sábado, 27 de outubro de 2018

As características de Maria

Ao longo de toda a Bíblia vemos que Deus é amigo dos justos e que as grandes personalidades descritas na Bíblia, tinham em comum serem pessoas justas e íntegras no meio da sua geração. Estas pessoas tiveram o privilégio de falar com Deus através de anjos, em sonhos e até mesmo cara a cara.

Maria, uma jovem que teve o privilégio de conceber do Senhor Jesus destacou-se pelo seu carácter das jovens da altura e foi por isso escolhida por Deus para esse tão importante papel. “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré; a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria.” Lc 1:26-27.

Deus agradou-se de Maria e estava com ela, como vemos nos versículos seguintes: “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: alegra-te muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;” Lc 1:28-32.

A Bíblia diz-nos que Deus revela-se aqueles que são justos; e que eles têm o privilégio de contemplar a face de Deus. Maria foi achada por Deus justa por que Deus apenas se revela aos justos como nos diz o versículo seguinte: “Porque o Senhor é justo, ele ama a justiça; os retos lhe contemplarão a face.” Sl 11:7 Apenas alguns homens como Abraão, Daniel, Zacarias tiveram a honra de receber a visita de anjos.

Para além de justa e reta, Maria também era uma mulher de fé; ela creu quem Deus tinha um bom plano e que iria usa-la. Ela creu no que o anjo lhe disse sobre a sua milagrosa conceção. “Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus." Lc 1:34-35.

Maria não temeu mesmo sabendo que a sua vida ficaria em perigo pelo fato de engravidar sem ter ainda conhecido o seu esposo. Isto mostra a sua fé e confiança em Deus; ela acreditava que a sua vida era para servir os propósitos do Senhor Deus. Ela tinha um coração de serva: “ Então disse Maria: aquí está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” Lc 1: 38.

Sabemos que o papel de mãe é muito importante para a educação de uma criança. A moral da mulher e a forma como vê o mundo tem influência na forma como educa uma criança. Por isso, o papel de Maria era muito importante: ela teria o dever de cuidar do menino Jesus e de ensinar o que era certo e o que era errado enquanto Ele aprendia as primeiras palavras e se desenvolvia. Provavelmente Maria deveria ser uma mulher benigna, misericordiosa e justa para poder ensinar coisas boas ao menino Jesus.

No versículo seguinte do livro do profeta Ezequiel vemos algumas características de uma pessoa a quem Deus considera de justo: “Sendo, pois o homem justo e fazendo juízo e justiça, (…) não oprimido a ninguém, tornando ao devedor a coisa penhorada, não roubando, dando o seu pão ao faminto e cobrindo ao nu com vestes; não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo juros, desviando a sua mão da injustiça e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos, guardando os meus juízos e procedendo retamente, o tal justo, certamente viverá, diz o Senhor Deus.” Ez 18:5, 7-9

Com isso, podemos concluir que Maria certamente era uma mulher bondosa, que ajudava os necessitados, que desviava a sua mão da injustiça, que guardava os estatutos e juízos de Deus andando segundo os mandamentos divinos. Isto porque se Maria agradou a Deus, certamente era uma pessoa justa. Se formos também bondosos, se desviarmos a nossa vida da pratica da injustiça e se andarmos segundo a Palavra de Deus, também alegraremos o coração do Pai com as nossas vidas.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

A quem damos ouvidos

O nosso Mestre, o Senhor Jesus, avisou-nos de que do nosso coração procederiam todas as veredas da nossa vida. Por este motivo, Deus aconselha-nos a guardar o nosso coração de todos os maus pensamentos e sentimentos que possam querer entrar em nós, no nosso dia a dia.

Se existirem coisas más no nosso coração elas vão se exteriorizar em más ações, como nos diz o nosso Mestre. “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura.” Mc 7:21-22.

Por isso, o Espírito Santo aconselha-nos, no versículo seguinte, a guardar à cima de tudo o nosso coração. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4:23. Existem pessoas que se preocupam em guardar o seus bens, outras tentam guardar coisas diversas. Mas, o que cima de tudo devemos guardar é o nosso coração.

Para além do nosso coração determinar as nossas ações, aquilo que temos no nosso coração também determina a quem ouvimos: se ouvimos a voz do Espírito Santo, ou se ouvimos a carne e os demónios. Quanto mais limpo o coração do homem estiver, mais facilmente ele dará ouvidos a voz de Deus e Lhe obedecerá. “Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a voz de Deus e a guardam.” Lc 11:28.

