segunda-feira, 13 de julho de 2015

Para que alvo corremos?

Existem principalmente duas corridas segundo a Palavra de Deus: uma em direção a vida eterna para alcançar uma coroa incorruptível e outra corrida em direção ao sucesso financeiro, sucesso no trabalho, ou seja, em direção ao materialismo e ao consumismo.

Os cristãos são exortados a correr a carreira que Jesus Cristo nos propôs para alcançarmos a vida eterna; por outras palavras, aconselha-nos a percorremos um caminho mutas vezes estreito, renegando toda a concupiscência dos olhos, da carne e também a soberba da vida; colocando em primeiro lugar os interesses do Pai Celestial e amando o próximo como a nós mesmos.

O apóstolo Paulo aconselhar-nos na sua primeira carta aos coríntios, a correr de forma a alcançarmos o prémio, ou seja de forma a alcançarmos a vida eterna. ”Todo o atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma cora incorruptível; nós, porém, a incorruptível” 1Co 9:25. Por isso devemos deixar todo o pecado que nos pesa, como a falta de perdão, a mágoa, o ódio, a ira, prática da vingança e ignorar todas as inclinações da carne.

A nossa corrida deve ter como princípio diário renegarmos a nossa própria carne, carregarmos a nossa cruz e seguir o Mestre. Essa corrida diária deve ser feita com perseverança, pois muitas coisas colocam-se no caminho dos crentes para desviar os passos deles para outro caminho.

Devemos ignorar tudo o que nos possa distrair do nosso objetivo, como a filosofia materialista e consumista do mundo, a nossa própria carne e as distrações do diabo. Devemos desviar o nosso olhar do nosso próprio eu, e dos nossos prazeres, para ver as necessidades do nosso próximo e dispor-nos para fazer a vontade de Deus.

A Bíblia relata vários testemunhos de vidas que acabaram a sua carreira e guardaram a sua fé, sempre em obediência a Deus. Entre estes testemunhos de vida temos, Abraão, Israel, José, Moisés, Rute, Davi, Daniel, João Batista, os apóstolos, como por exemplo, Pedro, João, Paulo entre outros.

Por isso, o autor da epístola aos Hebreus aconselha-nos a olhar para a tão grande nuvem de testemunhas que nos rodeia, e a desembaraçar-nos de todo o peso e pecado que nos assedia, e a corrermos com perseverança a carreira que nos está proposta. “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança a carreira que nos está proposta” Hb 12:1.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus é o nosso exemplo maior da caminhada cristão Ele sendo Deus se fez homem, e viveu na terra como um filho de carpinteiro, dando-nos o exemplo de humildade, de amor ao Pai, de serviço e amor ao próximo. Jesus Cristo foi obediente ao Pai, e cumpriu o plano de salvação para a humanidade, apesar de toda a posição que sofreu, de todo o escarnio, zombaria dos homens que o convidavam a descer da cruz e desistir do sacrifício.

Por isso a nossa caminhada deve ser feita olhando firmemente para Jesus, o autor e consumador da nossa fé, o nosso exemplo de vida, o nosso sustentador a cada dia como nos aconselha o autor da epístola aos Hebreus: ”olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado á destra do trono de Deus.” Hb 12:2.

O nosso Mestre não fez caso da vergonha que iria sofrer na cruz do Calvário e caminhou até ao fim no plano da salvação, e hoje está assentado a destra de Deus. Da mesma forma não devemos fazer caso quando o mundo goza de nós, ou quando somos vistos como loucos por seguir ao nosso Mestre. Devemos olhar para Jesus e seguir persistentemente rumo a nosso alvo, a vida eterna.

Devemos refletir que caminho estamos a correr e desviar os nossos pés de tudo o que nos afasta do nosso alvo principal, ou que nos faz percorrer caminhos condenadas pelo Mestre; e ao mesmo tempo revestir-nos de toda a humildade, mansidão, longanimidade, para obedecermos ao Mestre, amarmos ao nosso próximo e seguir a carreira que Jesus nos propôs até ao fim.

 

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