sábado, 29 de agosto de 2015

Homens fieis


Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, são exemplos de coragem e de fidelidade a Deus pela forma como viveram na Babilónia e sobretudo pela forma como enfrentaram os problemas que lhes surgiram. Um dos acontecimentos mais marcantes da história destes homens de Deus foi a forma como preferiram enfrentar a morte numa fornalha ardente do que desobedecer a Deus, adorando uma estátua de ouro (Dn 3: 16-18).

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, foram nomeados para altos cargos no reino da Babilónia, e por isso desfrutavam de bens materiais e privilégios que a maioria do povo não desfrutava. No entanto no dia em que o rei Nabucodunosor erigiu uma estátua de ouro e ordenou que todos se curvassem perante a estátua, em adoração, eles recusaram-se a desobedecer a Deus e preferiram enfrentar a morte numa fornalha de fogo.

Assim, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego preferiram, amar a Deus, perder as suas vidas, com todos os seus bens, família e posição social, do que desobedecer a Deus e adorar a um ídolo. Em Deuteronómio Deus afirma: “Não terás outros deuses diante de mim. (…) não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso (…)” Dt 5: 7, 9. Por isso, eles preferiram obedecer a palavra de Deus do que preservar as suas vidas e seus bens.

O rei Nabucudonosor ficou furioso e ordenou aos seus soldados que os atirassem numa fornalha ardente, extremamente quente, que até matou aos soldados que foram encarregados da tarefa de os colocar na fornalha. Mas, Deus salvou a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego da morte, e foi visto com eles um homem “semelhante a um filho dos deuses” que passeava com os três homens dentro da fornalha ardente. Para além de não se queimarem, a roupa deles nem foi chamuscada (Dn 3:25-27).

O grandioso milagre assistido pelo furioso rei Nabucudonosor teve um grande impacto na sua perspetiva sobre o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Ele louvou a Deus e reconheceu o Deus dos hebreus como maior do que qualquer Deus: ”Falou Nabucudonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem ao seu deus, senão ao seu Deus.” Dn 3: 28.

Para aqueles que são fieis a Deus, e que O amam mais do que as suas vidas, bens, familiares, e posição social, Deus promete protege-los do mal, usa-los para a sua glória e fazer pelas suas vidas infinitamente mais do que podemos imaginar. “ Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.” Ef 3:20.

No dia-a-dia de todos os crentes, pequenos e grandes dilemas exigem que o crente se decida entre obedecer a Deus e a sua Palavra ou obedecer a seus próprios desejos e tentações do mundo. Sobre este assunto o apóstolo Paulo aconselha-nos a levar todo o pensamento cativo a obediência a Cristo com as seguintes palavras: ”Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo,” 2 Co 10:4-5.

