segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sede benignos uns para com os outros


O Espírito Santo diz-nos hoje através das Sagradas Escrituras que devemos ser benignos uns para com os outros. O que nós pensamos das pessoas e das coisas a nossa volta determinam o nosso comportamento. Por isso para que possamos ter relacionamentos, cheios de amor, paciência, respeito, como o nosso Senhor Jesus nos recomenda, devemos ser benignos.

A benignidade está relacionada com a capacidade de pensar bem dos outros; não só na nossa forma de julgar o comportamento dos outros, mas também, na capacidade desejar o bem aos outros. Por isso a benignidade está relacionada com os pensamentos e sentimentos que nos motivam a praticar o bem.
 
Ao pensarmos o bem dos outros e ao desejarmos o bem daqueles que estão a nossa volta é mais fácil praticar atos de bondade em favor do nosso próximo ou daqueles que estão a passar necessidade. O Espírito Santo aconselha-nos a ser benignos através da carta do apóstolo Paulo aos efésios, como vemos s seguir: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Ef 4: 32.

Por vezes as pessoas fazem coisas que nos ofendem e que nos levam a olhar para elas com olhar acusador, com desejo de as ver a sofrer ou serem condenadas pelo que nos fizeram. Mas o nosso Senhor Jesus nos recomenda que perdoemos as ofensas cometidas contra nós; que abdiquemos do direito de ver essas pessoas punidas. Isto porque o nosso Deus perdoou as nossas faltas; perdoou o fato de sermos pecadores e nos deu a vida eterna mesmo sem merecermos.

Se fomos perdoados de uma dívida tão grande que nos tornava merecedores na morte eterna, devemos também perdoar as faltas que cometem contra nós. O nosso Senhor Jesus deseja que sejamos perdoadores da mesma forma como Ele é perdoador. Na oração do Pai nosso o nosso Senhor relembra-nos do dever de perdoar os outros, como vemos a seguir: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nosso devedores.” Mt 6:12.
 
Para além disso, o nosso Senhor recomenda-nos a não sermos duros nos nossos julgamentos sobre o comportamento do nosso próximo, e também recomenda-nos a não condenar ninguém nas nossas mentes. Vemos isso no seguinte versículo do evangelho segundo Lucas: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;” Lc 6: 37.

A condenação implica a posição de juiz, uma posição mais elevada do que os outros; e muitas vezes traduz-se na aplicação de uma pena que pode ser a indiferença, o desprezo, ou outras atitudes. Como somos todos pecadores, devemos deixar o julgamento para o único que é totalmente santo e puro, ou seja, para o nosso Senhor Jesus. A condenação é algo totalmente diferente da correção que é motivada pelo amor, com o intuito de ajudar o outro a andar com Deus.
 
Nos nossos relacionamentos devemos ser benignos; devemos pensar sempre com misericórdia nas faltas que os outros cometeram contra nós ou contra uma terceira pessoa. Devemos também relembrar da Bondade e Graça de Deus que distribui dons e talentos conforme a sua bondade e por isso não devemos invejar os outros: nem os talentos que os outros possuem, nem os bens que adquiriram.
Devemos ser gratos a Deus pelos dons a talentos que Ele nos deu a nós, e às vidas que estão a nossa volta. Os pensamentos de inveja e de amargura pelo o que os outros possuem devem ser retirados das nossas mentes. Deus é bondoso e da mesma forma como pensa com benignidade acerca das nossas vidas deseja também que sejamos benignos uns com os outros.

Quando não somos benignos nos nosso pensamentos, podemos ser malignos. A malignidade, é capacidade de desejar o mal dos outros; é o ato de elaborar planos, na nossa mente, contra as outras vidas. Deus não se agrada quando pensamos mal do nosso próximo, nem quando planeamos mal contra outras pessoas, mesmo que essas pessoas sejam nossas inimigas.

