sábado, 26 de dezembro de 2015

Não vivamos para nós mesmos


A época do Natal é a celebração do nascimento do nosso Salvador Jesus Cristo. Contudo, com o aumento de marcas e indústrias variadas, tem-se visto um aumento da publicidade de todos estes produtos na época do Natal. Por isso, ao Natal ficou-se associado ao Pai Natal, como uma oportunidade de maior consumismo.

Assim, o Natal não é hoje apenas a celebração do nascimento de Jesus mas também do Pai Natal, do consumismo, da satisfação de todos os prazeres e sonhos que possamos ter. Conduto, o nosso Senhor, aquele a quem celebramos o nascimento, nasceu para que não vivamos para nós mesmos, e para a satisfação dos nossos sonhos e desejos, mas para o nosso Deus e para cumprir aquilo que Ele determinou para as nossas vidas.

O nosso Senhor Jesus, sendo Deus, nasceu nesta terra e viveu como homem humilde, ensinando como o homem deveria viver de forma a agradar ao Pai Celeste. Para consumar o plano de salvação de toda a humanidade o nosso Senhor Jesus morreu nas Cruz do Calvário pelos pecados e todos nós.

O apóstolo Paulo descreva nas sua segunda epístola aos Coríntios que: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2Co 5:15. O nosso Senhor salvou-nos para que não vivêssemos apenas para nós mesmos, e para a satisfação dos nossos desejos, mas para Deus; produzindo as obras que Ele planeou que andássemos nelas.

O nosso Senhor Jesus salvou-nos para que O amassemos e amássemos ao nosso próximo como a nós mesmos. O nosso Mestre deseja que nos assemelhemos a Ele no carácter, que amemos como Ele nos amou e que nos preocupemos com o nosso próximo, com aqueles que têm necessidades e não somente connosco.

Sendo imitadores do nosso Senhor, e seguidores Dele, que é Santo, e a Luz do mundo, devemos ser o sal da terra; aqueles que têm como função preservar a sociedade e manter os valores morais ensinados pelo Mestre. Somos também a luz do mundo, aqueles que mostram a Verdade ou seja, os ensinamentos do Mestre ao mundo.

O cristão tem como função ser embaixador de Jesus Cristo, representante na terra do reino celestial e dos seus valores. Por isso não devemos viver de acordo com a nossa vontade, mas de acordo com os ensinamentos do nosso Senhor e Rei Jesus Cristo. Como diz o apóstolo Paulo na segunda carta aos Coríntios, Deus usa-nos para exortar o mundo a reconciliar-se com Ele.

Podemos ver este assunto no seguinte versículo: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois rogamos que vos reconcilieis com Deus.” 2Co 5:20. Para além de sermos embaixadores também somos servos de Deus e por isso devemos viver para cumprir a sua vontade para a nossa vida.

Os cristãos, como servos de Jesus Cristo, são mordomos de tudo o que têm: dos seus talentos, das suas finanças, dos seus relacionamentos. Por isso, todos cristãos terão de dar contas a Deus de tudo o que tiverem feito em vida. No seguinte versículo da segunda carta aos Coríntios vemos isso: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” 2Co 5:10.

Por tudo isso a celebração do Natal é a celebração do nosso Senhor Jesus Cristo, e dos seus valores. Não podemos deixar-nos confundir e sermos levados pelo consumismo que a publicidade de tandos produtos e marcas apelam. Devemos lembrar-nos que já não somos de nós próprios e que fomos salvos para não vivermos para nós mesmos, mas para Deus.

domingo, 20 de dezembro de 2015

A verdadeira riqueza

Na nossa sociedade é considerado um homem rico aquele que tem muitos bens, e que goza todos os prazeres da vida em abundância. O nosso Senhor Jesus ensina-nos que esta mentalidade é errada e que a verdadeira riqueza do homem não se traduz pela abundância de bens que um homem possui.
No evangelho de Lucas vemos as palavras de Jesus sobre a ânsia de ter cada vez mais e sobre a vontade de acumular riquezas: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância de bens que possui.” Lc 12:15.
O nosso Mestre contou por isso uma parábola para explicar este assunto. Nesta parábola, um homem rico, dono de um campo, depois de verificar que o seu campo tinha produzido em abundância, começou a pensar para si mesmo: (…) Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?” Lc 12:17.
A solução para o problema foi a seguinte: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, contrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.” Lc 12:18. Este homem demonstrou que ansiava por acumular cada vez mais riquezas, e que preocupava-se em não perder nenhum dos seus bens, pois provavelmente temia lhe roubassem.
Essa solução demonstra que ele era avarento e que amava as riquezas que possuía. A contemplação de um celeiro maior cheio de riquezas era para ele motivo de gozo e segurança. Por isso pensou que quando tivesse toda a sua riqueza armazenada num celeiro maior, que poderia dizer: “ Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.” Lc 12:19.
Contudo, o nosso Mestre mostra o que Deus pensa dos homens quando afirmam essas palavras: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:20-21.
O nosso Mestre mostrou com esta parábola o que o mundo ensina sobre o acumular tesouros é errado. Aqueles que se preocupam em ajuntar tesouros na terra são loucos porque a qualquer momento podem lhes pedir a alma deles e todos os bens que acumularam ficam na terra.
O mundo cultiva a ideia de que quanto melhor nos vestimos e quanto melhor comemos e bebemos mais plena é a vida. Mas o nosso Senhor Jesus mostra que é uma loucura entesourar para nós mesmo mas não sermos rico para com Deus.
Como a nossa alma é mais importante do que a roupa que vestimos e a comida que comemos, o nosso Mestre ensina-nos que não devemos andar ansiosos com o vestir e o comer. A ansiedade cultivada pela mentalidade do mundo, sobre a roupa e a comida devem ser banidas na vida do cristão.
A nossa alma ou contrário do nosso corpo é eterna e a forma como o homem vive a sua vida determina e destino eterno da mesma. Por isso o nosso Mestre aconselha-nos a não nos entregarmos a inquietações, mas sim a buscar em primeiro lugar o reino de Deus porque tudo o resto nos será acrescentado.
O nosso Mestre aconselha-nos a usar os nossos bens para ajudar os mais desfavorecidos porque desta forma podemos acumular riquezas nos céus. Ao contrário dos ensinamentos do mundo o nosso Senhor Jesus diz-nos que enriquecemos quando partilhamos com o nosso próximo; quando auxiliamos aqueles que se encontram aflitos. Esta é a verdadeira riqueza, porque assim somos ricos para com Deus e investimos na vida eterna.

