sábado, 26 de março de 2016

Sansão, um homem consagrado a Deus para livrar Israel

Sansão foi um homem cujo o nascimento assemelhou-se muito ao nascimento do Senhor Jesus. Para além disso, tal como o Senhor Jesus, o seu nascimento foi planeado para que livrasse a Israel da opressão dos filisteus. Ao longo da sua vida, Sansão foi um homem consagrado a Deus, um nazireu que agia sob o poder do Espírito Santo e julgou a Israel por vinte anos. Apesar de ter tido um pequeno percalço, Sansão morreu dentro dos planos de Deus para a sua vida, ou seja, morreu destruindo os reis dos filisteus que oprimiam ao povo de Israel.
 
A mãe de Sansão como Maria, mãe de Jesus, recebeu a visita de um anjo anunciando-lhe que ficaria grávida e que daria a luz a um filho que seria um nazireu consagrado a Deus desde o ventre materno e ele iria começar a livrar o povo de Israel do poder dos filisteus. Vemos as palavras do anjo nos versículos seguintes: "Apareceu o Anjo do Senhor a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz a um filho; (...) porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será narizeu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus." Jz 13: 3,5.
 
Sansão era um homem decoração sensível e demonstrou que não suportava a persuasão de uma mulher quando esta punha em questão o seu amor. No seu primeiro casamento Sansão teve a sua primeira experiência de ser persuadido pelo poder sedutor de uma jovem mulher. Sansão propusera um enigma a companheiros que assistiam as bodas do seu casamento. O enigma proposto por Sansão era difícil de decifrar e os seus companheiros pediram a sua mulher que perguntasse a ele a resposta do enigma. Para convencê-la ameaçaram queimar a ela e a casa do pai dela. Os companheiros de Sansão queria evitar, a toda força, terem de pagar uma grande quantia pelo fato de não saberem a resposta do enigma.
 
A mulher de Sansão chegou perante ele e com choro convenceu-o a declarar-lhe a resposta do enigma que ele tinha proposto aos seus companheiros e patrícios dela. Para convencê-lo pôs em questão o amor que ele dizia sentir por ela e argumentou que ele não poderia ama-la verdadeiramente se não era capaz de contar-lhe a resposta do enigma que propusera aos seus patrícios. A mulher de Sansão tentava convencê-lo chorando durante os setes dias das bodas do casamento deles. Ao sétimo dia, Sansão cedeu e contou-lhe a resposta do enigma. Assim os companheiros de Sansão souberam da resposta do enigma e responderam-lhe e Sansão teve de pagar o combinado caso eles decifrassem o enigma.
 
Sansão ficou irritado com o facto de terem sabido da resposta do enigma e de ter de ser ele a pagar o preço combinado pelo fato de eles terem conseguido decifrar o enigma que voltou para a terra do seu pai. Passado algum tempo, Sansão voltou a terra da sua mulher para visita-la, mas não pode entrar na câmara dela, porque o pai dela a tinha dado por esposa ao companheiro de honra de Sansão. O pai dela tentou acalmar a indignação de Sansão, que via a mulher dele casada com outro homem, oferecendo a sua filha mais nova em casamento. 
 
Em resposta a nova oferta do seu sogro, Sansão vingou-se dos patrícios do seu sogro, os filisteus, fazendo com que pegasse fogo todo o cereal por ceifar, assim como as vinhas e olivais dos filisteus (Jz 15:3-5). Os filisteus quando souberam que fora Sansão que incendiara os campos deles, queimaram a mulher de Sansão e a seu pai. Sansão, quando soube que a mulher e o sogro tinham sido assassinados, vingou-se dos filisteus ferindo-os com grande carnificina. Depois disso, Sansão teve de fugir e habitou na fenda da rocha de Etã (Jz 15:6-8).
 
Os filisteus sabendo que Sansão estava na fenda da rocha de Etã acamparam um exército contra a cidade de Judá exigindo que Sansão fosse entregue à eles amarrado. Os homens de Judá temendo os filisteus foram em busca de Sansão na fenda da rocha de Etã para entrega-lo aos filisteus. Sansão conseguiu convencer aos homens de Judá a não matarem-no e assim foi entregue vivo e amarrado nas mãos dos filisteus (Jz 15:9-13). Quando os filisteus souberam que Sansão já tinha sido levado  amarrado para um local próximo do acampamento deles, foram ao encontro dele jubilando.
 
