O ser humano por estar
acostumado a lidar com os outros homens que veem apenas as atitudes exteriores,
como o que falamos ou que fazemos, acaba por pensar que Deus é também como o
homem, que apenas vê as atitudes exteriores. No entanto, Deus não é como o
homem, ele vê todo o nosso coração e por isso sabe tudo o que pensamos, e todas
as nossas emoções.
Por este motivo Davi
aconselhou ao seu filho Salomão a servir a Deus com um coração íntegro e com
uma alma voluntária, sem sentir-se obrigado, pois o nosso Deus esquadrinha todo
o nosso coração e penetra em todos os desígnios do nosso pensamento (1 Co
28:9).
Davi seguiu este princípio e
quando ofertou a Deus, juntamente com o seu povo afirmou: ”Bem sei, meu Deus,
que tu provas os corações e que sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade
do meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com
alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente.” 1Co
29:17.
O profeta Jeremias diz que o
nosso Deus prova os justos, aqueles que seguem o nosso Senhor Jesus, e esquadrinha
os afetos e o coração (Jr 20:12). Todos os nossos pensamentos são conhecidos por
Deus,bem como todas as emoções do nosso coração. O justo é provado por Deus,
pois Deus deseja saber o que vai no nosso coração e ver que o amamos.
A Bíblia refere que um profeta
afirmou as seguintes palavras a um rei de Judá: “Porque, quanto ao Senhor, seus
olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração
é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá
guerras contra ti.” 2Cr 16:9. O rei a quem o profeta dirigiu essas palavras,
não confiou no Senhor Deus, mas sim no rei da Síria e Deus deseja que confiemos
Nele que recorramos a Ele para resolver os nossos problemas.
O nosso Deus atenta não só
para as nossas atitudes exteriores, mas também para as interiores e vê quando pecamos em
pensamento, como por exemplo, quando planeamos fazer algum mal a alguém, quando
duvidamos do poder do Senhor, ou quando fazemos das riquezas o nosso principal
motivo de descanso.
O nosso Mestre deu-nos o caso de
um homem que depois de um trabalho duro e honesto obteu uma grande colheita.
Contudo, perante a abundancia das suas riquezas, o homem pecou perante Deus
pensando consigo mesmo desta maneira: “E disse: Farei isto: destruirei os meus
celeiros e reconstrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos
os meus bens. Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para
muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.” Lc 12:18-19.
O rico fazendeiro colocou toda
a sua esperança e toda a sua alegria nas riquezas para ter uma vida próspera e
não pensou no seu próximo, naqueles que passavam necessidades, nem na sua vida
após a morte. Por isso Deus chama-lhe de louco, pois naquela noite morreria e
tudo o que tinha armazenado ficaria na terra: “Mas Deus disse-lhe: Louco, esta
noite te pedirão a tua alma; o que tens preparado para quem será?” Lc 12: 20.
Deus deseja que O amemos de
todo o nosso coração e isso inclui pensarmos no nosso Deus com temor e com
confiança e nosso próximo com amor. Deus deseja que amemos o nosso próximo como
a nós mesmos e que socorramos aqueles que estão em necessidade ou em
sofrimento. Assim, todo o nosso coração é esquadrinhado por Deus, quanto ao que
pensamos e sentimos. Devemos por isso obrigar-nos a pensar de forma coincidente
com a Palavra de Deus, de amaneira a agradar ao nosso Senhor e sobretudo para
não pecarmos contra o nosso Deus.
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