A Bíblia demonstra que existem
sete sólidos fundamentos para nos apoderarmos da vida eterna. Estes fundamentos
são: a oração, a meditação na Palavra de Deus, a obediência, a purificação do
coração, a prática de boas obras, reconciliação com o próximo, como forma de
manter a paz, e a consagração ao Senhor.
A oração é de grande
importância na vida do crente e o nosso Mestre recomendou-nos que orássemos sempre
e persistentemente, mesmo que a resposta pareça demorada” Disse-lhes Jesus uma
parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” Lc 18:1. O apóstolo
Paulo recomendou que orássemos no nosso Espírito, em todo o lugar e em toda
ocasião (Ef 6:18).
Para além de fazermos orações
pelas nossas necessidades quotidianas, como o pão de cada dia e por livramento
do mal, devemos orar em favor de todos os santos, de todos aqueles nos
maltratam ou perseguem (Mt 5:44) e por todos os que se encontram em eminência
como os governantes, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica com toda a
piedade e dignidade (1 Tm 2:1-3).
Da mesma forma, devemos orar
por todos aqueles que pregam a Palavra de Deus para que lhes seja dado no abrir
da boca a capacidade de pregarem com toda a confiança o evangelho “ e também
por mim; para que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra, para com intrepidez,
fazer conhecido o mistério do evangelho, Ef 6:19. Outro aspeto importante é o nosso
dever de orar para pedir que Deus envie trabalhadores para a sua seara para que
preguem a sua Palavra e almas sejam salvas ( Mt 9:37-38).
A Bíblia mostra alguns requisitos
para fazermos as nossas orações e para que elas sejam ouvidas pelo Pai
celestial. Devemos limpar o nosso coração do pecado, perdoando aqueles que nos
ofenderam, e tirando os sentimentos de ira e contenda no nosso coração (1Tm 2:8).
Por outro lado devemos ouvir e obedecer a Palavra para que as nossas orações
sejam agradáveis a Deus “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua
oração será abominável.” Pv 28:9.
A interseção é o ministério
que sustenta a Igreja, fazendo mover o mundo espiritual em favor dos santos. O
nosso Deus dá grande importância as orações dos santos e as orações sobem a Ele
como incenso e são colhidas em taças de ouro: “e, quando tomou o livro, os
quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do
Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e uma taça de ouro cheias de incenso,
que são as orações dos santos,” Ap 5:5.
Um outro sólido fundamento
importante para atingirmos a vida eterna é a meditação na Palavra de Deus. O
nosso Deus aconselha-nos a não pararmos de pensar e de falar na Palavra de
Deus, mas antes meditar na Palavra de dia e de noite, para termos o cuidado de
fazer segundo tudo o que o nosso Deus nos recomenda.” Não cesses de falar deste
Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de
fazer tudo quanto está nele escrito;” Js 1:8. Desta forma faremos prosperar os
nossos caminhos, e purificaremos o nosso coração.
O terceiro sólido fundamento
para atingirmos a vida eterna é a humilde obediência a Deus e a sua Palavra. Se meditarmos na Palavra mas não a pusermos em prática seremos como uma
casa edificada na areia e não estaremos firmes na fé. Para obedecermos a Deus
temos de renunciar a nossa própria vontade, a nossa carne e as suas inclinações
e seguir a vontade do Mestre: “ Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a
si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lc 9:23.
Outro sólido fundamento importante
para atingirmos a vida eterna é a purificação do nosso coração. O nosso Deus dá
importância tanto a nossas atitudes interiores, aquelas que temos no nosso
coração, como as nossas atitudes externas, como o que falamos ou que fazemos. A
nossa atitude interior deve ser coincidente com as nossas atitudes exteriores, ou
seja, o nosso coração deve ser limpo de sentimentos como a ira, o ódio, a
inveja, a amargura, a falta de perdão para podermos agradar a Deus e não sermos
comparáveis a sepulcros caiados.
Por outro lado quando adoramos
a Deus, devemos no nosso coração admitir que somos pecadores, e que devemos a
Deus tudo o que somos; essa atitude de humildade é muito importante para o
nosso Mestre que retratou a postura cheia de soberba do fariseu na parábola do
fariseu e do publicano (Lc 18: 9-14).
A prática de boas obras também
é um sólido fundamento para alcançarmos a vida eterna, e uma forma de amarmos o
nosso próximo como nós mesmos, tanto aos nossos irmãos da fé, como a todos os
que têm alguma necessidade material. O nosso Mestre diz-nos que nos tornamos ricos
para Deus e entesouramos nos céus quando damos dos nossos bens aqueles que têm
necessidade. “ Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas
que não se desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega ladrão,
nem traça consome,” Lc 12:33.
Outro sólido fundamento para alcançarmos
vida eterna e a reconciliação com aqueles com tivemos desavenças, porque o
nosso Mestre recomendou-nos que nos amássemos uns aos outros. Esse amor entre
os discípulos é a marca dos cristãos. O Espírito Santo diz-nos através da
epístola do apóstolo Paulo aos Romanos que do que depender de nós devemos ter
paz com todos ”se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os
homens” Rm 12:18.
O nosso Senhor Jesus diz sobre
a importância da reconciliação que, se estivermos prontos a dar a nossa oferta
mas lembrar-nos que temos uma desavença com um irmão, que devemos deixar a
oferta e procurar reconciliar-nos e depois então ofertarmos a Deus. “Se, pois,
ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te
com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” Mt 5: 23-24.
Outro sólido fundamento para
alcançarmos a vida eterna é a consagração a Deus. Devemos entregar-nos
totalmente ao serviço de Deus sabendo que o Espírito Santo está em nós, que
somos um templo e que por isso não devemos mais entregar-nos as obras das
trevas nem deixar-nos levar pelas concupiscências da carne. A luz e as trevas
são totalmente opostas e se tornarmo-nos amigos do mundo, tornamo-nos inimigos
de Deus (Tg 4:4).
Fomos reconciliados com Deus
pelo sangue de Jesus derramado no Calvário e agora somos de Deus, e não podemos
ser mais inimigos de Deus nas nossas atitudes, tornando-nos dúplices dos nossos
caminhos. Devemos nos separar de tudo o que é condenado pelo Mestre e
entregar-nos para o Seu serviço e adoração.
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