Quando que o exército filisteu se aproximou de Sansão em júbilo, o Espírito do Senhor, o Espírito Santo, apossou-se de Sansão de tal forma que as cordas que estavam nas mãos de Sansão se desfizeram como se fossem fios de linho queimados e as armaduras se desfizeram nas suas mãos. Então, Sansão achou uma queixada de jumento, ainda fresca, e matou com ela mil homens. Depois disso, Sansão teve grande sede e clamou a Deus por água e Deus fendeu a rocha da cavidade onde Sansão estava em Leí, e fez jorrar dela água. Depois de beber água Sansão recobrou alento e reviveu. Sansão foi um importante homem de Deus, pois julgou a Israel nos dias dos filisteus durante vinte anos (Jz 15;14.20).
 
Numa certa altura, Sansão apaixonou-se por uma mulher chamada Dalila; e os príncipes dos filisteus sabendo disso, pediram a Dalila que procurasse saber donde vinha a grande força de Sansão. Para que ela descobrisse como poderia ser tirada a grande força de Sansão, e a forma como poderiam domina-lo e amarra-lo, os príncipes dos filisteus prometeram-lhe uma grande fortuna. Dalila aceitou a proposta e tentou convencer a Sansão a contar-lhe de que forma era possível tirar-lhe a força. Podemos ver isso nos versículos seguintes: "Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila. Então, os  príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste s sua grande força e com que poderíamos domina-lo e amarrá-lo, para assim,  o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata." Jz 16:4-5.
 
Sansão, tentou dar uma resposta que convencesse a Dalila, acerca de como poderia perder a sua grande força e tornar-se num homem normal. Assim que Dalila ouviu a primeira resposta de Sansão contou aos príncipes dos filisteus que pediram que fizesse como ele tinha contado para ver se ele ficava sem forças. Depois de experimentar, Dalila verificou que não conseguiu enfraquecer a Sansão. E por isso, continuou insistindo para que ele lhe contasse o motivo da sua grande força. Sansão por seu lado, mostrou que estava muito apaixonado, por não afastar-se de uma mulher que mostrava, por várias vezes, que tencionava tirar-lhe as forças, usando a informação que ele lhe dava.
 
Dalila, usou até chantagem emocional dizendo que ele não poderia ama-la verdadeiramente se não lhe contava a causa da sua grande força. Um dia Dalila conseguiu que Sansão abrisse o seu coração e lhe contasse que era narizeu de Deus desde o ventre da sua mães e que se lhe rapassem a cabeça a sua força se iria embora e que ficaria como um homem normal. Assim que Dalila constatou que ele se abrira com ela, avisou aos príncipes dos filisteus e recebeu o dinheiro do suborno.  Achando uma ocasião propícia, enquanto Sansão dormia, Dalila rapou as tranças de Sansão e disse-lhe de forma a desparta-lo do sono, que os filisteus vinham sobre ele.
 
Quando Sansão acordou ouvindo Dalila dizendo que os filisteus vinham sobre ele, pensou que daquela vez conseguiria escapar como das outras tantas vezes que Dalila lhe fizera o mesmo; mas desta vez não foi possível escapar dos filisteus porque ela já lhe tinha cortado o cabelo e o Espírito do Senhor se tinha retirado dele. Sansão amava tanto a Dalila que colocou-se em perigo, deixando-se ficar ao lado dela, uma mulher que mostrava querer saber o motivo da sua força para poder tirar-lhe a força e entrega-lo aos filisteus. Assim, Sansão foi cego e preso pelos filisteus que o usaram para virar um moinho (Jz 16:20).
 