Quando existe inveja no coração, é mais fácil dar ouvidos a voz da carne e do diabo e fazer alguma coisa de mal contra a pessoa a quem se inveja, do que fazer o bem a ela. Pelo contrário, quando existe bondade e misericórdia no coração é mais fácil ouvir a voz do Espírito Santo e fazer o bem a quem nos odeia.

Por exemplo, Davi era um homem que tinha temor a Deus e quando teve a oportunidade de matar a Saúl, não deu ouvidos a opinião dos seus homens que diziam que aquela era a oportunidade dada por Deus para Davi matar a Saúl. Pelo contrário, Davi temeu a Deus e não deixou que os seus homens fizessem algum mal a Saúl.

Vemos isso a seguir: “Então os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. Levantou-se Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saúl. Sucedeu porém que, depois sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saúl; e disse aos seus homens: o Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é ungido do Senhor. Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saúl; retirando-se da caverna, prosseguiu o seu caminho.” 1Sm 24:4-7.

Quanto mais coisas más como inveja, soberba, malícia, entre outras coisas, existir no coração mais difícil é ouvir a Deus. Por isso, as pessoas quando estão longe de Deus, têm tendência a fazerem-se surdas para os concelhos de Deus e preferem fazer a vontade da carne. Deus, ao longo dos evangelhos e também em Apocalipse, diz-nos que quem tiver ouvidos para ouvir ouça o que Ele diz: “Quem tem ouvidos, [para ouvir] ouça.” Mt 13: 9

Com isto, podemos perceber que a nossa capacidade de ouvir a Deus pode ser apurada se limparmos do nosso coração tudo aquilo que é mau e que pode desviar-nos da sua vontade. Deus deseja purificar as nossas vidas; se deixarmos a Deus limpar o nosso coração, o seu Espírito Santo nos purificará e nos fará aproximar mais de Deus. Quanto mais próximo estivermos de Deus mais facilmente ouviremos a sua voz e O obedeceremos.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O reino eterno de Jesus

A história é marcada por vários impérios e reinos, que tiveram um início, um apogeu e um fim. Nestes reinos, a autoridade máxima sobre tudo o que existia era um rei. Eles governavam a nação e o povo devotava-lhes submissão total. Existe um reino eterno, onde é Deus que governa e dirige tudo. Este é o reino de Deus. Sabemos que Deus é o criador do universo e por isso dono e sustentador de tudo o que existe.

Antes que existisse a terra Deus já era Deus e pelo seu poder todas coisas foram criadas, nos céus e na terra. “Reina o Senhor. Revestiu-se de majestade; de poder se revestiu o Senhor e se cingiu. Firmou o mundo, que não vacila. Desde a antiguidade, está firme o teu trono; tu és desde a antiguidade.” Sl 93:1-2.

A base do governo de Deus é a justiça e a equidade. Deus sempre trata a todos com bondade e defende os necessitados. Todos na terra têm motivos para se alegrarem porque Deus governa a terra. “Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas. Nuvens e escuridão o rodeiam, justiça e juízo são a base do seu trono. Adiante dele vai um fogo que lhe consome os inimigos em redor.” Sl 97: 1-3.

Deus é cheio de majestade e glória e diante dele os povos estremecem. “Derretem-se como cera os montes, na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a terra. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua glória.” Sl 97:5-6. A glória do Senhor cobre toda a terra.

O reino de Deus é um reino baseado no amor, na equidade e na justiça e Deus deseja que todos obedeçam a sua vontade e vivam de acordo com os seus mandamentos. Por isso, Deus enviou o seu Filho, Jesus Cristo ao mundo para que pudesse transmitir a vontade de Deus aos homens e assim passassem a viver no Reino de Deus.

Jesus Cristo anunciou a chegada do reino de Deus e aconselhou os homens a arrependerem-se e a crerem no Evangelho. “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” Mr 1: 14-15.

O reino de Deus está entre nós e se quisermos podemos viver nele. Apenas precisamos de reconhecer que Jesus é o Senhor absoluto do céu e da terra e viver de acordo com as suas orientações. Com isto, o homem passa a ser cidadão do reino de Deus, com uma nova forma de viver, de falar e com novos objetivos.

