terça-feira, 30 de junho de 2015

Os degraus da Graça

A Graça de Deus é a responsável por tudo o que o crente recebe da parte de Deus, tanto a salvação, como a fé, o arrependimento dos pecados, como o chamado. A Graça é o favor imerecido que Deus concede espontaneamente ao homem pecador que nada merece. A principal manifestação da graça de Deus é a sua misericórdia que permitiu que fossemos perdoados por Ele e recebêssemos a salvação.
Os crentes são aconselhados a crescer na Graça, para que possam alcançar tudo o que Deus tem planeado para as suas vidas, como exemplo alcançar a imagem e semelhança de Cristo Jesus. “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” 2 Pe 3:18
Este processo de crescimento é permitido através do Espírito Santo, do estudo da Palavra de Deus e da humilhação perante Deus, que concede a Sua graça a aqueles que são dependentes Dele. Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. “ Tg 4:6. Crescer na Graça é da responsabilidade do próprio crente, bem como o seu desenvolvimento, crescimento, amadurecimento espiritual e frutificação.
A medida que os crentes crescem na Graça, através do estudo da Palavra de Deus e da obediência, vêm um aumento da sua sensibilidade em relação ao pecado e os frutos do Espírito Santo se tornam manifestos na vida sua vida, levando a uma semelhança com o caracter de Jesus Cristo. Com o aumento da sensibilidade ao pecado o crente toma maior consciência de que é indigno, falho, que não tem nada de bom em si e que é totalmente dependente de Deus.
A Graça permite vários benefícios ao crente, que podem ser referidos como degraus. O primeiro degrau da Graça é a redenção, pois Jesus Cristo pagou através da sua morte na Cruz do Calvário, a dívida que tínhamos com Deus e por isso temos a remissão ou perdão dos pecados, ou seja, estamos livres da morte eterna, da consequência dos nossos pecados: ”para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,”Ef 1:6-7. A remissão dos pecados é o segundo degrau da Graça.

O terceiro degrau da Graça é a libertação do poder das trevas, que constitui o reino dominado por Satanás e que governa a todos aqueles que não se sujeitam a Deus. Neste reino o homem é dominado pela carne e pelas suas concupiscências e tem como principal característica a vida independente de Deus e do seu governo.

Como Jesus Cristo venceu Satanás e todo o império das trevas através da sua morte e ressurreição, todos aqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas, são transportados do reino das trevas para o reino da Luz. ”Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, “ Cl 1:13.

A entrada no reino da luz, ou reino do amor, é o quarto degrau da Graça. Neste reino o crente tem de aprender as normas que regem o reino, e deixar as obras do reino das trevas, como as iras, ódios, invejas, contendas, inimizades, prostituição entre outras coisas.

No reino do amor o crente anda em longanimidade, humildade, benignidade, e perdão e por isso não arde em ciúmes pelo próximo, nem se ufana, nem se ensoberbece, nem se conduz inconvenientemente, nem procura os seus próprios interesses; e também não se exaspera, não se ressente do mal, nem se alegra com a injustiça (1Co 13:4-6).

A vivência de acordo com a vontade do Cristo, e a prática das obras de justiça em favor do próximo recomendadas pelo Mestre, como a defesa dos pobres, do necessitado e o amor ao próximo (tanto os inimigos, como aos irmãos da fé), produz a alegria e a paz do Espírito Santo. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” Rm 14: 17.

Com a redenção permitida pelo sangue de Jesus conseguimos o quinto degrau da Graça, o crente torna-se idóneo para receber a herança dos santos “dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.” Cl 1:12. A idoneidade do crente traduz-se no facto de possuir os atributos necessários para receber a herança de Deus Pai, por outras, por ser filho adotivo de Deus o crente passa a ter direito a receber a herança dos santos.

Com o crescimento na Graça o crente vai sendo fortalecido em todo o poder do Espírito Santo, para viver a Palavra de Deus, servir de testemunha e fazer as obras que o Mestre recomendou ” sendo fortalecidos em todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, “Cl 1:11. O fortalecimento com todo o poder é o sexto degrau da Graça.

O sétimo degrau da Graça é a capacitação para as boas obras que Deus preparou para que andássemos nelas. “ Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” Ef 2:10.