Mesmo assim, Deus continuou a amar Sansão e manteve os planos que tinha para a vida dele. Depois de ser preso, o Senhor restaurou a Sansão e os cabelos dele começaram a crescer-lhe. Numa ocasião em que todos os príncipes dos filisteus se juntaram para adorar a um deus e comemorar o fato de Sansão, o maior inimigo deles, ter ficado nas mãos deles, Sansão rogou a Deus que lhe desse mais uma vez força para que conseguisse derrubar os pilares do palácio onde estava e assim fazer destruir todo o edifício e levar a morte todos os príncipes filisteus e as três mil pessoas que estavam com eles. Podemos ver a oração de Sansão no versículo seguinte: "Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos." Jz 16: 28.
 
Assim, Sansão como o nosso Senhor Jesus, conquistou a sua maior vitória através da sua morte, e matou mais pessoas na sua morte do que em vida. Sansão sabia que tinha pecado ao contar o seu segredo e a expor-se a ameaça que Dalila constituía para ele. Por isso Sansão ao orar a Deus e a pedir por forças por apenas uma só vez mais para matar os filisteus, reconheceu que o propósito de Deus para a vida dele era que ele livrasse a Israel da opressão dos filisteus. Assim, Sansão pôs-se ao serviço do Senhor mais uma vez e o Senhor aceitou a sua oração e ele pode morrer dentro do propósito de Deus para a vida dele.
 

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Senhor pelejará por nós

Na vida cristã há algo, que nunca nos podemos esquecer: Deus é quem peleja pelo seu povo. O povo de Deus nada consegue pelas suas próprias forças, mas sim pelo poder de Deus, pela capacitação do Espírito Santo. O povo de Israel foi a nação escolhida, desde séculos atrás, para testemunhar o poder do Senhor e para viver para Deus. Na altura em que o povo de Israel esqueceu-se de que era Deus quem pelejava por eles, e que não era pelas próprias forças que iriam conseguir tomar posse da terra de Canaã, o povo murmurou contra Deu e pecou.
 
Depois da chegada dos doze espias da terra de Canaã, o povo de Israel e a maioria dos espias assustaram-se com a perspetiva de lutar contra um povo de grande estatura, quase gigantes; e quiseram por isso desistir de perseverar no promessa do Senhor, e voltar para a terra do Egito. As palavras do povo de Israel estão descritas no livro de Deuteronómio como podemos ver nos versículos seguintes: "Murmurastes nas vossas tendas e dissestes: Tem o Senhor contra nós ódio; por isso,  nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos. Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto do que nós é este povo; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus. Também vimos ali os filhos dos anaquins." Dt 1: 27- 28.
 
O povo de Israel mostrou com isso uma grande ingratidão, pois Deus tinha mostrado um tamanho poder ao liberta-los do Egito e enquanto os conduzia no deserto.  O povo de Israel apenas conseguiu sair do Egito porque Deus enviou dez pragas para as terras dos egípcios, tendo a ultima praga causado tamanha desolação que obrigou a faraó deixar o povo partir. Depois de partir do Egito, o povo de Israel ia sendo apanhado pelo exército dos egípcios, mas Deus abriu o mar vermelho permitindo que fugissem dos seus perseguidores.
 
Enquanto andavam pelo deserto, Deus pessoalmente os conduzia, com uma nuvem de dia e a noite com uma coluna de fogo. Quando sentiram forme, Deus os alimentou com maná; e  enquanto caminhavam, as suas roupas não envelheciam. Deus, cuidou do povo de Israel,  como um pai cuida de seus filhos. Por isso Deus se indignou contra o povo de Israel, exceto com Josué e Calebe, que perseveraram em seguir ao Senhor. Podemos ver isso nos versículos seguintes: "Mas nem por isso crestes no Senhor, vosso Deus, que foi adiante de vós por todo o caminho, para vos procurar o lugar onde deveríeis acampar; de noite, no fogo, para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar, e, de dia, na nuvem. Tendo, pois, ouvido o Senhor as vossas palavras, indignou-se (...)" Dt 1: 32-33.
 
Na nossa vida devemos ter a mesma postura que Moisés que acreditou que Deus iria adiante deles e que pelejaria por eles, da mesma forma como fizera para que eles saíssem do Egito. Vemos as palavras de Moisés no versículo seguinte: "O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito, como também no deserto, onde vistes que o Senhor, vosso Deus, nele vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes, até chegardes a este lugar." Dt 1: 30-31.
 
