domingo, 23 de abril de 2017

A melhor profissão


A nossa sociedade, para existir, precisa de vários tipos de profissionais para assegurar a resposta às várias necessidades do homem. Por isso, é necessário profissionais que cuidem na nossa saúde, profissionais que cuidem das finanças das empresas, profissionais que se dediquem a agricultura e de tudo o que está envolvido na nossa alimentação, entre outras coisas. Contudo, a única profissão que pode ajudar o homem a encontrar a vida eterna é a do pregador e a do missionário.

A vida eterna é algo precioso, pois corresponde a salvação, a uma existência eterna com Deus. Só é possível ter acesso a vida eterna pela fé no nome do Senhor Jesus; e isso apenas acontece se alguém pregar sobre a salvação que existe no nome do Senhor Jesus. Como nos diz a Palavra de Deus só é possível as pessoas crerem no nome do Senhor se houver quem pregue o evangelho.
Na epístola aos Romanos vemos a necessidade de existirem pessoas que preguem o evangelho: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?" Rm 10:14. A fé vem como resposta da pregação do evangelho do Senhor Jesus.
O exercício desta profissão de fé pode ser desempenhado por todos os crentes. Todos podem ser pregadores nas suas famílias, junto dos seus amigos,  vizinhos, etc. Todos podem ser missionários no seu trabalho, no seu bairro ou onde quer que forem. Inclusive o grande comissão é para todos os crentes. O nosso Senhor disse-nos: “(...) Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” Mc 16:15.

Jesus Cristo, sendo o Filho de Deus se manifestou na terra para nos revelar os ensinamentos do Pai Celeste e para cumprir todas as profecias sobre o Messias, descritas nas Escrituras. Assim temos hoje o Evangelho; a mensagem da salvação da humanidade através do sacrifício de Jesus Cristo. Não há nada com mais poder no mundo, do que o evangelho.
No versículo seguinte vemos as palavras do apóstolo Paulo sobre a importância do Evangelho: "Pois não me vergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e também do grego; visto que a justiça de Deus, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá pela fé." Rm 1:16-17.

Qualquer homem pode receber a salvação desde que ouça o Evangelho e creia no Senhor Jesus. Por este motivo o evangelho é de grande valor. Tanto pessoas do continente asiático, como do continente americano, africano e europeu podem ter acesso a vida eterna como também experimentar na terra uma vida transformada, livre da escravidão do pecado.

A libertação que a Palavra de Deus nos confere, é através, não só, do poder do Espírito Santo que passa a operar nas nossas vidas quando aceitamos pela fé Jesus como Senhor e Salvador, como também pela transformação da nossa mente. Passamos a ser pessoas que assemelham-se ao nosso bondoso Mestre, não só nas nossas atitudes como também na nossa forma de pensar os outros.

O apóstolo Paulo diz-nos na sua epístola a Timóteo que: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que todo o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra.” 2Tm 3:16-17. A Palavra de Deus ensina-nos a fazer tudo o que é bom e agradável para Deus.
 
Por este motivo, e pelo próprio poder do Espírito Santo sobre a vida daqueles que meditam na Palavra de Deus e a cumprem, o Evangelho tem um poder transformador imenso na nossa sociedade; inclusive a nível das famílias, porque ensina a viver uma nova dimensão de amor. A profissão de fé, praticada na forma de pregador ou missionário tem assim grande valor.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

As mulharas de Jericó


As muralhas da cidade de Jericó, ficaram na história da Bíblia, como um obstáculo para os crentes a concretização dos planos de Deus, pois eram grandes fortes e tornavam a cidade protegida contra a investida de inimigos. Contudo, vemos que o impossível para o homem é possível para Deus e pelo poder do Senhor dos Exércitos Israel consegui conquistar a cidade.


No livro de Josué, vemos que uma mulher não acreditava que as altas muralhas de Jericó fosse um impedimento para o Deus dos Israelitas e por isso, escondeu os espias enviados por Josué para observar a cidade. Esta mulher chamava-se Raabe. Ela era uma pecadora, um prostituta que tinha a sua casa sobre as muralhas de Jericó.


