segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sede benignos uns para com os outros


O Espírito Santo diz-nos hoje através das Sagradas Escrituras que devemos ser benignos uns para com os outros. O que nós pensamos das pessoas e das coisas a nossa volta determinam o nosso comportamento. Por isso para que possamos ter relacionamentos, cheios de amor, paciência, respeito, como o nosso Senhor Jesus nos recomenda, devemos ser benignos.

A benignidade está relacionada com a capacidade de pensar bem dos outros; não só na nossa forma de julgar o comportamento dos outros, mas também, na capacidade desejar o bem aos outros. Por isso a benignidade está relacionada com os pensamentos e sentimentos que nos motivam a praticar o bem.
 
Ao pensarmos o bem dos outros e ao desejarmos o bem daqueles que estão a nossa volta é mais fácil praticar atos de bondade em favor do nosso próximo ou daqueles que estão a passar necessidade. O Espírito Santo aconselha-nos a ser benignos através da carta do apóstolo Paulo aos efésios, como vemos s seguir: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Ef 4: 32.

Por vezes as pessoas fazem coisas que nos ofendem e que nos levam a olhar para elas com olhar acusador, com desejo de as ver a sofrer ou serem condenadas pelo que nos fizeram. Mas o nosso Senhor Jesus nos recomenda que perdoemos as ofensas cometidas contra nós; que abdiquemos do direito de ver essas pessoas punidas. Isto porque o nosso Deus perdoou as nossas faltas; perdoou o fato de sermos pecadores e nos deu a vida eterna mesmo sem merecermos.

Se fomos perdoados de uma dívida tão grande que nos tornava merecedores na morte eterna, devemos também perdoar as faltas que cometem contra nós. O nosso Senhor Jesus deseja que sejamos perdoadores da mesma forma como Ele é perdoador. Na oração do Pai nosso o nosso Senhor relembra-nos do dever de perdoar os outros, como vemos a seguir: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nosso devedores.” Mt 6:12.
 
Para além disso, o nosso Senhor recomenda-nos a não sermos duros nos nossos julgamentos sobre o comportamento do nosso próximo, e também recomenda-nos a não condenar ninguém nas nossas mentes. Vemos isso no seguinte versículo do evangelho segundo Lucas: “Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;” Lc 6: 37.

A condenação implica a posição de juiz, uma posição mais elevada do que os outros; e muitas vezes traduz-se na aplicação de uma pena que pode ser a indiferença, o desprezo, ou outras atitudes. Como somos todos pecadores, devemos deixar o julgamento para o único que é totalmente santo e puro, ou seja, para o nosso Senhor Jesus. A condenação é algo totalmente diferente da correção que é motivada pelo amor, com o intuito de ajudar o outro a andar com Deus.
 
Nos nossos relacionamentos devemos ser benignos; devemos pensar sempre com misericórdia nas faltas que os outros cometeram contra nós ou contra uma terceira pessoa. Devemos também relembrar da Bondade e Graça de Deus que distribui dons e talentos conforme a sua bondade e por isso não devemos invejar os outros: nem os talentos que os outros possuem, nem os bens que adquiriram.
Devemos ser gratos a Deus pelos dons a talentos que Ele nos deu a nós, e às vidas que estão a nossa volta. Os pensamentos de inveja e de amargura pelo o que os outros possuem devem ser retirados das nossas mentes. Deus é bondoso e da mesma forma como pensa com benignidade acerca das nossas vidas deseja também que sejamos benignos uns com os outros.

Quando não somos benignos nos nosso pensamentos, podemos ser malignos. A malignidade, é capacidade de desejar o mal dos outros; é o ato de elaborar planos, na nossa mente, contra as outras vidas. Deus não se agrada quando pensamos mal do nosso próximo, nem quando planeamos mal contra outras pessoas, mesmo que essas pessoas sejam nossas inimigas.

Pelo contrário Deus deseja que oremos, peçamos o bem pelos que nos perseguem como nos diz o nosso Senhor Jesus no evangelho segundo São Mateus: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;” Mt 5:44. O nosso Senhor Jesus deseja que sejamos benignos com todos: tanto para com aqueles que são bons para nós como para com aqueles que são maus para nós.
 
O livro do profeta Isaías vemos que a malignidade ou iniquidade do homem se revela nos seus pensamentos contra o seu próximo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso em perdoar.” Is 55:7. Depois de aceitarmos o Senhor Jesus temos de nos relembrar que o nosso Senhor não deseja que tenhamos pensamentos malignos contra ninguém, pois muitas vezes nos esquecemos disso.
 
Deus é um Deus cheio de benignidade, que ama tanto aos bons como aos maus. O nosso Deus nos salvou, através do sangue precioso do nosso Senhor Jesus, tornou-nos seus filhos por adoção, e deseja que sejamos benignos, como Ele é benigno, para que possamos também amar a todos os que estão a nossa volta, quer sejam nosso amigos, inimigos ou estranhos.

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