse mandamento do Senhor Jesus no versículo seguinte: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.” Jo 15:12. O nosso Senhor nos amou de tal forma que deu-se para que tivéssemos a vida eterna.

Para que possamos viver um relacionamento cristão uns com os outros temos de ter o mesmo sentimento de amor uns para com os outros, porque é impossível haver a unidade que o Espírito Santo deseja se uns amarem os outros e outros pelo contrário odiarem. O apóstolo Pedro diz-nos que o objetivo da purificação da nossa alma e da obediência à verdade é um amor fraternal não fingido pelos nossos irmãos.

Podemos ver as palavras do apóstolo Pedro no versículo seguinte: “Tendo purificado a vossa alma, pela obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerado não de semente corruptível mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” 1Pe 1:22-23.

A unidade em coração e alma que o Espírito Santo deseja que vivamos em cada congregação requer o mesmo sentimento de amor uns pelos outros. Isto para que possamos ajudar-nos uns aos outros, intercedermos em oração uns pelos outros e assim,  todos crescermos juntos. O próprio Espírito Santo dá a cada cristão amor fraternal pelos outros e por isso podemos clamar ao Espírito Santo para que Ele opere o seu amor em nós.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Vem e segue-me



Na Bíblia vemos a história do jovem rico que interpelou a Jesus sobre a sua salvação. Jesus analisando o jovem rico respondeu-lhe que se quisesse ser perfeito, como é o nosso Pai perfeito, que deveria ir, vender todos os seus bens, e distribui-los aos pobres, para ter um tesouro nos céus, e que viesse então ter com Jesus e O seguisse. Vemos isso no seguinte versículo: “Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.” Lc 18:22.


O jovem rico estava longe de Deus, do Senhor Jesus no seu estilo de vida e na sua forma de pensar. Por isso, o Senhor Jesus disse-lhe que fosse vendesse os seus bens, desse-os aos pobres e que viesse depois ter com Jesus e O seguisse então.


Por vezes a nossa vida está tão distante dos mandamentos e diretrizes de Jesus Cristo que temos de ir, resolver as nossas questões, modificar a nossa mentalidade, rever as nossas prioridades e depois então voltar para perto de Jesus para segui-Lo com os seus discípulos.

 
O Espírito Santo diz-nos através da epístola de Paulo a Timóteo que muitos, apesar de serem cristãos, ou observadores dos mandamentos como o jovem rico, estão longe da vontade de Deus para as suas vidas, porque têm certas características que não estão de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo. Dentre alguns exemplos de elementos de caráter que colocam os cristãos longe da vontade de Deus são: egoísmo, avareza, jactância, arrogância, desafeição, crueldade, maior amor aos prazeres do mundo do que a Deus, entre outras coisas.


Podemos ver isso no seguinte versículo: “pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, balasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus,” 2 Tm 3:2-4.


Para que o jovem rico seguisse a Jesus precisava de tornar-se rico para Deus e de modificar a sua mentalidade. Da mesma maneira, hoje, se quisermos seguir a Jesus Cristo temos de modificar as nossas prioridades e a nossa mentalidade, deixando para trás o egoísmo, a avareza, a arrogância, a ingratidão, desafeição, a calúnia, crueldade, inimizade ao bem, o atrevimento, e a maior amizade dos prazeres do que a amizade a Deus.


Estar pronto para seguir a Jesus pode levar tempo; pode ser necessário um longo processo de renovação da mente e da forma de agir. Isto porque andar com Jesus acarreta uma nova forma de pensar a vida para se poder compreender a forma de pensar e agir de Jesus Cristo e poder imita-lo.


O versículo seguinte fala-nos sobre a necessidade de renovação da nossa mente. “no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupisciências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Ef 4:22-24.


Essa nova forma de pensar está de acordo com a definição de justiça e retidão de Deus, e por isso está de acordo com a mentalidade de Cristo. Portanto, seguir a Jesus Cristo, implica um conhecimento prévio de quem é o Senhor Jesus, sobre o que Ele aprecia, compreender a sua relação de obediência ao Pai e saber as suas metas.