 

Oração

Na vida cristã, a oração é fundamental na comunicação com Deus. Como processo de comunicação a oração tem duas componentes fundamentais: uma em que falamos com Deus, desabafamos e clamamos a Deus e outra componente, que consiste em escutar a Deus.
A escutar a Deus como componente da comunicação com o nosso Deus, é fundamental porque é escutando, ouvindo a vontade de Deus que vivemos os planos de Deus para a nossa vida. Escutando e obedecendo a Deus, o homem assume que Jesus Cristo é o seu Senhor e portanto, que é Ele quem governa a nossa vida.
A comunicação com Deus não pode ser unilateral e egoísta. O cristão não pode apenas pensar na sua vontade mas sim na vontade de Deus para a sua vida. A Palavra de Deus deve ser um guia para o cristão, inclusive, para as suas orações; para que o cristão possa saber o que pode pedir a Deus e de que forma.
O cristão deve fugir da tentação de esperar que Deus, sendo o Criador do céu e da terra, aquele que reina no céu e na terra, simplesmente ouça as nossas petições e as execute automaticamente. Deus tem um plano e um propósito para as nossas vidas e de acordo com a sua vontade Ele responde aquilo que sabe ser o melhor para nós.
Por tudo isso, o cerne da oração é escutar a Deus; ouvi-Lo atentamente e colocar logo em prática as suas recomendações para a nossa vida. É necessário perceber quando Deus está a falar a nossa vida, ouvir a sua voz e responder imediatamente com obediência.
O profeta Samuel foi um exemplo de vida com Deus, praticando a escuta e a obediência a voz de Deus. Desde jovem Samuel aprendeu a importância de escutar a Deus. Quando Deus falou pela primeira vez com Samuel, ele não sabia como responder a Deus; mas instruído pelo sacerdote Elí, Samuel aprendeu a responder a voz de Deus.
No primeiro livro de Samuel vemos como Samuel respondeu a Deus, pela segunda vez que Deus chamou-o. O seguinte versículo descreve este episódio da vida de Samuel: “Então, veio o Senhor, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve.” 1Sm 3:10.
Pelo facto de ouvir e obedecer a voz Deus, Samuel pôde, ao longo da sua vida, ser usado como profeta por Deus, ou seja, para transmitir a vontade de Deus ao povo de Israel. Um exemplo em que Deus usou a Samuel para transmitir a sua vontade a outras pessoas foi o momento que Deus rejeitou a Saul como rei de Israel.
No primeiro livro de Samuel são descritas as palavras de Deus nos seguintes versículos: “Então ,veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda noite clamou ao Senhor.” 1Sm15:10-11.
Na relação do cristão com Deus é, por isso, necessário que ele clame a Deus, faça-lhe as suas petições mas, contudo, esteja atento a Sua voz e pronto para responder em obediência as recomendações do Senhor. O nosso Senhor Jesus Cristo é Senhor das nossas vidas, e por isso é Ele quem dirige os nossos passos, pois sabe o que é o melhor para nós. Devemos reconhecer a soberania de Deus a cada dia e obedecer a sua vontade.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Um menino nos nasceu

Em todo mundo os cristãos têm o mês de dezembro como um mês de grande festa, porque um menino se nos deu, a mil e quinze anos; um menino que tinha como missão salvar a humanidade e governa-la eternamente. O nascimento deste menino é descrito no livro de Isaías: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; “Is 9:6.
A celebração do nascimento deste menino, o Senhor Jesus Cristo, acontece em todos os continentes, porque através da morte e ressurreição desse menino, somos todos um só povo e uma só nação. “há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Ef 4:4-6.  
Este menino fez-se homem, com grande sabedoria e santidade e mostrou a humanidade a vontade do Pai Celeste para o homem. Este menino cresceu e tornou-se a Luz do mundo, pois sendo o Verbo de Deus, tornou-se para todos os que desejam a salvação, o Caminho a Verdade e a Vida. No evangelho de João vemos o nosso Senhor Jesus Cristo afirmando: “Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo 14:6.
A celebração do Natal tem para todos os cristãos um grande significado pois é a celebração do amor e da entrega de Deus Pai, que por nos amar imensamente entregou o seu Filho Unigénito para que todos aqueles que Nele cressem, não perecessem mas tivesse a vida eterna. É o que nos diz o seguinte versículo do evangelho segundo João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16
Esta data tornou-se por isso a celebração da dádiva, do amor de Deus Pai para com o mundo, da entrega de Jesus Cristo a este mundo para a nossa remissão, e do amor do Espírito Santo para com os crentes, guiando-nos a cada dia pelo seu grande amor e misericórdia.
Assim como a milícia celestial, que surgiu com o anjo que anunciou o nascimento de Jesus Cristo aos pastores, se alegraram e louvaram a Deus, que os corações de todos os crentes do mundo possam alegrar-se com o nascimento do nosso Senhor Jesus, e por tudo o que o Senhor Jesus Cristo consumou nas nossas vidas com a sua morte e ressurreição.
Neste Natal apenas podemos desejar que os corações dos cristãos de todo mundo possam dizer como os anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” Lc 2: 14. A maior bênção que um homem pode desejar, a salvação, foi conquistada para todos nós através do nascimento de uma criança que sendo Filho de Deus, viveu humildemente na terra e fez-se homem e cumpriu a vontade do Pai Celeste morrendo na cruz do Calvário por todos nós.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ser e fazer

A Bíblia ao longo do Novo Testamento indica a importância do ser e no fazer na vida do cristão. O ser do cristão deve assemelhar-se ao ser de Cristo Jesus, ou seja, assemelhar-se ao caracter do nosso Mestre. Ao Mesmo tempo que o nosso Mestre ensinou-nos o que devemos fazer, mostrou-nos também como devemos ser, que tipo de caracter devemos desenvolver ao longo da vida cristã.
O caracter do cristão é dependente do controlo que o Espírito Santo exerce sobre o cristão, quanto as suas emoções e forma de pensar. O fruto do Espírito Santo é também uma consequência no caracter do cristão que deixa-se controlar pelo Espírito Santo ao longo da sua vida.
O apóstolo Paulo indica na carta aos gálatas os frutos do Espírito Santo que são também elementos do caracter de alguém que rejeita as obras da carne e escolhe andar no espírito. O fruto da ação do Espírito Santo na vida do crente são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 4:22-23). Esses elementos são portanto, características constantes da forma de comportar do cristão e por isso tornam-se também no caracter cristão que anda no espírito.
O nosso Mestre indicou no início do Sermão do Monte características do cristão que vão de encontro com a ação do Espírito Santo na vida do crente. A humildade de coração, ou seja, a humildade na forma de pensar e de sentir, assim como a mansidão, a misericórdia, a pureza de coração e a capacidade de ser pacificador são elementos indicados pelo Mestre, como fazendo parte do caracter do cristão (Mt 5:3-11).
O caracter do cristão ou a sua forma de ser é determinante para que o cristão possa fazer o que o Mestre nos ensinou e para que o mundo reconheça o cristão como seguidor de Jesus Cristo. Na maneira de viver ensinada pelo nosso Mestre, existem duas posturas: uma postura interior no coração do cristão e outra exterior visível pelas palavras e ações para com o próximo.
As principais atitudes interiores estão relacionadas com a forma como pensamos do nosso próximo e com o tipo de sentimento que nutrimos. O nosso Mestre ensinou-nos a amar ao nosso próximo, a perdoar intimamente aqueles que nos ofenderam e orar por aqueles que nos perseguem. Para estas atitudes interiores é necessário desenvolver a humildade de coração, mansidão, a misericórdia a e a pureza de coração indicadas pelo nosso Mestre no Sermão do Monte.
O nosso Mestre ensinou-nos também que devíamos ter atitudes exteriores que amparassem ao nosso próximo, sobretudo aqueles que se encontram em dificuldades. Ensinou-nos também a não nos vingarmos, abençoar ao invés e amaldiçoar aqueles que nos maldizem. Para isso é necessário desenvolver a longanimidade, benignidade, bondade e o domínio próprio possibilitados pelo domínio do Espírito Santo na vida do crente.
Apesar de o fazer ser visível pelas pessoas que nos rodeiam ao contrário do ser, devemos também desenvolver o ser, pois o fazer também está dependente do ser, ou seja do caracter do nosso coração, que é apenas visível para Deus. Para uma vida cristã plena com uma verdadeira adoração o ser e o fazer têm de ser desenvolvidos ao mesmo tempo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Prosperidade segundo Deus


