O nosso Senhor Jesus chama aos
homens para a salvação e também para mais seis factos importantes: a separação
do mundo, a renúncia pessoal, a consagração, a imitação, o serviço e para a
prontidão.
O primeiro chamado do nosso
Mestre é o chamado para a salvação, para o livramento da morte eterna, e da ira
de Deus. A morte eterna é a separação eterna de Deus num lago de fogo, a que é
chamado inferno. Desta forma, a ira de Deus é a sua ação sobre o pecado, ou
seja é o julgamento de cada ato que é contra a vontade de Deus. Por isso o
chamado para a salvação é muito importante, pois define o destino eterno do
homem após a sua morte.
A medida que desenvolvemos o
nosso relacionamento com Deus, o nosso Mestre nos chama a separação do mundo,
que tem duas dimensões uma negativa, em relação ao mundo, da sua mentalidade e das
obras, e outra positiva, em relação a Deus que consiste em dedicar-nos a uma
íntima comunhão com Deus, através da dedicação, adoração e serviço a Deus.
A separação do crente do mundo
é muito importante pois o reino de Deus nada tem em comunhão com o reino das trevas e não
existe possibilidade de associar a justiça com a iniquidade, nem a luz com a
trevas, nem o justo com o incrédulo. O nosso Mestre não tem qualquer harmonia
com o Maligno, não há nada em comum entre o reino de Deus e o reino das trevas.
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade
pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as
trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união entre o crente com
o incrédulo? 2Co 6: 14-15.
Portanto, o pecado ou a carne
não deve orientar as nossas decisões nem reinar na nossa vida; devemos nos
oferecer a Deus, como ressurretos dentro os mortos, e oferecer os nossos
membros, mente e talentos para Deus como instrumentos de justiça. ”Não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas
paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como
instrumentos de iniquidade; mas ofereçais-vos a Deus, como ressurretos dentro
os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” Rm 6:
12-13.
Outro chamado do nosso Mestre
é para a renúncia diária da nossa carne e das nossas vontades de forma a colocarmos
a Jesus Cristo e a Sua vontade em primeiro lugar. “Assim, pois, todo aquele que
dentre vós não renuncia a tudo o que tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14:
35. A nossa renúncia pessoal deve ser diária para agradarmos ao Mestre.
A carne impede a relação com
Deus e por isso não devemos viver segundo a carne, mas sim mortificar as obras
da carne, para que não nos comportemos como inimigos de Deus. “Porque, se
viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas se, pelo Espírito,
mortificardes os feitos do corpo certamente, vivereis” Rm 8:13.
A amizade ao mundo também
destrói o relacionamento com Deus por isso devemos renunciar o amor ao mundo e
a sua mentalidade do mundo. O apóstolo João diz na sua primeira epístola: “ Não
ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do
Pai não está nele” 1Jo2:15.
Um exemplo de renúncia foi a
do publicano Levi que renunciou tudo que tinha, o seu dinheiro e profissão e
seguiu a Jesus Cristo. A renúncia de Levi, que se tornou no apóstolo Mateus,
foi feita com alegria e com comemoração através de um banquete que ofereceu
para Jesus Cristo, aos apóstolos, e a muitos publicanos e pecadores que se
tinham tornado discípulos do Mestre (Lc 5:29-30).
A medida que vamos caminhando
com Deus, o Mestre nos chama a consagração para podermos ser apenas usados para
o Seu serviço e para a sua vontade. Por isso o Mestre convida-nos a deixar tudo
o que não agrada a Deus, em todas áreas da nossa vida. No nosso dia-a-dia, as
escolhas devem ser pesadas, para o que tudo o que fazemos possa agradar ao
nosso Senhor e para permitir que Ele nos use.
Para que possamos ser
consagrados totalmente a Deus, o nosso Mestre nos chama a imitarmos tudo que
Ele fez na terra. Devemos ter o nosso Senhor como exemplo de santidade, de
renúncia pessoal, de amor, de serviço e de comunhão com Deus Pai. O nosso
Mestre era manso e humilde, e entregou-se ao serviço de Deus Pai, deixando a
sua posição de Filho do Deus e tornando-se num homem, filho de carpinteiro, e
caminhou em obediência até a morte, e morte de cruz.
O nosso Mestre diz-nos que no
Seu reino, aquele que se quiser tornar o maior deve ser o mais humilde e servir
a todos. O exemplo dessa postura foi o ato de Jesus Cristo, quando lavou os pés
aos discípulos, como símbolo da humildade no serviço. ”Ora, se eu, sendo o
Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também.” Jo 13: 14-15.
Enquanto nos separamos do
mundo e nos dedicamos a Deus, o nosso Senhor Jesus também nos chama para O servir,
ou seja, para sermos pescadores de homens. “E disse-lhes. Vinde após mim, e eu
vos farei pescadores de homens.” Mt 4:19.Tendo em conta a importância da
salvação na vida dos homens, Deus quer usar-nos para transmitir a necessidade
de aceita-Lo como Senhor e Salvador, para se ter a vida eterna.
O nosso Mestre diz-nos que só
através Dele temos vida eterna; por isso devemos crer em Jesus Cristo:”Disse-lhes
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em mim, ainda que morra viverá;”
Jo 11:25. O dia de ontem já passou, e já não podemos voltar para trás; e o
futuro não está ao nosso alcance. O único dia a que temos acesso é o dia de
hoje, por isso devemos aproveitar para aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e
para obedecê-lo corrigindo os erros que Ele nos revela.
Outro chamado do Mestre é o
chamado para a prontidão. O nosso Mestre adverte-nos da necessidade de estramos
preparados para a sua volta. Em diversas parábolas o nosso Mestre revela-nos a
necessidade de cumprirmos as tarefas que Ele nos ordenou, assim como, a
necessidade de multiplicarmos os talentos que Ele nos deu e de termos sempre as
nossas vasilhas cheias com azeite, ou seja, cheios do Espírito Santo. “Portanto,
vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” Mt 24:42.
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