Josué foi o líder escolhido por Deus para conquistar a terra prometida e no livro de Josué vemos como Josué, enviou os espias para observarem a cidade, e os dirigentes da cidade souberam e os buscaram para prende-los; mas Raabe os escondeu no telhado da sua casa. Raabe, apesar de pecadora, protegeu os espias israelitas, e contribuiu para a execução do plano de Deus.


Vemos isso no versículo seguinte: “De Sitim enviou Josué, filho de Num, dois homens, secretamente como espias, dizendo: Andai e observai a terra de Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e pousaram ali.(...) A mulher, porém, havia tomado e escondido os dois homens; e disse: É verdade que os dois homens vieram a mim, porém eu não sabia de onde eram.” Js 2:1,4

 
Os próprios israelitas apenas pela fé podiam acreditar que conseguiriam entrar nesta cidade, mas Raabe por ter ouvido sobre as maravilhas de Deus, como tinha aberto o mar Vermelho e feito os israelitas passarem, também sobre a forma como tinham conseguido derrotar os reis dos cananeus Seom e Ogue, não duvidou que eles conseguiriam conquistar a cidade.


Podemos ver isso nos versículos a seguir: “Antes que os espias se deitassem foi ela ter com eles ao eirado e lhes disse: Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes.

 
A cidade era difícil de conquistar mas Deus enviou o seu príncipe do exército para anunciar a Josué que iriam conseguir conquistar a cidade, bastava seguir as instruções que Deus lhe dava. “Respondeu ele: Não; sou o príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar. Então Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?(...) Então, disse o Senhor a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e seus valentes.” Js 5:14; 6:2.

 
Vemos que Deus apenas requereu fé do povo de Israel para conquistarem a cidade; eles precisavam de cumprir uma simples ordem, rodear a cidade durante seis dias. Ao sétimo dia, deveriam rodear a cidade sete vezes e os sacerdotes tocariam as trombetas. O autor da epístola aos Hebreus diz-nos também que as muralhas ruiram pela fé: “ Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias.” Hb 11:30.


Quando o povo obedeceu a ordem de Deus, viram o poder do Todo Poderoso e as muralhas da cidade caíram. “Gritou, pois o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantando grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram.


A fé de Raabe fez com que ela e a sua família fossem salvos, quando os israelitas conquistaram a cidade, como vemos a seguir: “Então, entraram os jovens, os espias, e tiraram Raabe, e seu pai, e sua mãe, e seus irmãos, e tudo quanto tinha; tiraram também toda a sua parentela e os acamparam fora do arraial de Israel.” Js 6:23. Para além disso, a sua obediência fez com que ela se convertesse dos seus maus caminhos e tivesse a honra de entrar na genealogia de Jesus. Hoje ela é recordada na galeria da fé.


Deus requer de nós apenas fé, para cumprir os seus planos na nossa vida, pois Ele é Todo Poderoso e capacita e seu povo; envia anjos a frente que destroem exércitos. No nosso dia a dia, apenas precisamos de nos mover na fé na Palavra do Senhor Jesus, e na suas promessas para vermos o poder de Deus da mesma forma que os israelitas viram, quando caíram as muralhas de Jericó.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Quem é o Espírito Santo?


O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade e foi enviado ao mundo desde que Jesus morreu, ressuscitou e ascendeu aos céus, mais exatamente no dia de Pentecostes. O Espírito Santo substitui Jesus na Igreja, pois está pessoalmente na terra, dentro de cada cristão. Assim o Espírito Santo é o administrador e dirigente da Igreja.


O Espírito Santo, é Deus, e por isso é eterno, onipresente, onisciente, e onipotente. Ele é uma pessoa, como o Senhor Jesus e por isso sente emoções, ama a humanidade na mesma forma que o Senhor Jesus, e comunica-se connosco. Para além disso, o Espírito Santo pensa, toma decisões e orienta os crentes a nível dos assuntos da Igreja e a também a nível pessoal para obedecermos a grande comissão de Jesus e a todos os ensinamentos que o nosso Mestre nos deu.