Pelo contrário Deus deseja que oremos, peçamos o bem pelos que nos perseguem como nos diz o nosso Senhor Jesus no evangelho segundo São Mateus: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;” Mt 5:44. O nosso Senhor Jesus deseja que sejamos benignos com todos: tanto para com aqueles que são bons para nós como para com aqueles que são maus para nós.
 
O livro do profeta Isaías vemos que a malignidade ou iniquidade do homem se revela nos seus pensamentos contra o seu próximo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso em perdoar.” Is 55:7. Depois de aceitarmos o Senhor Jesus temos de nos relembrar que o nosso Senhor não deseja que tenhamos pensamentos malignos contra ninguém, pois muitas vezes nos esquecemos disso.
 
Deus é um Deus cheio de benignidade, que ama tanto aos bons como aos maus. O nosso Deus nos salvou, através do sangue precioso do nosso Senhor Jesus, tornou-nos seus filhos por adoção, e deseja que sejamos benignos, como Ele é benigno, para que possamos também amar a todos os que estão a nossa volta, quer sejam nosso amigos, inimigos ou estranhos.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Batismo


O batismo é uma das ordenanças que o Senhor Jesus nos deixou e simboliza uma mudança interior na vida do cristão, onde ele morre para o pecado, abandonando os maus caminhos que haviam anteriormente na sua vida, e recomeçando uma nova vida em Cristo, aceitando os mandamentos do Mestre e reconhecendo que encontrou a salvação através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.

O batismo é posterior a conversão do cristão, pois primeiramente ele tem um encontro com Deus e reconhece que precisa de Deus, do seu perdão, e de saber a sua vontade. No Batismo o cristão figuradamente, é sepultado com Cristo e ressuscita dentre os mortos para a vida eterna, sem mais o seu corpo pecaminoso com as seus pecados e inclinações.
 
Vemos a descrição do simbolismo da batismo no versículo a seguir: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo Jesus foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” Rm 6:4. Como a velha natureza do cristão está morta, ele vive uma nova vida na obediência da vontade de Jesus Cristo.

Um exemplo descrito na Bíblia de alguém que primeiramente buscou a Deus e a sua vontade, aceitando Jesus como seu Senhor e Salvador, e posteriormente se batizou foi e etíope eunuco, o alto superintendente de Candace, descrito nos livro dos Atos dos apóstolos. Este etíope, era alguém importante, era o ministro das finanças da rainha Candace.

Apesar de ser de uma terra distante de Israel com outros deuses e costumes, o eunuco aceitou o Deus dos israelitas e por isso escolheu adorar a Deus em Jerusalém. Depois de adorar a Deus e iniciar a viagem de regresso a Etiópia, um anjo do Senhor avisa a Filipe que deveria ir ao caminho por onde o eunuco iria passar, que depois o Senhor iria orienta-lo sobre o que deveria fazer.

Deus conhecia o etíope eunuco, sabia da sua vontade em conhecê-lo e por isso enviou um anjo para avisar a Filipe que deveria ir a essa região por onde ele iria passar, para que Filipe pudesse anunciar que o Messias, o Filho de Deus já tinha vindo a terra e se entregado para a salvação da humanidade.

Depois do eunuco ouvir a Filipe sobre a explicação do texto de Isaías que falava sobre o Messias, o Filho de Deus, o eunuco pergunta a Filipe o que impedia de ser batizado, tendo em conta que estavam a passar por um lugar onde tinha água. A esta pergunta, Filipe respondeu como vemos a seguir: “Filipe respondeu: É lícito,se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o o Filho de Deus.” At 8:37.

Então, com a confissão do eunuco, Filipe batizou-o, como o Senhor Jesus recomendou aos seus discípulos. O nosso Mestre ordenou aos seus discípulos que fossem por todo o mundo e que pregassem o evangelho; aqueles que depois da pregação cressem e fossem batizados seriam salvos, como vemos no versículo a seguir do evangelho segundo Marcos: “E disse-lhe: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” Mc 16:15-16.

