A Bíblia ao longo do Novo
Testamento indica a importância do ser e no fazer na vida do cristão. O ser do
cristão deve assemelhar-se ao ser de Cristo Jesus, ou seja, assemelhar-se ao
caracter do nosso Mestre. Ao Mesmo tempo que o nosso Mestre ensinou-nos o que
devemos fazer, mostrou-nos também como devemos ser, que tipo de caracter
devemos desenvolver ao longo da vida cristã.
O caracter do cristão é dependente
do controlo que o Espírito Santo exerce sobre o cristão, quanto as suas emoções
e forma de pensar. O fruto do Espírito Santo é também uma consequência no
caracter do cristão que deixa-se controlar pelo Espírito Santo ao longo da sua
vida.
O apóstolo Paulo indica na
carta aos gálatas os frutos do Espírito Santo que são também elementos do caracter
de alguém que rejeita as obras da carne e escolhe andar no espírito. O fruto da
ação do Espírito Santo na vida do crente são: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl
4:22-23). Esses elementos são portanto, características constantes da forma de
comportar do cristão e por isso tornam-se também no caracter cristão que anda
no espírito.
O nosso Mestre indicou no
início do Sermão do Monte características do cristão que vão de encontro com a
ação do Espírito Santo na vida do crente. A humildade de coração, ou seja, a
humildade na forma de pensar e de sentir, assim como a mansidão, a misericórdia,
a pureza de coração e a capacidade de ser pacificador são elementos indicados
pelo Mestre, como fazendo parte do caracter do cristão (Mt 5:3-11).
O caracter do cristão ou a sua
forma de ser é determinante para que o cristão possa fazer o que o Mestre nos
ensinou e para que o mundo reconheça o cristão como seguidor de Jesus Cristo.
Na maneira de viver ensinada pelo nosso Mestre, existem duas posturas: uma
postura interior no coração do cristão e outra exterior visível pelas palavras
e ações para com o próximo.
As principais atitudes
interiores estão relacionadas com a forma como pensamos do nosso próximo e com
o tipo de sentimento que nutrimos. O nosso Mestre ensinou-nos a amar ao nosso
próximo, a perdoar intimamente aqueles que nos ofenderam e orar por aqueles que
nos perseguem. Para estas atitudes interiores é necessário desenvolver a
humildade de coração, mansidão, a misericórdia a e a pureza de coração
indicadas pelo nosso Mestre no Sermão do Monte.
O nosso Mestre ensinou-nos
também que devíamos ter atitudes exteriores que amparassem ao nosso próximo,
sobretudo aqueles que se encontram em dificuldades. Ensinou-nos também a não
nos vingarmos, abençoar ao invés e amaldiçoar aqueles que nos maldizem. Para
isso é necessário desenvolver a longanimidade, benignidade, bondade e o domínio
próprio possibilitados pelo domínio do Espírito Santo na vida do crente.
Apesar de o fazer ser visível
pelas pessoas que nos rodeiam ao contrário do ser, devemos também desenvolver o
ser, pois o fazer também está dependente do ser, ou seja do caracter do nosso
coração, que é apenas visível para Deus. Para uma vida cristã plena com uma verdadeira
adoração o ser e o fazer têm de ser desenvolvidos ao mesmo tempo.
Sem comentários:
Enviar um comentário