Normalmente, no findar de um ano deseja-se aos amigos um ano novo cheio de prosperidade, alegria e paz entre outras coisas. Contudo, nos dias que correm o conceito de prosperidade tem estado relacionado apenas com o aumento de bens matérias. A palavra de Deus mostra-nos um conceito mais abrangente de prosperidade.
A Bíblia relata que a prosperidade não se refere apenas ao crescimento financeiro do cristão, mas também na capacidade de viver obedecendo a Palavra de Deus. Uma vida cristã é também próspera quando os objetivos traçados são alcançados sem abandonar a integridade.
Por este motivo o grau de prosperidade na vida cristã não é medida apenas pelo grau de abundância de bens matérias ou de privilégios que se usufrui, mas também pela preservação da fé e pela obediência a Deus. Por este motivo no Antigo Testamento José é um exemplo de um homem bem-sucedido, ou seja, prospero.
José foi um homem de sucesso não só por ter-se tornado no governador do Egito mas também por ter guardado a sua fé em cada situação de crise por que passou. Quando jovem, José foi vendido pelos irmãos como escravo e mais tarde foi preso, mas em todo o seu percurso não perdeu a sua fé e muito menos a sua integridade.
Apesar de ser escravo, José mante-se fiel a Deus ,e Deus o prosperava em tudo quanto fazia. O seu sucesso espiritual, refletia-se na sua prosperidade material. Ao longo do seu trabalho como mordomo, Deus era com ele em tudo quanto fazia e abençoava a casa de Potifar por amor a ele. “Vendo Potifar que o Senhor era com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos, logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha.” Gn 39:3-4.
Quando José foi abordado pela mulher de Potífar, que o convidou a deitar-se com ele, José colocou a sua integridade em primeiro lugar, temeu a Deus e preferiu fugir da mulher de Putifar a deitar-se com ela. A Bíblia relata nos seguintes versículos a postura de José perante a proposta da mulher de Potifar: “Ele, porém, recusou e disse à mulher de seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como ,pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus. “Gn 39: 8-9.
 
Neste momento da vida deJosé a sua prosperidade pode-se ver pela sua integridade, pelo seu temor e obediência a Deus. Apesar da sua atitude íntegra não lhe ter trazido imediatamente sucesso material, José continuou sendo um homem espiritualmente próspero e a prosperidade material surgiu mais tarde com as consequência da sua rejeição a mulher de Potifar.

A mulher de Potífar por vingança acusou José de tentativa de abuso e Potífar furioso o entregou a prisão. Durante o tempo em que esteve preso José pode contactar com outras personalidade que mais tarde fizeram que ele fosse apresentado a Faraó como podemos ver no livro de Gênesis.
O Faraó do Egito tivera um sonho que o impressionou extremamente e que o levou a procurar quem pudesse decifrar o sonho. Um dos homens que José conheceu na prisão falou de José ao faraó e este mandou chamar José a sua presença (Gn 41:14-36). Como José auxiliado por Deus pode decifrar o sonho do Faraó e dar-lhe conselhos sensatos sobre a prevenção de uma seca, José foi constituído administrador sobre o Egito. “Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este em quem há o Espírito de Deus?” Gn 41:38.
Como podemos ver na vida de José, na vida cristã a prosperidade não se alcança apenas quando se obtém sucesso e crescimento de bens materiais mas também quando se vive as crises da vida e ultrapassa-se obstáculos, mantendo a integridade, temendo a Deus e mantendo a obediência a Palavra de Deus. Sem dúvida que um ano próspero é o melhor que se pode desejar para o ano novo que se aproxima e é também o que Deus deseja para nós.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Despreocupação das coisas terrenas

Na Igreja primitiva os membros demonstravam uma grande despreocupação com as coisas terrenas, visto que eram desapegados aos bens matérias que possuíam. Na realidade, todos os membros não consideravam exclusivamente seu coisa alguma que possuíam, mas pelo contrário tudo lhes era comum.
Nesta comunidade cristã, cheia do Espírito Santo, todos eram um coração e uma só alma. Os atos dos apóstolos descreve aqueles que criam no Senhor Jesus da seguinte maneira: ”Da multidão dos que creram era um coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” At 4: 32.
Como ninguém considerava exclusivamente seu coisa nenhuma que possuía, todos partilhavam o que tinham com os outros, de maneira que, nenhum necessitado existia na comunidade cristã. Os que possuíam bens, como terras ou casas vendiam-nas e traziam os valores correspondentes aos apóstolos para que eles distribuíssem a medida das necessidades de cada um.
O autor do livro dos Atos descreve este fato com as seguintes palavras: ”Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um a medida que alguém tinha necessidade.” At 4:34-35.
A presença do Espírito Santo na vida da Igreja era visível pela obediência as palavras do nosso Mestre que nos recomendou que não ajuntássemos tesouros na terra mas sim nos céus, através de auxílio a queles que se encontram aflitos ou com alguma necessidade material.
No evangelho de Mateus vemos este conselho do nosso Senhor Jesus Cristo com as seguintes palavras: ”Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mt 6:19-21.
O nosso Mestre, o Senhor Jesus nos ensinou a ajudar ao próximo nas suas necessidades; e ao longo da sua vida deu-nos exemplo socorrendo aqueles que estavam desamparados e aflitos. O nosso Senhor Jesus deu o maior exemplo de abnegação do mundo, pois sendo Deus criador dos céus e da terra, fez-se homem e viveu como um humilde carpinteiro.
Na doação ao próximo, o Senhor Jesus é o maior exemplo de doação, pela forma com se deu na Cruz do Calvário para a salvação de toda a humanidade. O nosso Senhor Jesus pagou o preço da salvação de toda a humanidade com o seu sangue, apesar de nunca ter cometido pecado.
Hoje o nosso Mestre, Jesus Cristo, é o Senhor das nossas vidas e por isso tudo o que somos e temos é Dele; somos apenas mordomos do que temos e do que somos. Por isso devemos doar ao nosso próximo como ele nos recomenda. O nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina que é mais aventurado dar do que receber.
O apóstolo Paulo fala da necessidade de doar da seguinte forma: ”Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.”At 20:35. Para que possamos administrar o que temos em favor dos interesses do Pai não nos podemos prender a este mundo e nunca devemos nos esquecer que temos um reino glorioso a nossa espera.
O nosso Senhor Jesus convida a cada um de nós a despreocupar-nos com as coisas terrenas; convida-nos a entesourar no céu e a partilhar com aqueles que tiverem necessidades materiais. O nosso Deus promete-nos bênçãos, não só celestiais como em vida, pela nosso desprendimento as coisas materiais e pela nossa capacidade de ajudar ao nosso próximo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A luz da Palavra

