quarta-feira, 24 de junho de 2015

Justiça social: a defesa dos pobres

A Bíblia ensina que Deus preocupa-se com os pobres e com os aflitos e por isso quando nos convertemos Deus nos exorta a cuidarmos daqueles que estão ao nosso redor passando alguma necessidade, ou seja, a Bíblia ensina a cuidar do órfão, de estrangeiro e do necessitado que houver a nossa volta.
O profeta João batista, foi movido pelo Espírito Santo a proclamar o arrependimento dos pecados a Israel e a necessidade de produzir frutos dignos de arrependimento ”Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Lc 3:8
O primeiro fruto de arrependimento proclamado por João Batista era a partilha do que se tinha com aquele que passava necessidade. ”Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos pois de fazer? Respondeu-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com que não tem; e que tiver comida, faça o mesmo.” Lc 3:11.
A partilha do que se tinha era uma forma de praticar o segundo mandamento indicado por Jesus “amarás a teu próximo como a ti mesmo” e uma forma de eliminar a desigualdade social que tanto desagradava a Deus e que O levou várias vezes a chamar a atenção ao povo de Israel através dos seus profetas, como se pode ler no livro de Amós.
Neste livro, vemos que Deus alerta ao povo, o seu desagrado pelo fato de muitos em Israel viverem na opulência e no luxo enquanto muitos outros viviam na extrema pobreza. Deus através do profeta Amós convida o povo a arrepender-se para que fosse restaurada a nação. ”Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá e bebamos.” Am 4:1.
O próprio Senhor Jesus deixou-nos o modelo de comportamento para com os pobres, pois aqueles que eram desprezados pela sociedade foram alvo do amor de Jesus Cristo, que não só cuidou deles fisicamente como espiritualmente levando a eles mensagem do evangelho.
O nosso Mestre diz-nos que devemos alimentar os que têm fome, vestir os que estão nus, visitar os que estão doentes, ver os que estão presos, como se estivéssemos a cuidar do próprio Senhor Jesus; por outras palavras cada vez que ajudamos a um “pequenino”, estamos cuidando do próprio Senhor Jesus.
Por isso, a forma como os cristãos cuidarem do próximo será um dos critérios para a separação dos cristãos em dois grupos: os cabritos e as ovelhas. As ovelhas entrarão no reino dos céus porque: “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.” Mt 25: 35-36.
O apóstolo Tiago, também refere a importância da justiça social e descreve na sua epístola que a verdadeira religião é cuidar dos menos afortunados, ou seja, das viúvas, dos órfãos, e estrangeiros “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” Tg 1:27.
Todos os cristãos, tanto ricos como pobres, são exortados a cuidar do próximo que se encontrar em dificuldades, como forma de praticar a palavra de Deus. A Bíblia, deixa sobre cada cristão a responsabilidade sobre a situação do próximo.
 

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