Atualmente,
na nossa sociedade, muitas pessoas esquecem-se de dar graças a Deus
pelo pão de cada dia. Com o aumento crescente da tecnologia, e do
número de bens que ajudam o homem no seu dia a dia, o fato de se ter
o pão de cada dia é algo banal; e as pessoas alegram-se mais com a
sofisticação e diversidade dos pratos que comem, do que com a
comida em si mesma.
Apenas
em épocas de guerra, ou situações de catástrofes naturais as
pessoas veem o valor que os alimentos têm nas suas vidas, porque sem
isso, desfalecem de fome. O profeta Jeremias relata que as pessoas
depois da invasão de Jerusalém pelos babilónios, andavam gemendo
por falta de pão e davam as suas coisas mais estimadas em troca de
mantimento para restaurar as forças.
Podemos
ver as palavras do profeta Jeremias no versículo seguinte: “Todo o
povo anda gemendo e à procura de pão; deram eles as coisas mais
estimadas a troco de mantimento para restaurar as forças; (...)”
Lm 1:11. Podemos assim ver que, quando as pessoas têm necessidade de
pão diário, tudo o resto perde importância, inclusive os bens
materiais mais estimados. Por isso, na oração do Pai nosso, o nosso
Senhor Jesus ensina-nos a pedir o pão nosso de cada dia (Mt 6:11).
O
apóstolo Paulo também recomenda o contentamento quando temos algo
para comer e para nos vestir, como podemos ver no versículo
seguinte: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos
contentes.” 1Tm 6:8. Por outras palavras, se tivermos alimento e
com que nos vestirmos já temos motivos para ficar alegres e dar
graças a Deus. Se tivermos mais coisas, temos maior conforto; o que
também é bom, desde que não amemos mais as riquezas do que a Deus.
Muitas
pessoas sonham ser ricas, porque acham que sentiriam-se mais felizes
se tivessem mais bens materiais. Contudo, na vida cristã o que enche
a nossa alma de felicidade é o fato de amarmos a Deus acima de todas
as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O fato de a pessoa ter
como objetivo ser rica, acaba por torna-la avarenta, porque deseja
guardar para si mesma o que tem, de forma a enriquecer o mais
rapidamente.
O
apóstolo Paulo afirma, como vemos a seguir, que os que querem ficar
ricos caem tentação e cilada e correm o risco de perder a fé.
“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em
muitas concupisciências, insensatas e perniciosas, as quais afogam
os homens na ruína e perdição.” 1Tm 5:9. O fato de a pessoa
querer ficar rica, obriga a que ela deseje tudo o que os seus olhos
veem de rico e belo. Assim, essas pessoas tornam-se mais suscetíveis
as tentações; e acabam por deixarem-se levar pelas
concupisciencias da carne, dos olhos e pela soberba da vida. Para
além disso, acabam por passar a amar o mundo e a ser inimigas de
Deus.
O
nosso Senhor Jesus, avisou-nos que era impossível servir a Deus e as
riquezas ao mesmo tempo: acaba-se por amar mais a um e a desprezar
mais o outro. “Ninguém pode servira dois senhores; porque ou há
de aborrecer-sede um e amar ao outro ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas.” Lc
16: 13.O amor a riqueza é uma prática da avareza; e o amor que o
Senhor Jesus exige de nós, não só a Deus como ao nosso próximo, é
um amor que implica a partilha de recursos financeiros, de tempo,
entre outras coisas. Quando o cristão começa a amar as riquezas,
tonar-se progressivamente mais avarento e assim deixa de amar a Deus
e ao próximo.
Nos
dias de hoje, vemos muitas pessoas que sonham apenas com um pão para
matar a sua fome. Devemos lembrar-nos dessas pessoas e compartilhar o
pão que temos. Pois as vezes a nossa questão é um prato mais
sofisticado, mas para outras, a questão é um pão, mesmo o mais
simples, para matar a fome. Quando lembramos de tudo isso, temos de
nos sentir agradecidos Deus por termos nas nossas mesas o pão de
cada dia.
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