Depois de cumprido o propósito de Deus para o encontro de Filipe com o eunuco, o Espírito Santo arrebatou a Filipe levando-o para outra região. O eunuco depois do batismo seguiu o seu caminho com o coração cheio de júbilo como vemos a seguir: “Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.” At 8:39.

O nosso Deus revela-se a todos os que sinceramente o buscam como foi ocaso do eunuco. Perante as dificuldades, de adorar um Deus que é estranho para a maioria do povo do seu país, o eunuco mostrava total devoção a Deus, dirigindo-se a Jerusalém para adorar a Deus e voltando da viagem lendo o livro do profeta Isaías. Por isso o próprio Deus enviou o seu anjo para ordenar a Filipe que se dirigisse ao caminho que descia de Jerusalém a Gaza, com o objetivo de anunciar a ao etíope que o Messias aguardo era Jesus Cristo, o Filho de Deus. E em consequência da sua fé em Jesus Cristo o eunuco foi batizado.

Trabalhai não pela comida que perece


O nosso Senhor Jesus aconselha-nos a não colocar todo o nosso coração, ou seja, o foco da nossa vida na obtenção de sustento físico mas sim, colocar como objetivo principal alcançar diariamente o pão que subsiste para a vida eterna. Esse Pão que subsiste para vida eterna é o Senhor Jesus, pois Ele é o Pão da Vida.

No evangelho de segundo São João vemos o nosso Mestre afirmando: “Eu sou o pão da vida” Jo 6:48. Por ser o Senhor Jesus o Pão da vida, devemos ter como foco diário buscar o Senhor Jesus e fazer a sua vontade, porque fazer a sua vontade é também para nós um alimento espiritual. O nosso Senhor Jesus afirmou aos seus discípulos que a sua comida era fazer a vontade do Pai, como vemos no versículo a seguir: “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.” Jo 6:34.

Da mesma forma, para nós cristãos, a nossa comida é fazer a vontade do Senhor Jesus, pois é ao fazer a sua vontade que crescemos espiritualmente, e ficamos fortalecidos, da mesma forma como pão faz crescer e dá forças para as atividades diárias. O nosso crescimento espiritual tem como alvo a nossa semelhança com Jesus Cristo em termos de caracter e de atitudes. É através da busca do Senhor Jesus e da pratica da sua vontade que podemos ter uma vida espiritual saudável, com alegria e paz.

Por este motivo, devemos buscar como prioridade principal da nossa vida, não o pão físico mas, o Senhor Jesus e fazer a sua vontade; pois o pão perece, mas fazer a vontade de Deus é um alimento eterno para as nossas vidas espirituais. O nosso Senhor Jesus diz-nos “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” Jo 6:27.

O nosso Senhor Jesus tinha multiplicado pães e peixes e alimentado uma multidão de pessoas; e muitos dos que comeram desses pães e peixes buscaram novamente o Senhor Jesus porque tinham comido e se fartado. O nosso Mestre diz-lhes então que eles não O buscavam por causa dos sinais que tinham visto da parte Dele, e que confirmavam que Jesus era o Messias, mas simplesmente porque tinham comido e se fartaram.

Podemos ver as palavras de Jesus a multidão no versículo seguinte: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” Jo 6:26. Por este motivo não devemos apenas ter como prioridade o pão físico, nem buscar apenas a Jesus Cristo para a satisfação da nossa necessidade de pão, mas sobretudo, busca-Lo porque Ele é Deus e nos prova diariamente isso com vários sinais nas nossas vidas.