Devemos também perseverar em seguir ao Senhor e responder com fé as promessas dadas pelo Senhor Jesus. O povo de Israel não mostrou crer nas promessas do nosso Deus e quis voltar atrás. Esta atitude não agradou a Deus e por isso o povo que murmurou contra Deus, e não quis perseverar em seguir ao Senhor, não estraram na terra de Canaã. Apenas Josué e Calebe que perseveram no Senhor e confiaram no seu poder entraram na terra de Canaã. Para entrarmos no descanso prometido pelo Senhor, ou seja, na reino Celestial, devemos perseverar nas promessas do Senhor.
 
O autor da epístola aos Hebreus adverte que não aproveitou nada ao povo de Israel ouvir aos promessas de Deus sem terem crido nelas, porque assim, não entraram na terra prometida. Por isso devemos crer na Boas-Novas que ouvimos e agir com fé na Palavra de Deus para que possamos entrar no descanso que Deus preparou para nós. Podemos ver isso no versículo seguinte: "Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram." Hb 4:2.
 
Podemos confiar nas promessas do Senhor Jesus pois o seu cumprimento não depende do nosso poder, mas apenas do poder do Espírito Santo. Apesar de sermos limitado e falhos, temos o Senhor do nosso lado, que nos ama e por isso pelejará por nós na nossa luta contra o pecado, na nossa luta para segui-Lo e na nossa luta pela satisfação das necessidades do dia-a-dia. O nosso Deus é o Senhor dos Exércitos, Ele é o Senhor de todo céu e de toda a terra e por isso com Ele ao nosso lado somos mais do que vencedores.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Mas, ao terceiro dia ressucitará

A morte do Senhor Jesus, foi um acontecimento que abalou a consciência de todos aqueles que souberam da Sua morte. O Senhor Jesus, sendo um homem santo, justo, foi condenado a morte como um malfeitor e sofreu escárnios, maltratos físicos e por fim foi crucificado junto com malfeitores. Contudo, a morte do Senhor Jesus era necessária para que os pecados de todos aqueles que acreditassem Nele, fossem, perdoados. Tudo o que a humanidade deveria ter sofrido devido aos seus pecados, foi sofrido pelo nosso Senhor Jesus, para que hoje pudéssemos ser filhos de Deus e pertencentes ao reino do Rei dos reis e do Senhor dos senhores.
 
Para além de a morte do Senhor Jesus ter sido necessária, ela foi profetizada pelos profetas, como Isaías, Daniel e também David. O próprio Senhor Jesus, a medida que aproximava-se do tempo da comemoração da Páscoa,  foi avisando aos seus discípulos que iria para Jerusalém e que seria morto; e que tudo havia de se passar com Ele como tinha sido declarado pelos profetas. O Senhor Jesus avisou aos discípulos que seria entregue nas mãos dos principais sacerdotes e escribas; que iria ser escarnecido, ultrajado e cuspido; e que depois de açoitado seria morto. Contudo, o nosso Senhor anunciou-os também que ao terceiro dia da sua morte ressuscitaria.
 
Podemos ver as palavras do nosso Senhor Jesus, aos seus discípulos, nos versículos seguintes: " Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido; e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará." Lc 18: 31-33.
 
Apesar de ser Deus, criador dos Céus e da Terra, o nosso Senhor se entregou voluntariamente  nas mãos dos principais sacerdotes e escribas e sofreu ultrajes, espancamentos  e deixou-se ser crucificado por  amor de nós, pecadores. O nosso Senhor Jesus afirmou isso aos discípulos como podemos ver nos versículos seguintes do evangelho segundo João: " Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai. " Jo 10: 17-18.
 
Deus anunciou através do profeta Isaías, o sofrimento que Jesus iria passar; e podemos ver a descrição de como Jesus era encarado enquanto caminhava em direção à Cruz do Calvário. O nosso Senhor era desprezado, o mais rejeitado entre os homens; e era como uns dos homens de quem se esconde o rosto. Contudo, o nosso Senhor Jesus foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. O nosso Senhor Jesus sofreu, o castigo que nós merecíamos pelos nossos pecados, para que tivéssemos paz com Deus.
 