Assim, o amor passa a motivar as ações do homem. Por um lado o amor à Deus, por gratidão de tudo o que Deus fez por nós quando deixou que o seu Filho Amado pagasse o preço dos nossos pecados. Essa gratidão, reflete-se na forma de falar e de agir. O homem deixa de lado as murmurações, e as reclamações sobre o que está a sua volta e mostra, quando fala, agradecimento a Deus pelas coisas boas que Deus lhe concede.

Anteriormente no reino das trevas, a ira e a vingança eram fomentadas; mas agora no reino de Deus, o homem abandona a ira e mostra misericórdia para com as falhas dos outros. No fundo o homem passa a amar ao seu próximo em obediência ao mandamento do Senhor Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35.

Embora o reino de Deus na terra esteja hoje nos corações das pessoas que creem e servem o Senhor Jesus, um dia o Reino de Deus será visível porque os primeiros céus e a primeira terra passarão e o Senhor Jesus reinará pelos séculos dos séculos: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.” Ap 11:15.

A maior alegria que um homem pode ter é de pertencer ao reino de Deus e gozar eternamente com Jesus no seu Reino Celestial. Por isso, devemos seguir o conselho do nosso Mestre, o Senhor Jesus, e buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, pois o Senhor nos ajudará a buscar as outras coisas que necessitamos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Domínio próprio

As emoções são um elemento positivo do ser humano, que permitem que ele desfrute de momentos com sensações positivas como alegria. Contudo, as emoções não podem determinar a forma como vemos as coisas a nossa volta, nem dirigir os nossos passos. A vida cristã exige a prática do domínio próprio, das emoções que surgem em nós para que possamos agir de acordo com a vontade de Deus.

O nosso Senhor Jesus é o nosso exemplo máximo de domínio próprio, pois em todas as situações que de viveu de insultos, ofensas, maltrato físico, nunca reagiu com raiva, nem ofensa e cumpriu humildemente a sua missão até ao fim morrendo voluntariamente na cruz do Calvário por nós. “pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças , mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” 1Pe 2:23-24.

Na Bíblia vemos outro exemplo de alguém que teve domínio próprio e que por isso, abriu a porta do seu coração para ouvir o que Deus tinha a dizer sobre o assunto que estava a viver. Essa pessoa foi José. Ele estava noivo de Maria e soube que ela estava grávida. Provavelmente José deve ter sentindo-se traído mas mesmo assim, não deixou que a sua deceção controlasse as suas emoções; não reagiu com ira, e tentou poupar a Maria de escândalos. Por isso, José pensou em deixar Maria secretamente.

Sabemos que a vida amorosa é uma área da nossa vida onde as emoções são frequentes e para um jovem saber que a sua noiva estava grávida não era fácil. Mesmo assim, José teve domínio próprio e conseguiu ouvir a voz de Deus, quando um anjo falou que não deixasse Maria. “Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixa-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.” Mt 1:19-20.

Ao longo do nosso dia a adia muitas coisas sucedem a nossa volta; cada uma dessas coisas podem despertar-nos emoções muitos diferentes. Como Deus deu-nos a capacidade de controlar as nossas emoções temos de estar constantemente alertas quanto ao tipo de emoção que surge em nós. Isto porque algumas emoções dão oportunidade para que façamos coisas que não estão de acordo com a Palavra de Deus.

Por exemplo, a ira, que é uma reação de descontentamento em relação a alguma coisa, pode abrir espaço para que o diabo faça coisas más nos nossos relacionamentos, como por exemplo, criar inimizades, ódios e outras coisas más. Por isso devemos vigiar os nossos sentimentos, como nos aconselha o Espírito Santo nos versículos a seguir para que o diabo não ache oportunidade para agir nos nossos relacionamentos. “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo.” Ef 4:26-27.

O Espírito Santo deseja controlar a nossa vida e por isso devemos estar a atentos a todas as emoções que podem nos levar a cometer atos que desagradam a Deus. Por exemplo, o mundo ensina que quanto mais temos, mais felizes seremos. Se focarmos a nossa atenção naquilo que os outros têm e nós não temos, acabaremos por ficar com ciúmes, invejas, com ódio e até mais egoístas. A nossa felicidade deve ser focada em Deus e naquilo que Ele nos dá e não nos bens materiais.

A seguir temos algumas ações que desagradam a Deus e que são motivadas por emoções más que enraizaram no coração e que se traduziram em ações. “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissenções, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já antes vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Gl 5:19-21.

