sexta-feira, 31 de julho de 2015

Endurecimento do coração

Na sua vida cristã, os crentes são aconselhados a ouvir o Mestre, fugindo do pecado, e procurando agradar a Deus. O crente, após a sua conversão ganha um novo coração, ou seja uma nova consciência do que é certo ou do que é errado de acordo com a Palavra de Deus. ”Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentre vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36:27-27.
 
Quando o crente peca, a sua própria consciência acusa-o do pecado e o crente sente uma enorme dor psicológica. Se o crente cometer o mesmo pecado repetidamente, a dor psicológica fica progressivamente mais enfraquecida e a sensibilidade ao Espírito vai sendo cada vez menor.
Neste estado o crente fica com a mente cauterizada e o crente não consegue ouvir o Espirito Santo falando. Para além disso, a pessoa perde a capacidade de confessar a si mesma os seus pecados ou erros e tende a colocar a culpa pelos seus atos nos outros.
Por vezes, o crente pode também deixar de acreditar que, o que está escrito na Palavra de Deus se aplica a sua vida e da necessidade de cumprir o que está escrito na Palavra de Deus. Por isso, crente acaba por acreditar que pode viver sem obedecer o que está escrito na Bíblia, e cumpre o que acha mais conveniente.
O crente assim acaba por dar lugar a incredulidade no seu coração, e deixa de ter fé em Deus e na sua justiça. Como diz o autor da epístola aos Hebreus, a incredulidade afasta o homem de Deus, e por isso é um obstáculo para a comunicação com Deus e para a resposta de Deus as orações. “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” Hb 3:12.
Os crentes são aconselhados a exortar-se uns aos outros no tempo que se chama hoje, sobre os perigos de andar em pecado para a fé e para a comunhão com Deus, como nos diz o autor da epístola aos Hebreus: ”pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.” Hb 3:13.
O crente para tornar o seu coração novamente sensível a Deus, deve abrir os seus olhos para o pecado e consciencializar-se que precisa de arrepender-se ou mudar de caminho. A consciência do pecado, quando o crente tem os seus olhos abertos, traz uma agonia santa ou um quebrantamento de coração. O pecador, quando quebrantado chora pela ofensa cometida contra Deus e não pelas consequências ou punição do pecado.
Todos aqueles que se aproximam de Deus com um coração quebrantado não são rejeitados por Deus e podem lavar a sua consciência com o sangue de Cristo, pois Jesus Cristo morreu na Cruz do Calvário pelos nossos pecados. ”muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos o Deus vivo!” Hb 8:14.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Jesus, o caminho da paz