O nosso Senhor Jesus tinha e tem objetivos diferentes dos objetivos do mundo. Quando Jesus esteva na terra vivia para amar e obedecer ao Pai Celeste, amando aos que estava a sua volta. O amor de Jesus a humanidade levou que Ele curasse, libertasse os que estavam enfermos, anunciasse a necessidade de arrependimento e se entregasse na Cruz do Calvário para a salvação da humanidade.


Hoje, Jesus Cristo, continua entre nós através do seu Espírito Santo e deseja salvar a humanidade, conduzi-la a uma mudança de vida de acordo com a Verdade e fazer com que O sigamos a cada dia, em conjunto com os seus outros discípulos. Para seguirmos a Jesus diariamente, temos que renegar diariamente a nossa velha mentalidade e agir de acordo com os ensinamentos de Jesus, imitando os Seus passos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O Temor ao Senhor Deus


A sabedoria é algo determinante na vida cristã. Contudo, a sabedoria cristã é muito diferente da sabedoria que se obtém do mundo. O principal motivo da grande diferença entre as duas sabedorias é o fato da sabedoria cristã estar baseada no temor a Deus.
 
O temor a Deus é o princípio da sabedoria para os que seguem a Deus como nos diz a Bíblia no livro dos Provérbios. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do santo é a prudência.” Pv 9:10. O princípio, ou o fundamento da sabedoria cristã é então o temor a Deus.

Ter temor a Deus permite que amemos aquilo que Deus ama, e que não gostemos daquilo que Deus não gosta. Por isso o temor a Deus influencia as nossas a atitudes, fazendo com que pratiquemos aquilo que Deus aprecia, e que não gostemos do pecado. Por outras palavras, faz-nos amar a bondade, a mansidão, a longanimidade e detestar a malícia, a maldade e outras atitudes negativas contra o nosso próximo.

 
No livro de provérbios, como vemos no versículo seguinte, o Espírito Santo fala-nos precisamente que o temor do Senhor é não gostar do mal e consequentemente de todas as formas de pecado: “O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal; a soberba, arrogância , o mau caminho e a boca perversa eu os aborreço.” Pv 8:13.
 
Deus é Santo, totalmente puro e não se agrado do pecado, nem da maldade nos corações dos homens. Exatamente por isso, quando queremos alcançar a pátria Celestial temos que adquirir sabedoria. Aprender o que agrada a Deus e o que não O agrada e aplicar esse conhecimento no nosso dia, evitando o mal e a prática do pecado.
 
O nosso Senhor Jesus, sendo Filho de Deus viveu cheio do Espírito Santo; e foi o único homem com a plenitude do Espírito de Conhecimento e temor a Deus como vemos no livro de Isaías. “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Is 11:2.
 
Enquanto viveu na terra o Senhor Jesus permitiu-nos a conhecer o coração do Pai Celeste e ensinou-nos a fazer o que é reto perante Deus. Para além de ser o nosso Mestre, o nosso Senhor Jesus é também o nosso modelo de temor ao Pai Celeste porque Ele nunca pecou e na sua boca nunca se achou nenhuma espécie de engano.
 
Como somos humanos, somos sujeitos ao pecado e por isso devemos ser prudentes para não cairmos em situações que nos levem ao pecado. A pratica do temor a Deus é uma atitude prudente, que nos ajuda a percecionar e a julgar a realidade a nossa volta corretamente. O salmista diz-nos isso no versículo seguinte: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre.” Sl 111:10.
 
A pratica do temor a Deus tem várias vantagens para a nossa vida e a principal vantagem é o fato de nos ajudar a caminhar rumo a Pátria Celestial. Outra vantagem é que ao temermos a Deus conseguimos mais facilmente seguir os passos do Senhor Jesus que é totalmente Santo. Por isso devemos pedir ao Espírito Santo que nos encha do seu Espírito de Conhecimento de temor a Deus para podermos viver vidas agradáveis a Deus.