O oitavo grau da Graça é o conhecimento de Deus, da sua vontade quanto a forma como devemos viver para o Seu agrado, dando os frutos que Deus planeou para nós. “Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria, e entendimento espiritual” Cl 1:10 Devemos conhecer a Jesus em cada dia como nosso Senhor e Deus e continuar sempre progredindo nesse conhecimento (Os 6:3).

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Justiça social: a defesa dos pobres

A Bíblia ensina que Deus preocupa-se com os pobres e com os aflitos e por isso quando nos convertemos Deus nos exorta a cuidarmos daqueles que estão ao nosso redor passando alguma necessidade, ou seja, a Bíblia ensina a cuidar do órfão, de estrangeiro e do necessitado que houver a nossa volta.
O profeta João batista, foi movido pelo Espírito Santo a proclamar o arrependimento dos pecados a Israel e a necessidade de produzir frutos dignos de arrependimento ”Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Lc 3:8
O primeiro fruto de arrependimento proclamado por João Batista era a partilha do que se tinha com aquele que passava necessidade. ”Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos pois de fazer? Respondeu-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com que não tem; e que tiver comida, faça o mesmo.” Lc 3:11.
A partilha do que se tinha era uma forma de praticar o segundo mandamento indicado por Jesus “amarás a teu próximo como a ti mesmo” e uma forma de eliminar a desigualdade social que tanto desagradava a Deus e que O levou várias vezes a chamar a atenção ao povo de Israel através dos seus profetas, como se pode ler no livro de Amós.
Neste livro, vemos que Deus alerta ao povo, o seu desagrado pelo fato de muitos em Israel viverem na opulência e no luxo enquanto muitos outros viviam na extrema pobreza. Deus através do profeta Amós convida o povo a arrepender-se para que fosse restaurada a nação. ”Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá e bebamos.” Am 4:1.
O próprio Senhor Jesus deixou-nos o modelo de comportamento para com os pobres, pois aqueles que eram desprezados pela sociedade foram alvo do amor de Jesus Cristo, que não só cuidou deles fisicamente como espiritualmente levando a eles mensagem do evangelho.
O nosso Mestre diz-nos que devemos alimentar os que têm fome, vestir os que estão nus, visitar os que estão doentes, ver os que estão presos, como se estivéssemos a cuidar do próprio Senhor Jesus; por outras palavras cada vez que ajudamos a um “pequenino”, estamos cuidando do próprio Senhor Jesus.
Por isso, a forma como os cristãos cuidarem do próximo será um dos critérios para a separação dos cristãos em dois grupos: os cabritos e as ovelhas. As ovelhas entrarão no reino dos céus porque: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.” Mt 25: 35-36.
O apóstolo Tiago, também refere a importância da justiça social e descreve na sua epístola que a verdadeira religião é cuidar dos menos afortunados, ou seja, das viúvas, dos órfãos, e estrangeiros “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” Tg 1:27.
Todos os cristãos, tanto ricos como pobres, são exortados a cuidar do próximo que se encontrar em dificuldades, como forma de praticar a palavra de Deus. A Bíblia, deixa sobre cada cristão a responsabilidade sobre a situação do próximo.
 

terça-feira, 23 de junho de 2015

A queda e restauração de Pedro


O apóstolo Pedro foi um dos apóstolos do Senhor Jesus cuja história ficou marcada pela sua traição ao Mestre. Pedro era um discípulo que amava a Jesus e que se sentia autoconfiante e capaz de ir com Jesus tanto para a prisão como para a morte (Lc 22:33).

No entanto, na noite em que Jesus foi traído e preso, Pedro negou três vezes que conhecia a Jesus Cristo, a aquele a quem seguira apaixonadamente durante três anos.” Ele, porém, respondeu: Senhor, estou pronto para ir contigo, tanto para a prisão como para a morte. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que hoje, três vezes me negarás que me conheces, antes que o galo cante” Lc 22: 33-24.

Jesus foi preso, e encontrava-se na casa do Sumo-sacerdote e Pedro ficou no pátio da casa, pois pretendia saber de Jesus sem ser apercebido; quando perguntam-lhe se não era seguidor do Mestre, Pedro nega enfaticamente a Jesus. Momentos depois perguntam-lhe mais duas vezes se não era seguidor do Mestre e pela terceira vez Pedro blasfema e Jesus que estava próximo de Pedro vira-se e olha fixamente para ele.