Jesus Cristo é o caminho do homem para a paz, não só a paz com Deus, mas como também, a paz com o próximo e com a sua consciência. Jesus Cristo nos reconciliou com o Pai Celeste através da sua morte na Cruz do Calvário e através do seu Sangue purificou as nossas consciências de todo pecado, pois, todas as nossas iniquidades foram punidas na Cruz do Calvário.
Todo o homem sendo pecador, está longe de Deus devido a sua malignidade, não só nos seus pensamentos, mas também nas suas atitudes, e constitui-se inimigo de Deus, contrário aquilo que Deus manda e aprecia. Apenas com o sangue de Jesus Cristo o homem pode ser purificado do pecado e aceitável na presença de Deus.
Por isso o apóstolo Paulo diz-nos acerca de Jesus Cristo: “e que havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte (…)” Cl 1:20-22.
O nosso Mestre é o caminho para uma vivência em paz com o próximo. Através da obediência aos seus ensinamentos, o homem pode andar num caminho de paz com o próximo. Um dos pilares para a paz é o perdão das faltas cometidas pelo próximo. O nosso Mestre recomendou-nos que perdoássemos as faltas cometidas contra nós, como forma de sermos agradecidos pelo perdão que recebemos do Pai pelas nossas faltas (Mt 18:23.25).
Outro segundo pilar é a longanimidade, a capacidade de não se irritar com as atitudes que não vão de encontro com as nossas expectativas e a bondade que faz desprezar as ofensas. O apóstolo Paulo aconselha-nos a revestir-nos de longanimidade para convivermos com o nosso próximo. “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de mansidão, de longanimidade.” Cl 3:12.
A longanimidade também é o caracter da pessoa que suporta as adversidades e que prossegue no seu empenho apesar dos obstáculos. No relacionamento com o próximo, nas diversas metas da vida quotidiana e na vida da cristã, temos de ter a capacidade de suportar as adversidades e prosseguir rumo a paz com o nosso próximo, aos objetivos da nossa vida quotidiana e á nossa meta principal que é atingirmos a pátria celestial com a imagem de Cristo desenvolvida em nós.
Outro terceiro pilar é a capacidade de aceitar as debilidades e fraquezas do próximo e também a diversidade de gostos que o ser humano pode ter. Outro aspeto importante é não deixarmos que a raça e aspetos culturais tornem-se num obstáculo para aceitarmos o nosso próximo. No corpo de Cristo não importa a raça, nem sexo, pois somos todos membros de um só corpo, como nos diz o apóstolo Paulo: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”Gl 3:28.
A paz é um fruto do Espírito Santo na vida do crente, a medida que ele caminha em obediência a Jesus Cristo e se submente a sua vontade mesmo quando esta vai contra a sua vontade pessoal. O nosso Mestre deixou-nos o exemplo de obediência, e mostrou-nos que veio a terra, não para fazer a sua vontade mas para fazer a vontade de Pai (Jo 6:38). Devemos imitar o Mestre e caminhar na paz.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Pelos frutos conhecereis a árvore

O nosso Mestre afirma que Ele é a videira verdadeira e que os crentes de todo mundo são os seus ramos. Como ramos da videira, a nossa vocação ou objetivo é darmos frutos para Deus. A capacidade de gerar frutos é o que identifica os discípulos do Senhor. “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.” Jo15:1.
Os frutos produzidos por uma árvore é o que permite identifica-la. Os cristãos também têm um fruto característico, que é o Fruto do Espírito. O fruto do Espírito Santo descrito pelo apóstolo Paulo é também o caracter do cristão desenvolvido pela ação do Espírito Santo ao longo da vida do crente. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22-23.
O nosso Mestre indicou no Sermão da Montanha as características do caracter do cristão, que são: humildade, sensibilidade em relação ao pecado e capacidade de chorar pelos pecados do próximo, mansidão, misericórdia, obediência, ser limpo de coração, ser pacificador, comprometidos com Deus e pacientes (Mt 5: 4-10).
O carácter do cristão indicado pelo Mestre é o mais importante na vida do crente, independentemente do que ele faça para servir a Deus, ou na sua vida secular. O nosso Mestre diz-nos no evangelho de Lucas que o que nenhuma árvore má produz bons frutos, nem nenhuma árvore boa produz frutos maus. Por isso, quem está em Cristo e faz parte da videira produz os frutos próprios da videira, ou seja tem o caracter de Jesus Cristo.
O coração é a peça fundamental do caracter, e é do coração que o homem tira o bem ou o mal: “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” Lc 6:43-45.
Todos aqueles que fazem parte da Videira, ou seja do Corpo de Cristo, são inspecionados pelo Pai Celeste e limpos através de um processo de poda, para que produzam mais frutos e sejamos transformados até a imagem de Jesus Cristo “Todo o ramo que em mim não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto Ele limpa, para que produza mais fruto ainda” Jo15:2.
A poda é o processo de purificação do crente, de tudo aquilo que não agrada a Deus, que tire o foco de Deus, ou que não contribui para que ele dê fruto e pode ser feita através de uma determinada circunstância ou influência de pessoas. Depois da poda, o crente fica preparado para um novo tempo, para uma nova estação, apesar de ficar mais “vazio” com o aspeto de uma árvore sem ramos nem folhas.
O nosso Mestre aconselha-nos a permanecer Nele, na sua Palavra e na sua vontade, para que Ele permaneça em nós, porque, assim como o ramo da videira, não podemos produzir frutos se não permanecermos Nele. Isto porque, sem Jesus nada podemos fazer:” Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” Jo 15:5.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Responsabilidade pessoal nas decisões


O Homem foi feito com capacidade de decisão sobre todos os assuntos relacionados com a sua vida: desde a uma simples peça de roupa, passando pela escolha do marido/esposa, até a sua vida com Deus. Nas decisões que toma o homem tem de assumir a responsabilidade pelas suas ações e pelas consequências que advenham delas.