Devemos a cada dia buscar ao Senhor Jesus e fazer a sua vontade porque Ele é o Criador dos céus e da terra; e como nosso Deus e Salvador merece toda a nossa honra e toda a nossa obediência. Por isso, fazendo a vontade do Senhor Jesus e realizando a sua obra, não só crescemos espiritualmente, como também mostramos o nosso amor por Ele, e servimos a Ele e ao nosso próximo.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Cativar o pensamento à obediência a Cristo

A obediência a Deus é fundamental na vida cristã e por isso o cristão deve ter como seu objetivo diário a obediência aos mandamentos de Deus. Para que haja obediência é necessário, numa primeira fase escutar com atenção a Deus e depois colocar em ação o que foi ordenado. No cérebro, muitos pensamentos contrários a Palavra de Deus surgem quando visualizamos pessoas diversas, e também quando enfrentamos diversas situações. Nestas situações do dia a dia, é importante levarmos nossos pensamentos cativos a obediência a Cristo.

O apóstolo Paulo diz-nos na primeira carta aos Coríntios que devemos levar cativos os nossos pensamentos cativos a obediência a Cristo. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo,”2Co 10:4-5 Cativar os pensamentos implica não darmos liberdade aos pensamentos, mas sim prendê-los de forma a que não tenham influencia na nossa forma de pensar a vida nem nas nossas atitudes.

Devemos levar cativos os pensamentos que não são de acordo com a Palavra de Deus para que não tenhamos atitudes negativas, atitudes opostas ao amor que o nosso Senhor Jesus manda-nos que tenhamos para com todos os que estão a nossa volta. Por exemplo, pensamentos maldosos sobre pessoas, ou pensamentos de raiva ou ódio devem ser eliminados da nossa mente, para não agirmos com malícia, raiva ou ódio.

Outra situação onde devemos levar cativos os nosso pensamentos são os pensamentos que temos sobre as tarefas que nos cabem no dia a dia; não devemos ter pensamentos que nos levem a agir como se a tarefa fosse aborrecida, ou como se o fizéssemos apenas por obrigação e por isso contrariados. Devemos olhar as tarefas que temos com gratidão, como uma oportunidade de servir ao nosso próximo, e de fazer algo bom para outras pessoas.
 
Devemos levar esses tipo pensamentos cativos a obediência a Deus rapidamente, antes que esses pensamentos ganhem raízes e influenciem as nossas emoções. Fazendo isto, estaremos também a lutar para manter os nosso pensamentos puros, e consequentemente o nosso coração e as nossas atitudes.
 

O apóstolo Paulo recomenda-nos por isso a fazer tudo sem murmurações nem contendas, como vemos a seguir: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas,” Fp 2:14. A murmuração pode ser exteriorizada por palavras mas pode também ser uma atitude interior através de pensamentos. Por isso devemos ter cuidado com os nossos pensamentos, pois Deus não se agrada de atitudes como murmuração, que demonstram um coração que não confia no Senhor, nem é grato pelo Seu amor.

A obediência é central na nossa vida como filhos e servos de Deus. Isto porque demonstramos que amamos a Deus obedecendo aos seus mandamentos, como vemos no versículo a seguir: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.”Jo 14:21.

Da mesma forma,  nos tornamos servos de Deus quando obedecemos aos mandamentos de Deus e a vontade Dele para a nossa vida. O apóstolo Paulo diz-nos na sua epístola aos Romanos que somos servos de quem obedecemos: ou obedecemos a Deus e somos seus servos de Deus ou obedecemos ao pecado e somos servos do pecado. Podemos ver isso no versículo seguinte: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência , desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” Rm 6:16.
 
O contrário da obediência a Deus é a rebeldia/rebelião e a independência de Deus. Deus compara a desobediência ou rebelião ao pecado da feitiçaria “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” 1Sm 15:23. Deus Pai é o nosso Pai; ao não nos submetermos a Ele como um filho se submete a um pai, estamos a ser rebeldes, estamos a nos levantar contra a autoridade legitima do nosso Deus, que é o nosso criador e de tudo o que existe.
 
O nosso exemplo de obediência é o nosso Senhor Jesus Cristo. O nosso Senhor Jesus ao longo da sua caminhada na terra demonstrou sempre um carácter de servo através da obediência que demonstrou à vontade do Pai. O nosso Mestre sempre mostrou que estava na terra não para fazer a sua vontade mas sim a vontade do Pai. Podemos ver essa atitude expressas nas palavras do nosso Mestre quando estava no jardim do Getsémani “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como ti queres. Mt 26:39.