Os crentes têm um grande privilégio, que é ter relacionamento com Deus e gozar da vida eterna. O diabo e os seus anjos, não têm esse privilégio, por estarem condenados ao inferno. Por isso, ele tenta atingir os crentes, e afasta-los da presença de Deus, tentando chamar a nossa atenção para coisas que não são agradáveis a Deus, e também criando situações onde possa tentar-nos a agir de forma contrária aos ensinamentos de Deus.

Por isso, a cada dia, temos de ser sóbrios, moderados em tudo o que envolva os apetites sensuais, para não sermos tentados a dar mais valor, do que o necessário, à coisas relacionadas como os nossos sentidos como: comer, beber, vestir, o sexo, o possuir objetos entre outras coisas. Devemos também ser contidos nas nossas emoções, serenos e recatados. O Espírito Santo aconselha-nos isso no versículo seguinte: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” 1Pe 5:8

O domínio próprio é algo que deve ser exercitado em todos os instantes da nossa vida, de forma a que as emoções não controlem as nossas ações. Quando lutamos para agradar ao Senhor com as nossas ações o seu Espírito Santo age em nós dando-nos também o domínio próprio sobrenatural, que faz parte do Fruto do seu Espírito.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Coragem

O medo é uma emoção forte que surge quando enfrentamos alguma coisa que nos ameaça ou algo incerto. Contudo, o nosso Mestre, o Senhor Jesus ensinou-nos que não deveríamos deixar controlar pelo medo, mas deixar que os seus ensinamentos e os seu Santo Espírito nos controlasse. Na Bíblia vemos que através da fé no Senhor Jesus podemos enfrentar o medo e seguir a diante sem deixar que ele nos domine.

Pela fé no facto de que Jesus venceu o mundo, cumprindo toda a vontade do Pai Celeste, também podemos prosseguir na nossa caminhada cristã sem esmorecer, confiando que, da mesma forma como o Senhor Jesus venceu o mundo, podemos vencer porque o seu Santo Espírito está em nós.

No versículo a seguir vemos a exortação do Senhor Jesus, para que tenhamos bom ânimo, para que não nos deixemos esmorecer, por Ele venceu o mundo: “Estas coisas vos tenho dito, para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Jo 16:33.

Quando colocamos a nossa fé nas Escrituras e confiamos que Deus nos capacitará a ganhar o pão de cada dia e que nunca dos deixará faltar nada, ganhamos coragem para enfrentar o dia a dia. “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”Is 41:10.

Mesmo que a incerteza tente bater a porta do nosso coração podemos confiar de que Deus abençoa-nos se formos justos, retos em tudo o que fazemos. “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão. É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção (…) Pois o Senhor ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.” Sl 37:25-26, 28.

O mundo por vezes rejeita aqueles que lutam para seguir ao Senhor Jesus, mas a fé nas bênçãos espirituais que estão reservadas para aqueles que obedecem a vontade de Deus faz-nos continuar olhando apenas para Jesus, autor e consumador da nossa fé, da mesma forma como Daniel e seus companheiros, que mesmo sabendo que poderiam perder as suas vida, continuaram a adorar a Deus.

Os próprios apóstolos pela fé em Deus aguardaram a promessa do Senhor Jesus, foram cheios do Espírito Santo e puderam enfrentar com coragem as ameaças dos sacerdotes para que eles deixassem de pregar o nome do Senhor Jesus. “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera.” At 4:19-21.

Na galeria da fé vemos muitos outros homens e mulheres que tiveram coragem graças a fé que tinham em Deus. Assim pela fé, Abraão enfrentou a incerteza do futuro e foi para um lugar que desconhecia; pela fé Moisés enfrentou a pressão causada pela perseguição do exército egípcio e atravessou o mar vermelho aberto por Deus. Outros enfrentaram torturas, açoites, e levaram o evangelho para lugares onde o nome de Jesus não era conhecido.