Ao longo do livro de Atos vemos que, foi o Espírito Santo quem dirigiu e capacitou os cristãos a anunciar o evangelho. Vemos que foi o Espírito Santo quem decidiu sobre a primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé, e ordenou a Igreja que separasse a Paulo a Barnabé para fazerem a obra a que tinham sido chamados a fazer.


Vemos isso no versículo seguinte: “E servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” At 13:2-3. Ainda hoje, o Espírito Santo deseja orientar a Igreja sobre a obediência a grande comissão do Senhor Jesus; apenas é necessário dar o espaço necessário ao Espírito Santo, através da nossa obediência.

 
Nas questões relacionadas sobre a obediência ou não da lei de Moisés pelos gentios convertidos ao cristianismo, o Espírito Santo orientou a Igreja sobre que medidas deviam ser impostas ao gentios, com vista a santificação deles. Nos versículos a seguir vemos a decisão do Espírito Santo, nesta questão: “Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas, destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.” At 15: 28-29.

 
O Espírito Santo também dirige os cristãos sobre que locais devem ir pregar o evangelho, e a quem devem falar. No livro de Atos vemos também, como Filipe, um diácono da Igreja primitiva, depois de fugir de Jerusalém por causa da perseguição, foi ordenado por um anjo do Senhor a sair de Samaria e a ir, para o caminho que desce de Jerusalém para Gaza.


Filipe obedeceu a ordem dada por Deus através do anjo, e levantou-se e foi ao caminho que desce de Jerusalém a Gaza. Filipe dispôs-se e percorreu a distância necessária para estar no lugar indicado por Deus. A Bíblia não nos diz quanto tempo Filipe demorou de Samaria a referida estrada, mas provavelmente teve de caminhar bastante, debaixo do Sol exposto ao calor.

 
A obediência de Filipe abriu portas para que fosse orientado pelo Espírito Santo, e ao ver o carro por onde ia o alto oficial de Candace, o Espírito Santo orientou-lhe sobre o que deveria fazer, como vemos a seguir: “Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.” At 8:29. O Espírito Santo já conhecia o alto oficial de Candace, do seu amor a Deus e escolheu e Filipe para anunciar o nome de Jesus.

Filipe depois de anunciar o nome de Jesus ao alto oficial de Candace e de batiza-lo viveu uma experiência que poucos da Bíblia tiveram a oportunidade de viver: foi arrebatado, e achou-se depois em Azoto, passando a evangelizar todas as cidades até chegar a Cesareia.

 
Vemos então, que o Espírito Santo para além de dirigir a Igreja na sua missão evangelizadora, também dirige pessoalmente cada cristão. Ele é o nosso Mestre, e é Ele que revela a Palavra de Deus aos cristãos, e os capacita a cumpri-la. Mas para isso tempos de honrar o Espírito Santo, ter em conta que Ele é uma pessoa e como tal desagrada-se de certas coisas, sobretudo do pecado, da maldade e do egoísmo. Devemos honra-lo e obedecê-lo para que Ele possa orientar-nos e encher-nos com a sua presença.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Direção do Espírito Santo


A vida cristã é algo que só se consegue levar a cabo com a direção e capacitação do Espírito Santo, e por isso o nosso Senhor Jesus prometeu aos discípulos que com a sua ida ao céu, seria enviado o Espírito Santo, que os guiaria em toda a verdade ensinada pelo Mestre. Contudo, para que o Espírito Santo possa direcionar os cristãos e guia-los em toda a Verdade é necessário, algo muito importante: a obediência a Palavra de Deus.


No versículo seguinte, vemos a promessa do Senhor Jesus sobre a ajuda do Espírito Santo aos discípulos guiando-lhes em toda verdade: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”Jo 16:13.


Ao longo do livro de Atos, vemos que o Espírito Santo só direciona aqueles que obedecem ao Mestre. Depois do derramamento do Espírito Santo, os apóstolos passaram a anunciar o nome do Senhor Jesus com toda a ousadia, ensinando no templo sobre a salvação da humanidade através do sacrifício vicário do Senhor Jesus.


