O
Espírito Santo diz-nos hoje através das Sagradas Escrituras que
devemos ser benignos uns para com os outros. O que nós pensamos das
pessoas e das coisas a nossa volta determinam o nosso comportamento.
Por isso para que possamos ter relacionamentos, cheios de amor,
paciência, respeito, como o nosso Senhor Jesus nos recomenda,
devemos ser benignos.
A benignidade está relacionada com a capacidade de pensar bem dos
outros; não só na nossa forma de julgar o comportamento dos outros,
mas também, na capacidade desejar o bem aos outros. Por isso a
benignidade está relacionada com os pensamentos e sentimentos que
nos motivam a praticar o bem.
Ao
pensarmos o bem dos outros e ao desejarmos o bem daqueles que estão
a nossa volta é mais fácil praticar atos de bondade em favor
do nosso próximo ou daqueles que estão a passar
necessidade. O Espírito Santo aconselha-nos a ser benignos através da carta do apóstolo Paulo aos efésios, como vemos s seguir: “Antes, sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em
Cristo, vos perdoou.” Ef 4: 32.
Por
vezes as pessoas fazem coisas que nos ofendem e que nos levam a olhar
para elas com olhar acusador, com desejo de as ver a sofrer
ou serem condenadas pelo que nos fizeram. Mas o nosso Senhor Jesus nos
recomenda que perdoemos as ofensas cometidas contra nós; que
abdiquemos do direito de ver essas pessoas punidas. Isto porque o nosso
Deus perdoou as nossas faltas; perdoou o fato de sermos pecadores e
nos deu a vida eterna mesmo sem merecermos.
Se
fomos perdoados de uma dívida tão grande que nos tornava
merecedores na morte eterna, devemos também perdoar as faltas que
cometem contra nós. O nosso Senhor Jesus deseja que sejamos
perdoadores da mesma forma como Ele é perdoador. Na oração do Pai
nosso o nosso Senhor relembra-nos do dever de perdoar os outros, como vemos a seguir: “e
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nosso devedores.” Mt 6:12.
Para
além disso, o nosso Senhor recomenda-nos a não sermos duros nos
nossos julgamentos sobre o comportamento do nosso próximo, e também
recomenda-nos a não condenar ninguém nas nossas mentes. Vemos isso
no seguinte versículo do evangelho segundo Lucas: “Não julgueis e
não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;
perdoai e sereis perdoados;” Lc 6: 37.
A
condenação implica a posição de juiz, uma posição mais elevada
do que os outros; e muitas vezes traduz-se na aplicação de uma pena
que pode ser a indiferença, o desprezo, ou outras atitudes. Como
somos todos pecadores, devemos deixar o julgamento para o único que
é totalmente santo e puro, ou seja, para o nosso Senhor Jesus. A
condenação é algo totalmente diferente da correção que é
motivada pelo amor, com o intuito de ajudar o outro a andar com Deus.
Nos
nossos relacionamentos devemos ser benignos; devemos pensar sempre
com misericórdia nas faltas que os outros cometeram contra nós ou
contra uma terceira pessoa. Devemos também relembrar da Bondade e
Graça de Deus que distribui dons e talentos conforme a sua bondade e
por isso não devemos invejar os outros: nem os talentos que os
outros possuem, nem os bens que adquiriram.
Devemos
ser gratos a Deus pelos dons a talentos que Ele nos deu a nós, e às
vidas que estão a nossa volta. Os pensamentos de inveja e de
amargura pelo o que os outros possuem devem ser retirados das nossas
mentes. Deus é bondoso e da mesma forma como pensa com benignidade
acerca das nossas vidas deseja também que sejamos benignos uns com
os outros.
Quando
não somos benignos nos nosso pensamentos, podemos ser malignos. A
malignidade, é capacidade de desejar o mal dos outros; é o ato de
elaborar planos, na nossa mente, contra as outras vidas. Deus não se
agrada quando pensamos mal do nosso próximo, nem quando planeamos
mal contra outras pessoas, mesmo que essas pessoas sejam nossas
inimigas.
Pelo
contrário Deus deseja que oremos, peçamos o bem pelos que nos
perseguem como nos diz o nosso Senhor Jesus no evangelho segundo São
Mateus: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos
que vos perseguem;” Mt 5:44. O nosso Senhor Jesus deseja que
sejamos benignos com todos: tanto para com aqueles que são bons
para nós como para com aqueles que são maus para nós.
O
livro do profeta Isaías vemos que a malignidade ou iniquidade do
homem se revela nos seus pensamentos contra o seu próximo: “Deixe
o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos;
volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus,
porque é generoso em perdoar.” Is 55:7. Depois de aceitarmos o
Senhor Jesus temos de nos relembrar que o nosso Senhor não deseja
que tenhamos pensamentos malignos contra ninguém, pois muitas vezes
nos esquecemos disso.
Deus
é um Deus cheio de benignidade, que ama tanto aos bons como aos
maus. O nosso Deus nos salvou, através do sangue precioso do nosso
Senhor Jesus, tornou-nos seus filhos por adoção, e deseja que
sejamos benignos, como Ele é benigno, para que possamos também amar a todos
os que estão a nossa volta, quer sejam nosso amigos, inimigos ou
estranhos.
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