No livro do profeta Isaías vemos a descrição no nosso Mestre, como podemos ver nos versículos seguintes: "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. " Is 53: 4-5.
 
O nosso Senhor Jesus padeceu em nosso lugar e morreu, mas ressuscitou e hoje está assentado a destra de Deus e tudo governa. O nosso Senhor Jesus hoje é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, e é o nome sobre todo o nome. A grande alegria da festa Páscoa, é que o Senhor está vivo! Ele vive para todo sempre e virá um dia buscar a sua Igreja, para que ela esteja para sempre com Ele. O nosso Senhor Jesus, está também presente entre nós através do seu Santo Espírito e podemos ter um relacionamento com Ele, porque Ele nos ama, apesar de sermos pecadores. Hoje o reino Celestial está acessível a todos o homens, graças ao Senhor Jesus, que venceu a morte e o inferno.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Como eu vos fiz, façais vós também


O nosso Senhor Jesus é o nosso Mestre, aquele que nos ensina como devemos andar ao longo do tempo da nossa peregrinação nesta terra. Mas para além de nosso Mestre, o nosso Senhor Jesus também é o nosso exemplo de conduta de vida; o nosso Mestre nos ensinou como devemos nos comportar com os nossos irmãos e também com o nosso próximo em geral. Na Igreja, todos os cristãos têm por isso como referência de conduta o nosso Senhor Jesus, que era manso e humilde e se entregou a si mesmo por nós.
 
Quando se aproximou o tempo em que o Mestre havia de ser entregue aos principais sacerdotes e anciãos, o nosso Senhor deu-nos o exemplo de como deveria ser o nosso comportamento perante os nossos irmãos. Para isso, o nosso Senhor tomou o papel de escravo e tomou uma bacia e lavou os pés aos discípulos. Naquela época apenas os escravos lavavam os pés às outras pessoas. Esta tarefa, apesar de grande importância naquele tempo, não era muito nobre, pois as pessoas andavam quilómetros em estradas empoeiradas, e consequentemente ficam com os pés suados e sujos.
 
Este ato de serviço humilde foi acompanhado da seguinte advertência: " Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros." Jo 13:13-14. O mais importante desta advertência, é o seguinte: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." Jo 13:15.
 
O nosso Senhor Jesus deve ser o nosso exemplo de vida, e por isso devemos imita-Lo não só no serviço cheio de humildade feito para os nossos irmãos, como também no amor que demonstrou para com o próximo e a Sua perseverança, mesmo perante grandes oposições, em seguir firme na obediência ao Pai Celeste, no cumprimento do propósito de Deus para a sua vida.
 
Durante o tempo que esteve ministrando, o Senhor Jesus demonstrou sempre um comportamento de servo, de alguém que estava sempre disposto a servir aos necessitados: nas suas enfermidades, realizando curas milagrosas; satisfazendo a necessidade de alimento, multiplicando pães e peixes; e também servindo aqueles que necessitavam de perdão e salvação, oferecendo o seu perdão e a hipótese de recomeçar uma nova vida. O nosso Senhor doou completamente a sua vida ao ponto de não só viver para responder as necessidades dos outros, como também entregando-se na cruz do Calvário para o resgate de muitos.
 
Desta forma, na sua primeira vinda o nosso Senhor não veio como um homem importante, com muitas pessoas para servi-Lo; mas veio sim, como um homem humilde, pobre e que servia os outros, dando alimento, curando enfermidades e pregando a vontade do nosso Pai Celeste para as nossas vidas. A humildades da pessoa de Jesus pode ser vista no facto de Ele conviver com pessoas desprezadas pela sociedade; ao contrário das pessoas ricas e importantes que só conviviam com pessoas ilustres da sociedade.  Este facto surpreendia muito os escribas e fariseus da altura que comentavam o facto de ele comer e beber com publicanos e pecadores.
 