Com tudo isso, podemos dizer que a única forma de sermos corajosos é tendo fé no Senhor Jesus Cristo e nas suas promessas. O nosso Senhor Jesus Cristo, prometeu estar todos os dias connosco até a consumação dos tempos. A presença do Mestre traz paz, gozo, alegria, consolo, direção, consolação e milagres para as nossas vidas.

domingo, 14 de outubro de 2018

Fidelidade

A Bíblia aconselha-nos a termos sempre a fidelidade e a benignidade nos nossos corações. Isto porque elas são importantes para praticarmos aquilo que o Senhor nos ensina e para refletirmos o coração amoroso do Pai Celeste. A Bíblia mostra-nos a vida de Rute como exemplo de alguém que seguiu o caminho da fidelidade e da benignidade e que com isso foi capaz ter atitudes de grande altruísmo.

Havia uma mulher de nome Noemi que emigrou para a terra de Moabe com o seu marido e com os seus dois filhos. Noemi e o marido, Elimeleque, saíram de Belém de Judá por causa da fome que existia nesta terra. Na terra de Moabe, os seus filhos casaram-se com mulheres moabitas. Em certa altura, o marido de Noemi, e depois os seus dois filhos, morreram e Noemi e as suas noras ficaram desamparadas.

Podemos ver isso no versículo a seguir: "Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. Morreram também ambos, Malom e Quilom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido.” Rt 1: 3-5.

Noemi resolveu então regressar para Bejém de Judá porque ouvira que já havia alimento naquela cidade. As suas noras resolveram ir com ela mas Noemi disse-lhes que fossem cada uma para a casa dos seus pais, e que procurassem casar-se de novo. Quando ouviram essa sugestão elas choram e declararam que não iriam embora, como vemos a seguir: "Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrara do seu povo, dando-lhe pão. (…) disse-lhes Noemi: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os que morreram e comigo. O Senhor vos dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido. E beijou-as. Elas porém, choraram em alta voz e lhe disseram: Não! Iremos contigo ao teu povo.” Rt 1:6, 8-10

Ao ouvir as noras Noemi recusou a companhia delas e disse-lhes que não tinho como oferecer-lhes marido. Isto porque já era velha demais para ter marido e mesmo que tivesse filhos, elas teriam que esperar que eles crescessem e então casarem-se com eles. Ambas as noras de Noemi sabiam que o certo era ficar ao lado de Noemi que estava velha, sem recursos financeiros e sozinha.

Apesar de saber que o certo era ficar com a Noemi, Orfa, como muitas vezes fazemos, preferiu fazer o que lhe era mais vantajoso e foi-se embora para a casa dos seus parentes e também procurar marido. “Então, de novo, choraram em voz alta; Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.” Rt 1:14. Por vezes as circunstâncias a nossa volta desmotivam-nos de fazer aquilo que é certo e ficamos inclinados a fazer aquilo que nos é mais conveniente.

Rute, pelo contrário, estando, na mesma situação que Orfa, ou seja, viúva, sem filhos e desamparada preferiu ficar ao lado da sogra e ir com ela para Belém, como vemos a seguir: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” Rt 1:16-17.

Rute, foi então com Noemi para Belém e lá demonstrou ser uma trabalhadora, procurando voluntariamente forma de sustentar a si e a Noemi. Quando Rute encontrou um lugar onde pudesse
apanhar espigas, trabalhou com afinco horas a fio sem descansar. Quando o proprietário do campo perguntou ao seu servo quem era ela, ele a descreveu como uma mulher trabalhadora e falou também que tinha vindo com a sua sogra Noemi.

Boaz, gostou do que ouviu acerca dela e abençoo-a pedindo que Deus retribuísse todo o bem que tinha feito a sua sogra e ofereceu-lhe a mesma refeição que os seus trabalhadores e deu-lhe o direito de recolher espigas sem ser incomodada. “Respondeu Boaz e lhe disse: Bem me contaram tudo quanto fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nascente e vieste para um povo que dantes não conhecias. O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas viste buscar refúgio.” Rt 2:11-12.

Vemos, assim que Rute, colou-se em segundo lugar quando preocupou-se mais com a sua sogra do que consigo mesma e com a sua necessidade de encontrar um marido para sobreviver. Por isso, Deus abençoou Rute, dando-lhe resposta para a sua necessidade, fazendo com se se casasse com Boaz, um parente do falecido marido de Noemi e dando-lhe um meio de ajudar também a sua sogra Noemi. Aqueles que andam em fidelidade e benignidade veem a bondade de Deus.

Prudência


A prudência é uma virtude que na Bíblia está relacionada a sabedoria, pois está relacionada com a capacidade de agir com inteligência. É uma qualidade do caráter humano que permite avaliar as consequências possíveis de um acontecimento e adotar uma atitude que que evite o perigo ou más consequências. Na história da Bíblia houve uma mulher que ficou conhecida pela sua prudência e o seu nome era Abigail.