domingo, 13 de novembro de 2016

A vanglória dos discípulos


Os discípulos do Senhor Jesus Cristo depois de terem sido enviados pelo Mestre para pregarem o Evangelho e curarem enfermos, voltaram contando que tinham tido experiências maravilhosas sobre a atuação do Espírito Santo através da vida deles, como vemos a seguir: “Então, regressaram os setenta, possuídos de grande alegria, dizendo: Senhor, os próprios demónios se nos submetiam pelo teu nome.” Lc 10:17

Contudo, o nosso Mestre não partilhou da alegria deles antes, recomendou que se alegrassem, não porque os espíritos demoníacos se submetiam a eles, mas sim, porque o nome deles estava escrito no livro da vida. Podemos ver essas palavras no versículo seguinte: “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem; e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus.” Lc 10:20.

A recomendação de Jesus Cristo aos seus discípulos é também para todos os cristãos que fazem alguma obra para o Mestre, seja a ministração de libertação de pessoas endemoninhadas, seja louvar ou prestar auxílio as pessoas necessitadas. Seja qual for o boa obra que façamos para Jesus Cristo não devemos vangloriar-nos pelo que fazemos.

As boas obras que cada cristão executa é fruto da Graça do Senhor Jesus e da operação do seu Santo Espírito. Os cristãos são servos de Deus; e um dos propósitos da vida dos cristãos é servir a Deus e aos seus propósitos na terra. Por isso, não devemos sentir-nos melhores do que os outros, nem ficarmos vaidosos pelas obras que fazemos.

Na realidade, as boas obras que fazemos, são fruto da Graça de Deus. Tudo o que fazemos é pela Graça e não porque somos especiais ou melhores do que os outros. Devemos vangloriar-nos pela salvação que Jesus Cristo conquistou para nós na Cruz do Calvário.

O apóstolo Paulo afirma-nos na sua epístola aos romanos que através de Jesus Cristo já não há nenhuma condenação para os cristãos; eles têm acesso a vida eterna e perdão dos seus pecados. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito as vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” Rm 8:1-2.

O apóstolo Pedro afirma ainda, no versículo seguinte, da sua primeira epístola que todos os nossos pecados foram carregados pelo nosso Senhor Jesus, para que nós, como mortos para o pecado pudéssemos viver para a justiça, ou seja, para praticar as boas obras que o nosso Deus preparou para nós. “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para justiça; por suas pisaduras fomos sarados.” 1Pe 2:24.

Como o nosso Mestre nos recomendou devemos alegrar-nos por termos os nossos nomes escritos no livro da vida e ao mesmo tempo, devemos reconhecer que é o poder do Espírito Santo quem nos capacita a praticar boas obras. Esse reconhecimento baseia-se na busca do enchimento com o Espírito Santo.

Quanto mais nos santificamos e limpamos as nossas vidas de tudo o que não agrada a Deus, mais nos colocamos em posição para sermos cheios do Espírito Santo e para realizarmos as boas obras que Deus preparou para nós. Contudo, devemos sempre agradecer a Deus e alegra-nos por os nossos nomes estarem escritos no livro da vida.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O caminho de Daniel


Daniel foi um grande profeta que destacou-se na história da Bíblia pela sua perseverança, nas mais duras, provações e por ter sido aprovado por Deus. Para além de ser um homem que nos mostra como devemos suportar as provações, Daniel foi um grande profeta que recebeu de Deus a revelação sobre a grande tribulação e o fim dos tempos.


Deus comunicou os acontecimentos futuros a Daniel através de um anjo e frisou como muitos homens seriam purificados dos seus pecados, embranquecidos e provados. Outros homens porém, continuariam a proceder perversamente e não entenderiam as palavras de Deus transmitidas através do anjo.


Apesar de muitas pessoas na altura terem caminhadas diferentes, uns purificando-se do pecado e outros mergulhando-se mais no pecado, o anjo de Deus aconselhou a Daniel a prosseguir o seu caminho até ao fim, e a manter a sua perseverança em servir a Deus mesmo que surgissem outras provas mais duras.


Podemos ver as palavras do anjo a Daniel no versículo seguinte: “Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.” Dn 12:13. Vemos, assim, que Daniel foi aconselhado a continuar seguindo o caminho que havia começado desde a sua adolescência e a perseverar nele até ao fim da sua vida.


