Na nossa sociedade é considerado
um homem rico aquele que tem muitos bens, e que goza todos os prazeres da vida
em abundância. O nosso Senhor Jesus ensina-nos que esta mentalidade é errada e
que a verdadeira riqueza do homem não se traduz pela abundância de bens que um
homem possui.
No evangelho de Lucas vemos as
palavras de Jesus sobre a ânsia de ter cada vez mais e sobre a vontade de
acumular riquezas: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda
e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância de
bens que possui.” Lc 12:15.
O nosso Mestre contou por isso
uma parábola para explicar este assunto. Nesta parábola, um homem rico, dono de
um campo, depois de verificar que o seu campo tinha produzido em abundância, começou
a pensar para si mesmo: (…) Que farei, pois não tenho onde recolher os meus
frutos?” Lc 12:17.
A solução para o problema foi
a seguinte: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, contrui-los-ei
maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.” Lc 12:18. Este
homem demonstrou que ansiava por acumular cada vez mais riquezas, e que preocupava-se
em não perder nenhum dos seus bens, pois provavelmente temia lhe roubassem.
Essa solução demonstra que ele
era avarento e que amava as riquezas que possuía. A contemplação de um celeiro maior
cheio de riquezas era para ele motivo de gozo e segurança. Por isso pensou que
quando tivesse toda a sua riqueza armazenada num celeiro maior, que poderia dizer:
“ Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa,
come, bebe e regala-te.” Lc 12:19.
Contudo, o nosso Mestre mostra
o que Deus pensa dos homens quando afirmam essas palavras: “Mas Deus lhe disse:
Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:20-21.
O nosso Mestre mostrou com
esta parábola o que o mundo ensina sobre o acumular tesouros é errado. Aqueles
que se preocupam em ajuntar tesouros na terra são loucos porque a qualquer
momento podem lhes pedir a alma deles e todos os bens que acumularam ficam na terra.
O mundo cultiva a ideia de que
quanto melhor nos vestimos e quanto melhor comemos e bebemos mais plena é a
vida. Mas o nosso Senhor Jesus mostra que é uma loucura entesourar para nós
mesmo mas não sermos rico para com Deus.
Como a nossa alma é mais
importante do que a roupa que vestimos e a comida que comemos, o
nosso Mestre ensina-nos que não devemos andar ansiosos com o vestir e o comer. A
ansiedade cultivada pela mentalidade do mundo, sobre a roupa e a comida devem
ser banidas na vida do cristão.
A nossa alma ou contrário do
nosso corpo é eterna e a forma como o homem vive a sua vida determina e destino
eterno da mesma. Por isso o nosso Mestre aconselha-nos a não nos entregarmos a inquietações,
mas sim a buscar em primeiro lugar o reino de Deus porque tudo o resto nos será
acrescentado.
O nosso Mestre aconselha-nos a
usar os nossos bens para ajudar os mais desfavorecidos porque desta forma
podemos acumular riquezas nos céus. Ao contrário dos ensinamentos do mundo o
nosso Senhor Jesus diz-nos que enriquecemos quando partilhamos com o nosso
próximo; quando auxiliamos aqueles que se encontram aflitos. Esta é a verdadeira
riqueza, porque assim somos ricos para com Deus e investimos na vida eterna.
Sem comentários:
Enviar um comentário