domingo, 23 de agosto de 2015

Apóstolo Paulo, um vaso escolhido

 
O apóstolo Paulo foi um vaso escolhido por Deus, para anunciar o evangelho sobretudo aos gentios e reis do império Romano, mas também aos filhos de Israel. Paulo foi um grande evangelista, que após a sua conversão dedicou-se inteiramente na difusão do evangelho (At 9:3-6,17-19).
Quando Paulo tencionava continuar a sua perseguição aos cristãos, encontrou-se com o Senhor Jesus Cristo a caminho de Damasco e nesse encontro foi convertido ao Senhor Jesus Cristo. Após o seu batismo por um discípulo do Senhor em Damasco, chamado Ananias Paulo começou a pregar o evangelho, começando mesmo em Damasco.
O evangelho anunciado por Paulo, não foi ensinado por homem algum, mas recebido por revelação de Jesus Cristo. Paulo não consultou os outros apóstolos, antes de começar a pregar. Apenas três anos depois, Paulo subiu a Jerusalém para encontrar-se com Pedro e falou também com Tiago, irmão do Senhor. “Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” Gl 1:11-12.
Paulo dedicou-se assim a anunciação do evangelho de Cristo e fez três viagens missionárias. Na primeira viagem missionária Paulo dirigiu-se à Antioquia, depois de passar por outras cidades, onde pregou nas sinagogas. Na sua segunda viagem missionária (At 15:36- 18:23), Paulo fundou a igreja de Corintos, de Filipos, Tessalónica e da Galácia. Na sua terceira viagem missionária ,Paulo fundou a igreja de Éfeso e permaneceu três anos nesta cidade (At 19.1).
Das suas ligações, como pai da fé destas igrejas, ficaram as epístolas aos Romanos, aos Coríntios (a primeira e a segunda epístola), aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, aos Tessalonisses (primeira e segunda epístola), a Timóteo (a primeira e segunda epístola), a Tito, e a Filemom. Duas cartas aos coríntios não nos chegaram as mãos, mais concretamente, uma carta anterior a primeira carta aos coríntios e a outra anterior a segunda carta aos coríntios.
Paulo nas suas epístolas ensinou que todos, tanto os judeus como os gentios precisam da salvação pois pecaram e estão afastados de Deus. Para além disso ensinou que apenas de Jesus Cristo se pode obter a salvação, pois Ele é o único que pode perdoar pecados. Ensinou também que a salvação é obtida pela fé e não pelas obras da lei de Moisés “Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão dos pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés. At 13:38-39.
Paulo foi um servo de Deus exemplar, que após ser cheio do Espírito Santo, na imposição das mãos por Ananias, demonstrou um grande conhecimento da Palavra de Deus, grande dedicação a pregação do Evangelho, e determinação frente as adversidades que sofreu. Mas, Paulo fazia tudo com toda a humildade deixando de lado tudo o que antes se orgulhava para servir ao Senhor ”servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram” At 20:19.
Paulo correu assim a sua carreia, com toda a humildade e determinação, sempre lutando para conquistar para Jesus o maior número de almas que podia. Paulo sabia, através do Espírito Santo que o esperava, de cidade em cidade, cadeias e tribulações, mas não considerava a sua vida como preciosa, apenas preocupava-se em completar a sua carreira assim como, o ministério que recebeu do Senhor Jesus e testemunhar o evangelho da graça de Deus.
Nos Atos dos apóstolos Paulo dirige-se aos presbíteros da igreja em Éfeso com as seguintes palavras: “senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações. Porém em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” At 20: 23-24.
No fim da segunda epístola a Timóteo, Paulo resumiu toda a sua carreira e a sua esperança com os versículos: “ Combati o bom combate, completei a carreira. Guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amaram a sua vinda.” 2Tm 4: 7-8.

sábado, 15 de agosto de 2015

Estevão, uma poderosa testemunha

Estevão foi um dos diáconos da Igreja primitiva escolhido para cuidar da distribuição da assistência as viúvas, a fim de que os discípulos tivessem tempo para se dedicarem a oração e a pregação da Palavra. Estevão foi escolhido por ser um homem cheio do Espírito Santo e de sabedoria.
Estevão fazia muito mais do que o serviço que lhe fora incumbido: ele fazia milagres e prodígios entre a população e pregava o Evangelho. “ Estevão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. At 6:8. Isto porque Estevão era um homem cheio do Espírito Santo, de sabedoria e com poder de Deus.
A sabedoria que Estevão possuía permitia que pensasse, em momentos de tomada de decisões, nas suas alternativas de forma a manter os propósitos e desejos de Deus. Isto fez com que mostrasse ser, ao longo da sua vida,  um homem com muita sabedoria e com uma vida marcada, por um espírito doador, pela mansidão e pela misericórdia .
Podemos ver a mansidão de Estevão quando foi acusado por homens que afirmavam que ele proferia blasfémias contra Moisés e contra Deus: ”Então, subornaram homens que dissessem: Temos ouvido este homem proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus” At 6: 11. Estevão não opôs resistência contra aqueles que o levaram aos Sinédrio para julga-lo.
Pelo contrário, Estevão manteve o seu pensamento em Deus, não se importando consigo mesmo a ponto de aqueles que o fitaram viram nele a glória de Deus, pois viram o rosto dele como se fosse o rosto de um anjo “Todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estevão, viram o seu rosto como se fosse o rosto de um anjo.” At 6:15.
Para responder a acusação daqueles que o levaram ao Sinédrio, Estevão relatou de uma forma extraordinária a história do povo de Israel, desde Abraão até a saída do povo de Israel do Egipto, passando também por Salomão e provou que o povo de Israel frequentemente condenava e matava os profetas que Deus enviava.” Qual dos profetas vosso pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós vos tornaste s traidores e assassinos,” At 7: 52.
Com isso, Estevão testemunhou a favor de Jesus Cristo e com toda a sua argumentação provou ser um profundo conhecedor do Antigo Testamento, da história do povo de Israel e dos grandes feitos realizados por Deus em favor do seu povo. A sua argumentação provocou grande fúria aos membros do sinédrio: “ Ouvindo eles isto, enfureceram-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele”.
A presença do Espírito Santo sobre Estevão, neste momento, foi notória, pois ele, perante um sinédrio em fúria fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, exaltado nos céus, a direita de Deus Pai.” Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava a sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.” At 7: 55-56.
O Espírito Santo, consola em momentos de tribulação aqueles que têm intimidade com Deus, trazendo paz, conforto e capacidade para enfrentar as situações adversas. Foi o que o Espírito Santo fez a Estevão, trazendo-lhe a visão do céu, e a capacidade de perdoar aqueles que depois de o acusarem, lançaram-no fora da cidade para apedreja-lo.
Por isso, Estevão depois de pedir a Deus que recebesse o seu espírito suplicou a Deus que perdoasse aos seus assassinos, pondo-se de joelhos “ E apedrejavam a Estevão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras adormeceu.” At 7: 59-60. Assim, Estevão demonstrou também ser um homem misericordioso, capaz de perdoar os pecados cometidas contra ele.
Mesmo perante uma multidão em fúria Estevão, pesou as alternativas que tinha e preferiu defender o seu Senhor, não se importando com as consequências que as suas palavras pudessem ter na audiência. Assim, Estevão foi uma testemunha do Senhor Jesus, não só pela sua vida santa, mas também pelo seu serviço fiel, pelo seu testemunho em favor de Jesus Cristo e pelo amor que demonstrou pelos seus inimigos.
 