Devemos ser como o nosso Senhor Jesus e andar mais preocupados em fazer a vontade do nosso Senhor do que satisfazer os nossos próprios desejos e vontades. Devemos também mostrar o nosso amor a Deus através da obediência aos mandamentos do nosso Senhor Jesus.

O Espírito Santo nos ajuda a levarmos cativos os nossos pensamentos, controlando os nosso pensamentos e as nossas emoções; e é também o nosso maior auxiliador na pratica da lei da obediência a Cristo, levando-nos a aproximar-nos gradualmente da Luz que é o nosso Senhor, através que um aumento gradual da obediência ao nosso Deus e aos seus mandamentos. Por isso é o Espírito Santo quem nos capacita a servir e a amar o nosso Senhor Jesus.

sábado, 14 de maio de 2016

O Deus da inteligência e do conhecimento

Deus, é um Deus cheio de inteligência e conhecimento, e que por isso, criou os céus, a terra, e sobretudo o homem. O nosso Deus conhece todas as ciências que nós humanos estudamos, e sabe todos os mistérios do funcionamento de todo o organismo humano. Por ser o criador do homem, é Deus quem dá todos os dons e talentos que os homens têm, inclusive, a inteligência e a capacidade entender a sua Palavra e os mistérios da vida cristã.

Daniel foi um profeta, que serviu grandes reis da Babilónia devido a sua inteligência e capacidade de conhecer as coisas espirituais. No livro do profeta Daniel vemos que Deus deu aos companheiros de Daniel conhecimento e inteligência em toda a cultura e sabedoria das assuntos da humanidade, mas Deus deu a Daniel, não só conhecimento e inteligência dos assuntos da humanidade, mas como também das coisas espirituais, ou seja, deu inteligência de todos os sonhos e visões. Podemos ver isso no versículo seguinte: “Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda a cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos” Dn 1:17.

Devemos ser gratos a Deus por toda a inteligência que Ele nos deus a nós e as pessoas que estão a nossa volta. Esses diversos tipos de inteligência que as pessoas têm permite que a nossa sociedade avance e que existam pessoas que consigam fazer um bom trabalho ao serviço de toda a comunidade.

A capacidade de conhecer a Palavra e a inteligência para os assuntos da vida espiritual são dados por Deus e por isso devem ser buscados com zelo em Deus. É o Espírito Santo quem nos dá essa inteligência e por isso as várias capacidades que o cristão tem na vida espiritual são dons do Espírito Santo. Esses dons são dados por Deus, individualmente a cada vida, para a edificação da Igreja.

Os dons do Espírito Santo são vários como podemos ver nos versículos a seguir: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” 1Co 12:7-11.

Os dons são dados para serem usados, para a edificação da Igreja, e não devem por isso, ser enterrados como fez um dos servos a quem foi-lhe dado talentos, como vemos nos versículos seguintes do evangelho de Mateus: “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então partiu. (…) Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.”Mt 25:15,18.

O servo que enterrou o talento que recebera, mostrou falta de amor pelo seu senhor, e não se importou em fazer o seu senhor prosperar. Não devemos nos comportar como este servo. Devemos nos importar com os negócios do nosso Pai Celeste e procurar ativamente fazer o seu reino prosperar, buscando almas para aumentar o número de alcançados pelo evangelho; também devemos servir ou edificar os que já fazem parte do reino.
 
Não devem ser negligentes com os dons que o Espírito Santo coloca em nós; por outras palavras não devemos mostrar falta de diligência ou de aplicação no desenvolvimento dos dons espirituais que temos. Não podemos deixar de usar os dons que o Espírito Santo nos dá, porque assim estaríamos pecando por omissão. O apóstolo Paulo advertiu a Timóteo que não fosse negligente com o dom que lhe foi dado, como vemos a seguir: “Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto.” 1Tm 4: 14-15.