O sumo sacerdote e os seus apoiantes mandaram prender a Pedro e todos os discípulos, mas um anjo enviado por Deus libertou-os da prisão e ordenou-lhes que voltassem ao templo e continuassem a falar da Vida que há no nome do Senhor Jesus. Vemos isso a seguir: “ Ide e, apresentar-vos ao templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida. Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. At 5:20-21.


Os apóstolos em conjunto, decidiram obedecer a ordem dada por Deus através do seu anjo e voltaram ao templo, mesmo sabendo que provavelmente seriam novamente presos açoitados. Eles colocaram a vontade de Deus a cima de tudo, e não se preocuparam com as suas vidas. Esta é a obediência que Deus requer para que o Espírito Santo possa direcionar-nos.


Os apóstolos foram novamente ao templo e continuaram a pregar o nome do Senhor Jesus e novamente, foram levados pelo capitão e seus guardas a presença do Sinédrio. O sumo sacerdote então interrogou-os e afirmou que já lhes tinha ordenado que não pregassem o nome de Jesus. Os apóstolos já tinham sido libertos miraculosamente da prisão orientados por Deus a continuarem a pregar o nome de Jesus.


Por isso, ao ouvirem as palavras do sumo sacerdote, Pedro e os demais apóstolos disseram que lhe importava mais obedecer a Deus do que aos homens, mesmo perante as ameaças, como vemos no versículo a seguir: “Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” At 5:29. Os apóstolos sabiam que Deus é Todo Poderoso e que iria estar sempre com eles.


Os apóstolos não só ficaram determinados em obedecer apenas a Deus, como também se regozijaram por terem sido escolhidos para a honra de sofrer por causa do Evangelho do Senhor Jesus. Vemos isso a seguir: “E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” At 5:41.

 
O Espírito Santo deseja guiar-nos em toda a verdade ensinada pelo Senhor Jesus, mas precisa de encontrar espaço na nossa vida para isso. Só damos a liberdade total ao Espírito Santo quando nos dispomos a obedecer tudo aquilo que a Palavra nos ensina e também tudo aquilo que o Pai Celeste nos mandar.

domingo, 16 de abril de 2017

A fé e a fidelidade


A fidelidade é uma expressão que se utiliza em relacionamentos humanos de todos os tipos: matrimoniais, comerciais, empresariais, familiares e outros. No nosso relacionamento com Deus esta expressão revela-se de grande importância pois é uma atitude que reflete a nossa fé em Deus.

O homem ao aproximar-se Deus apercebe-se da Sua Santidade e consequentemente da natureza pecadora que existe no homem. Como nos diz o apóstolo Paulo todos os homens pecaram e estão destituídos da glória de Deus. “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” Rm 3:23-24.

Por isso a fé é a resposta do homem a revelação de Deus, tanto à revelação da Sua Palavra como do Seu poder. Assim, quando o homem está perante do Deus Todo-Poderoso, prostra-se diante Dele e deposita a sua confiança na Sua Palavra e no Seu poder.

Apesar da fé em Deus estar relacionada com um sentimento, ou com uma decisão, ela expressa-se obrigatoriamente em atitudes. Por isso, a fidelidade é a expressão da fé sentida pelo cristão. A fidelidade à Deus é demonstrada pela obediência constante a Palavra de Deus e pela prática de boas obras em favor do próximo.
 
A fé e a fidelidade na obediência a Deus e na pratica das boas obras, estão tão intimamente relacionadas que o apóstolo Tiago diz-nos que a fé sem obras está morta, como vemos a seguir: "Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode acaso, semelhante fé salva-lo? Tg 2:14.

Como Deus é um ser pessoal que pensa, sente, e ama de forma incondicional, quando queremos nos relacionar com Ele temos de nos purificar de todo o sentimento de interesse e egoísmo, e com humildade e obediência, nos comprometermos com Ele pois Deus é Santo e Fiel. Deus não deseja que nos aproximemos Dele apenas por interesse mas porque o amamos, da mesma forma como nós humanos gostamos de que se aproximem de nós porque gostam de nós e não por interesse.