Daniel tinha se dedicado ao serviço a Deus desde sempre e mostrou que amava a Deus mais do que a sua própria vida. Em certa ocasião, sob a ameaça de morte, Daniel preferiu não adorar o ídolo erguido pelo rei Nabucodonosor, e não se preocupou se iria ou não ser salvo por Deus da pena de morte, que era a fornalha ardente.


Daniel e apenas negou-se a adorar ao outro deus. Muitas vezes quando obedecemos a vontade de Deus gostaríamos de ser recompensados e protegidos do mal por causa da nossa obediência. Contudo, Daniel não se importava se Deus iria ou não salva-lo da morte, apenas obedeceu a Deus e descansou na soberania de Deus.


Podemos ver isso no versículo a seguir: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” Dn 3:17-18.


Daniel servia a Deus de forma desinteressada, ao contrário de muitos de nós que muitas vezes somos motivamos pelo benefício que obtemos de Deus quando O servimos. Deus recompensa a fidelidade e o amor dos seus servos. Contudo, Deus muitas vezes prova os nossos corações, para saber se O servimos apenas pela recompensa ou por amor a Ele.


Noutra fase da sua vida, quando Daniel era já avançado de idade, foi confrontado com um decreto lei, que proibia as pessoas de orarem a Deus durante 30 dias, sob pena de morte. Contudo, Daniel perseverou em servir a Deus e preferiu continuar a orar a Deus, três vezes ao dia, e perder a sua vida numa cova de leões.


O apóstolo Tiago, diz-nos na sua epístola o mesmo que o anjo de Deus disse a Daniel: que ele deveria seguir até ao fim o seu caminho de perseverança pois assim ele seria aprovado e no fim dos tempos ele se levantaria para receber a sua herança, a recompensa preparada por Deus para ele.


Podemos ver as palavras do apóstolo Tiago no versículo a seguir: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1:12.

O Espírito Santo diz-nos hoje também que devemos continuar seguindo o nosso caminho, perseverando em servir ao Senhor quando estamos a viver momentos de provação, pois Deus deseja que sejamos aprovados nestas situações e deseja dar-nos a coroa da vida.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A gaguez de Moisés


Moisés foi um grande profeta, um grande homem de Deus que ficou na história do povo de Israel por ter liderado Israel na sua e saída do Egito. Moisés também foi o intermediário pelo qual Deus deu ao povo de Israel as luas leis, e por isso muitas vezes, a lei de Deus é referida como a lei de Moisés. Apesar de ser um grande homem de Deus, Moisés era gago, mas isso não foi fator de impedimento para que Deus usar Moisés para libertar o povo de Israel da escravidão.

A gaguez é uma perturbação da fluência verbal, e perturba grandemente a comunicação porque apesar de a pessoa saber o que quer dizer, o seu discurso é caraterizado por repetições e prolongamentos, pausas não esperadas e por bloqueios em que o som fica interrompido. Moisés sofria deste problema.
 
Moisés quando esteve perante Deus no deserto e ouviu a ordem do nosso Deus para que fosse ao Egito e falasse a Faraó para que deixasse o seu povo partir em liberdade do Egito, Moisés referiu que era gago, ou seja, pesado de língua e de boca e que por isso, seria melhor Deus enviar outro homem.
 
Podemos ver estes argumentos de Moisés para negar a chamada de Deus para o seu serviço no versículo seguinte: “Então, disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua”. Ex 4:10.

Moisés refere que anteriormente era gago e que mesmo depois de falar com o Senhor Deus continuava gago. Provavelmente Moisés sentia-se constrangido com a ideia de estar perante a corte de Faraó e falar para um tão grande número de pessoas sendo gago.

Deus não viu a limitação de Moisés como um impedimento para realizar a sua vontade, pois o que era mais importante era o coração de Moisés e a sua disponibilidade para amar a Deus e ao povo que iria liderar. Para ajudar a Moisés Deus indicou a Arão, irmão de Moisés para auxilia-lo quando tivesse que falar perante o Faraó e ao povo de Israel.