Também não devemos deixar os nossos dons adormecidos, mas sim desperta-los como Paulo recomendou a Timóteo: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” 2Tm 1:6. Não devemos deixar os nossos dons adormecidos, mas sim estimula-los, usando diligentemente para a edificação da Igreja para que a Igreja possa crescer.

Apesar de sermos filhos de Deus, somos também servos do nosso Senhor Jesus, que nos comprou com o seu precioso sangue. Devemos servir o nosso Senhor Jesus, não só com todos os nossos recursos, mas também como os dons espirituais que O Espírito Santo nos concedeu.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Prudência


O nosso Senhor Jesus aconselhou aos seus discípulos e aqueles que se interessavam em ouvi-Lo a serem prudentes. A vida cristã tem inúmeros desafios e por isso os cristãos são exortados a serem prudentes. A prudência é fundamental, na vida cristã, como nos mostra as Sagradas Escrituras.
 
O nosso Senhor Jesus aconselha-nos a sermos prudentes como as serpentes, como podemos ver no versículo seguinte: "Eis que vou envio como ovelhas para o meio de lobos; sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas." Mt 10:16. A serpente na sua forma de se locomover não faz barulho ao andar. Ela “caminha” silenciosamente sem chamar atenção sobre si. Para alimentar-se, essa propriedade de passar despercebida, é muito importante, porque, de forma silenciosa, ela aproxima-se das suas presas e mantém o autocontrole de si para conseguir o momento oportuno para apanhar a presa.
 
Diversas vezes o Espírito Santo exorta-nos a sermos humildes, a não sermos soberbos e nem procurar chamar atenção sobre nós. Por outro lado, o mundo que envolve os cristão é perigoso, principalmente na sua forma de viver contrária a vontade de Deus, podendo constituir uma tentação para os cristãos. Por tudo isso, devemos, como as serpentes, não procurar chamar atenção para as nossas pessoas, e também devemos ser cuidadosos, na nossa caminhada, para que possamos evitar o mal e manter a comunhão como o nosso Senhor Jesus.
 
Na vida cristã, para evitar o pecado, é preciso muitas vezes autocontrole, ou domínio próprio como demonstram as serpentes. Devemos ser prudentes e tomar as decisões de forma coerente com a Palavra de Deus para que possamos sempre ser retos na nossa caminhada rumo a nosso destino final: a Pátria Celeste. Por isso devemos buscar o Espírito Santo para que possa controlar o nosso ser e ajudar-nos a ter domínio próprio.
 
As serpentes também têm uma capacidade auditiva muito elevada e como elas devemos ter a nossa capacidade de ouvir a Deus afinada, para que possamos obedece-Lo prontamente e fazer o que é o melhor para nós.
 
O nosso Mestre em diversas ocasiões falou da importância de sermos prudentes, não só nas nossa forma de vida, no nosso dia a dia, como também na nossa espera pela Sua volta. Podemos ver isso no fato o nosso Mestre comparar o homem que pratica a sua palavra com um homem prudente.  Vemos isso no versículo seguinte: "Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua sobre a rocha;” Mt 7:24.

Da mesma forma o nosso Senhor chama de prudentes, as virgens que se precaveram e que encheram as suas vasilhas de azeite enquanto esperavam pelos seus noivos. Também podemos ver isso nos versículos seguintes: “Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. (…) no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.” Mt 25:2,4.
 
A prudência é a capacidade de ser-se advertido, cauteloso e prevenido. Por isso o nosso Senhor Jesus diz-nos que se obedecermos o seus mandamentos estamos a precaver-nos do pecado e das consequências do pecado nas nossas vidas.

