sábado, 24 de dezembro de 2016

A capacidade para discernir o bem e o mal


A Bíblia, no Novo Testamento, define os adultos na fé como aqueles que pela prática da Palavra de Deus, têm a capacidade para discernir não somente o bem, como também o mal. Podemos ver isso no versículo seguinte da epístola aos Hebreus: “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.” Hb 5:14.


Para atingir a fase adulta, na fé, os cristãos têm de passar por um processo de crescimento da mesma forma que as crianças que se desenvolvem até tornarem-se adultas. Esse desenvolvimento, é permitido pela pratica da Palavra de Deus.


Quando mais se pratica a Palavra mais crescemos e mais parecidos ficamos no nosso coração com Deus e com o seu Filho Jesus Cristo. Inclusive, o nosso modelo de crescimento é o Senhor Jesus e por isso temos como objetivo desenvolver-nos em carácter e santidade até a semelhança como o Senhor Jesus.


O nosso Senhor Jesus e o nosso Pai Celeste são Santos. Neles não existe qualquer malignidade. A Bíblia diz-nos que Deus nunca age com maldade, nem comete injustiça como os perversos. Vemos isso no versículos seguintes: “Pelo que vós, homens sensatos, escutai-me: longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça.(...) Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo.” Jó 34: 10-12.


A pratica da vontade de Deus dá ao cristão maior sensibilidade para distinguir aquilo que é bom para Deus e aquilo que que não é bom ou maligno. Essa sensibilidade é crescente, pois a medida que vamos crescendo na fé, as coisas que antes achávamos que não tinham mal, porque toda a gente fazia, passam a não serem boas aos nossos olhos e naturalmente concordamos com a Palavra de Deus que condena essas coisas.


O cristão passa a sentir como mau coisas certas que vê a sua volta e desvia-se delas, não porque é obrigado a isso, mas de livre vontade pois vê e sente que essas coisas não boas para um cristão. Quando estamos longe de Deus não temos sensibilidade para distinguir aquilo que é mau do que é bom.


Essa incapacidade para distinguir o bem do mal é algo que Deus não se agrada e por isso, o nosso Senhor Jesus convida-nos a ir até Ele e aprender com Ele a andar de forma agradável ao Pai Celeste. Vemos no versículo seguinte o aí de condenação a todos os que chamam o mal bem e o bem mal : “ Ai, dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo!” Is 5:20.


Por isso o crescimento espiritualmente é gradual e dá-se com o aprendizado com Jesus Cristo e ao mesmo tempo dá-se em direção a semelhança com Cristo e com o seu carácter. O Espírito Santo que está em nós não gosta do pecado e afasta-se de nós quando nos misturamos com coisas pecaminosas. A medida que nos afastamos voluntariamente o pecado e praticamos a Palavra de Deus o Espírito Santo ajuda-nos  mais, a cada dia, alertando-nos para situações que possam ofender a sua santidade.


As faculdades para discernir o mel e o mal, traduzem-se numa mentalidade que está de acordo com a Palavra de Deus. Por o cristão pensar da mesma forma que está descrita na Palavra, ele consegue ver aquilo que é mau e aquilo que é bem segundo a Palavra de Deus.


O nosso discernimento é muito importante pois permite que renunciemos aquilo que o mundo oferece de mau e andemos a cada dia de forma agradável a Deus. Por isso o apóstolo Paulo recomenda que renovemos o nosso entendimento para experimentar aquilo que é bom e agradável para Deus.


Vemos isso no versículo seguinte: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2. Assim, devemos a cada dia renovar a nossa mente, de forma a distanciar-nos da mentalidade do mundo e a aproximar-nos da mentalidade de Jesus Cristo para que assim possamos viver aquilo que é bom e agradável a Deus.

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