Moisés apesar de ser um grande líder mostrou-se sempre manso para com Deus, por outras palavras Moisés obedecia sempre a Deus, mostrando-se sempre um homem brando e pacífico, e não achava-se melhor do que as pessoas do povo que liderava. Por diversas vezes o povo de Israel pecou contra o Senhor e Moisés intercedeu por eles encarecidamente, preferindo até ser castigado em vez desta nação.

Podemos ver no versículo seguinte, a grande humildade e amor de Moisés, pois para além de não achar-se mais santo e mais merecedor de ir a terra prometida, amava o povo de Israel de tal forma que disse a Deus que se o povo de Israel não fosse perdoado preferir ser riscado do Livro da Vida e perder a sua vida eterna com Deus. “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro da vida que escreveste.” Ex 32:32.

 
Moisés demonstrava assim o seu amor pelo povo de Israel, e a sua humildade, pois apesar de ter estado várias vezes face a face com Deus não se achava melhor do que os outros, e não condenava o povo quando eles pecavam, mas sim intercedia encarecidamente junto ao Pai Celeste.

Para além de ser manso, e deixando-se conduzir para onde quer que Deus mandasse, Moisés também era totalmente dependente de Deus e não queria ir a lado nenhum, mesmo para a terra prometida, sem a presença de Deus. “Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.” Ex 33:14.

Por isso, o problema da fala de Moisés não consistia um problema real para o serviço que Deus indicou a Moisés, porque ele tinha um coração manso e humilde e cumpria com amor tudo o que Deus lhe ordenara. Deus inclusive, considerou Moisés o homem mais manso da terra. “Era varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” Nm 12:3.
 
Por estes motivos não devemos preocupar-nos com as nossas deficiências físicas quando Deus nos manda servi-lo porque o mais importante não é a nossa capacidade de oratória, ou inteligência, mas sim a nossa mansidão e humildade perante Deus, pois é isso que Deus necessita para conduzir-nos para onde quer que Ele desejar.

domingo, 30 de outubro de 2016

O maná


Durante a travessia do povo de Israel no deserto eles foram alimentados sobrenaturalmente por Deus. Deus enviava diariamente maná do céu, que era como a semente de coentro, branco e tinha sabor de bolos de mel. Enquanto o povo de Israel não chegava a terra prometida eles foram alimentado por Deus com este maravilhoso alimento.

Deus mostrou o seu grande poder enquanto libertou a povo de Israel da escravidão do Egito. A nação do Egito foi atingida por diversas pragas e no final, todos os primogénitos dos egípcios forma mortos incluindo a primogénito de Faraó. Com tanta destruição causada pelas pragas, o Faraó decidiu deixar o povo de Israel sair do Egito.

No deserto, enquanto os alimentos escassearam, todo o povo de Israel murmurou contra Deus e desejou voltar para a escravidão do Egito, por causa dos alimentos que lá tinham. Depois de tantas manifestações do poder de Deus, eles quiseram abandonar a promessa da terra prometida por causa de simples alimentos.

As palavras do povo de Israel demonstraram ingratidão e incredulidade, como vemos a seguir: “disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados juntos as panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.” Ex 16:3.

Como Deus é um Deus cheio de misericórdia e apesar de o povo de Israel ter pecado e duvidado do cuidado de Deus para com eles, Ele disse a Moisés que faria chover pão do céu como vemos a seguir: “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu, e o povo sairá e recolherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha a prova se anda na minha lei ou não.” Ex 16:4.
 
Deus pôs a prova a obediência do povo de Israel as sua ordens, pois o povo de Israel teria de colher o maná a cada manhã e não poderia guarda-lo. Caso tentassem guardar o maná ele se estragaria, ficando cheio de bichos e cheirando mal. Ao mandar o povo apanhar o maná a cada manhã, Deus também tencionava ensinar o povo de Israel a não preocuparem-se com o dia seguinte e a confiarem em Deus e na sua provisão.
 