Como a vida do homem pertence a Jesus, nosso Deus, tanto do homem que O aceita com Senhor e salvador como aquele que não aceita, teremos de prestar contas de cada decisão que tomamos em vida ao nosso Senhor Jesus: “Assim, pois cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” Rm 14:12.

O nosso Deus diz-nos no livro que Ezequiel que o julgamento e a consequente condenação feita ao homem não depende dos pecados cometidos pelos familiares, mas apenas dos cometidos pela própria pessoa: “ A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” Ez 18:20.

O homem é responsável pela sua saúde, relacionamentos, ministérios, tempo, família, pelo poder colocado por Deus nele, pela sua vida com Deus e pelo seu crescimento espiritual. Em cada área da nossa vida, em cada decisão que tomamos é necessário assumir a responsabilidade pelos atos cometidos, reconhecendo que a culpa final do que fazemos é nossa porque somos nós que escolhemos.

Não devemos tentar colocar a culpa do que fazemos nos diabos, ou desculpar-nos pela má influência de outras pessoas como foi o caso de Adão e Eva quando pecaram. Eva foi tentada pela serpente a desobedecer a Deus comendo a maçã, e decidiu não só desobedecer a Deus, como também influenciar negativamente a seu marido Adão.

Nenhum dos dois quis assumir as suas responsabilidades: Eva culpou a serpente dizendo que esta a enganou e Adão culpou a Eva. ”Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus a mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou e eu comi.” Gn 3: 12-13.

Na nossa saúde, somos nós os responsáveis pelos resultados que observamos, porque somos nós os responsáveis pelo que comemos e em que proporções e pela prática de exercício físico. Por isso, a alimentação e a prática de exercício físico devem ser ajustadas de forma a alcançarmos os resultados que desejamos.

Daniel foi um homem que assumiu a responsabilidade pelo que comia, e decidiu quando chegou a Babilónia não contaminar-se com os manjares da mesa do rei mas sim, ter uma alimentação simples e saudável a base de legumes.” Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então ele pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.(…) Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos deem legumes a comer e água a beber.” Dn 1: 8, 12.

Somos também responsáveis por nossos relacionamentos. Se não temos os relacionamentos que queremos é porque fizemos escolhas erradas, quanto a amigos, namorado/a ou marido/mulher.

No nosso ministério também somos responsáveis por desenvolver os talentos que o nosso Deus nos deus. Somos nós quem decidimos multiplicar os talentos que o Senhor nos deu como na parábola das dez minas descrita pelo nosso Mestre: “Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte. (…) Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez” Lc 19:13, 16.

O nosso tempo, foi-nos dado por Deus e apesar sermos apenas mordomos, cabe a nós decidir como gerimos o nosso tempo e as nossas prioridades nas 24 horas que Deus nos concede por dia. O apóstolo Paulo aconselha na sua epístola aos Efésios a remirmos o tempo, porque os dias são maus “ Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”Ef 5: 15-16.

Devemos assumir a nossa responsabilidade pela nossa família, como Rute fez com a sua sogra Noemi, não deixando-a sozinho no mundo, mas indo com ela, para onde quer que fosse, pois Rute sabia que para além dela e da sua cunhada Orfa não havia mais ninguém que pudesse olhar pela Noemi: ”Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” Rt 1:16.

Somos também responsáveis por manter o nosso templo compatível, com o Espírito Santo que habita em nós. Somos responsáveis por evitar as atitudes que desagradam o Espírito Santo, como a ira, a mágoa, o ódio, a contenda, a gritaria, a malícia e a maledicência. O apóstolo Paulo diz na sua carta aos Efésios: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira e gritaria, e blasfémias, e bem assim toda a malícia” Ef 4: 30-31.