Ao longo da vida do crente, quando este precisa de direção é a Palavra de Deus quem dá a direção certa para que o crente saiba que caminho deve seguir. A Palavra de Deus é a Luz que impede que o crente ande nas trevas e assim evita que o crente se desvie do que Deus tem para a sua vida.
Na Bíblia temos a indicação que a Palavra de Deus é a luz para os caminhos daqueles que seguem a Deus: ”Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos“ Sl 119:105. O nosso Senhor Jesus é a Luz do mundo e os seus ensinamentos permitem que os crentes andem na luz.
O nosso Senhor Jesus deixou-nos recomendações que nos permitem viver de acordo com a sua vontade. O nosso Senhor Jesus ensinou-nos a não nos irar-nos sem motivo contra o nosso próximo e nem proferirmos insultos ao nosso irmão. O nosso Mestre diz-nos isso com as seguintes palavras: “ Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno do fogo” Mt 5:22.
O nosso Senhor diz-nos que se tivermos uma oferta paraa Deus e se ao apresentarmos a nossa oferta nos lembrarmos de que o nosso irmão tem alguma coisa contra nós, para deixarmos a nossa oferta perante o altar de Deus e irmos primeiro reconciliar-nos com o nosso irmão e só então voltar e apresentar a nossa oferta perante Deus (Mt 5:23).
O nosso Deus aconselha-nos também a afastar de nós tudo aquilo que nos leva a pecar pois nossa salvação é mais importante do que aquilo que abdicamos para podermos estar íntegros perante Ele. “E, se a tua mão direita de faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno” Mt 5:30.
O mundo ensina-nos a vingar-nos a nós mesmos, mas o nosso Senhor Jesus afirma-nos que não nos devemos vingar e nem odiar aqueles que são nossos inimigos. Pelo contrário o nosso Mestre ensina-nos a orar por aqueles que nos perseguem. “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” Mt 5:44-45.
Se apenas amarmos aqueles que nos amam não teremos galardão perante Deus. Devemos ser perfeitos como é perfeito o nosso Pai que ama os bons e os maus: “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? E se saudardes somente os vossos irmãos que fazeis de mais? Não fazem os gentios o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mt 5:46-48.
O nosso Mestre diz-nos também para não fazermos as nossas boas obras com o objetivo de sermos vistos pelos homens, pois caso contrário não teremos galardão junto do Pai celeste. “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.” Mt 6:1.
Para sermos ricos perante Deus, o nosso Senhor Jesus aconselha-nos a acumular tesouros no céu, ajudando o nosso próximo, auxiliando aqueles que estão necessitados de ajuda. “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;” Mt 6:19-20.
O nosso Mestre é o Verbo de Deus, por isso a palavra de Deus é Graça e Paz na vida do crente. Devemos seguir os conselhos do nosso Mestre sobre a Paz. O nosso Senhor Jesus avisa-nos a não andarmos ansiosos, nem com a comida, nem com assunto nenhum desta vida. Embora devamos trabalhar e cuidar dos assuntos relacionados com a nossa alimentação, com a nossa saúde, e com os nossos relacionamentos não devemos, contudo, ficar ansiosos com nenhum destes assuntos. Devemos descansar no nosso Mestre, pois Ele cuida de nós.

domingo, 29 de novembro de 2015

Jesus, o Médico dos médicos


Jesus, o Filho de Deus foi um varão cujas obras milagrosas enchiam de temor e de espanto as pessoas da sua época, pois não se soube, jamais, de um homem que tivesse feito os prodígios que Jesus Cristo fazia. Os milagres e sinais de Jesus Cristo comprovavam que Ele é o Filho de Deus, o Messias que havia sido prometido ao povo de Israel.

Jesus Cristo compadecia-se daqueles que eram desprezados pela sociedade, e também dos enfermos e desvalidos. Jesus Cristo, por diversas vezes socorreu homens que desde nascença eram inválidos, como paralíticos, coxos e também cegos.

Contudo, Jesus Cristo curava sobretudo aqueles que demonstravam fé no Seu nome e na sua capacidade de curar. Certa altura estando Jesus na cidade de Cafarnaum, sabendo a população que Jesus estava em casa, trouxeram-lhe um paralítico deitado num leito. Jesus Cristo, apercebendo-se da fé dos amigos do paralítico perdoou os pecados do paralítico e ordenou que se levantasse, tomasse o seu leito e fosse para casa.

Esta cura é descrita no evangelho de Marcos da seguinte forma: ”Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, abaixaram o leito em que jazia o doente. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” Mc 2:3-5.

O nosso Senhor Jesus, veio a terra para ser a expiação dos nossos pecados, porque o principal para Deus Pai era que os homens tivessem os seus pecados perdoados e assim pudessem ter acesso ao reino celestial. Como os fariseus ficaram, nos seus corações, indignados com as palavras de Jesus, o nosso Mestre disse: “Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra autoridade para perdoar pecados- disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa.” Mc 2:10-11.

Muitos outros homens e mulheres creram no poder do nosso Mestre para curar e viram as suas enfermidades curadas. Foi o exemplo de uma mulher que durante doze anos padecia de uma hemorragia e que tinha gasto tudo o que tinha no pagamento de tratamentos que não tiveram resultado. Esta mulher ouvindo que Jesus estava a passar aproximou-se dele, dizendo em seu coração: (…) Se eu apenas lhe tocar as vestes ficarei curada” Mc 5:28.

O toque de fé da mulher, nas vestes de Jesus Cristo, fez com que saísse poder do nosso Senhor, que a curou instantaneamente. Por isso o nosso Senhor Jesus apercebeu-se que tinha saído poder Dele. “Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se do meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes?” Mc 5: 31.

