A
Bíblia, no Novo Testamento, define os adultos na fé como aqueles
que pela prática da Palavra de Deus, têm a capacidade para
discernir não somente o bem, como também o mal. Podemos ver isso no
versículo seguinte da epístola aos Hebreus: “Mas o alimento
sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as
suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas
também o mal.” Hb 5:14.
Para
atingir a fase adulta, na fé, os cristãos têm de passar por um
processo de crescimento da mesma forma que as crianças que se
desenvolvem até tornarem-se adultas. Esse desenvolvimento, é
permitido pela pratica da Palavra de Deus.
Quando
mais se pratica a Palavra mais crescemos e mais parecidos ficamos no
nosso coração com Deus e com o seu Filho Jesus Cristo. Inclusive, o
nosso modelo de crescimento é o Senhor Jesus e por isso temos como
objetivo desenvolver-nos em carácter e santidade até a semelhança
como o Senhor Jesus.
O
nosso Senhor Jesus e o nosso Pai Celeste são Santos. Neles não
existe qualquer malignidade. A Bíblia diz-nos que Deus nunca age com
maldade, nem comete injustiça como os perversos. Vemos isso no
versículos seguintes: “Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me:
longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o
cometer injustiça.(...) Na verdade, Deus não procede
maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo.” Jó 34:
10-12.
A
pratica da vontade de Deus dá ao cristão maior sensibilidade para
distinguir aquilo que é bom para Deus e aquilo que que não é bom
ou maligno. Essa sensibilidade é crescente, pois a medida que vamos
crescendo na fé, as coisas que antes achávamos que não tinham mal,
porque toda a gente fazia, passam a não serem boas aos nossos olhos
e naturalmente concordamos com a Palavra de Deus que condena essas
coisas.
O
cristão passa a sentir como mau coisas certas que vê a sua volta e
desvia-se delas, não porque é obrigado a isso, mas de livre vontade
pois vê e sente que essas coisas não boas para um cristão. Quando
estamos longe de Deus não temos sensibilidade para distinguir
aquilo que é mau do que é bom.
Essa
incapacidade para distinguir o bem do mal é algo que Deus não se
agrada e por isso, o nosso Senhor Jesus convida-nos a ir até Ele e
aprender com Ele a andar de forma agradável ao Pai Celeste. Vemos no
versículo seguinte o aí de condenação a todos os que chamam o mal
bem e o bem mal : “ Ai, dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal;
que fazem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o amargo por
doce e o doce por amargo!” Is 5:20.
Por
isso o crescimento espiritualmente é gradual e dá-se com o
aprendizado com Jesus Cristo e ao mesmo tempo dá-se em direção a
semelhança com Cristo e com o seu carácter. O Espírito Santo que
está em nós não gosta do pecado e afasta-se de nós quando nos
misturamos com coisas pecaminosas. A medida que nos afastamos
voluntariamente o pecado e praticamos a Palavra de Deus o Espírito
Santo ajuda-nos mais, a cada dia, alertando-nos para situações
que possam ofender a sua santidade.
As
faculdades para discernir o mel e o mal, traduzem-se numa mentalidade
que está de acordo com a Palavra de Deus. Por o cristão pensar da
mesma forma que está descrita na Palavra, ele consegue ver aquilo
que é mau e aquilo que é bem segundo a Palavra de Deus.
O
nosso discernimento é muito importante pois permite que renunciemos
aquilo que o mundo oferece de mau e andemos a cada dia de forma
agradável a Deus. Por isso o apóstolo Paulo recomenda que renovemos
o nosso entendimento para experimentar aquilo que é bom e agradável
para Deus.
Vemos
isso no versículo seguinte: “E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para
que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus.” Rm 12:2. Assim, devemos a cada dia renovar a nossa mente, de
forma a distanciar-nos da mentalidade do mundo e a aproximar-nos da
mentalidade de Jesus Cristo para que assim possamos viver aquilo que
é bom e agradável a Deus.
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