As decisões devem ser bem pesadas, e orientadas pela Palavra de Deus, e levadas a vante mesmo quando sejam difíceis como a decisão que Rute tomou em relação a sua sogra. Noemi, a sogra de Rute, era de um povo diferente do seu, e de numa terra que ela desconhecia; mas mesmo assim, Rute preferiu ir com a sogra para a sua terra natal do que ir para o seu povo como fizera a sua cunhada Orfa.

Essa decisão trouxe ricas recompensas para Rute pois a terra de Noemi lhe trouxe fartura, encontrou um bonito lar e um marido piedoso. A maior bênção que a decisão de Rute trouxe foi tornar-se ancestral de Cristo, dando a luz a Obede, neto do avô de Davi. Também nós devemos assumir as nossas responsabilidades, tomar decisões mesmo que difíceis.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Para que alvo corremos?

Existem principalmente duas corridas segundo a Palavra de Deus: uma em direção a vida eterna para alcançar uma coroa incorruptível e outra corrida em direção ao sucesso financeiro, sucesso no trabalho, ou seja, em direção ao materialismo e ao consumismo.

Os cristãos são exortados a correr a carreira que Jesus Cristo nos propôs para alcançarmos a vida eterna; por outras palavras, aconselha-nos a percorremos um caminho mutas vezes estreito, renegando toda a concupiscência dos olhos, da carne e também a soberba da vida; colocando em primeiro lugar os interesses do Pai Celestial e amando o próximo como a nós mesmos.

O apóstolo Paulo aconselhar-nos na sua primeira carta aos coríntios, a correr de forma a alcançarmos o prémio, ou seja de forma a alcançarmos a vida eterna. ”Todo o atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma cora incorruptível; nós, porém, a incorruptível” 1Co 9:25. Por isso devemos deixar todo o pecado que nos pesa, como a falta de perdão, a mágoa, o ódio, a ira, prática da vingança e ignorar todas as inclinações da carne.

A nossa corrida deve ter como princípio diário renegarmos a nossa própria carne, carregarmos a nossa cruz e seguir o Mestre. Essa corrida diária deve ser feita com perseverança, pois muitas coisas colocam-se no caminho dos crentes para desviar os passos deles para outro caminho.

Devemos ignorar tudo o que nos possa distrair do nosso objetivo, como a filosofia materialista e consumista do mundo, a nossa própria carne e as distrações do diabo. Devemos desviar o nosso olhar do nosso próprio eu, e dos nossos prazeres, para ver as necessidades do nosso próximo e dispor-nos para fazer a vontade de Deus.

A Bíblia relata vários testemunhos de vidas que acabaram a sua carreira e guardaram a sua fé, sempre em obediência a Deus. Entre estes testemunhos de vida temos, Abraão, Israel, José, Moisés, Rute, Davi, Daniel, João Batista, os apóstolos, como por exemplo, Pedro, João, Paulo entre outros.

Por isso, o autor da epístola aos Hebreus aconselha-nos a olhar para a tão grande nuvem de testemunhas que nos rodeia, e a desembaraçar-nos de todo o peso e pecado que nos assedia, e a corrermos com perseverança a carreira que nos está proposta. “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança a carreira que nos está proposta” Hb 12:1.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus é o nosso exemplo maior da caminhada cristão Ele sendo Deus se fez homem, e viveu na terra como um filho de carpinteiro, dando-nos o exemplo de humildade, de amor ao Pai, de serviço e amor ao próximo. Jesus Cristo foi obediente ao Pai, e cumpriu o plano de salvação para a humanidade, apesar de toda a posição que sofreu, de todo o escarnio, zombaria dos homens que o convidavam a descer da cruz e desistir do sacrifício.

Por isso a nossa caminhada deve ser feita olhando firmemente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, o nosso exemplo de vida, o nosso sustentador a cada dia como nos aconselha o autor da epístola aos Hebreus: ”olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado á destra do trono de Deus.” Hb 12:2.