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Seguindo as pegadas do Mestre

O nosso Mestre, o Senhor Jesus é o exemplo dos crentes da caminhada cristã. Todos aqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador são convidados a seguir as pegas do Mestre: a andar como Ele andou, a amar como ele amou e a pensar como Ele pensou.
 
O nosso Mestre andou sempre em amor e ensinou os seus discípulos a amarem-se uns aos outros, a amarem os seus inimigos, e amarem todos aqueles que tivessem em necessidade, como os órfãos, viúvas, estrangeiros. O apóstolo Paulo aconselha-nos a sermos imitadores de Deus, e andar em amor como Jesus Cristo nos amou:” Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” Ef 5:1-2.
O nosso Mestre em sua vida andou em pureza, pois nunca pecou. No seu coração não havia malícia, hipocrisia, inveja, desejo de vingança, ódio, pelo contrário era manso e humilde; quando era ultrajado, não ameaçava. O nosso Mestre para além de perdoar aqueles que o ultrajaram entregou-se a si mesmo para perdão dos nossos pecados, como nos diz o apóstolo Pedro na sua primeira epístola ”o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado não revidava com ultraje; quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,” 1Pe 2:22-23.
Outro exemplo importante que o Mestre nos deixou foi de humildade. Mesmo sendo Deus, criador do céu e da terra, o Deus eterno, esvaziou-se da sua glória e fez-se homem, como nós, e viveu de forma humilde, como filho de um carpinteiro, e entregou-se por todos nós, através da morte mais humilhante da sua época, a morte de cruz.
O exemplo de humildade dado por Jesus Cristo é-nos descrito pelo apóstolo Paulo na sua epístola aos Filipenses ”Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo, Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte a morte de cruz.” Fp 2 5-5.
Jesus Cristo deu-nos também o exemplo de vida de oração. O nosso Mestre estava sempre em oração, falando com o Pai Celestial e ensinou aos discípulos a orarem sempre sem nuca esmorecer. ”Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade,” Hb 5:7.
O nosso Mestre também é para nós exemplo do que é padecer com paciência. Apesar de sofrer tão grande oposição o nosso Mestre nunca desistiu de obedecer a vontade do Pai, e seguiu o plano para nossa salvação até ao fim. Por isso o autor da epístola aos Hebreus aconselha-nos atentar para Jesus Cristo: ”olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” Hb 12:3.
Jesus Cristo deu-nos o exemplo de resistência a tentação pois apesar de tentado nunca cedeu a tentação. O nosso Mestre foi tentado por Satanás que utilizou as mesmas concupiscências que utilizou para tentar Adão e Eva: a concupiscência da carne, pois tentou Jesus a transforar pedras em pães para matar a sua fome (Mt 4:3-4); a soberba da vida, porque quis que o Mestre se exaltasse a si mesmo e mostrasse que era Filho de Deus, atirando-se de um pináculo (Mt 4:5-7); e a concupiscência dos olhos, mostrando ao Mestre todos os reinos do mundo e a glória deles e indicando uma maneira fácil de ser Rei: adorando-o. Contudo, o Mestre não cedeu a tentação e continuou a sua caminhada em obediência ao Pai.
Como Jesus Cristo devemos ser firmes perante as tentações e não ceder as hipóteses oferecidas pelo tentador. O diabo oferece atalhos, onde a nossa pureza ou integridade ficam manchadas e por isso devem ser rejeitados. Não se pode usar meios errados para atingir coisas certas. Nada é bom quando viola as Escrituras.