Quando Pedro vê Jesus Cristo olhando para ele, lembra-se de que Jesus lhe avisara dizendo: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo.” Lc 22: 24. Pedro então apercebe -se que traíra a seu Mestre, aquele de quem dizia que era capaz de ir tanto para a prisão como para morte e entristece-se e chora amargamente.

Pedro teve a alegria de ver o seu remorso diminuído, e a sua esperança acordada com a notícia trazida por Maria Madalena, Joana e Maria de que Jesus tinha ressuscitado e por ver pessoalmente o túmulo vazio “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E abaixando-se, nada mais viu, senão os lençóis de linho; retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido.” Lc 24: 12.

No entanto, a ideia de seguir Jesus e continuar a obra iniciada com o Mestre tinha-se esmorecido e Pedro pensava em voltar a sua antiga profissão, à pesca. A lembrança da sua falha, da traição que fizera contra o Mestre desanimara Pedro. Então, Pedro afirmou aos seus companheiros que ia pescar: “Disse-lhes Simão Pedro vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo. Saíram, e entraram no barco, e naquela noite nada apanharam” Jo 21:3.

Pedro e seus companheiros tinham desistido da missão das suas vidas, mas o Senhor voltou a praia onde estavam a pescar e deu a Simão Pedro o sinal que precisava para reanimar-se: “Então lhes disse: Lançai rede à direita do barco e achareis. Assim fizeram e já não podiam puxar a rede, tão grande era a quantidade de peixes.” Lc 21: 6. Ao mesmo tempo Jesus mostra a Pedro que se fizessem o que lhes ordenara o serviço deles tornaria -se frutífero, pois naquela noite nada tinham pescado.

Para convencer a Pedro de que o pecado dele não tinha significado e que deveria prosseguir, Jesus pergunta a Pedro se Lhe amava: “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.” Jo 21: 16.

O nosso Senhor Jesus, pergunta a Pedro mais duas vezes se ele o amava, mostrando que o mais importante era o amor que Pedro sentia por Jesus. Por outras palavras, para que Pedro continuasse a seguir a Jesus e a missão que iniciara com Jesus Cristo, só precisava de amar ao Mestre. É possível haver falhas na vida cristã, mas o mais importante é que amamos a Jesus Cristo e isso é motivo suficiente para continuar a segui-Lo, e fazer o que o nosso Mestre nos mandou.

 

 
 

sábado, 20 de junho de 2015

Julgar os outros: uma atitude condenada por Jesus

 
O nosso Mestre condena explicitamente a prática de julgar e condenar os outros devido a erros cometidos contra nós ou contra terceiros. O nosso Senhor Jesus afirma: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Mt 7:1. Esta recomendação é reforçada ao longo do Novo Testamento.
 
O nosso Senhor Jesus afirma, que para além de não devermos julgar os outros, que se o fizermos, seremos avaliados pelos mesmos critérios com que medimos os outros. “Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”. Mt 7:2.
Não devemos julgar ao nosso irmão, pois ele é servo de uma outra pessoa e não nosso; e é a pessoa de Jesus a quem deve prestar contas e não a nós. “ Quem és tu que julgas servo alheio? Para seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster” Rm 14:4.
Quando o homem peca, peca para Deus, se obedece, está obedecendo Deus; em tudo o que faz, sempre o faz relativamente a Deus “ Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si mesmo. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.” Rm 14:8.
O nosso Senhor Jesus morreu e ressuscitou para ser Senhor de todos os homens, tanto daqueles que o aceitam como Senhor e Salvador como daqueles que não o aceitam, ou seja o Senhor Jesus é Senhor tanto dos mortos como dos vivos (Rm 14:9).
Nós seremos julgados pelas atitudes que tomarmos para com o nosso irmão, ou seja, seremos julgados se julgarmos ou desprezamos o nosso irmão que caiu em pecado, ou se desprezamos o próximo devido suas condições matérias ou por outro motivo qualquer.” Tu, porém, porque julgas teu irmão? E tu, porque desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus” Rm 14:10.
O Nosso Senhor é Senhor de todos e por isso, como afirma o apóstolo Paulo, cada um de nós dará conta de si a Deus, “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” Rm 14: 12. Não devemos tentar usurpar do papel que só cabe ao nosso Senhor Jesus Cristo, o papel juiz para julgar e condenar.
O nosso Senhor reservou uma altura em que julgará a todos pelos atos cometidos em vida. Mas enquanto estamos vivos, o nosso Senhor, não nos condena, mas oferece-nos o seu perdão, e amor para nos regenerar de todo o pecado. O nosso Mestre diz-nos:“(…) porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salva-lo.”Jo 12:47.
Julgar os outros mostra um espírito, intolerante, cruel, que nega a misericórdia que nos foi concedida por Jesus Cristo na forma de perdão. Quando julgamos ao próximo afastamo-nos do caracter de Jesus Cristo que é sempre misericordioso e pronto a perdoar, e nos aproximamos do caracter do diabo, o acusador que aponta constantemente as nossas falhas a Deus.
 