O nosso Mestre não fez caso da vergonha que iria sofrer na cruz do Calvário e caminhou até ao fim no plano da salvação, e hoje está assentado a destra de Deus. Da mesma forma não devemos fazer caso quando o mundo goza de nós, ou quando somos vistos como loucos por seguir ao nosso Mestre. Devemos olhar para Jesus e seguir persistentemente rumo a nosso alvo, a vida eterna.

Devemos refletir que caminho estamos a correr e desviar os nossos pés de tudo o que nos afasta do nosso alvo principal, ou que nos faz percorrer caminhos condenadas pelo Mestre; e ao mesmo tempo revestir-nos de toda a humildade, mansidão, longanimidade, para obedecermos ao Mestre, amarmos ao nosso próximo e seguir a carreira que Jesus nos propôs até ao fim.

 

sábado, 11 de julho de 2015

Sete chamados de Jesus Cristo

O nosso Senhor Jesus chama aos homens para a salvação e também para mais seis factos importantes: a separação do mundo, a renúncia pessoal, a consagração, a imitação, o serviço e para a prontidão.

O primeiro chamado do nosso Mestre é o chamado para a salvação, para o livramento da morte eterna, e da ira de Deus. A morte eterna é a separação eterna de Deus num lago de fogo, a que é chamado inferno. Desta forma, a ira de Deus é a sua ação sobre o pecado, ou seja é o julgamento de cada ato que é contra a vontade de Deus. Por isso o chamado para a salvação é muito importante, pois define o destino eterno do homem após a sua morte.

A medida que desenvolvemos o nosso relacionamento com Deus, o nosso Mestre nos chama a separação do mundo, que tem duas dimensões uma negativa, em relação ao mundo, da sua mentalidade e das obras, e outra positiva, em relação a Deus que consiste em dedicar-nos a uma íntima comunhão com Deus, através da dedicação, adoração e serviço a Deus.

A separação do crente do mundo é muito importante pois o reino de Deus nada tem  em comunhão com o reino das trevas e não existe possibilidade de associar a justiça com a iniquidade, nem a luz com a trevas, nem o justo com o incrédulo. O nosso Mestre não tem qualquer harmonia com o Maligno, não há nada em comum entre o reino de Deus e o reino das trevas. “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união entre o crente com o incrédulo? 2Co 6: 14-15.

Portanto, o pecado ou a carne não deve orientar as nossas decisões nem reinar na nossa vida; devemos nos oferecer a Deus, como ressurretos dentro os mortos, e oferecer os nossos membros, mente e talentos para Deus como instrumentos de justiça. ”Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas ofereçais-vos a Deus, como ressurretos dentro os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” Rm 6: 12-13.

Outro chamado do nosso Mestre é para a renúncia diária da nossa carne e das nossas vontades de forma a colocarmos a Jesus Cristo e a Sua vontade em primeiro lugar. “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14: 35. A nossa renúncia pessoal deve ser diária para agradarmos ao Mestre.

A carne impede a relação com Deus e por isso não devemos viver segundo a carne, mas sim mortificar as obras da carne, para que não nos comportemos como inimigos de Deus. “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo certamente, vivereis” Rm 8:13.

A amizade ao mundo também destrói o relacionamento com Deus por isso devemos renunciar o amor ao mundo e a sua mentalidade do mundo. O apóstolo João diz na sua primeira epístola: “ Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” 1Jo2:15.

Um exemplo de renúncia foi a do publicano Levi que renunciou tudo que tinha, o seu dinheiro e profissão e seguiu a Jesus Cristo. A renúncia de Levi, que se tornou no apóstolo Mateus, foi feita com alegria e com comemoração através de um banquete que ofereceu para Jesus Cristo, aos apóstolos, e a muitos publicanos e pecadores que se tinham tornado discípulos do Mestre (Lc 5:29-30).

A medida que vamos caminhando com Deus, o Mestre nos chama a consagração para podermos ser apenas usados para o Seu serviço e para a sua vontade. Por isso o Mestre convida-nos a deixar tudo o que não agrada a Deus, em todas áreas da nossa vida. No nosso dia-a-dia, as escolhas devem ser pesadas, para o que tudo o que fazemos possa agradar ao nosso Senhor e para permitir que Ele nos use.

