Os cristãos fazem parte de um
imenso exército cujo capitão é o nosso Senhor Jesus Cristo. Como tal, cada
cristão é um soldado, que para manter-se em condições para lutar necessita de
um determinado estilo de vida e a utilização de uma armadura própria para a sua
proteção.
O apóstolo Paulo diz-nos na
sua segunda carta a Timóteo que cada um de nós que fomos arregimentados por
Jesus Cristo, não podemos nos comprometer com os negócios desta vida para
podermos agradar totalmente ao nosso capitão, a Jesus Cristo. “Nenhum soldado em
serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer
àquele que o arregimentou.” 2Tm 2:4.
O mundo e as suas riquezas têm
diversos atrativos que podem desviar os cristãos dos objetivos principais da
vida cristã, por outras palavras, podem desviar o cristão do objetivo de
assemelhar-nos em carater ao nosso Mestre e de crescer espiritualmente. O nosso
Senhor Jesus adverte-nos que não podemos servir as riquezas, ou a Mamon, e ao
mesmo tempo servir a Deus.
O ser humano tem a escolha de
afeiçoar-se a um dos senhores: ou as riquezas ou a Deus, mas não pode
afeiçoar-se aos dois. Isto porque os valores do Senhor, de amor e ajuda ao próximo
são opostos ao amor ao dinheiro, a vontade de acumular riquezas e a negação de
partilhar com aqueles que sofrem necessidades.
O nosso Mestre diz-nos isto
usando as seguintes palavras:” Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou
há de aborrecer-se de um e amar a outro, ou devotará a um e desprezará ao outro.
Não podeis servir a Deus e às riquezas.” Mt 6:24.
Por isso o cristão deve definir-se
e entregar o seu coração aos objetivos do Mestre, e negar a vontade de entesourar
para si mesmo, sem ajudar ao próximo. Os valores do Mestre fazem o cristão
viver de uma determinada maneira colocando em primeiro lugar a justiça, a fé, o
amor e a paz, em obediência ao nosso Senhor Jesus.
O apóstolo Paulo aconselhou, por isso, a Timóteo a fugir das
paixões da mocidade e a seguir pelo contrário a justiça, a fé, o amor e a paz
própria daqueles que invocam ao Senhor: “Foge, outrossim, das paixões da
mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro,
invocam o Senhor.” 2Tm 2: 22.
Para lutarmos a cada dia ao
lado do nosso Mestre precisamos também de vestir uma armadura para podermos
ficar firmes perante as investidas do nosso inimigo. Assim, temos de cingir-nos
com a verdade, como se fosse um cinto, que mantem a roupa cingido ao corpo.
Isto porque ao obrigar-nos a nossa alma e as nossas emoções a crerem na Palavra,
evitamos crer em mentiras como ideias de autocomiseração e de medo.
Devemos também vestir-nos na
couraça da justiça para protegermos a nossa alma, a cada dia, de todas as
ideias e atos que são contra a Palavra de Deus, de forma a mantermos o nosso
coração puro, ou seja, livre de invejas, falta de perdão, de sentimentos de
ódio, e assim, termos um coração justo como deseja o nosso Mestre (Ef 6:14).
Também devemos calçar os pés
com os sapatos que nos permitam andar de forma digna e desempenhar o papel que
nos cabe como embaixadores de Cristo; ou seja, para divulgarmos o evangelho da
paz e da reconciliação (Ef 6:15). A vontade do nosso Deus é que todos conheçam
a Verdade e saibam que Jesus Cristo é o nosso Salvador.
O nosso escudo, que nos
permite apagar os dardos inflamados do Maligno é a nossa fé, a plena convicção
no nosso Deus e nas suas promessas, independentemente das circunstâncias. Por
isso a Bíblia refere que o soldado de Deus, o justo dirigirá os seus passos, ou
seja viverá, não pelo que vê, mas pela sua fê no nosso Senhor Jesus Cristo (Gl
3:11).
Para nos proteger de ideias e
pensamentos que possam direcionar os nosso passos de forma errada devemos colocar
nas nossas cabeças o capacete da salvação (Ef 6:17). A certeza da salvação e da
eternidade com Deus é uma poderosa defesa contra a insegurança, dúvidas e
outras obras do adversário das nossas almas.
A nossa espada, a Palavra de
Deus, é a nossa única arma contra as investidas do nosso inimigo e foi essa a
arma que o nosso Senhor Jesus usou quando foi tentado por Satanás. Temos de nos
recordar a cada dia que a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra
os principados e potestades, contra as forças espirituais do mal nos lugares
celestiais (Ef 6:12).
Também devemos orar pelos
outros soldados, suplicar pelas suas vidas e por todos aqueles que nos rodeiam
(Ef 6:18). Isto para que possamos estar em condições de lutar espiritualmente
contra o nosso adversário e podermos nos manter ao lado do nosso Mestre, o comandante
do exercito de Deus.
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