O apóstolo Paulo diz-nos na epistola a Timóteo, como vemos a seguir, que Deus em todas as circunstâncias se mantém fiel pois não pode negar-se a si mesmo. “se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.” 2Tm 2:13. O compromisso, e a consequente fidelidade faz parte da essência de Deus e mesmo que não sejamos fieis a Deus, Ele continua fiel.

O homem, por vezes, devido a sua natureza pecaminosa, e também devido as influências das trevas tem motivos para não ser fiel. Mas Deus é totalmente Santo e afastado do pecado do homem e da maldade do reino das trevas e tem um relacionamento connosco de puro amor.

Deus, considerando a nossa natureza pecadora, deseja ajudar-nos a mostrar fidelidade para com Ele e a tornar-nos mais semelhantes em carácter a Jesus Cristo. O Espirito Santo, estando em nós deseja fazer brotar o Seu Fruto. Um dos gomos do fruto do Espirito Santo é a fidelidade, como vemos a seguir: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22-23.

O próprio Espírito Santo deseja ajudar-nos a sermos fieis a Deus, controlando as nossa atitudes de forma a que coloquemos o nosso relacionamento com Deus em primeiro lugar, honrando o nosso compromisso com Ele. Tudo isto para que a nossa fé em Deus seja possa ser traduzida em fidelidade e compromisso com Deus.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

A moderação


A moderação é uma das virtudes que Deus, através dos apóstolos, nos ensina a buscar ao longo da nossa vida diária cristã. A moderação para além de ser algo importante na prática cristã, também é um dos gomos do Fruto do Espírito Santo, por este motivo, o próprio Espírito Santo que está em nós deseja fazer brotar em nós a moderação ou temperança.


A moderação é sinónimo de fazer tudo evitando os extremos ou excessos; a moderação é uma atitude que mostra prudência e ajuda, inclusive, os cristãos a aguardarem a vinda do Senhor Jesus. O dia do Senhor virá como um ladrão, mas se vivermos com moderação, ou com sobriedade, o estaremos prontos para subirmos ao céu com o Senhor Jesus.


O apóstolo Paulo aconselha-nos a ser sóbrios, ou moderados para esperamos a vinda do Senhor Jesus, como vemos a seguir: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe de surpresa;(...) Nós porém que somos do dia sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;” 1Ts 5:5,8.


Em outra epístola o apóstolo Paulo aconselha-nos a agir como moderação em todas as circunstâncias, e em todos os relacionamentos de forma a que a nossa moderação seja conhecida por todos os homens. Vemos isso a seguir: “Seja a vossa moderação conhecida por todos os homens. Perto está o Senhor.” Fp 4:5.


Por outro lado a moderação, é uma ferramenta na nossa luta espiritual contra os ataques do nosso inimigo que ruge e anda a nossa volta procurando maneira de nos destruir. O apóstolo Pedro dá-nos o seguinte conselho na sua primeira epístola: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém para devorar;” 1 Pe 5:8.

 
Ser sóbrio é o mesmo que ser moderado, temperado, evitando os extremos que dão ocasião ao pecado, não só aos pecados relacionados com os apetites carnais, como também os relacionados, com a falta de perdão, amargura, entre outras coisas. Nessa buca pela temperança, os cristãos devem ser diligentes, e procurando em cada decisão, em cada gesto, ser moderados.


Nessa busca pela moderação, os cristãos podem contar com a ajuda do Espírito Santo, que deseja controlar a nossa mente, as nossas emoções de forma a agirmos com o nosso próximo com moderação, sem cair no excesso da frieza e indiferença, como também sem cair no excesso da inconveniência e da obsessão.

 
Na epístola aos gálatas vemos a temperança, ou domínio próprio, que é sinónimo da moderação descrita como um dos nove gomos do Fruto do Espírito Santo. “Mas o fruto do Espírito Santo é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5: 22-23.

 
Os excesso, são prejudiciais, tanto no extremo como o desleixo, como na obsessão. Quando não estamos atentos, e relaxamos deixando de nos comportar da forma exigida, tanto na vida familiar, como na saúde, como no trabalho, e sobretudo na vida espiritual, não glorificamos a Deus com as nossa atitudes.