Como o nosso Senhor Jesus nos ensinou com a oração do Pai nosso, o Pai Celeste desejava que a cada dia eles confiassem na provisão de Deus, e que não ficassem ansiosos com o dia de amanhã. Deus deseja que também hoje confiemos na sua provisão e que Lhe peçamos o pão de cada dia como nos ensina o nosso Senhor Jesus no versículo seguinte: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; (…) o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;”Mt 6:9,11.

Apesar de nos ensinar a pedir o pão de cada dia o nosso Senhor Jesus deseja que tenhamos um rumo firme para a nossa vida, da mesma forma que o povo de Israel tinha um rumo bem definido enquanto caminhava no deserto e era alimentado pelo maná de Deus. O povo de Israel caminhava rumo a terra de Canaã; a terra de manava leite e mel, e onde podiam ter uma vida em liberdade e alimentarem-se com fartura.
 
Devemos ser gratos a Deus pelo maná do céu que Ele nos envia enquanto caminhamos rumo a terra prometida. Pois Deus é benigno e misericordioso e nos ama com um amor eterno. Devemos agradecer o seu amor por nós, por nos desejar abençoar e nos conduzir para que possamos estar eternamente com Ele no céu.

sábado, 29 de outubro de 2016

As qualidades interiores de Davi


O profeta Davi é um dos homens descritos na Bíblia que teve grande importância para Deus, a ponto de Deus ter escolhido a sua linhagem para fazer parte dos ascendentes do Senhor Jesus Cristo. Davi é também descrito na Bíblia como um homem segundo o coração de Deus.


No primeiro livro do profeta Samuel vemos que Davi era o filho mais novo de Jessé e que foi escolhido por Deus para ser rei de Israel. As qualidades que fizeram o nosso Deus escolher Davi não foram qualidades exteriores como a beleza física mas sim o seu coração.


No versículo seguinte vemos que Deus refere que não vê como os homens veem, mas sim olha para o coração. “Porém, o Senhor disse a Samuel: não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor o coração.” 1Sm 16:7.


Davi era conhecido como um homem sisudo de palavras, ou seja, era um homem prudente e sensato no que dizia; qualidade que refletia também a sua forma de pensar a vida. Podemos dizer por isso, e pelo que vemos nos salmos, que Davi também pensava de forma prudente e sensata sobre os assuntos vida.


Mas para além de demonstrar prudência nas suas palavras, Davi também era circunspecto, um homem dado a meditação sobre Deus, sobre a vida dos homens e sobre o reino dos céus. Podemos ver a forma como Davi era atento, a as questões como a retidão exigida ao homem, a natureza, e todas as obras das mãos de Deus em vários salmos.


O salmos 15 podemos ver a meditação de Davi sobre que tipo de homem teria condições para habitar no céu. “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com a sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho;” Sl 15: 1-3.


No salmos 19 vemos como Davi contempla a glória de Deus nos céus e em todo o firmamento. “ Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.” Sl 19:1-2


Apesar de ser um homem prudente, e circunspecto Davi também era um homem de guerra, corajoso, capaz de enfrentar qualquer perigo. Em várias ocasiões Davi enfrentou feras para defender o seu rebanho e quando soube que um filisteu, chamado Golias zombava do povo de Deus, dispôs-se a enfrentar o Golias pois considerava que ele estava a enfrentar o povo do Deus vivo.


Estas qualidades de Davi fizeram com que ele fosse escolhido por Saúl para ser escudeiro, alguém muito próximo do rei Saúl que ia auxilia-lo em várias questões, inclusive carregar o seu escudo quando fosse a batalha. Para além de ser destemido e um guerreiro, Davi era um homem que se notava que Deus estava com ele


No versículos seguintes vemos como descreveram Davi a Saúl e a forma como Saúl se agradou dele tornando-o seu escudeiro. “Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras e de boa aparência; e o Senhor é com ele.(...) Saúl mandou dizer a Jessé: Deixa estar Davi perante mim, pois me caiu em graça.” 1Sm 16:18,22.


Sem dúvida, a maior qualidade de Davi era o seu amor a Deus, e o seu interesse em praticar o que era justo perante Deus. Ao longo dos vários salmos vemos que Davi amava a justiça e a obediência a Deus e afastava-se daquilo que não era bom perante Deus.