Para que possamos ser consagrados totalmente a Deus, o nosso Mestre nos chama a imitarmos tudo que Ele fez na terra. Devemos ter o nosso Senhor como exemplo de santidade, de renúncia pessoal, de amor, de serviço e de comunhão com Deus Pai. O nosso Mestre era manso e humilde, e entregou-se ao serviço de Deus Pai, deixando a sua posição de Filho do Deus e tornando-se num homem, filho de carpinteiro, e caminhou em obediência até a morte, e morte de cruz.

O nosso Mestre diz-nos que no Seu reino, aquele que se quiser tornar o maior deve ser o mais humilde e servir a todos. O exemplo dessa postura foi o ato de Jesus Cristo, quando lavou os pés aos discípulos, como símbolo da humildade no serviço. ”Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13: 14-15.

Enquanto nos separamos do mundo e nos dedicamos a Deus, o nosso Senhor Jesus também nos chama para O servir, ou seja, para sermos pescadores de homens. “E disse-lhes. Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Mt 4:19.Tendo em conta a importância da salvação na vida dos homens, Deus quer usar-nos para transmitir a necessidade de aceita-Lo como Senhor e Salvador, para se ter a vida eterna.

O nosso Mestre diz-nos que só através Dele temos vida eterna; por isso devemos crer em Jesus Cristo:”Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que morra viverá;” Jo 11:25. O dia de ontem já passou, e já não podemos voltar para trás; e o futuro não está ao nosso alcance. O único dia a que temos acesso é o dia de hoje, por isso devemos aproveitar para aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e para obedecê-lo corrigindo os erros que Ele nos revela.

Outro chamado do Mestre é o chamado para a prontidão. O nosso Mestre adverte-nos da necessidade de estramos preparados para a sua volta. Em diversas parábolas o nosso Mestre revela-nos a necessidade de cumprirmos as tarefas que Ele nos ordenou, assim como, a necessidade de multiplicarmos os talentos que Ele nos deu e de termos sempre as nossas vasilhas cheias com azeite, ou seja, cheios do Espírito Santo. “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” Mt 24:42.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sete sólidos fundamentos para a vida eterna


A Bíblia demonstra que existem sete sólidos fundamentos para nos apoderarmos da vida eterna. Estes fundamentos são: a oração, a meditação na Palavra de Deus, a obediência, a purificação do coração, a prática de boas obras, reconciliação com o próximo, como forma de manter a paz, e a consagração ao Senhor.

A oração é de grande importância na vida do crente e o nosso Mestre recomendou-nos que orássemos sempre e persistentemente, mesmo que a resposta pareça demorada” Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” Lc 18:1. O apóstolo Paulo recomendou que orássemos no nosso Espírito, em todo o lugar e em toda ocasião (Ef 6:18).

Para além de fazermos orações pelas nossas necessidades quotidianas, como o pão de cada dia e por livramento do mal, devemos orar em favor de todos os santos, de todos aqueles nos maltratam ou perseguem (Mt 5:44) e por todos os que se encontram em eminência como os governantes, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica com toda a piedade e dignidade (1 Tm 2:1-3).

Da mesma forma, devemos orar por todos aqueles que pregam a Palavra de Deus para que lhes seja dado no abrir da boca a capacidade de pregarem com toda a confiança o evangelho “ e também por mim; para que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra, para com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, Ef 6:19. Outro aspeto importante é o nosso dever de orar para pedir que Deus envie trabalhadores para a sua seara para que preguem a sua Palavra e almas sejam salvas ( Mt 9:37-38).

A Bíblia mostra alguns requisitos para fazermos as nossas orações e para que elas sejam ouvidas pelo Pai celestial. Devemos limpar o nosso coração do pecado, perdoando aqueles que nos ofenderam, e tirando os sentimentos de ira e contenda no nosso coração (1Tm 2:8). Por outro lado devemos ouvir e obedecer a Palavra para que as nossas orações sejam agradáveis a Deus “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Pv 28:9.

