quarta-feira, 15 de julho de 2015

Responsabilidade pessoal nas decisões


O Homem foi feito com capacidade de decisão sobre todos os assuntos relacionados com a sua vida: desde a uma simples peça de roupa, passando pela escolha do marido/esposa, até a sua vida com Deus. Nas decisões que toma o homem tem de assumir a responsabilidade pelas suas ações e pelas consequências que advenham delas.

Como a vida do homem pertence a Jesus, nosso Deus, tanto do homem que O aceita com Senhor e salvador como aquele que não aceita, teremos de prestar contas de cada decisão que tomamos em vida ao nosso Senhor Jesus: “Assim, pois cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” Rm 14:12.

O nosso Deus diz-nos no livro que Ezequiel que o julgamento e a consequente condenação feita ao homem não depende dos pecados cometidos pelos familiares, mas apenas dos cometidos pela própria pessoa: “ A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” Ez 18:20.

O homem é responsável pela sua saúde, relacionamentos, ministérios, tempo, família, pelo poder colocado por Deus nele, pela sua vida com Deus e pelo seu crescimento espiritual. Em cada área da nossa vida, em cada decisão que tomamos é necessário assumir a responsabilidade pelos atos cometidos, reconhecendo que a culpa final do que fazemos é nossa porque somos nós que escolhemos.

Não devemos tentar colocar a culpa do que fazemos nos diabos, ou desculpar-nos pela má influência de outras pessoas como foi o caso de Adão e Eva quando pecaram. Eva foi tentada pela serpente a desobedecer a Deus comendo a maçã, e decidiu não só desobedecer a Deus, como também influenciar negativamente a seu marido Adão.

Nenhum dos dois quis assumir as suas responsabilidades: Eva culpou a serpente dizendo que esta a enganou e Adão culpou a Eva. ”Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus a mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou e eu comi.” Gn 3: 12-13.

Na nossa saúde, somos nós os responsáveis pelos resultados que observamos, porque somos nós os responsáveis pelo que comemos e em que proporções e pela prática de exercício físico. Por isso, a alimentação e a prática de exercício físico devem ser ajustadas de forma a alcançarmos os resultados que desejamos.

Daniel foi um homem que assumiu a responsabilidade pelo que comia, e decidiu quando chegou a Babilónia não contaminar-se com os manjares da mesa do rei mas sim, ter uma alimentação simples e saudável a base de legumes.” Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então ele pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.(…) Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos deem legumes a comer e água a beber.” Dn 1: 8, 12.

Somos também responsáveis por nossos relacionamentos. Se não temos os relacionamentos que queremos é porque fizemos escolhas erradas, quanto a amigos, namorado/a ou marido/mulher.

No nosso ministério também somos responsáveis por desenvolver os talentos que o nosso Deus nos deus. Somos nós quem decidimos multiplicar os talentos que o Senhor nos deu como na parábola das dez minas descrita pelo nosso Mestre: “Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte. (…) Compareceu o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez” Lc 19:13, 16.

O nosso tempo, foi-nos dado por Deus e apesar sermos apenas mordomos, cabe a nós decidir como gerimos o nosso tempo e as nossas prioridades nas 24 horas que Deus nos concede por dia. O apóstolo Paulo aconselha na sua epístola aos Efésios a remirmos o tempo, porque os dias são maus “ Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”Ef 5: 15-16.

Devemos assumir a nossa responsabilidade pela nossa família, como Rute fez com a sua sogra Noemi, não deixando-a sozinho no mundo, mas indo com ela, para onde quer que fosse, pois Rute sabia que para além dela e da sua cunhada Orfa não havia mais ninguém que pudesse olhar pela Noemi: ”Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.” Rt 1:16.

Somos também responsáveis por manter o nosso templo compatível, com o Espírito Santo que habita em nós. Somos responsáveis por evitar as atitudes que desagradam o Espírito Santo, como a ira, a mágoa, o ódio, a contenda, a gritaria, a malícia e a maledicência. O apóstolo Paulo diz na sua carta aos Efésios: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira e gritaria, e blasfémias, e bem assim toda a malícia” Ef 4: 30-31.

As decisões devem ser bem pesadas, e orientadas pela Palavra de Deus, e levadas a vante mesmo quando sejam difíceis como a decisão que Rute tomou em relação a sua sogra. Noemi, a sogra de Rute, era de um povo diferente do seu, e de numa terra que ela desconhecia; mas mesmo assim, Rute preferiu ir com a sogra para a sua terra natal do que ir para o seu povo como fizera a sua cunhada Orfa.

Essa decisão trouxe ricas recompensas para Rute pois a terra de Noemi lhe trouxe fartura, encontrou um bonito lar e um marido piedoso. A maior bênção que a decisão de Rute trouxe foi tornar-se ancestral de Cristo, dando a luz a Obede, neto do avô de Davi. Também nós devemos assumir as nossas responsabilidades, tomar decisões mesmo que difíceis.

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