sábado, 8 de agosto de 2015

O que a salvação produz na vida terrena

O crente, depois de receber a salvação oferecida por Jesus Cristo, na sua vida terrena tem diversos benefícios que lhe são oferecidos pelo poder de Jesus Cristo para a sua vida. Alguns exemplos destes benefícios são: a libertação da escravidão do pecado, a vivência de uma vida nova e pura para o serviço do Senhor, e a oportunidade de tornar-se semelhante a Cristo ao longo da sua vida.

O nosso Senhor Jesus Cristo veio a terra para evangelizar os pobres, para proclamar a libertação dos cativos do pecado, e restaurar a vista aos cegos e para por em liberdade os oprimidos pelo pecado e pelas situações adversas na vida. “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação dos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,” Lc 4:18.

O pecado escraviza o homem, e tira-lhe a liberdade para viver uma vida agradável a Deus. Por isso, com a salvação o nosso Senhor Jesus oferece-nos a libertação do pecado: de tudo aquilo que afeta negativamente a nossa vida física e emocional e que tira a pureza do coração. “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.” Jo 8: 34.

Com a salvação o crente ganha uma nova e pura vida, pois o seu espírito foi vivificado e torna-se morada do Espírito Santo de Deus”. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2Co 5:17. As coisas fizeram-se novas, pois o crente está em Cristo, e adquiriu uma nova mentalidade e os pecados passados foram-lhes perdoados por Jesus Cristo.

Para além disso, o homem torna-se filho de Deus por adoção e herdeiro de Deus. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;” Jo 1:12. Como herdeiro de Deus o crente pode aguardar pela herança prometida aos santos, a Pátria Celestial.

Os crentes, com a salvação, passam a ter um novo mandamento que consiste em amarem-se uns aos outros, como Jesus ama-os. Esse mandamento é vivido enquanto o crente segue no novo caminho, onde o Mestre lhes indica como devem caminhar na vida. Em cada deslize ou pecado o crente pode contar com misericórdia do Senhor que se renova a cada dia ( Lm 3:22-23).

O crente passa a viver para o seu Senhor Jesus Cristo e por isso serve-o com as suas orações, convidando outras vidas para O conhecer, e através do seu testemunho e ofertas para difusão de evangelho. O crente torna-se também um embaixador de Jesus Cristo, um representante do Rei dos reis e Senhor dos senhores, em todo o lugar onde passar.” De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” 2Co 5:20.

O objetivo da vida do crente na terra passa a ser: tornar-se semelhante a Cristo, no seu caracter, mentalidade e forma de agir. A semelhança com Cristo deve crescer gradualmente, até atingirmos a estatura de Jesus Cristo. ”Porquanto aos que de antemão predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos” Rm 8:29.

A salvação oferece aos homens benefícios na vida após a morte, mas também na terra enquanto estiver vivo. Por isso a salvação não deve para ser só vivida depois da morte, mas sim, logo que o homem aceita Jesus como Senhor e Salvador.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A ira de Deus

Para todos os homens da terra, Deus dá a oportunidade, durante a vida de aproximarem-se Dele e de conhecê-Lo. Á cima de tudo Deus dá a oportunidade, a cada homem, de ter á vida eterna. Este privilégio de estar toda a eternidade ao lado do nosso Senhor Jesus é algo muito preciso e de valor incomparável.
 