O alegre testemunho de Zaqueu


Zaqueu era uma chefe dos publicanos muito rico, da época de Jesus, que deu um testemunho público do Senhor Jesus confessando que Jesus era o seu Senhor, não se importando com a sua elevada posição social, com os seus bens, nem com o que pensariam dele.
Zaqueu era uma publicano e por isso tinha uma vida corrupta, pois provavelmente enriquecia aumentando os impostos cobrados ao povo e através de subornos de muitos ricos que pagavam para terem impostos mais baixos. Zaqueu era um pecador e gozava da antipatia do povo judeu, que considerava-o um traidor, desprezível por ajudar o império Romano a extorquir dinheiro ao povo. Por isso, Zaqueu, apesar de ser um homem rico era infeliz, necessitado da verdadeira alegria.
Zaqueu tinha ouvido falar de Jesus e quando Jesus entrou na cidade de Jericó, procurou ver Jesus. Como Zaqueu era de baixa estatura, subiu, um sicômoro, uma árvore do médio oriente que produz figos de qualidade inferior, a fim de ver Jesus Cristo, pois sabia que Ele iria passar por aquele lugar.
O nosso Mestre sabia, que Zaqueu estava na árvore para vê-Lo e conhecia a vontade do seu coração em conhece-Lo. Por isso, quando Jesus chegou ao lugar onde Zaqueu estava olhou para cima, e convidou-o a descer depressa, afirmando que queria ficar naquele dia na sua casa. “Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa.” Lc 19:5.
Zaqueu ouvindo o Mestre desceu depressa e recebeu o Mestre em sua casa com alegria. Enquanto estava em sua casa Zaqueu se levantou perante todos os que estavam presentes e confessou que daquele momento adiante Jesus Cristo era o Seu Senhor: “(…) Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” Lc 19:8.
A confissão de Zaqueu demonstrou que aceitou a Jesus Cristo como o Senhor da sua vida, pois para além de chamar ao Mestre de Senhor, Zaqueu afirmou que iria proceder conforme Jesus mandara nos seus ensinamentos. Por isso dando metade dos seus bens aos pobres e restituindo a quem tivesse defraudado, Zaqueu estava demonstrando que era Jesus Cristo que mandava na sua vida, e por isso era o Seu Senhor.
O nosso Senhor Jesus ouvindo as suas palavras afirmou: “ (…) Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão.” Lc 19:9. Aceitando a Jesus como seu Senhor Zaqueu foi salvo. O apóstolo Paulo descreve no livro aos Romanos que: “Se, com a tua boca, confessares a Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo” Rm 10:10.
O nosso Mestre não deseja que O aceitemos apenas como Messias, como o Salvador e Redentor, mas que o aceitemos como o Senhor da nossa vidas a quem obedecemos, fazendo a sua vontade, acordo com a Palavra. O nosso Mestre deseja que os nossos atos condigam com as nossas palavras. Por isso o nosso Senhor diz: “Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” Lc 6:46.
Chamar apenas o nosso Mestre de Senhor não é suficiente, é necessário que o obedeçamos, que façamos as coisas da forma como Ele nos ensinou. Zaqueu testemunhou que Jesus era seu Senhor, doando os seus bens aos pobres, e restituindo a aqueles a quem tivesse defraudado. Através da aceitação de Jesus Cristo como seu Senhor e da conversão dos seus pecados Zaqueu experimentou a alegria.

domingo, 14 de junho de 2015

A resposta de Jesus ao pecado


O nosso Jesus Cristo convida a vir a Ele a todos aqueles que estão caídos por causa do pecado, sejam eles religiosos, como os crentes, ou pecadores que nunca tiveram um encontro com Deus, para que venham e lhe peçam perdão, com humildade e arrependimento e confessem que só o Senhor pode perdoar os seus pecados.
 