A mulher ficou atemorizada com a pergunta de Jesus e prostrou-se diante dele e declarou a verdade. Perante a resposta dela Jesus disse-lhe: (…) Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.” Mc 5:34. Jesus não só ofereceu-lhe a cura que ela precisava mas como também ofereceu-lhe o principal: a salvação da sua alma.

Para além destas curas, Jesus curou cegos, leprosos, libertou endemoniados e ressuscitou mortos. O nosso Senhor é o Medico dos médicos, o único homem na terra que teve poder para curar e ressuscitar mortos. A Bíblia relata muitos milagres do nosso Mestre, mas muitos outros mais foram feitos e que não estão escritos nos evangelhos (Jo 21:25).

sábado, 28 de novembro de 2015

Maria, uma mulher agraciada por Deus


Maria, mãe de Jesus foi uma jovem mulher que teve a honra de carregar no seu ventre o Filho de Deus, o Senhor Jesus. Maria foi extremamente agraciada, pois mesmo sem merecer a honra de ter de ser mãe do Filho de Deus, o nosso Deus escolheu-a para essa grandiosa missão. Entre as mulheres na terra, Maria foi uma das mais agraciadas.

Maria era apenas uma jovem virgem, desposada de um homem da casa de David, de nome José. Por isso o anjo Gabriel quando foi visita-la disse-lhe que se alegrasse porque tinha sido muito favorecida em relação as outras mulheres. ”E, entrado o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.” Lc 1:28.

Esta jovem teve motivo para se alegrar por toda a sua vida, pois tinha sido alvo da graça de Deus, e por isso foi-lhe oferecida a honra de carregar no seu ventre o Senhor Jesus Cristo e de O criar. Maria quando ouviu a saudação do anjo Gabriel não sabia que era um anjo de Deus que lhe falava. Por isso o anjo Gabriel disse-lhe (…) Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.” Lc 1:30.

O anjo Gabriel frisou-lhe que conceberia pelo poder do Espírito Santo e que daria a luz a um filho, a quem chamaria o nome Jesus. Para esclarecer as dúvidas de Maria sobre como engravidaria, o anjo Gabriel explicou-lhe que o Espírito Santo desceria sobre ela, e que o poder do Altíssimo lhe envolveria gerando o Filho de Deus. “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra (…)” Lc 1:35.

A gravidez de Maria foi originada pelo Espírito Santo e pelo poder do Altíssimo por isso o nosso Senhor Jesus é Filho de Deus, gerado de forma completamente santa, pois foi o Espírito Santo que O gerou no ventre de Maria: (…) por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” Lc 1:35.

O nosso Deus deu esta grande graça a Maria, e ela apesar de ser jovem e de viver no ambiente conservador em que vivia, seguiu o conselho do anjo e não temeu o que a sociedade poderia fazer-lhe caso descobrissem que estava gravida antes de consumar o seu casamento. Pelo contrário, Maria demonstrou fé em Deus e afirmou: “Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.”Lc 1:38.

Como Deus prometeu-lhe, o Senhor esteve com ela para levar a cabo essa missão, e impediu que o seu noivo José a deixasse, quando soube que estava grávida: “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. “Mt 1:20. Naquela altura, as mulheres que engravidassem fora do casamento eram apedrejadas.

O nosso Senhor Jesus, apesar de ter estado na terra na forma de homem era totalmente Deus, pois foi gerado pelo Espírito Santo, e não pelo homem. Como Filho de Deus, o nosso Senhor Jesus mostrou o seu poder ao realizar milagres que outros homens nuca tinham realizado, pois curava paralíticos de nascença, ressuscitava mortos e anunciava a vontade do Pai.

Como o anjo anunciou a Maria o Senhor Jesus tornou-se grande, pois, depois de viver na terra operando milagres, maravilhas e sinais e de ter pregado a vontade do Pai, o nosso Senhor Jesus foi morto, mas ressuscitou e hoje está sentado a dextra de Deus Pai reinando para todo sempre. “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.” Lc 1:32-33.

sábado, 21 de novembro de 2015

Não é pela nossa virtude ou santidade

Os cristãos são instrumento nas mãos do nosso Mestre, o Senhor Jesus Cristo, para a operação de sinais milagres ou prodígios, contudo a operação desses sinais deve-se apenas a presença do Espírito de Jesus Cristo, o Espírito Santo, no crente.
Os apóstolos Pedro e João foram instrumento na operação da cura de um coxo de nascença, que mendigava a porta do templo (At 3:2-7). Todos os que assistiram a cura milagrosa do coxo firam atônicos e correram para junto de Pedro e de João maravilhados por acharem que tinha sido o poder deles que tinha feito o coxo a andar.
O apóstolo Pedro vendo a reação do povo disse-lhes: “(…) Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?”At 3:12. Pedro e João apesar de terem sido o instrumento de Deus para a cura do coxo não assumiram responsabilidade pelo feito milagroso que todos presenciaram.
Pedro e João confessaram que não tinha sido pelo próprio poder ou santidade que o coxo tinha sido curado, mas sim pelo poder e santidade do nosso Senhor Jesus Cristo, a quem tinham crucificado, mas que foi ressuscitado pelo poder de Deus Pai. “ Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas” At 3:15.
Em vez de assumirem a autoria do milagre e de valorizarem a sua própria santidade e poder Pedro e João confessaram que tinha sido pela fé no nome do Senhor Jesus, que o homem coxo ficou em perfeita saúde. “Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós.” At 3:16.
É importante os cristãos terem consciência que não é pela seu próprio poder ou santidade que acontecem curas, sinais e prodígios, mas sim devido ao poder que que há na fé no nome do Senhor Jesus Cristo e também devido a ação poderosa do Espírito Santo que habita nos crentes.
O apóstolo Paulo como outros apóstolos do Senhor Jesus Cristo foi instrumento para operação de milagres; contudo não assumiu a responsabilidade dos milagres que aconteciam a sua volta e não concordou também com a atitude do povo de Listra que assistiu a cura de um homem aleijado, paralítico de nascença e que jamais pôde andar (At 15:8).
O apóstolo Paulo ordenou ao homem paralítico que se erguesse direito sobre os pés porque viu que ele tinha fé para ser curado. Quando o povo viu que o paralítico de nascença se tinha levantado e começado a andar, afirmaram que Paulo era um deus e quiseram oferecer sacrifícios a Paulo.
Contudo, Paulo horrorizado, não assumiu ser homem com uma santidade ou poder superior aos outros homens, mas sim, declarou que era um homem como todos os presentes, sujeito aos mesmos sentimentos e que estava naquela cidade para anunciar o evangelho para que o povo se convertesse ao verdadeiro Deus vivo.
Para afirmar isto Paulo usou as seguintes palavras: ”Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há neles;”At 14:15.
Todos os cristãos devem desejar dons do Espírito Santo para que possam servir ao próximo e sobretudo a Igreja. Os dons do Espírito Santo são vários, como por exemplo o dom de cura, de operação de milagres, entre muitos outros. Contudo, não é pela virtude ou santidade do crente que os milagres ocorrem, mas sim pelo poder do Espírito Santo e pela santidade e poder de Jesus Cristo.
Os crentes devem santificar-se a cada dia para poderem agradar a Jesus Cristo, o nosso Senhor e Deus. Contudo, é a santidade e poder de Jesus quem opera curas e milagres na vida das pessoas a nossa volta e não a nossa santidade ou virtude.