Também devemos ficar prevenidos, pois o Senhor Jesus pode a qualquer momento vir buscar a sua Igreja e devemos estar em condições de nos encontramos com Ele. Por isso, a prudência leva-nos a prevenir-nos, obedecendo os mandamentos Senhor Jesus para as nossas vidas. Se, nos descuidarmos e negligenciarmos as nossas responsabilidades cristãs, neste caso estaremos sendo imprudentes.

domingo, 1 de maio de 2016

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje

Atualmente, na nossa sociedade, muitas pessoas esquecem-se de dar graças a Deus pelo pão de cada dia. Com o aumento crescente da tecnologia, e do número de bens que ajudam o homem no seu dia a dia, o fato de se ter o pão de cada dia é algo banal; e as pessoas alegram-se mais com a sofisticação e diversidade dos pratos que comem, do que com a comida em si mesma.
 
Apenas em épocas de guerra, ou situações de catástrofes naturais as pessoas veem o valor que os alimentos têm nas suas vidas, porque sem isso, desfalecem de fome. O profeta Jeremias relata que as pessoas depois da invasão de Jerusalém pelos babilónios, andavam gemendo por falta de pão e davam as suas coisas mais estimadas em troca de mantimento para restaurar as forças.
 
Podemos ver as palavras do profeta Jeremias no versículo seguinte: “Todo o povo anda gemendo e à procura de pão; deram eles as coisas mais estimadas a troco de mantimento para restaurar as forças; (...)” Lm 1:11. Podemos assim ver que, quando as pessoas têm necessidade de pão diário, tudo o resto perde importância, inclusive os bens materiais mais estimados. Por isso, na oração do Pai nosso, o nosso Senhor Jesus ensina-nos a pedir o pão nosso de cada dia (Mt 6:11).
 
O apóstolo Paulo também recomenda o contentamento quando temos algo para comer e para nos vestir, como podemos ver no versículo seguinte: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” 1Tm 6:8. Por outras palavras, se tivermos alimento e com que nos vestirmos já temos motivos para ficar alegres e dar graças a Deus. Se tivermos mais coisas, temos maior conforto; o que também é bom, desde que não amemos mais as riquezas do que a Deus.
 
Muitas pessoas sonham ser ricas, porque acham que sentiriam-se mais felizes se tivessem mais bens materiais. Contudo, na vida cristã o que enche a nossa alma de felicidade é o fato de amarmos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O fato de a pessoa ter como objetivo ser rica, acaba por torna-la avarenta, porque deseja guardar para si mesma o que tem, de forma a enriquecer o mais rapidamente.
 
O apóstolo Paulo afirma, como vemos a seguir, que os que querem ficar ricos caem tentação e cilada e correm o risco de perder a fé. “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupisciências, insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.” 1Tm 5:9. O fato de a pessoa querer ficar rica, obriga a que ela deseje tudo o que os seus olhos veem de rico e belo. Assim, essas pessoas tornam-se mais suscetíveis as tentações; e acabam por deixarem-se levar pelas concupisciencias da carne, dos olhos e pela soberba da vida. Para além disso, acabam por passar a amar o mundo e a ser inimigas de Deus.
 
O nosso Senhor Jesus, avisou-nos que era impossível servir a Deus e as riquezas ao mesmo tempo: acaba-se por amar mais a um e a desprezar mais o outro. “Ninguém pode servira dois senhores; porque ou há de aborrecer-sede um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas.” Lc 16: 13.O amor a riqueza é uma prática da avareza; e o amor que o Senhor Jesus exige de nós, não só a Deus como ao nosso próximo, é um amor que implica a partilha de recursos financeiros, de tempo, entre outras coisas. Quando o cristão começa a amar as riquezas, tonar-se progressivamente mais avarento e assim deixa de amar a Deus e ao próximo.
 
Nos dias de hoje, vemos muitas pessoas que sonham apenas com um pão para matar a sua fome. Devemos lembrar-nos dessas pessoas e compartilhar o pão que temos. Pois as vezes a nossa questão é um prato mais sofisticado, mas para outras, a questão é um pão, mesmo o mais simples, para matar a fome. Quando lembramos de tudo isso, temos de nos sentir agradecidos Deus por termos nas nossas mesas o pão de cada dia.