O nosso Senhor Jesus não condena o pecador mas oferece-lhe o seu perdão. O nosso Deus diz-nos através da Sua Palavra: “Volta ó Israel, para o Senhor, teu Deus, porque, pelos teus pecados estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Perdoa toda a iniquidade, aceita o que é bom e, em vez de novilhos, os sacrifícios do nossos lábios” Os 14: 1-2.
 
Para além de oferecer perdão ao pecador, quando este se aproxima com sincera humildade, o Senhor Jesus cura-o de toda a iniquidade, e oferece muito amor porque a ira de Deus contra o pecador cessa quando este confessa o seu pecado.” Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles” Os 14: 4.
Os que acharem a graça e o perdão de Deus serão como o cedro do Líbano, uma árvore da região mediterrânica que cresce devagar mas cujas raízes atingem grande profundidade nos primeiros três anos de vida, ou seja atingem uma profundidade de 1,5 metros: “Serei para Israel como o orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano.” Os 14: 5.
Todos aqueles que são perdoados, e converteram-se das suas iniquidades, sofrem um processo de cura interior, no seu coração, e, a semelhança do cedro do Líbano, veem as sua raízes crescerem com Senhor, ou seja o vão-se enraiando no nosso Mestre e na sua Palavra, mesmo que a nível exterior não pareçam ter crescido mais do que cinco centímetros, como cedro do Líbano nos primeiros 3 anos de vida.
O enraizamento do crente é estimulado pelo Espírito Santo, que abre o entendimento do para a Palavra de Deus, e o capacita a assimilar e a praticar os princípios divinos na vida prática. Quanto maior o exercício do amor a Deus e ao próximo, maiores profundidades atingirão as raízes do crente e posteriormente será visível o seu crescimento.
No entanto, a partir dos quatro anos o cedro do Líbano começa a crescer a chega a atingir ao longo da sua vida 40 metros de altura, tornando-se numa árvore majestosa, capaz de abrigar pássaros nos seus ramos. Assim são todas as vidas perdoadas pelo nosso Senhor: servem de abrigo para outras vidas afligidas pelo pecado.
O cedro do Líbano tem a particularidade ter raízes tão profundas, capazes de captar água a grande profundidade, tornando-se independentes da chuva e muito resistentes, as condições ambientais extremas, sendo capazes de crescer em ambientes de calor intenso e de vento.
Sem raízes profundas o crente tem dificuldade em sobreviver e crescer em ambientes hostis, ou seja em circunstâncias adversas. As raízes profundas permitem buscar alimento e provisão no Senhor Jesus, a fonte de águas vivas, e não ser influenciado por fatores externos como calor ou ausência de chuvas.
Outras particularidades das raízes do cedro é que elas não param de crescer quando encontram a rocha ao contrário de outras árvores, mas sim abraçam a rocha, crescendo em sua volta, tornam-se mais firmes e resistentes. Assim devem ser as raízes do crente, elas devem abraçar o Senhor Jesus e a sua Palavra e crescer a sua volta para serem firmes e resistentes ao vento e outos condições ambientais externas.
O nosso Senhor Jesus ama o pecador, ele acolhe a todos os que O buscam humildemente e pedem perdão pelos seus pecados. Para além de perdoar, o Senhor cura a cada coração de suas iniquidades e através do Seu Espírito capita o crente a enraizar-se Nele e na sua Palavra, a ficar firme no seu coração Nele, a Rocha. O nosso Senhor transformará cada vida e capacitará o crente a tornar-se brigo para outros pecadores que necessitem de amparo.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A diferença entre o publicano Levi e o jovem rico


A Bíblia relata diferentes posturas perante Jesus Cristo e perante o seu convite para segui-Lo. Duas respostas, completamente opostas, relatadas pela Bíblia foram a a resposta do publicano Levi, que se tornou discípulo de Jesus e a resposta do jovem rico.
 
Estas duas figuras bíblicas têm em comum o fato de serem ambos abastados, habituados a manipular bastante dinheiro e por isso teriam os dois o mesmo envolvimento com o dinheiro.
 
