domingo, 1 de maio de 2016

O pão nosso de cada dia dai-nos hoje

Atualmente, na nossa sociedade, muitas pessoas esquecem-se de dar graças a Deus pelo pão de cada dia. Com o aumento crescente da tecnologia, e do número de bens que ajudam o homem no seu dia a dia, o fato de se ter o pão de cada dia é algo banal; e as pessoas alegram-se mais com a sofisticação e diversidade dos pratos que comem, do que com a comida em si mesma.
 
Apenas em épocas de guerra, ou situações de catástrofes naturais as pessoas veem o valor que os alimentos têm nas suas vidas, porque sem isso, desfalecem de fome. O profeta Jeremias relata que as pessoas depois da invasão de Jerusalém pelos babilónios, andavam gemendo por falta de pão e davam as suas coisas mais estimadas em troca de mantimento para restaurar as forças.
 
Podemos ver as palavras do profeta Jeremias no versículo seguinte: “Todo o povo anda gemendo e à procura de pão; deram eles as coisas mais estimadas a troco de mantimento para restaurar as forças; (...)” Lm 1:11. Podemos assim ver que, quando as pessoas têm necessidade de pão diário, tudo o resto perde importância, inclusive os bens materiais mais estimados. Por isso, na oração do Pai nosso, o nosso Senhor Jesus ensina-nos a pedir o pão nosso de cada dia (Mt 6:11).
 
O apóstolo Paulo também recomenda o contentamento quando temos algo para comer e para nos vestir, como podemos ver no versículo seguinte: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” 1Tm 6:8. Por outras palavras, se tivermos alimento e com que nos vestirmos já temos motivos para ficar alegres e dar graças a Deus. Se tivermos mais coisas, temos maior conforto; o que também é bom, desde que não amemos mais as riquezas do que a Deus.
 
Muitas pessoas sonham ser ricas, porque acham que sentiriam-se mais felizes se tivessem mais bens materiais. Contudo, na vida cristã o que enche a nossa alma de felicidade é o fato de amarmos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O fato de a pessoa ter como objetivo ser rica, acaba por torna-la avarenta, porque deseja guardar para si mesma o que tem, de forma a enriquecer o mais rapidamente.
 
O apóstolo Paulo afirma, como vemos a seguir, que os que querem ficar ricos caem tentação e cilada e correm o risco de perder a fé. “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupisciências, insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.” 1Tm 5:9. O fato de a pessoa querer ficar rica, obriga a que ela deseje tudo o que os seus olhos veem de rico e belo. Assim, essas pessoas tornam-se mais suscetíveis as tentações; e acabam por deixarem-se levar pelas concupisciencias da carne, dos olhos e pela soberba da vida. Para além disso, acabam por passar a amar o mundo e a ser inimigas de Deus.
 
O nosso Senhor Jesus, avisou-nos que era impossível servir a Deus e as riquezas ao mesmo tempo: acaba-se por amar mais a um e a desprezar mais o outro. “Ninguém pode servira dois senhores; porque ou há de aborrecer-sede um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas.” Lc 16: 13.O amor a riqueza é uma prática da avareza; e o amor que o Senhor Jesus exige de nós, não só a Deus como ao nosso próximo, é um amor que implica a partilha de recursos financeiros, de tempo, entre outras coisas. Quando o cristão começa a amar as riquezas, tonar-se progressivamente mais avarento e assim deixa de amar a Deus e ao próximo.
 
Nos dias de hoje, vemos muitas pessoas que sonham apenas com um pão para matar a sua fome. Devemos lembrar-nos dessas pessoas e compartilhar o pão que temos. Pois as vezes a nossa questão é um prato mais sofisticado, mas para outras, a questão é um pão, mesmo o mais simples, para matar a fome. Quando lembramos de tudo isso, temos de nos sentir agradecidos Deus por termos nas nossas mesas o pão de cada dia.



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