A
moderação é uma das virtudes que Deus, através dos apóstolos, nos
ensina a buscar ao longo da nossa vida diária cristã. A moderação
para além de ser algo importante na prática cristã, também é um
dos gomos do Fruto do Espírito Santo, por este motivo, o próprio
Espírito Santo que está em nós deseja fazer brotar em nós a
moderação ou temperança.
A
moderação é sinónimo de fazer tudo evitando os extremos ou
excessos; a moderação é uma atitude que mostra prudência e ajuda,
inclusive, os cristãos a aguardarem a vinda do Senhor Jesus. O dia do
Senhor virá como um ladrão, mas se vivermos com moderação, ou com
sobriedade, o estaremos prontos para subirmos ao céu com o Senhor
Jesus.
O
apóstolo Paulo aconselha-nos a ser sóbrios, ou moderados para
esperamos a vinda do Senhor Jesus, como vemos a seguir: “Mas vós,
irmãos, não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe de
surpresa;(...) Nós porém que somos do dia sejamos sóbrios,
revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a
esperança da salvação;” 1Ts 5:5,8.
Em
outra epístola o apóstolo Paulo aconselha-nos a agir como moderação
em todas as circunstâncias, e em todos os relacionamentos de forma a
que a nossa moderação seja conhecida por todos os homens. Vemos
isso a seguir: “Seja a vossa moderação conhecida por todos os
homens. Perto está o Senhor.” Fp 4:5.
Por
outro lado a moderação, é uma ferramenta na nossa luta espiritual
contra os ataques do nosso inimigo que ruge e anda a nossa volta
procurando maneira de nos destruir. O apóstolo Pedro dá-nos o
seguinte conselho na sua primeira epístola: “Sede sóbrios e
vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como um
leão que ruge procurando alguém para devorar;” 1 Pe 5:8.
Ser
sóbrio é o mesmo que ser moderado, temperado, evitando os extremos
que dão ocasião ao pecado, não só aos pecados relacionados com os
apetites carnais, como também os relacionados, com a falta de
perdão, amargura, entre outras coisas. Nessa buca pela temperança,
os cristãos devem ser diligentes, e procurando em cada decisão, em
cada gesto, ser moderados.
Nessa
busca pela moderação, os cristãos podem contar com a ajuda do
Espírito Santo, que deseja controlar a nossa mente, as nossas emoções
de forma a agirmos com o nosso próximo com moderação, sem cair no
excesso da frieza e indiferença, como também sem cair no excesso da
inconveniência e da obsessão.
Na
epístola aos gálatas vemos a temperança, ou domínio próprio, que
é sinónimo da moderação descrita como um dos nove gomos do Fruto
do Espírito Santo. “Mas o fruto do Espírito Santo é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl
5: 22-23.
Os
excesso, são prejudiciais, tanto no extremo como o desleixo, como
na obsessão. Quando não estamos atentos, e relaxamos deixando de
nos comportar da forma exigida, tanto na vida familiar, como na
saúde, como no trabalho, e sobretudo na vida espiritual, não
glorificamos a Deus com as nossa atitudes.
Estarmos
relaxados ou desleixados, faz com que por exemplo, não cuidemos da
nossa saúde, comendo sem sabedoria e sem praticar exercício físico,
que é importante para a nossa saúde, e para a nossa autoestima.
Se
formos relaxados no trabalho, deixamos de nos preparar para fazer as
coisas corretamente, e por isso fazemos as coisas mal feitas, o que
não agrada a Deus. Relaxar nos nossos relacionamentos, faz com que
deixemos de procurar tempo para estar com aqueles que nos são
queridos e por isso o relacionamento vai esmorecendo.
Quando
exageramos por exemplo em certos relacionamentos, isso pode cultivar
no nosso coração uma obsessão, ou por outro lado pode fazer com
que foquemos toda a nossa atenção numa só pessoa e deixemos as
outras de lado. Isto pode fazer-nos presa fácil do diabo que pode
usar a desilusão para atingir o nosso coração e a nossa fé.
Por
tudo isso, devemos buscar a moderação em todas as áreas da nossa
vida, tanto nos nossos relacionamentos, como na nossa vida
profissional, e sobretudo na vida espiritual. Se formos moderados no
falar, no comer, no vestir, e na forma de pensar e julgar as pessoas,
o Espírito Santo encontrará espaço em nossa vidas para nos
controlar e conduzir.
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