No entanto, estas duas figuras bíblicas tinham uma postura pública bastante diferente em relação a Deus: o publicano Levi era um pecador confesso por ser coletor de impostos para o império Romano, e por ser provavelmente rico por meios ilícitos, por roubar ao povo através de aumentos dos impostos cobrados. Para além disso o publicano Levi, era considerado um apóstata, por manipular moedas que por possuírem uma esfinge do imperador Romano violavam o primeiro mandamento.
O jovem rico pelo contrário era uma pessoa interessada nos assuntos divinos que apesar da sua idade e da sua riqueza cumpria os mandamentos. Contudo, a resposta destes dois homens ao convite de Jesus para segui-Lo foram totalmente diferentes: o publicano Levi, encontrando-se a trabalhar, numa mesa de coletoria, levantou-se abandonou a mesa, o dinheiro que estava a cobrar, as pessoas e seguiu a Jesus. Pelo contrário o jovem rico, ouvindo a convite de Jesus para segui-Lo e a recomendação para que vendesse todos os seus bens ficou muito triste e foi-se embora.
O esperado, era que o jovem rico, por estar mais inclinado para os assuntos de Deus, abandonasse tudo o que tinha para seguir a Deus mas não foi o que aconteceu. O publicano, aquele que se tinha “vendido” para o império Romano e tornando-se cobrador de impostos dos próprios conterrâneos, e ladrão, foi esse que largou tudo o que estava a fazer, e toda a sua vida para seguir o Mestre.
O jovem rico demonstrou que não amava a Deus tanto como pensava: ele não amou a Deus mais do que os seus bens, do que a sua família e do que tudo o que tinha. O nosso Mestre diz-nos ainda que, aquele que não O ama mais do que a seu pai, a sua mãe, mulher e filhos, irmãs e irmãos e ainda a própria vida não pode ser seu discípulo. “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” Lc 14: 26. O publicano, pelo contrário, mostrou maior amor a Jesus do que a sua própria vida e do que tudo o que tinha.
Assim, ao contrário do esperado, o publicano Levi tornou-se discípulo de Jesus, e recebeu um novo nome: Mateus. O nosso Mestre diz-nos que para ser seu discípulo é necessário renunciar a tudo o que se tem: tanto bens matérias como tudo que que existe de mau no coração como orgulho, inveja, ódio, amargura, falta de perdão e egoísmo. “Assim, pois, todo aquele que dentre vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” Lc 14: 33. Foi isso que o publicano Levi, o pecador, foi capaz de fazer e o jovem rico, que observava os mandamentos não conseguiu fazer.
Nos evangelhos, estão relatadas ainda a postura de outros publicanos, de homens considerados como pecadores da sociedade de Israel. O nosso Mestre demonstra numa parábola, a maior humildade perante Deus dos publicanos, que eram capazes de se humilhar perante Deus, de admitir que eram pecadores e que precisavam do perdão de Deus, ao contrário de muitos religiosos como os fariseus.
Na parábola do fariseu e do publicano, o publicano teve uma atitude oposta ao do fariseu: orava em voz baixa, não procurando ser ouvido pelos homens, e abaixou humildemente a cabeça enquanto batia no peito dizendo: “(…) ó Deis, sê propício a mim, pecador!” Lc 18: 13. O fariseu, pelo contrário apenas enaltecia-se relatando o seu jejum, e como dava o dízimo de tudo o que possuía. O fariseu apesar de ser religioso, não tinha a capacidade de reconhecer que era pecador e que precisava do perdão de Deus.
O nosso Senhor Jesus é misericordioso e perdoa a todos o que vêm aos seus pés humildemente pedir pedrão pelos seus pecados, sejam eles quais forem. O nosso Mestre ensina-nos que todos aqueles que se humilham perante Deus, reconhecendo que são pecadores e que precisam do perdão de Deus, acham a graça de Deus e o perdão dos seus pecados. “(…) porque todo aquele se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” Lc 18:14.
 


quarta-feira, 10 de junho de 2015

O que faltava aos fariseus

Os fariseus constituíam um grupo religioso que surgiu dois séculos antes da época de Jesus, e que apesar de ser aceite socialmente como um grupo religioso devoto a Deus e espiritual, aos olhos de Jesus Cristo estavam longe do que Deus considerava justo e santo.
 
 
O nosso Mestre apontou neste grupo várias falhas de comportamento para com Deus. Os fariseus apesar de seguirem alguns preceitos da Lei negligenciavam o mais importante: o amor a Deus e o amor ao próximo; cumpriam o jejum e doavam os dízimos da hortelã, do endro e do cominho, mas esqueciam-se da justiça, da misericórdia e da fé.
 