O amor de Davi a Deus era tão grande que mesmo sendo perseguido e ameaçado por Saúl não quis levantar a mão contra ele porque este era um ungido de Deus. Nesta ocasião Davi mostrou amar mais a Deus do que a própria vida, pois deixou Saúl ir em paz quando teve ocasião de mata-lo e ver-se livre da ameaça que Saúl era para a sua vida.


Davi é um exemplo para todos os cristãos pelo seu carácter e também pela sua perseverança em amar mais a Deus do que a promessa de Deus para a sua vida, que era ser rei de Israel. Davi, meditava em Deus, nas suas obras, nas sua glória e no reino dos céu, e mostrava-se humilde perante Deus. Devemos imita-lo nestas qualidades e perseverar em caminhar com Deus.

domingo, 23 de outubro de 2016

Davi, o ungido de Deus


O profeta Davi é conhecido pelos seus grandes feitos, sobretudo por ter enfrentado o gigante Golias apenas com cincos pedras e por ter-se tornado rei de Israel. Apesar de ser um homem de bom carácter, os seus atos não se deveram apenas ao seu coração mas sobretudo a unção que recebeu quando foi ungido rei de Israel pelo profeta Samuel.


No primeiro livro do profeta Samuel vemos que a partir do dia em que o profeta Samuel ungido a Davi, o Espírito Santo se apossou dele. Vemos isso no versículo seguinte: “Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio dos seus irmãos; e daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou de Davi. Então Samuel se levantou e foi para Ramá.” 1Sm 16:15.


Foi o Espírito Santo quem capacitou a Davi a realizar os feitos que estão descrito na Bíblia, como matar feras, enfrentar Golias e ser um grande guerreiro. Quando Davi enfrentou a Golias, foi munido de apenas cinco pedras lisas do ribeiro e não levou as armaduras e espadas que Saul lhe oferecera.


Nos versículos seguintes vemos como Davi se muniu de pedras para enfrentar o temível Golias. “Tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje de pastor, que trazia, a saber, no surrão; e lançando mão da sua funda, foi-se chegando ao filisteu.” 1Sm 17:40.


Para além disso, Davi não achava que ia enfrentar o Golias com as suas forças mas sim na capacitação e no nome do Senhor, o que mostra que estava revestido do Espírito Santo quando enfrentou o Golias. “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado.”1 Sm 17:45.


Davi também acrescenta que toda a multidão presente saberia que o Senhor salva, sem espada, e sem lança porque o Senhor é quem era o Senhor da guerra, e era Senhor quem o ia entregar os filisteus nas mãos do povo de Israel. “Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, ele vos entregará nas nossas mãos.” 1Sm 17:47.


Com a capacitação do Espírito Santo Davi consegui derrotar ao gigante Golias apenas com uma pedra. Depois de o derrotar Davi tomou a providência de cortar a cabeça do Golias com a sua própria espada e assim todos do exército filisteu ficaram apavorados e fugiram dos israelitas. Desta forma Deus entregou os filisteu nas mãos dos israelitas.


 
Para além de o Espírito Santo lhe dar ousadia e coragem para enfrentar grandes perigos, também dirigiu a Davi a amar a Deus mais do que a sua vida, como Davi demonstrou ao poupar a vida do seu grande inimigo Saúl, que o perseguia ferozmente. A capacidade de renegar a vingança e colocar Deus em primeiro foi-lhe dada pelo Espírito Santo.

No primeiro livro Samuel vemos como Davi preferiu por duas vezes temer a Deus e não matar a Saúl do que acabar com a ameaça que Saúl representava para a sua vida. Numa dessas ocasiões Davi disse o seguinte: “O Senhor me guarde de que eu estenda a mão contra o seu ungido; agora porém, toma a lança que está a sua cabeceira e a bilha de água, e vamos-nos.” 1Sm 26:11. Davi colocava a Deus a cima de todas as coisas e por isso não quis levantar a mão contra o Saúl que era ungido de Deus.