O nosso Senhor Jesus também advertiu aos seus discípulos que no mundo os governadores e aqueles que exercem autoridade são aqueles que são servidos e que dominam os outros. Mas, no reino de Deus aquele que quiser tornar-se grande é este quem deve ser o servo de todos; da mesma forma que o Senhor Jesus que, sendo Senhor e Mestre, não veio ao mundo para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
 
Podemos ver as palavras do Senhor Jesus sobre esse assunto nos versículos seguinte: "Então, Jesus, chamando-os disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse que vos sirva ; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua  vida em resgate de muitos." Mt 20: 25-28.
 
O exemplo de vida cristã a ser tomado deve ser a vida do Senhor Jesus; e por isso devemos viver para servir ao nosso próximo e entregar as nossas vidas a Deus e a sua vontade. Devemos ser humildes e tomar a posição de servos perante o nosso próximo, ou seja, de escravos, como o nosso Senhor Jesus que lavou os pés aos discípulos.  Devemos viver imitando ao nosso Senhor Jesus Cristo, que viva amando ao próximo e estendendo a sua mão a todos os desamparados e marginalizados pela sociedade.

terça-feira, 22 de março de 2016

A semente e os espinhos

O nosso Senhor Jesus compara a Palavra Deus ouvida pelo homem com uma semente. Esta Palavra, ao ser ouvida cai no coração, ou seja fica na mente do ouvinte e origina frutos, que podem ser visíveis  em atitudes executadas de acordo com a palavra de Deus, mudança  de carater entre outras  coisas. O nosso Mestre adverte-nos que depois de ouvirmos a Sua palavra algumas coisas podem impedir que essa Palavra origine mudança em nós, e à essas coisas, o nosso Senhor Jesus chama de espinhos.
 
No evangelho segundo Mateus vemos descritas as palavras do nosso Mestre sobre o resultado da Palavra na vida das pessoas depois de elas ouvirem uma pregação. Algumas pessoas depois de ouvirem a Palavra de Deus não a compreendem, veem a Palavra de Deus a ser roubada pelo Maligno dos seus corações (Mt 13:19). Outras pessoas ouvem a Palavra de Deus  e a recebem com alegria, mas chegando a angustia ou a perseguição escandalizam-se logo  e rejeitam o que ouviram (Mt 13:20-21). Outras pessoas recebem a Palavra e a aceitam como a vontade de Deus para as suas vidas; mas, os cuidados com as coisas da vida, a fascinação das riquezas e outras ambições, como ambições profissionais e pessoais impedem que a Palavra frutifique (Mt 13:22).
 
Isto porque todas as coisas atrás descritas, concorrem para desviar o olhar do crente do foco que é Jesus e a sua vinda. Para além dos cuidados com as atividades normais do dia a dia, relacionadas com coisas necessárias para a vida, desviarem o pensamento do cristão de Deus, e da sua vontade, as riquezas também podem fascinar o cristão e tornarem-se a maior ambição da sua vida. A fascinação das riquezas e a vontade de acumular cada vez mais riquezas, fazem com que o cristão seja aliciado a deixar de ser generoso em dar aos outros para poder acumular mais para si. Assim,  a Palavra ouvida pelo cristão deixa de ter efeito na sua vida, porque está demasiado centrado nas coisas do dia a dia e nas riquezas para poder agir de acordo com a Palavra que ouviu.
 
O nosso Deus diz-nos através da primeira epístola a Timóteo que aqueles que possuem bens devem praticar o bem, ser ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir. Podemos ver isso no versículo seguinte: "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos em repartir;" 1Tm 6:17-18. Quando o cristão está centrado nos seus a fazeres dia a dia, e em acumular riquezas, não consegue praticar o que nos foi recomendado por Deus nos versículos atrás descritos e caba por desviar-se da fé.
 
Quanto a mentalidade de acumular riquezas para si mesmo, sem repartir com os necessitados, o nosso Mestre a chama de loucura; porque todos aqueles que acumulam riquezas para si mesmos e não partilham com o próximo não são ricos para Deus. Para seremos ricos para Deus é necessário, para além de depositarmos a nossa esperança Nele, e não em bens materiais, praticar o bem, ser ricos em boas obras, generosos em dar e prontos a repartir.  Por isso aquele que acumula bens materiais na terra, mas não entesoura nos céus, é louco, porque tudo aquilo que entesourou fica na terra e por não ter sido rico para com Deus, perde a vida eterna.
 
