Na primeira Páscoa, o povo de Israel celebrou a sua libertação da opressão dos seus inimigos. Por outro lado, a primeira Páscoa foi a celebração da proteção conferida pela sangue do cordeiro da morte causada pelo destruidor enviado por Deus ao Egito. Geração após geração a celebração da Páscoa foi mantida pelo povo de Israel até a consumação dos tempos onde o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo foi morto para a proteção do povo de Deus da morte eterna.
Hoje também celebramos a Páscoa mas o motivo da nossa celebração não é mais a proteção do primogénitos dos homens e dos animais através do sangue do cordeiro, mas sim a proteção da morte eterna através do sangue do verdadeiro Cordeiro, derramado na cruz do Calvário.
O nosso Deus instituiu a celebração da Páscoa porque iria libertar o povo de Israel da opressão dos egípcios e ao mesmo tempo iria julgar o Egito enviando um anjo para matar todos os primogénitos dos egípcios e também dos seus animais. No livro do Êxodo vemos as palavras do nosso Deus: "Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogénitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor." Ex 12:12.
No livro do Êxodo vemos Deus referindo que o sangue do cordeiro seria o sinal para que o anjo de Deus não ferisse o povo de Israel. Podemos ver as palavras de Deus sobre esse assunto no versículo seguinte: " O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito." Ex 12:13.
Da mesma forma como o povo de Israel tinha uma marca distintiva, ou seja, o sangue do cordeiro, que protegia o povo da morte, hoje a Igreja do Senhor tem também uma marca que a distingue e que a protege da condenação eterna. Esta marca é o sangue de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Através do sangue de Jesus Cristo a Igreja é purificada dos seus pecados e por isso é aceite na presença do Pai Celeste. Através desta enorme graça que é o sangue do Filho do Deus Altíssimo derramado na Cruz do Calvário, a Igreja de Jesus tem a oportunidade de ser liberta da escravidão do pecado e assim ter uma nova vida, de obediência e de consagração a Deus.
O apóstolo Paulo diz-nos na sua carta aos efésios que através do precioso sangue de Jesus Cristo temos a remissão dos nossos pecados, devido a enorme graça de Deus. Podemos ver isso no vesiculo seguinte: "no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça." Ef 1:7. O mesmo diz o apóstolo Paulo na sua epístola aos romanos: "a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. " Rm 3:25.
Apagados os nossos pecados, fomos reconciliados com Deus Pai e por isso, devido do sangue do Cordeiro temos a oportunidade de ter comunhão com Deus e de adorá-Lo. O apóstolo Paulo diz-nos que através da morte de Jesus Cristo, ou seja, do seu sangue, nós fomos reconciliados com Deus Pai ; e estando reconciliados, seremos salvos da morte eterna através da vida de Jesus Cristo.
O Cordeiro de Deus, santo, puro e justo entregou o seu sangue por nós e morreu na Cruz do Calvário, mas ressuscitou ao terceiro dia, e vive para sempre. Como Ele ressuscitou, temos uma nova vida Nele e viveremos eternamente com Ele. Na epístola aos efésios, o apóstolo Paulo refere a ressurreição de Jesus Cristo e a nova posição de Jesus Cristo, como Rei dos reis, sentado a direita de Deus Pai e intercedendo por nós: "o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro." Ef 1:20-21.
Por este motivo, a festa da Páscoa é uma festa cheia de alegria porque comemora não só a libertação do povo de Deus da escravidão do pecado e da morte eterna, como também a obra grandiosa da salvação do nosso Senhor Jesus, que mesmo sofrendo tamanha oposição caminhou até ao fim no plano da salvação e hoje está assentado a direita de Deus Pai, e é o Rei dos reis, o nome sobre todo o nome.
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