Estarmos relaxados ou desleixados, faz com que por exemplo, não cuidemos da nossa saúde, comendo sem sabedoria e sem praticar exercício físico, que é importante para a nossa saúde, e para a nossa autoestima.


Se formos relaxados no trabalho, deixamos de nos preparar para fazer as coisas corretamente, e por isso fazemos as coisas mal feitas, o que não agrada a Deus. Relaxar nos nossos relacionamentos, faz com que deixemos de procurar tempo para estar com aqueles que nos são queridos e por isso o relacionamento vai esmorecendo.

 
Quando exageramos por exemplo em certos relacionamentos, isso pode cultivar no nosso coração uma obsessão, ou por outro lado pode fazer com que foquemos toda a nossa atenção numa só pessoa e deixemos as outras de lado. Isto pode fazer-nos presa fácil do diabo que pode usar a desilusão para atingir o nosso coração e a nossa fé.


Por tudo isso, devemos buscar a moderação em todas as áreas da nossa vida, tanto nos nossos relacionamentos, como na nossa vida profissional, e sobretudo na vida espiritual. Se formos moderados no falar, no comer, no vestir, e na forma de pensar e julgar as pessoas, o Espírito Santo encontrará espaço em nossa vidas para nos controlar e conduzir.

A maturidade na Igreja de Éfeso


A igreja em Éfeso é uma igreja a quem Paulo dirigiu uma carta que conhecemos como carta aos Efésios. Esta igreja tinha algumas particularidades; e ao contrário da Igreja em Coríntios estava preparada para ouvir a mensagem sobre a unidade na Igreja.


Isto porque, esta igreja já vivia na prática do amor, e não sofria como a Igreja em Corinto, de desunião e contendas. Paulo afirma isso no versículo seguinte: “Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações,” Ef 1:15-16.


O amor uns pelos outros é a marca da maturidade na Igreja em Éfeso. A capacidade de se aceitarem uns aos outros como um corpo, pertencente a Cristo, mostra que eles já se identificavam com os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo, mais concretamente, já obedeciam o mandamento de se amarem uns aos outros da mesma forma como o Senhor nos amou, como nos ensina o versículo seguinte:” O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” Jo 15:12.



Pelo lado posto, as dissensões e as divisões da Igreja em Corinto mostravam a sua imaturidade espiritual; por outras palavras mostravam que eles não viviam alguns mandamentos do Senhor, apesar de já terem aceito a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e de terem recebido muitos dons do Espírito Santo. O apóstolo Paulo diz isso no versículo a seguinte: “Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós.” 1Co 1:11


Á Igreja em Éfeso, o apóstolo Paulo tem o cuidado de frisar que não somos salvos pelas boas obras, mas sim que fomos destinados para praticar boas obras que Deus preparou para que andássemos nelas. Provavelmente a Igreja em Éfeso, na sua prática de amor uns pelos outros, era abundante em boas obras, o que mostra também que eles viviam o amor ensinado por Jesus e que já tinham outra maturidade espiritual.


A carta do apóstolo Paulo e os seus conselhos mostram a forma como os efésios viviam o amor cristão, e as áreas onde precisavam de crescer espiritualmente. Á uma igreja mais preocupada em servir uns aos outros e amar uns aos outros, o apóstolo Paulo aconselha e andarem em amor, com toda a humildade, e mansidão, com longanimidade.


Vemos os conselhos do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Rogo-vos, pois eu, prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente para preservar a unidade do Espírito no vínculo do paz;” Ef 4:1-2.

 
A maturidade cristã vê-se na obediência aos mandamentos do Senhor, pelo amor uns aos outros, e por todas as manifestações do amor como o perdoar uns aos outros, o servir uns aos outros, o suportar uns aos outros. A divisão, a discórdia, a inveja é pelo contrário um sinal de imaturidade cristã.


Por tudo isto, depois de aceitarmos o Senhor Jesus, devemos praticar o amor que o Senhor Jesus nos ensinou, amando-nos uns aos outros, servindo uns aos outros, dando honra uns aos outros. Desta forma, estaremos andando como discípulos do Senhor Jesus, pois apenas poderemos ser conhecidos como discípulos do Mestre se tivermos amor uns aos outros.