O nosso Mestre fala-nos disso através da parábola do rico fazendeiro, como vemos nos versículos seguintes: "Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." Lc 12: 20-21. Por tudo isso, podemos evitar os espinhos que tentam sufocar a Palavra em nós implantada por Deus, focando o nosso olhar em Jesus Cristo e no seu exemplo de vida. Para além disso, através da capacitação do Espírito Santo o cristão pode também seguir as pisadas no Mestre em terra e por isso o revestimento do Espírito Santo é a grande arma contra os espinhos que possam querer crescer nos nossos corações.

sábado, 12 de março de 2016

A primeira Páscoa

Na primeira Páscoa, o povo de Israel celebrou a sua libertação da opressão dos seus inimigos. Por outro lado, a primeira Páscoa foi a celebração da proteção conferida pela sangue do cordeiro da morte causada pelo destruidor enviado por Deus ao Egito. Geração após geração a celebração da Páscoa foi mantida pelo povo de Israel até a consumação dos tempos onde o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo foi morto para a proteção do povo de Deus da morte eterna. 
 
Hoje também celebramos a Páscoa mas o motivo da nossa celebração não é mais a proteção do primogénitos dos homens e dos animais através do sangue do cordeiro, mas sim a proteção da morte eterna através do sangue do verdadeiro Cordeiro, derramado na cruz do Calvário.  
 
O nosso Deus instituiu a celebração da Páscoa porque iria libertar o povo de Israel da opressão dos egípcios e ao mesmo tempo iria julgar o Egito  enviando um anjo para matar todos os primogénitos dos egípcios e também dos seus animais. No livro do Êxodo vemos as palavras do nosso Deus: "Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogénitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor." Ex 12:12. 

 
No livro do Êxodo vemos Deus referindo que o sangue do cordeiro seria o sinal para que o anjo de Deus não ferisse o povo de Israel. Podemos ver as palavras de Deus sobre esse assunto no versículo seguinte: " O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito." Ex 12:13. 

Da mesma forma como o povo de Israel tinha uma marca distintiva, ou seja, o sangue do cordeiro, que protegia o povo da morte, hoje a Igreja do Senhor tem também uma marca que a distingue e que a protege da condenação eterna. Esta marca é o sangue de Jesus Cristo, o nosso Salvador.  
 
Através do sangue de Jesus Cristo a Igreja é purificada dos seus pecados e por isso é aceite na presença do Pai Celeste. Através desta enorme graça que é o sangue do Filho do Deus Altíssimo derramado na Cruz do Calvário, a Igreja de Jesus tem a oportunidade de ser liberta da escravidão do pecado e assim ter uma nova vida, de obediência e de consagração a Deus.   
 
O apóstolo Paulo diz-nos na sua carta aos efésios que através do precioso sangue de Jesus Cristo temos a remissão dos nossos pecados, devido a enorme graça de Deus. Podemos ver isso no vesiculo seguinte: "no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça." Ef 1:7. O mesmo diz o apóstolo Paulo na sua epístola aos romanos: "a quem Deus propôs, no seu sangue, como  propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. " Rm 3:25. 
 
Apagados os nossos pecados, fomos reconciliados com Deus Pai e por isso, devido do sangue do Cordeiro temos a oportunidade de ter comunhão com Deus e de adorá-Lo. O apóstolo Paulo diz-nos que através da morte de Jesus Cristo, ou seja, do seu sangue, nós fomos reconciliados com Deus Pai ; e estando reconciliados, seremos salvos da morte eterna através da vida de Jesus Cristo. 
 
O Cordeiro de Deus, santo, puro e justo entregou o seu sangue por nós e morreu na Cruz do Calvário, mas ressuscitou ao terceiro dia, e vive para sempre. Como Ele ressuscitou, temos uma nova vida Nele e viveremos eternamente com Ele. Na epístola aos efésios, o apóstolo Paulo refere a ressurreição de Jesus Cristo e a nova posição de Jesus Cristo, como Rei dos reis, sentado a direita de Deus Pai e intercedendo por nós: "o  qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro." Ef 1:20-21.
 
