sábado, 11 de julho de 2015

Sete chamados de Jesus Cristo

O nosso Senhor Jesus chama aos homens para a salvação e também para mais seis factos importantes: a separação do mundo, a renúncia pessoal, a consagração, a imitação, o serviço e para a prontidão.

O primeiro chamado do nosso Mestre é o chamado para a salvação, para o livramento da morte eterna, e da ira de Deus. A morte eterna é a separação eterna de Deus num lago de fogo, a que é chamado inferno. Desta forma, a ira de Deus é a sua ação sobre o pecado, ou seja é o julgamento de cada ato que é contra a vontade de Deus. Por isso o chamado para a salvação é muito importante, pois define o destino eterno do homem após a sua morte.

A medida que desenvolvemos o nosso relacionamento com Deus, o nosso Mestre nos chama a separação do mundo, que tem duas dimensões uma negativa, em relação ao mundo, da sua mentalidade e das obras, e outra positiva, em relação a Deus que consiste em dedicar-nos a uma íntima comunhão com Deus, através da dedicação, adoração e serviço a Deus.

A separação do crente do mundo é muito importante pois o reino de Deus nada tem  em comunhão com o reino das trevas e não existe possibilidade de associar a justiça com a iniquidade, nem a luz com a trevas, nem o justo com o incrédulo. O nosso Mestre não tem qualquer harmonia com o Maligno, não há nada em comum entre o reino de Deus e o reino das trevas. “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união entre o crente com o incrédulo? 2Co 6: 14-15.

Portanto, o pecado ou a carne não deve orientar as nossas decisões nem reinar na nossa vida; devemos nos oferecer a Deus, como ressurretos dentro os mortos, e oferecer os nossos membros, mente e talentos para Deus como instrumentos de justiça. ”Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas ofereçais-vos a Deus, como ressurretos dentro os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” Rm 6: 12-13.

Outro chamado do nosso Mestre é para a renúncia diária da nossa carne e das nossas vontades de forma a colocarmos a Jesus Cristo e a Sua vontade em primeiro lugar. “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14: 35. A nossa renúncia pessoal deve ser diária para agradarmos ao Mestre.

A carne impede a relação com Deus e por isso não devemos viver segundo a carne, mas sim mortificar as obras da carne, para que não nos comportemos como inimigos de Deus. “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo certamente, vivereis” Rm 8:13.

A amizade ao mundo também destrói o relacionamento com Deus por isso devemos renunciar o amor ao mundo e a sua mentalidade do mundo. O apóstolo João diz na sua primeira epístola: “ Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” 1Jo2:15.

Um exemplo de renúncia foi a do publicano Levi que renunciou tudo que tinha, o seu dinheiro e profissão e seguiu a Jesus Cristo. A renúncia de Levi, que se tornou no apóstolo Mateus, foi feita com alegria e com comemoração através de um banquete que ofereceu para Jesus Cristo, aos apóstolos, e a muitos publicanos e pecadores que se tinham tornado discípulos do Mestre (Lc 5:29-30).

A medida que vamos caminhando com Deus, o Mestre nos chama a consagração para podermos ser apenas usados para o Seu serviço e para a sua vontade. Por isso o Mestre convida-nos a deixar tudo o que não agrada a Deus, em todas áreas da nossa vida. No nosso dia-a-dia, as escolhas devem ser pesadas, para o que tudo o que fazemos possa agradar ao nosso Senhor e para permitir que Ele nos use.

Para que possamos ser consagrados totalmente a Deus, o nosso Mestre nos chama a imitarmos tudo que Ele fez na terra. Devemos ter o nosso Senhor como exemplo de santidade, de renúncia pessoal, de amor, de serviço e de comunhão com Deus Pai. O nosso Mestre era manso e humilde, e entregou-se ao serviço de Deus Pai, deixando a sua posição de Filho do Deus e tornando-se num homem, filho de carpinteiro, e caminhou em obediência até a morte, e morte de cruz.

O nosso Mestre diz-nos que no Seu reino, aquele que se quiser tornar o maior deve ser o mais humilde e servir a todos. O exemplo dessa postura foi o ato de Jesus Cristo, quando lavou os pés aos discípulos, como símbolo da humildade no serviço. ”Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” Jo 13: 14-15.

Enquanto nos separamos do mundo e nos dedicamos a Deus, o nosso Senhor Jesus também nos chama para O servir, ou seja, para sermos pescadores de homens. “E disse-lhes. Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Mt 4:19.Tendo em conta a importância da salvação na vida dos homens, Deus quer usar-nos para transmitir a necessidade de aceita-Lo como Senhor e Salvador, para se ter a vida eterna.

O nosso Mestre diz-nos que só através Dele temos vida eterna; por isso devemos crer em Jesus Cristo:”Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que morra viverá;” Jo 11:25. O dia de ontem já passou, e já não podemos voltar para trás; e o futuro não está ao nosso alcance. O único dia a que temos acesso é o dia de hoje, por isso devemos aproveitar para aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e para obedecê-lo corrigindo os erros que Ele nos revela.

Outro chamado do Mestre é o chamado para a prontidão. O nosso Mestre adverte-nos da necessidade de estramos preparados para a sua volta. Em diversas parábolas o nosso Mestre revela-nos a necessidade de cumprirmos as tarefas que Ele nos ordenou, assim como, a necessidade de multiplicarmos os talentos que Ele nos deu e de termos sempre as nossas vasilhas cheias com azeite, ou seja, cheios do Espírito Santo. “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” Mt 24:42.

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