Abigail era uma mulher formosa e prudente, casada com um homem chamado Nabal. O seu marido, ao contrário dela era uma homem duro e maligno em todo o seu trato. A Bíblia descreve o caráter de Abigail e do seu marido Nabal no versículo seguinte: “Havia um certo homem, em Maom, que tinha as suas possesões no Carmelo; homem abastado, tinha três mil ovelhas e mil cabras e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo. Nabal era o nome deste homem, e Abigail, o de sua mulher; esta era sensata e formosa, porém o seu homem era duro e maligno em todo o seu trato.(...)” 1Sm 25:2-3

Esta mulher conseguiu prever a desgraça que sobreveria sobre a sua casa por causa de uma atitude mesquinha e má de seu marido e consegui evitar que o mal acontecesse. O rei Davi, enquanto fugia de Saúl esteve no deserto acompanhado de vários homens que se tinham juntado a ele. Davi e os seus homens, muitas vezes ajudavam o marido de Abigail, protegendo o gado dele que pastava no Carmelo e ajudando os seus pastores.

Em certa altura, quando Nabal tinha contratado tosquiadores para tosquiar as suas ovelhas, Davi mandou um mensageiro, a Nabal, pedindo alimentos, uma vez que Nabal estava a receber os seus tosquiadores e tinha preparado alimentos para oferecer aos mesmos enquanto trabalhavam para ele. Vemos isso a seguir: “Ouvindo Davi, no deserto, que Nabal tosquiava as suas ovelhas, enviou dez moços e lhes disse: Subi ao Carmelo, ide a Nabal, perguntai-lhe, em meu nome, como está. Direis àquele próspero: Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! Tenho ouvido que tens tosquiadores. Os teus pastores estiveram conosco; nenhum agravo lhes fizemos, e de nenhuma coisa sentiram falta todos os dias que estiveram no Carmelo. Pergunta aos teus moços e eles te dirão; achem mercê, pois os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão.” 1Sm 25:5-8

Nabal era um homem próspero, e tinha três mil ovelhas e mil cabras e tinha preparado conserteza muita comida para oferecer as tosquiadores que estavam a tosquiar as suas muitas ovelhas. Contudo, Nabal foi duro e mesquinho com Davi e, mesmo sabendo que Davi tinha protegido os seus rebanhos no Carmelo, não quis dar-lhe da comida que tinha preparada para os seus tosquiadores.

Vemos no versículo a seguir de recusa de Nabal ao pedido de ajuda de Davi: “Respondeu Nabal aos moços de Davi e disse: Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” 1Sm 25:10.

Davi, quando soube da recusa de Nabal ao seu humilde pedido de alimentos, ficou furioso, e sentindo-se injustiçado resolveu destruir todos os os pertences de Nabal incluindo a sua família. Abigail ouvindo, por um seu servo que Davi tinha pedido alimentos a Nabal, e que Davi tinha protegido os rebanhos de Nabal no Carmelo, previu que Davi viria contra a casa de Nabal junatamente com os seus homens.

Então Abigail tomou a pressa duzentos pães, dois odres de vinho, cinco ovelhas preparadas, cinco medidas de trigo tostado, sem cachos de passas e duzentas pastas de figos e colocou sobre jumentos para ir entrega-los a Davi. Enquanto ia a caminho Abigal encontrou a Davi como vemos a seguir: “Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, desceu do jumento e prostrou-se sobre o rosto diante de Davi, inclinando-se até a terra. (...)Agora, pois meu senhor, tão certo como vive o Senhor e a tua alma, foste pelo Senhor impedido de derramar sangue e de vingar-te por tuas próprias mãos. Como Nabal sejam os teus inimigos e os que procuram fazer mal ao meu senhor.” 1Sm 25:23,26. Com as suas palavras e com a sua oferta Abigail conseguiu apaziguar a Davi.

Com a sua prudência Abigail consegui evitar que Davi cometesse mal contra Nabal e Deus mais tarde vingou a Davi matando a Nabal. Pela sua percepção de Deus, Abigail viu que Deus estava com Davi e que ele seria estabelecido rei de Israel. Abigail foi recompensada tornando-se rainha em Israel e com as grandes honras que recebeu.