Por este motivo, a festa da Páscoa é uma festa cheia de alegria porque comemora não só a libertação do povo de Deus da escravidão do pecado e da morte eterna, como também a obra grandiosa da salvação do nosso Senhor Jesus, que mesmo sofrendo tamanha oposição caminhou até ao fim no plano da salvação e hoje está assentado a direita de Deus Pai, e é o Rei dos reis, o nome sobre todo o nome. 

quinta-feira, 3 de março de 2016

Volta, ó Israel

Nos dias atuais, é notório o afastamento da Igreja de Deus e dos seus mandamentos. Por isso, da mesma forma como o Senhor Deus disse a Israel, antes do exílio na Babilónia, que voltasse para Ele; o Senhor nosso Deus diz a sua Igreja hoje que volte para Ele, e que se arrependa dos seus pecados. 
 
No livro do profeta Oseias vemos as palavras do nosso Deus: "Volta, ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados, estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Perdoa toda iniquidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios dos nosso lábios." Os 14: 1-4. 
 
Deus deseja também que a Igreja de hoje se arrependa de toda a sua iniquidade e que lhe peça perdão. A iniquidade hoje é notória; muitas pessoas têm-se acostumado a prática de determinados pecados, de tal forma que já não acham que essas ações desagradam a Deus. Essa prática repetida de pecado e que torna-se moralmente aceite pelos cristãos é chamada de iniquidade. Por as pessoas estarem habituadas a pratica desses pecados e por já não se lembram que essas ações desagradam a Deus, não esperam ser julgadas por estes pecados. 
 
Por isso o nosso Deus deseja que a sua Igreja se arrependa de toda a sua iniquidade; que abandone a prática do pecado e volte para a Sua presença. Por exemplo a Igreja de Jesus Cristo atualmente tem adotado muita da mentalidade mundana e por isso o objetivo principal das pessoas da Igreja de hoje tem sido mais o alcançar sucesso, bens materiais em vez de ter como objetivo obedecer ao Senhor, quanto ao amor a Ele e ao próximo. 
 
A mentalidade do mundo tem em si muito o que desagrada a Deus, como a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e também a soberba da vida. Por isso, muitos cristãos hoje focam o seu objetivo de vida no possuir aquilo que os seus olhos veem e em deleitar-se nos prazeres proporcionados pelo comer, beber e também pelo sexo.  
 
Por outro lado, muitos têm como objetivo destacarem-se dos demais e serem superiores aos que estão a sua volta. Esta soberba da vida, que muitas vezes é cultuada através de títulos diversos, roupas distintas, carros luxuosos, é contrária aos ensinamentos do nosso Mestre. 
 
O nosso Senhor Jesus deseja que coloquemos os outros a cima de nós mesmos, que servimos uns aos outros; e não que nos coloquemos a cima dos outros e nem que desejemos que outros nos sirvam a nós. Podemos ver isso no evangelho segundo São João quando o nosso Mestre lava os pés aos discípulos, como é citado a seguir: "Ora, se eu, sendo o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também." Jo 13: 14-15. 
 
O nosso Senhor Jesus ensinou-nos também que devemos olhar para as necessidades dos outros e usar os nosso recursos não apenas para satisfazer os nossos desejos mas também para auxiliar aqueles que estão em necessidade. O nosso Senhor Jesus deixa-nos esta mensagem através da parábola do bom samaritano (Lc 10:33-34). 
 
Para segui-Lo, o nosso Mestre diz-nos que devemos carregar a nossa cruz, e assim como Ele, caminhar em obediência a Deus Pai, rumo ao propósito de Deus para a nossa vida. Para isso, como disse o nosso Senhor, temos de negar a nossa carne, com as suas concupiscências dos olhos, da carne e com a soberba da vida para que possamos andar em humildade servindo a Deus e ao próximo nas suas necessidades. 
 
Apesar de muitos cristãos frequentarem regularmente a Igreja estão longe de Deus, embrenhados nas suas concupiscências e nos objetivos do mundo. Por isso o nosso Deus diz a Igreja que se arrependa das suas iniquidades e que volte para Ele pois Ele está de braços abertos para a receber.