sábado, 14 de novembro de 2015

Como manter puro o caminho

Na Bíblia podemos ver uma interrogação feita pelo salmista que pode ser aplicada a todas as pessoas, independentemente da sua idade. A interrogação era:” De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Sl 119:9. A esta pergunta o salmista responde "Observando-o segundo a tua palavra".
Esta pergunta é de extrema importância nos dia de hoje, onde muitas coisas tentam desviar o cristão do seu caminho e do foco da sua vida que é Jesus Cristo. Por isso existe uma grande necessidade dos cristãos purificarem os seus caminhos.
Para purificar os seus caminhos, o crente precisa, como nos diz o salmista, de observar os seus caminhos, ou seja a sua vida, de acordo com a Palavra de Deus. A Palavra de Deus diz-nos tudo o que o nosso Mestre ensinou enquanto esteve na terra, e portanto, diz-nos tudo o que o que Deus quer que façamos.
Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo, mostrou a importância do coração na vida do crente, pois afirmou-nos: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias.” Mt 15:19.
O nosso Mestre e Senhor diz-nos que a pureza do coração é de grande importância, pois o que pensamos determina a forma como agimos com o próximo e para com Deus. A pureza é de grande valor na vida do crente e é uma forma de o crente estar pronto para a segunda vinda de Jesus Cristo.
A pureza na vida do cristão passa por manter um coração puro, livre de tudo o que desagrada a Deus como amargura, falta de perdão, ira, inveja, ódio entre outras coisas. Mantendo o coração puro e por conseguinte, mantendo bons pensamentos, de acordo com a Palavra de Deus, o cristão pode purificar o seu caminho de tudo o que pode desvia-lo de Deus.
Para manter os pensamentos puros o crente deve concentrar-se em pensar em tudo o que seja verdadeiro, ou seja, deve pensar em tudo que esteja de acordo com a Palavra de Deus, pois o mundo oferece filosofias que não estão em conformidade com a Palavra de Deus.
Para além disso, o crente deve também pensar em tudo o que seja justo, puro, tudo o que seja amável, de boa fama, em resumo, em tudo o que tenha alguma virtude como nos diz o apóstolo Paulo: “ Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8.
A pureza de coração dirige os caminhos do crente para os negócios do Pai Celeste; por outras palavras, conduz o crente ajudar o próximo, á aquele que está em necessidade, em tribulações. O apóstolo Tiago diz-nos que a religião pura e sem mácula é ajudar a viúva e ao órfão nas suas tribulações como podemos ver no versículo seguinte: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.”Tg 1:27.
Podemos assim ver que, para o crente conservar puro o seu caminho, precisa de caminhar conforme as orientações do Mestre; ou seja, limpando o seu coração da mágoa, perdoando, evitando pensamentos e sentimentos de ira, ódio, inveja, vingança, pois o nosso Mestre vê os nossos corações e agrada-se da pureza. Para além de uma postura interior agradável a Deus, o crente precisa de ter uma atitude exterior que vá de encontro aos interesses do Pai Celeste, ajudando o próximo em necessidades e ajudando a proclamação da sua Palavra.

sábado, 7 de novembro de 2015

Boas obras


O crente após a sua conversão é ensinado sobre a importância de praticar boas obras. Contudo, a medida que o tempo vai passando o crente pode acabar por praticar boas obras, como se a manutenção da sua salvação dependesse das suas boas obras ou até como se as boas obras fossem um sacrifício para oferecer a Deus.
O apóstolo Paulo afirma na epístola aos Efésios que a salvação do crente é fruto da graça de Deus e não uma consequência das boas obras praticadas pelo crente. O crente não se mantem salvo pelas boas obras, e nem torna-se mais amado por Deus por fazê-las em grande quantidade “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2: 8-9.
Deus para a nossa salvação concebeu um plano que consistia no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Por outras palavras, Deus estabeleceu que a salvação é pela graça mediante a fé no Senhor Jesus; isso para que o homem não se gabe perante Deus e diga que a salvação é fruto do seu próprio esforço ou das suas boas obras.
O sacrifício que Deus exige do Homem é um coração quebrantado e contrito e não boas obras. Um coração humilde perante Deus, que reconhece a necessidade que tem de Jesus Cristo, o nosso Salvador, é o suficiente. Com isso o crente assume a sua condição de pecador e também a necessidade de perdão para os seus pecados.
O salmista diz-nos sobre este assunto: ”Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” Sl 51:16-17.
Nesta relação entre pecador arrependido perante o seu Salvador nasce uma relação de discípulo/Mestre, em que o crente assume que a Palavra do Mestre é a luz para os seus caminhos e a dependência da orientação do Espírito Santo. Portanto, o crente passa a andar nos caminhos do Senhor e nas boas obras que Deus preparou para os que O amam.
No cumprimento dos mandamentos do Senhor Jesus, nomeadamente o cumprimento ordem de nos amarmos uns aos outros como Deus nos ama, o crente pratica boas obras como forma de ajudar ao seu próximo e assim expressar o seu amor. O nosso Mestre diz-nos:” Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” Jo 15:17.
As boas obras não são uma forma de o crente manter a sua salvação ou de oferecer sacrifícios, mas sim uma forma de amar ao próximo e a Igreja de Cristo em geral. Por isso o crente deve procurar fazer boas obras com alegria, e tirar todos os pensamentos de ansiedade ou stress enquanto planeia e executa boas obras.
Para que possamos andar nas boas obras que Jesus preparou para que andássemos nelas é necessário que o crente permaneça em Jesus Cristo, a videira verdadeira. Sobre isso o nosso Mestre diz-nos: “permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.” Jo 15:4-5.
Deus agrada-se que pratiquemos o ato de dar com alegria, sem stress, porque as boas obras servem como forma de amar ao nosso próximo e a pessoa de Jesus Cristo. Todo o sentimento de peso ou de angústia devem ser tirados porque o amor de Deus para connosco é imenso e não é dependente da quantidade das boas obras que façamos. Devemos descansar no amor de Jesus e viver com alegria e amor.

