domingo, 20 de dezembro de 2015

A verdadeira riqueza

Na nossa sociedade é considerado um homem rico aquele que tem muitos bens, e que goza todos os prazeres da vida em abundância. O nosso Senhor Jesus ensina-nos que esta mentalidade é errada e que a verdadeira riqueza do homem não se traduz pela abundância de bens que um homem possui.
No evangelho de Lucas vemos as palavras de Jesus sobre a ânsia de ter cada vez mais e sobre a vontade de acumular riquezas: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância de bens que possui.” Lc 12:15.
O nosso Mestre contou por isso uma parábola para explicar este assunto. Nesta parábola, um homem rico, dono de um campo, depois de verificar que o seu campo tinha produzido em abundância, começou a pensar para si mesmo: (…) Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?” Lc 12:17.
A solução para o problema foi a seguinte: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, contrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.” Lc 12:18. Este homem demonstrou que ansiava por acumular cada vez mais riquezas, e que preocupava-se em não perder nenhum dos seus bens, pois provavelmente temia lhe roubassem.
Essa solução demonstra que ele era avarento e que amava as riquezas que possuía. A contemplação de um celeiro maior cheio de riquezas era para ele motivo de gozo e segurança. Por isso pensou que quando tivesse toda a sua riqueza armazenada num celeiro maior, que poderia dizer: “ Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.” Lc 12:19.
Contudo, o nosso Mestre mostra o que Deus pensa dos homens quando afirmam essas palavras: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:20-21.
O nosso Mestre mostrou com esta parábola o que o mundo ensina sobre o acumular tesouros é errado. Aqueles que se preocupam em ajuntar tesouros na terra são loucos porque a qualquer momento podem lhes pedir a alma deles e todos os bens que acumularam ficam na terra.
O mundo cultiva a ideia de que quanto melhor nos vestimos e quanto melhor comemos e bebemos mais plena é a vida. Mas o nosso Senhor Jesus mostra que é uma loucura entesourar para nós mesmo mas não sermos rico para com Deus.
Como a nossa alma é mais importante do que a roupa que vestimos e a comida que comemos, o nosso Mestre ensina-nos que não devemos andar ansiosos com o vestir e o comer. A ansiedade cultivada pela mentalidade do mundo, sobre a roupa e a comida devem ser banidas na vida do cristão.
A nossa alma ou contrário do nosso corpo é eterna e a forma como o homem vive a sua vida determina e destino eterno da mesma. Por isso o nosso Mestre aconselha-nos a não nos entregarmos a inquietações, mas sim a buscar em primeiro lugar o reino de Deus porque tudo o resto nos será acrescentado.
O nosso Mestre aconselha-nos a usar os nossos bens para ajudar os mais desfavorecidos porque desta forma podemos acumular riquezas nos céus. Ao contrário dos ensinamentos do mundo o nosso Senhor Jesus diz-nos que enriquecemos quando partilhamos com o nosso próximo; quando auxiliamos aqueles que se encontram aflitos. Esta é a verdadeira riqueza, porque assim somos ricos para com Deus e investimos na vida eterna.

 

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