Aqueles que durante as suas vidas não quiseram conhecer a Deus, nem seguir os seus caminhos, depois da morte também ficarão afastados de Deus. O afastamento é portanto, eterno, num lugar a que Bíblia descreve como o inferno, um lago de fogo e enxofre que arderá pelos séculos dos séculos (Ap 14:11).
Deus é santo, e tudo o que lhe agrada é puro, pacífico, cheio de bondade, e os homens que desejam aproximarem-se Dele devem afastar-se do pecado, pois Deus não tolera o pecado devido a sua santidade. O conhecer a Deus implica conhecer o coração de Deus, saber o que lhe agrada e o que lhe desagrada.
Como todos os homens são pecadores, Deus Pai providenciou uma forma de livrar o homem da ira de Deus e de o livrar também da consequente condenação que os pecados causariam nas suas vidas. A ira de Deus é a resposta de Deus ao pecado; é a consequência das nossas más ações e dos nossos pecados.
A forma como Deus arranjou para ficarmos livres da condenação causada pelos nossos pecados foi enviando o seu Filho Jesus Cristo na forma de homem, para que morresse em nosso lugar e desta forma fosse a expiação pelos nossos pecados. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16.
Todo o homem, independentemente da sua origem ou nacionalidade, para ter a salvação do julgamento eterno apenas precisa de crer no Filho de Deus, Jesus Cristo. A Bíblia diz-nos: ”Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus” Jo 3:18.
Deus é amor e por isso, mesmo o homem sendo pecador, Ele deseja salva-lo da condenação eterna. Cabe ao homem a decisão de aceitar a salvação oferecida por Deus. Portanto, a ira de Deus será para todos aqueles que não aceitaram o Filho de Deus e nem se importaram de conhecer a Deus, mais concretamente para os covardes, os incrédulos, os abomináveis, os idólatras, e todos os mentirosos (Ap 21:8).
O tempo para aceitar a oportunidade da salvação que Jesus Cristo oferece é o dia de hoje. Este é um tempo sobremodo oportuno, que não deve ser deixado escapar, pois ninguém sabe como será o dia de amanhã (2Co 6:2).
Por isso, para todos aqueles que estão dispostos a inclinar os seus ouvidos a Deus e vir até Ele, Deus oferece uma libertação gratuita e eterna da condenação do pecado. Todos aqueles que ouvem a Jesus Cristo viverão eternamente, porque Jesus é misericordioso e quer apenas que nos arrependamos nos nossos pecados.
 

domingo, 2 de agosto de 2015

A morte não é o fim

Muitas pessoas pensam que a vida humana acaba com a morte mas a Bíblia mostra claramente qua a morte não é o fim da vida do Homem, mas sim um fenómeno que permite a passagem para uma vida eterna. Depois da morte o nosso corpo cessa de funcionar mas a nossa alma, com todas as suas recordações e capacidades continuam a existir mas separa-se do corpo.

A Bíblia descreve que após a morte um homem pobre chamado Lázaro, que vivia miseravelmente, coberto de chagas, na porta de um rico, depois de morto foi levado por anjos para o seio de Abrão. “ Aconteceu morrer o mendigo ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado” Lc 16: 22.

Da mesma forma que Lázaro, depois de o nosso corpo morrer, seremos levados por anjos ou para o céu ou para o inferno. O que fizermos em vida determinará o lugar onde passaremos a nossa eternidade. Aqui, o rico, dono da casa onde Lázaro deixava-se ficar a porta, decidiu, sem saber, o lugar onde passaria a sua eternidade, pois não deu ouvidos a Deus, ou seja, não ouviu a lei de Moisés e dos profetas. ”No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” Lc 16:23.
 
 
Como tinha ido para o inferno, e não desejava que os seus irmãos fossem para o mesmo lugar que ele, pediu a Abrão que mandasse a Lázaro de volta a terra para avisa-los que precisavam mudar de vida. Mas “Abraão, porém respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” Lc 16: 31.
O nosso Mestre Jesus Cristo afirmou que Ele é a ressurreição e a vida e que aqueles que Nele cressem mesmo depois de mortos continuariam vivos.” Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá, eternamente (…)” Jo 11: 25-26.

Quando o homem aceita Jesus como Senhor e Salvador da sua vida, torna-se espiritualmente vivo, e mesmo que morra continuará vivo na pátria celeste. É o Espírito Santo quem vivifica o homem, e passa a fazer morada nele quando se converte.

Os que aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador devem ter a consciência que a nossa pátria está nos céus e que somos apenas forasteiros neste mundo e que devemos viver esta vida, alegrando-nos com a esperança da pátria celestial e abstendo-nos das concupiscências que combatem contra a nossa alma. “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma.” 1Pe 2.11.

Através da morte e ressurreição de Jesus Cristo, todos os homens têm a hipótese de ter a vida eterna ou seja, têm a oportunidade de viver toda a eternidade no céu, com o nosso Senhor Jesus Cristo. Apenas têm de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e viver uma nova vida de acordo com os mandamentos do Mestre.