domingo, 1 de novembro de 2015

O Espírito da Graça

O nosso Senhor Jesus veio ao mundo cheio de graça e de verdade e por sua maravilhosa graça ofereceu a salvação a todos os que desejam recebe-la. O nosso Senhor Jesus ao voltar para o Pai prometeu que enviaria aos discípulos o Espírito Santo para que testemunhassem a salvação e o poder que existe no Cordeiro de Deus.
Jesus Cristo cumpriu a sua promessa e enviou sobre os discípulos o seu Espírito Santo no dia de Pentecostes. Com os Espírito Santo, os discípulos puderem seguir os passos do Senhor Jesus e fazer os mesmos prodígios que o Senhor realizara.
Tudo o que os discípulos fizeram, mais concretamente o seu testemunho e realização de sinais era pela graça de Jesus e essa graça atuava neles através do Espírito Santo, o Espírito da Graça.
O apóstolo Pedro sofreu uma grande transformação depois de receber o Espírito Santo, pois quando Jesus Cristo foi preso, Pedro temeu pela sua vida e para além de seguir Jesus de longe negou que conhecesse o Mestre (Lc 22:54-62). Contudo, depois de receber o Espírito Santo Pedro mesmo sobre a ameaça de ser espancado continuou a pregar o nome de Jesus.
Podemos ver isso nos atos dos apóstolos; depois de ser ameaçados, Pedro e João contaram aos restantes apóstolos a forma como foram ameaçados e oraram a Deus pedindo ousadia para pregar o nome de Jesus, como podemos ver nos seguintes versículos: “agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu Servo Jesus. At 4:29-30.
Avida cristã só é possível graças ao Espírito Santo. É pela ação do Espírito Santo que o homem se convence dos seus pecados e na necessidade da salvação. Sem a ação do Espírito Santo ninguém é convencido do pecado da justiça e do juízo. E é também o Espírito Santo que capacita o homem a entender a Palavra de Deus e a pô-la em prática.
Por isso quando Deus concebeu o plano da salvação do homem, planeou derramar o seu Espírito Santo para que o homem pudesse viver de uma forma totalmente contrária a tendência pecaminosa do homem, através do seguimento dos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo, o nosso Mestre e Pastor.
Deus declarou através do profeta Zacarias que derramaria o Espírito da Graça, que permitiria que o povo de Jerusalém comtemplasse, a Jesus Cristo, aquele a quem o povo de Jerusalém tinha trespassado. “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem trespassaram; pranteá-lo-ão como que pranteia por um unigénito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogénito” Zc 12: 10.
Essa promessa foi cumprida e Deus derramou, sobre todos aqueles que creem no Senhor Jesus e que O aceitam como Senhor e Salvador das suas vidas, o Espírito Santo. É através do Espírito Santo que a graça de Deus opera nas Igreja, concedendo a capacidade de reconhecer a necessidade de salvação e também a capacidade para seguir os ensinamentos do Mestre. O Espírito Santo é o Espírito da Graça.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A graça que me foi dada

Paulo foi um homem alcançado pela graça de Deus mesmo sendo um perseguidor da Igreja de Jesus Cristo. Paulo ao longo da sua vida testemunhou o poder da graça de Jesus Cristo, que podia alcançar a todos os homens, tantos os gentios como aos judeus.
O apóstolo Paulo foi um evangelista que assumia que a revelação do evangelho que recebera era fruto da graça de Jesus Cristo, e não do seu esforço ou das qualidades da sua pessoa. Paulo relata que os outros apóstolos, considerados a coluna da Igreja, quando souberam da graça que lhe havia sido dada abençoaram-no para que fosse aos gentios pregar o evangelho que recebera diretamente de Jesus Cristo.
Os apóstolos referidos por Paulo são: Tiago, Cefas e João, que tinham uma grande comunhão com Jesus Cristo e também eram cheios dos Espírito Santo e por isso, eram considerados como a coluna da Igreja. Podemos ver as palavras de Paulo no versículo seguinte: “e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João que eram reputados como colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de comunhão, a fim de que nós fossemos para os gentios, e eles, para a circuncisão” Gl 2:9.
Para além do evangelho que recebera, Paulo refere também que a salvação que usufruía era também fruto da imensa graça do nosso Senhor Jesus Cristo, pois o nosso Mestre o amou apesar de Paulo ser um pecador e se entregou a si mesmo para a salvação de Paulo (Gl 2:20).
A imensa grança de Jesus Cristo não só se mostrou pela salvação que concedeu a Paulo e outros apóstolos mas pela doação do seu Santo Espírito e pela operação de maravilhas e prodígios a todos que necessitavam. O apóstolo Paulo refere: “Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, (…) Gl 3:5.
O apóstolo João refere que o nosso Senhor Jesus, se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade como podemos ver a seguir: “ E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigénito do Pai” Jo 1:14. Ainda hoje podemos ver a graça de Deus cada vez que um homem é salvo e a sua Verdade acessível a nós através da sua Palavra.
Paulo tornou-se num famoso evangelista, pelas suas várias viagens missionárias, onde pode proclamar a Verdade que o alcançou. A graça de Jesus Cristo foi sempre louvada por Paulo que reconhecia, que o poder para pregar o Evangelho e que fluía da sua vida, realizando curas e prodígios, era obra da graça de Jesus Cristo.
A transformação que se dera em Paulo, de perseguidor da Igreja a apóstolo de Jesus, era vista por ele como a graça de Deus, que o alcançou mesmo não merecendo. Apesar de ter trabalhado mais do que os outros apóstolos pela divulgação do evangelho, Paulo afirmava: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” 1 Co 15:10.
Por considerar o evangelho que recebera uma graça, Paulo compartilhava com alegria o evangelho em todos os locais por onde passava e reconhecia que os que ouviam e aprendiam com ele o evangelho partilhavam, na verdade a graça que recebera de Deus.
Hoje, cada cristão pode afirmar da mesma forma que tudo o temos, a salvação, o Santo Espírito de Deus vêm da grande graça de Jesus Cristo, o Verbo de Deus. Os cristãos, receberam a salvação não porque tinham algo de bom em si mesmos, mas porque Deus nos amou e se entregou por amor a nós, pecadores. Hoje a Graça continua abundante naquele que é Senhor e Rei, e por isso podemos achegar-nos ao trono da Graça, pois Jesus está sempre disposto para ouvir-nos e atender-nos.

domingo, 25 de outubro de 2015

Soldados de Cristo Jesus

 
Os cristãos fazem parte de um imenso exército cujo capitão é o nosso Senhor Jesus Cristo. Como tal, cada cristão é um soldado, que para manter-se em condições para lutar necessita de um determinado estilo de vida e a utilização de uma armadura própria para a sua proteção.
 
O apóstolo Paulo diz-nos na sua segunda carta a Timóteo que cada um de nós que fomos arregimentados por Jesus Cristo, não podemos nos comprometer com os negócios desta vida para podermos agradar totalmente ao nosso capitão, a Jesus Cristo. “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou.” 2Tm 2:4.
 
O mundo e as suas riquezas têm diversos atrativos que podem desviar os cristãos dos objetivos principais da vida cristã, por outras palavras, podem desviar o cristão do objetivo de assemelhar-nos em carater ao nosso Mestre e de crescer espiritualmente. O nosso Senhor Jesus adverte-nos que não podemos servir as riquezas, ou a Mamon, e ao mesmo tempo servir a Deus.
 
