O crente após a sua conversão
é ensinado sobre a importância de praticar boas obras. Contudo, a medida que o
tempo vai passando o crente pode acabar por praticar boas obras, como se a
manutenção da sua salvação dependesse das suas boas obras ou até como se as
boas obras fossem um sacrifício para oferecer a Deus.
O apóstolo Paulo afirma na
epístola aos Efésios que a salvação do crente é fruto da graça de Deus e não
uma consequência das boas obras praticadas pelo crente. O crente não se mantem
salvo pelas boas obras, e nem torna-se mais amado por Deus por fazê-las em
grande quantidade “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2: 8-9.
Deus para a nossa salvação
concebeu um plano que consistia no sacrifício vicário de Jesus Cristo. Por
outras palavras, Deus estabeleceu que a salvação é pela graça mediante a fé no
Senhor Jesus; isso para que o homem não se gabe perante Deus e diga que a
salvação é fruto do seu próprio esforço ou das suas boas obras.
O sacrifício que Deus exige do
Homem é um coração quebrantado e contrito e não boas obras. Um coração humilde
perante Deus, que reconhece a necessidade que tem de Jesus Cristo, o nosso Salvador,
é o suficiente. Com isso o crente assume a sua condição de pecador e também a
necessidade de perdão para os seus pecados.
O salmista diz-nos sobre este
assunto: ”Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário eu tos daria; e
não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito
quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” Sl
51:16-17.
Nesta relação entre pecador
arrependido perante o seu Salvador nasce uma relação de discípulo/Mestre, em
que o crente assume que a Palavra do Mestre é a luz para os seus caminhos e a
dependência da orientação do Espírito Santo. Portanto, o crente passa a andar nos
caminhos do Senhor e nas boas obras que Deus preparou para os que O amam.
No cumprimento dos mandamentos
do Senhor Jesus, nomeadamente o cumprimento ordem de nos amarmos uns aos outros
como Deus nos ama, o crente pratica boas obras como forma de ajudar ao seu
próximo e assim expressar o seu amor. O nosso Mestre diz-nos:” Isto vos mando:
que vos ameis uns aos outros.” Jo 15:17.
As boas obras não são uma
forma de o crente manter a sua salvação ou de oferecer sacrifícios, mas sim uma
forma de amar ao próximo e a Igreja de Cristo em geral. Por isso o crente deve
procurar fazer boas obras com alegria, e tirar todos os pensamentos de
ansiedade ou stress enquanto planeia e executa boas obras.
Para que possamos andar nas
boas obras que Jesus preparou para que andássemos nelas é necessário que o
crente permaneça em Jesus Cristo, a videira verdadeira. Sobre isso o nosso
Mestre diz-nos: “permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o
ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o
podeis dar, se não permanecerdes em mim.” Jo 15:4-5.
Deus agrada-se que pratiquemos
o ato de dar com alegria, sem stress, porque as boas obras servem como forma de
amar ao nosso próximo e a pessoa de Jesus Cristo. Todo o sentimento de peso ou
de angústia devem ser tirados porque o amor de Deus para connosco é imenso e não
é dependente da quantidade das boas obras que façamos. Devemos descansar no
amor de Jesus e viver com alegria e amor.
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