No evangelho de Mateus o nosso Mestre afirmou: “ Ai que vós escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas” Mt 28: 23.
Deus diversas vezes ao longo das Escrituras afirmou que faltava ao povo judeu a prática de obras de justiça, de misericórdia e de fé. As obras de justiça, como defender a causa dos órfãos, das viúvas, dos estrangeiros e dos necessitados eram negligenciados pelos líderes religiosos, incluindo os fariseus: “Aprendei a fazer o bem; atendei a justiça, repreendei o opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa da viúva”. Is 1:17.
A misericórdia, a capacidade de perdoar aquele que nos ofendem, e a disposição para amparar aqueles que estavam caídos, também não era defendida nem praticada pelos fariseus, e o Senhor Jesus apontou a falta de cumprimento de muitos outros mandamentos do Senhor dos fariseus. Para além disso os fariseus cumpriam preceitos dos homens, que invalidavam os preceitos fundamentais da Bíblia.
Os fariseus ensinavam a lei e não a cumpriam e por isso o Senhor Jesus advertiu que eles atavam fardos pesados e difíceis de carregar e os punham sobre os ombros dos homens, mas que nem com um dedo queriam move-los: Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles nem mesmo com o dedo querem movê-los” Mt 23:4.
O nosso Mestre advertiu ao povo da altura a não imitarem a conduta dos fariseus, pois eles não tinham o seu coração voltado para Deus. “Fazei e guardai, pois, tudo quanto ele vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras porque dizem e não fazem” Mt 23:3. Os fariseus não eram exemplo de conduta para com Deus: eles falavam da vontade de Deus e não a cumpriam.
Tudo o que faziam eram com o intuito de serem vistos pelos homens, e de receberem deles louvor. Os fariseus tinham como objetivo serem admirados e notados pela sociedade e por isso usavam títulos, vestuários que tinham como objetivo permitir que  fossem reconhecidos nas ruas e exigiam um tratamento especial nas saudações.
Pela soberba que enchia os seus corações, os fariseus amavam os primeiros lugares nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens (Mt 23:6-7).
Os fariseus achavam-se perfeitos e exemplos de santidade, mas eram pecadores sujeitos a maior juízo, porque ensinavam e não cumpriam; e para além disso eram avarentos, roubavam ao povo e devoravam as casas das viúvas, provavelmente pedindo doações superiores ao que podiam efetuar; e para o justificar faziam longas orações (Mt 23:14).
O nosso Mestre retrata a opinião que os fariseus tinham se de si próprios na parábola do fariseu e o publicano ”O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Lc 18:11
Os fariseus consideravam-se justos e desprezavam os outros; contudo, eles não praticavam a justiça requerida por Deus aos seus servos, eles não defendiam os mais desfavorecidos da sociedade, não eram misericordiosos, nem viviam humildemente, em fé, para Deus: tudo o que faziam eram para serem vistos pelos homens. Não se apercebiam que ao não cumprirem os mandamentos mais importantes como amar a Deus e acima de todas as coisas e ao próximo como a eles mesmos estavam em pecado e necessitados do perdão de Deus.
O Nosso Mestre demonstra com a parábola do fariseu e do publicano que os fariseus não eram humildes perante Deus pois não reconheciam que eram pecadores, e por estrarem cheios de soberba, eram orgulhosos, altivos e consideravam-se superiores aos outros. (Lc 18:9-14). Por isso, em comparação com os publicanos, que eram conhecidos como pecadores, os fariseus estavam pior diante de Deus, ou seja eram mais pecadores do que os publicanos, que eram cobradores de impostos e que enriqueciam cobrando mais ao povo do que era exigido pelo império Romano.
Os fariseus eram mais pecadores do que os publicanos porque para além de ensinarem a Lei e de não a cumprirem, fechavam o reino dos céus aos homens; mas o pior de tudo, era que não tinham humildade para se vergarem perante Deus e pedirem perdão pelos seus pecados. Pelo contrário, eram soberbos, enalteciam-se perante Deus pelas obras que praticavam, achavam os outros inferiores a eles e os desprezavam.
Eles preocupavam-se apenas com o seu exterior, ou seja, com as suas atitudes exteriores mas não tinham preocupação com os seus corações: estavam cheios de soberba, orgulho, avareza, intemperança e iniquidade e hipocrisia, por ensinarem uma lei que não cumpriam, tinham também o coração cheio de hipocrisia (Mt 23:25).
O nosso Mestre alertou-os que pela atitude dos seus corações, ou seja pela falta de humildade perante Deus e pela forma como impediam o povo de entrar no reino de Deus, (por não entrarem e por impedirem a quem queria entrar no reino), que dificilmente escapariam a condenação do inferno “Serpentes, raças de víboras! Como escapareis da condenação do inferno” Mt 23:33.

