sábado, 12 de dezembro de 2015

Ser e fazer

A Bíblia ao longo do Novo Testamento indica a importância do ser e no fazer na vida do cristão. O ser do cristão deve assemelhar-se ao ser de Cristo Jesus, ou seja, assemelhar-se ao caracter do nosso Mestre. Ao Mesmo tempo que o nosso Mestre ensinou-nos o que devemos fazer, mostrou-nos também como devemos ser, que tipo de caracter devemos desenvolver ao longo da vida cristã.
O caracter do cristão é dependente do controlo que o Espírito Santo exerce sobre o cristão, quanto as suas emoções e forma de pensar. O fruto do Espírito Santo é também uma consequência no caracter do cristão que deixa-se controlar pelo Espírito Santo ao longo da sua vida.
O apóstolo Paulo indica na carta aos gálatas os frutos do Espírito Santo que são também elementos do caracter de alguém que rejeita as obras da carne e escolhe andar no espírito. O fruto da ação do Espírito Santo na vida do crente são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 4:22-23). Esses elementos são portanto, características constantes da forma de comportar do cristão e por isso tornam-se também no caracter cristão que anda no espírito.
O nosso Mestre indicou no início do Sermão do Monte características do cristão que vão de encontro com a ação do Espírito Santo na vida do crente. A humildade de coração, ou seja, a humildade na forma de pensar e de sentir, assim como a mansidão, a misericórdia, a pureza de coração e a capacidade de ser pacificador são elementos indicados pelo Mestre, como fazendo parte do caracter do cristão (Mt 5:3-11).
O caracter do cristão ou a sua forma de ser é determinante para que o cristão possa fazer o que o Mestre nos ensinou e para que o mundo reconheça o cristão como seguidor de Jesus Cristo. Na maneira de viver ensinada pelo nosso Mestre, existem duas posturas: uma postura interior no coração do cristão e outra exterior visível pelas palavras e ações para com o próximo.
As principais atitudes interiores estão relacionadas com a forma como pensamos do nosso próximo e com o tipo de sentimento que nutrimos. O nosso Mestre ensinou-nos a amar ao nosso próximo, a perdoar intimamente aqueles que nos ofenderam e orar por aqueles que nos perseguem. Para estas atitudes interiores é necessário desenvolver a humildade de coração, mansidão, a misericórdia a e a pureza de coração indicadas pelo nosso Mestre no Sermão do Monte.
O nosso Mestre ensinou-nos também que devíamos ter atitudes exteriores que amparassem ao nosso próximo, sobretudo aqueles que se encontram em dificuldades. Ensinou-nos também a não nos vingarmos, abençoar ao invés e amaldiçoar aqueles que nos maldizem. Para isso é necessário desenvolver a longanimidade, benignidade, bondade e o domínio próprio possibilitados pelo domínio do Espírito Santo na vida do crente.
Apesar de o fazer ser visível pelas pessoas que nos rodeiam ao contrário do ser, devemos também desenvolver o ser, pois o fazer também está dependente do ser, ou seja do caracter do nosso coração, que é apenas visível para Deus. Para uma vida cristã plena com uma verdadeira adoração o ser e o fazer têm de ser desenvolvidos ao mesmo tempo.

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