O ser humano tem a escolha de afeiçoar-se a um dos senhores: ou as riquezas ou a Deus, mas não pode afeiçoar-se aos dois. Isto porque os valores do Senhor, de amor e ajuda ao próximo são opostos ao amor ao dinheiro, a vontade de acumular riquezas e a negação de partilhar com aqueles que sofrem necessidades.
 
O nosso Mestre diz-nos isto usando as seguintes palavras:” Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar a outro, ou devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Mt 6:24.
Por isso o cristão deve definir-se e entregar o seu coração aos objetivos do Mestre, e negar a vontade de entesourar para si mesmo, sem ajudar ao próximo. Os valores do Mestre fazem o cristão viver de uma determinada maneira colocando em primeiro lugar a justiça, a fé, o amor e a paz, em obediência ao nosso Senhor Jesus.

O apóstolo Paulo  aconselhou, por isso, a Timóteo a fugir das paixões da mocidade e a seguir pelo contrário a justiça, a fé, o amor e a paz própria daqueles que invocam ao Senhor: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” 2Tm 2: 22.
 
Para lutarmos a cada dia ao lado do nosso Mestre precisamos também de vestir uma armadura para podermos ficar firmes perante as investidas do nosso inimigo. Assim, temos de cingir-nos com a verdade, como se fosse um cinto, que mantem a roupa cingido ao corpo. Isto porque ao obrigar-nos a nossa alma e as nossas emoções a crerem na Palavra, evitamos crer em mentiras como ideias de autocomiseração e de medo.
 
Devemos também vestir-nos na couraça da justiça para protegermos a nossa alma, a cada dia, de todas as ideias e atos que são contra a Palavra de Deus, de forma a mantermos o nosso coração puro, ou seja, livre de invejas, falta de perdão, de sentimentos de ódio, e assim, termos um coração justo como deseja o nosso Mestre (Ef 6:14).
 
Também devemos calçar os pés com os sapatos que nos permitam andar de forma digna e desempenhar o papel que nos cabe como embaixadores de Cristo; ou seja, para divulgarmos o evangelho da paz e da reconciliação (Ef 6:15). A vontade do nosso Deus é que todos conheçam a Verdade e saibam que Jesus Cristo é o nosso Salvador.
 
O nosso escudo, que nos permite apagar os dardos inflamados do Maligno é a nossa fé, a plena convicção no nosso Deus e nas suas promessas, independentemente das circunstâncias. Por isso a Bíblia refere que o soldado de Deus, o justo dirigirá os seus passos, ou seja viverá, não pelo que vê, mas pela sua fê no nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 3:11).
 
Para nos proteger de ideias e pensamentos que possam direcionar os nosso passos de forma errada devemos colocar nas nossas cabeças o capacete da salvação (Ef 6:17). A certeza da salvação e da eternidade com Deus é uma poderosa defesa contra a insegurança, dúvidas e outras obras do adversário das nossas almas.
 
A nossa espada, a Palavra de Deus, é a nossa única arma contra as investidas do nosso inimigo e foi essa a arma que o nosso Senhor Jesus usou quando foi tentado por Satanás. Temos de nos recordar a cada dia que a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra as forças espirituais do mal nos lugares celestiais (Ef 6:12).
 
Também devemos orar pelos outros soldados, suplicar pelas suas vidas e por todos aqueles que nos rodeiam (Ef 6:18). Isto para que possamos estar em condições de lutar espiritualmente contra o nosso adversário e podermos nos manter ao lado do nosso Mestre, o comandante do exercito de Deus.
 

domingo, 18 de outubro de 2015

O Senhor vê todos os nossos pensamentos

O ser humano por estar acostumado a lidar com os outros homens que veem apenas as atitudes exteriores, como o que falamos ou que fazemos, acaba por pensar que Deus é também como o homem, que apenas vê as atitudes exteriores. No entanto, Deus não é como o homem, ele vê todo o nosso coração e por isso sabe tudo o que pensamos, e todas as nossas emoções.
Por este motivo Davi aconselhou ao seu filho Salomão a servir a Deus com um coração íntegro e com uma alma voluntária, sem sentir-se obrigado, pois o nosso Deus esquadrinha todo o nosso coração e penetra em todos os desígnios do nosso pensamento (1 Co 28:9).
Davi seguiu este princípio e quando ofertou a Deus, juntamente com o seu povo afirmou: ”Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade do meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente.” 1Co 29:17.
O profeta Jeremias diz que o nosso Deus prova os justos, aqueles que seguem o nosso Senhor Jesus, e esquadrinha os afetos e o coração (Jr 20:12). Todos os nossos pensamentos são conhecidos por Deus,bem como todas as emoções do nosso coração. O justo é provado por Deus, pois Deus deseja saber o que vai no nosso coração e ver que o amamos.
A Bíblia refere que um profeta afirmou as seguintes palavras a um rei de Judá: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá guerras contra ti.” 2Cr 16:9. O rei a quem o profeta dirigiu essas palavras, não confiou no Senhor Deus, mas sim no rei da Síria e Deus deseja que confiemos Nele que recorramos a Ele para resolver os nossos problemas.

O nosso Deus atenta não só para as nossas atitudes exteriores, mas também para as interiores e vê quando pecamos em pensamento, como por exemplo, quando planeamos fazer algum mal a alguém, quando duvidamos do poder do Senhor, ou quando fazemos das riquezas o nosso principal motivo de descanso.

O nosso Mestre deu-nos o caso de um homem que depois de um trabalho duro e honesto obteu uma grande colheita. Contudo, perante a abundancia das suas riquezas, o homem pecou perante Deus pensando consigo mesmo desta maneira: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros e reconstrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.” Lc 12:18-19.

O rico fazendeiro colocou toda a sua esperança e toda a sua alegria nas riquezas para ter uma vida próspera e não pensou no seu próximo, naqueles que passavam necessidades, nem na sua vida após a morte. Por isso Deus chama-lhe de louco, pois naquela noite morreria e tudo o que tinha armazenado ficaria na terra: “Mas Deus disse-lhe: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; o que tens preparado para quem será?” Lc 12: 20.

Deus deseja que O amemos de todo o nosso coração e isso inclui pensarmos no nosso Deus com temor e com confiança e nosso próximo com amor. Deus deseja que amemos o nosso próximo como a nós mesmos e que socorramos aqueles que estão em necessidade ou em sofrimento. Assim, todo o nosso coração é esquadrinhado por Deus, quanto ao que pensamos e sentimos. Devemos por isso obrigar-nos a pensar de forma coincidente com a Palavra de Deus, de amaneira a agradar ao nosso Senhor e sobretudo para não pecarmos contra o nosso Deus.