sábado, 6 de junho de 2015

A infelicidade do crente


O crente devido a sua nova natureza, adquirida quando aceita Jesus como Senhor e Salvador, tem a sua alegria e paz dependentes da sua relação com Deus e da obediência aos mandamentos do Senhor. Como o Espírito Santo habita no crente, é Ele o responsável pela paz e alegria que o crente experimenta na sua vida.
Quando o pecado surge na vida do crente, acaba por deixa-lo infeliz, com a sensação de amargura, ou de desfortúnio e sente-se um desgraçado (Sl 51:1-3). O pecado é qualquer coisa que vá contra a vontade de Deus e pode ser por exemplo, a inveja, a amargura, o ódio, dissensões e contendas com o próximo, adultério, a falta de perdão, a atitude de vingança, hipocrisia, entre outras coisas.
O pecado tem um efeito desastroso na vida do crente: rouba-lhe a alegria e a paz, deixa-o infeliz, sentindo-se um desgraçado, afasta-o da presença de Deus acabando com a sua comunhão com Deus, e entristece o Espírito Santo, aquele que o ajuda a seguir ao Mestre e a obedecer aos mandamentos do Pai. Para além disso, o pecado mancha o crente, afeta o seu testemunho e desincentiva-o a abrir a sua boca para testemunhar.
O sintoma principal de um crente caído no pecado é a sua impotência perante o pecado que o domina, a sua incapacidade de lutar contra a sua carne e contra o pecado e de vence-los. O apóstolo Paulo descreve na sua epístola aos romanos a incapacidade do homem tem, por si só, de vencer o pecado. “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetua-lo” Rm 7:8.
Sem o poder do Espírito Santo, que capacita o crente, a medita que ele afasta-se do pecado, o crente não tem hipótese nenhuma de vencer o pecado e de obedecer a Deus. O Espírito Santo habita no crente e tem um papel fundamental na vida do crente, capacitando-o a seguir os mandamentos dos Senhor Jesus, a vencer a carne e o pecado, e a resistir as tentações que surgem na vida do crente.
Como a vida do crente é totalmente dependente do Espírito Santo, quando o crente toma atitudes que entristecem e apagam o Espírito Santo, como atitudes de ira, contenda, amargura, vingança, falta de perdão e todo o tipo de maldade, o crente acaba por ficar menos capacitado para vencer a sua carne e o pecado porque o crente “esvazia-se” do Espírito Santo.
Porque o pecado contamina a caminhada do crente, ele acaba por ter comportamentos constantes de desobediência a Palavra de Deus. Esta contínua desobediência a Palavra de Deus extingue o Espírito Santo, como uma chama estingue quando não tem lenha.
O Espírito Santo para além de conduzir o crente nos caminhos do Senhor, dá ao coração do crente paz e alegria, por isso quando o crente peca, para além das consequências do pecado, sente a ausência da alegria do Espírito Santo e fica triste e sem paz.
Aqueles que amam a Palavra e Deus e a obedecem têm a paz dada por Deus, através do seu Santo Espírito, como diz o salmista “ Grande paz têm aqueles que amam a tua lei; para eles não há tropeço.” Sl 119:165. O profeta Isaías refere que aqueles que têm o seu coração firmado em Deus, porque confiam em Deus, o Senhor conserva os seus corações em paz. “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque confia em ti” Is 26:3.
Para que um crente que caiu no pecado e que se sente infeliz volte a ter a alegria e paz é preciso que além de arrepender-se, que seja perseverante em mortificar a sua carne e em lutar contra o pecado a cada dia. O crente tem de purificar a sua alma e o seu corpo de tudo o que o contamina, separar-se das coisas do mundo e de tudo o que desagrada a Deus.
Em vez de entristecer o Espírito Santo, como fazia quando estava no pecado, o crente deve agrada-lo, deve ter as atitudes recomendadas pelo apóstolo Paulo “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Ef 4:32. É necessário lembrar que o Espírito Santo, é santo e que não gosta do pecado, e para preservar a Sua presença em nós devemos afastar-nos do pecado.