Davi também mostrava ser um profeta de Deus nos seus salmos inspirados pelo Espírito Santos. Nestes salmos vemos muitas profecias sobre o nosso Senhor Jesus o redentor de Israel. (Sl 22:1). A presença do Espírito Santo na vida de Davi fazia dele um destemido guerreiro e um grande profeta. Por isso se quisermos, como Davi, enfrentar Golias e derruba-los devemos buscar ser cheios do Espírito Santo.

sábado, 8 de outubro de 2016

Tomai sobre vós o meu jugo


O nosso Senhor Jesus convida-nos a tomar sobre nós o seu jugo pois ao tomar o seu jugo encontraremos paz e descanso para as nossas almas. Perante o convite do Senhor Jesus temos duas opções: ou tomamos o seu jugo, ou tomamos o jugo do mundo.


O jugo do Senhor Jesus está relacionado com o serviço a Deus, da mesma forma como o jugo está relacionado com trabalho. Um jugo é um instrumento feito a medida do animal e colocado sobre os seus lombos de forma a que ele se mantenha unido ao outro animal e consiga puxar o arado com mais facilidade e ao mesmo compasso. 


A grande vantagem do jugo é que ele une dois animais e liga-os permitindo que a força necessária para lavrar a terra seja dividida pelos dois animais. Assim, o trabalho não se torna cansativo para nenhum dos dois. No serviço à Deus, o nosso Senhor Jesus coloca sobre nós um jugo, feito a nossa medida, que nos liga a Ele, e que por isso não nos magoa, nem nos cansa.


Para além disso, a força necessária para o serviço a Deus é desenvolvida pelo Senhor Jesus e pelo seu Espírito Santo. Por estarmos ligados ao Senhor Jesus, da mesma forma que dois animais ligados por um jugo, a força que exercemos é pouca e o trabalho não se torna cansativo, pois Ele mesmo e o Espírito Santo é quem nos ajudam a andar e nos capacitam em tudo.


No evangelho Segundo São Mateus vemos as palavras do Senhor Jesus: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei que mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” Mt 11:29. O convite o Senhor Jesus não é apenas para a salvação mas também para o serviço a Deus, ou seja, para o desempenho das mesmas obras que o Senhor Jesus realizava na terra.


O nosso Senhor Jesus deseja que sigamos os seus passos, que aprendamos com Ele a fazer a vontade do Pai, e que a medida que vamos caminhando com Ele aprendamos também a ser mansos e humildes como Ele. O jugo dessa caminhada é muito mais suave e leve do que o jugo e o fardo do mundo. Isto porque no mundo o nosso parceiro é o príncipe das trevas.


A humildade é fundamental para a caminhada da vida cristã, pois permite-nos ver-nos como pecadores, e nãos nos acharmos melhores dos que os outros. Principalmente a humildade permite reconhecer que a Palavra de Deus é a verdade e que devemos substituir a nossa forma de ver a vida pela visão da Palavra de Deus.


Para além disso, a humildade permite seguir as obras do Senhor Jesus e servir aos outros, colocando os outros a cima de nós mesmos como o Senhor Jesus fez aos lavar os pés aos seus discípulos: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13:13-14.


No versículo seguinte vemos as palavras do nosso Mestre sobre o seu jugo: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11:30. Servir a Deus e andar segundo a sua vontade é mais fácil, pois o Senhor Jesus nunca nos deixa sós e o seu Santo Espírito nos capacita para toda a sua obra; o que realizamos para Deus não vem de nós mesmos, é uma manifestação da Graça de Deus.


No mundo, a busca constante de status social e de bens materiais trás um cansaço e uma solidão que não são aliviados com nada, apenas com a presença do Senhor nas nossas vidas. Para além disso os pecado praticados no mundo afastam-nos da presença de Deus e do consolo do Espírito Santo. Por isso o nosso Senhor diz-nos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” Mt 11:28.


A cada dia somos convidados a ir até ao Senhor Jesus, a tomar o seu fardo e a fazer a sua vontade, que são as obras que Deus deseja que pratiquemos. Somos convidados pelo Senhor Jesus e deixar todas os dolorosos fardos que carregamos, a substitui-los pelo leve fardo de Deus e a encontrar descanso para as nossas almas.