A interseção é o ministério que sustenta a Igreja, fazendo mover o mundo espiritual em favor dos santos. O nosso Deus dá grande importância as orações dos santos e as orações sobem a Ele como incenso e são colhidas em taças de ouro: “e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e uma taça de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,” Ap 5:5.

Um outro sólido fundamento importante para atingirmos a vida eterna é a meditação na Palavra de Deus. O nosso Deus aconselha-nos a não pararmos de pensar e de falar na Palavra de Deus, mas antes meditar na Palavra de dia e de noite, para termos o cuidado de fazer segundo tudo o que o nosso Deus nos recomenda.” Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer tudo quanto está nele escrito;” Js 1:8. Desta forma faremos prosperar os nossos caminhos, e purificaremos o nosso coração.

O terceiro sólido fundamento para atingirmos a vida eterna é a humilde obediência a Deus e a sua Palavra. Se meditarmos na Palavra mas não a pusermos em prática seremos como uma casa edificada na areia e não estaremos firmes na fé. Para obedecermos a Deus temos de renunciar a nossa própria vontade, a nossa carne e as suas inclinações e seguir a vontade do Mestre: “ Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lc 9:23.

Outro sólido fundamento importante para atingirmos a vida eterna é a purificação do nosso coração. O nosso Deus dá importância tanto a nossas atitudes interiores, aquelas que temos no nosso coração, como as nossas atitudes externas, como o que falamos ou que fazemos. A nossa atitude interior deve ser coincidente com as nossas atitudes exteriores, ou seja, o nosso coração deve ser limpo de sentimentos como a ira, o ódio, a inveja, a amargura, a falta de perdão para podermos agradar a Deus e não sermos comparáveis a sepulcros caiados.

Por outro lado quando adoramos a Deus, devemos no nosso coração admitir que somos pecadores, e que devemos a Deus tudo o que somos; essa atitude de humildade é muito importante para o nosso Mestre que retratou a postura cheia de soberba do fariseu na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18: 9-14).

A prática de boas obras também é um sólido fundamento para alcançarmos a vida eterna, e uma forma de amarmos o nosso próximo como nós mesmos, tanto aos nossos irmãos da fé, como a todos os que têm alguma necessidade material. O nosso Mestre diz-nos que nos tornamos ricos para Deus e entesouramos nos céus quando damos dos nossos bens aqueles que têm necessidade. “ Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não se desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega ladrão, nem traça consome,” Lc 12:33.

Outro sólido fundamento para alcançarmos vida eterna e a reconciliação com aqueles com tivemos desavenças, porque o nosso Mestre recomendou-nos que nos amássemos uns aos outros. Esse amor entre os discípulos é a marca dos cristãos. O Espírito Santo diz-nos através da epístola do apóstolo Paulo aos Romanos que do que depender de nós devemos ter paz com todos ”se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” Rm 12:18.

O nosso Senhor Jesus diz sobre a importância da reconciliação que, se estivermos prontos a dar a nossa oferta mas lembrar-nos que temos uma desavença com um irmão, que devemos deixar a oferta e procurar reconciliar-nos e depois então ofertarmos a Deus. “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” Mt 5: 23-24.

Outro sólido fundamento para alcançarmos a vida eterna é a consagração a Deus. Devemos entregar-nos totalmente ao serviço de Deus sabendo que o Espírito Santo está em nós, que somos um templo e que por isso não devemos mais entregar-nos as obras das trevas nem deixar-nos levar pelas concupiscências da carne. A luz e as trevas são totalmente opostas e se tornarmo-nos amigos do mundo, tornamo-nos inimigos de Deus (Tg 4:4).

Fomos reconciliados com Deus pelo sangue de Jesus derramado no Calvário e agora somos de Deus, e não podemos ser mais inimigos de Deus nas nossas atitudes, tornando-nos dúplices dos nossos caminhos. Devemos nos separar de tudo o que é condenado pelo Mestre e entregar-nos para o Seu serviço e adoração.