segunda-feira, 29 de julho de 2019

Inimizade contra Deus

O homem depois de encontrar-se com Deus e conhecer a Jesus como o seu Senhor e Salvador, pode continuar a ter um comportamento fora dos padrões da Palavra de Deus. Ao homem com este comportamento a Bíblia chama de homem carnal. O homem carnal tem algumas características que devem ser conhecidas de forma a evitar esses comportamentos.

As principais características relacionam-se com a forma como o homem encara o seu próximo: ele  vê o próximo com inveja e maldade ; e deixa-se envolver por contendas e outras coisas que desagradam a Deus. O apóstolo Paulo refere na epístola aos coríntios que os cristãos manifestam um comportamento carnal quando se deixam envolver por ciúmes e contendas. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (…) Porquanto havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo os homem?” 1Co 3:1,3

A carnalidade opõe-se a espiritualidade que Deus deseja para os cristãos. A carnalidade demonstra-se nos ciúmes, na soberba, nos comportamentos inconvenientes. A carnalidade manifesta-se quando o cristão, nas suas decisões, direciona-se mais para os seus próprios interesses, do que para os interesses de Deus. O cristão carnal, coloca de lado o mandamento de Jesus, de nos amaremos uns aos outros, e põe os seus interesses em primeiro lugar. Por isso, coloca o seu eu no centro da sua vida e não Jesus Cristo e a sua Palavra.

A maldade, que se traduz no desejo de ver o próximo mal, numa situação difícil, faz com que o cristão carnal, alegre-se com as injustiças sofridas pelo seu próximo. Sabemos que Deus é benigno e misericordioso, e que deseja que os seus filhos, sejam também benignos e misericordiosos. Quando não existe no coração do cristão benignidade, mas maldade, ele coloca-se numa posição contrária a vontade de Deus. Como vemos a seguir, Deus deseja que andemos em amor: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, (…) não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;” 1Co 3: 4,6.

Deus é Amor, e quando o homem conduz-se no ódio e na maldade, pensa de uma forma, que se opõe a vontade de Deus para os homens. Por isso, quando o homem está na carne não pode agradar a Deus, e ainda faz-se inimigo de Deus, porque rebela-se contra o senhorio de Deus na sua vida e deseja combater a obra de Deus na vida dos outros. Se deixar-nos levar pelas coisas da carne andamos no sentido contrário à direção do céu. “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Porquanto os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:7-8

Para podermos ser amigos de Deus temos de ser submissos à sua vontade, e caminharmos na direção apontada por Deus. A Bíblia, diz-nos que Abraão o nosso pai na fé foi considerado amigo de Deus, porque colocou a sua fé em Deus, e foi obediente em tudo. “Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e Foi chamado amigo de Deus.” Tg 2:22-23.

O Espírito Santo deseja conduzir-nos de forma a que nos torne-mos graduadamente mais amigos de Deus e mais próximo do exemplo do nosso Senhor Jesus. Ele deseja produzir em nós o seu Fruto, e capacitar-nos a deixarmos ser usados por Deus nos seus assuntos. Podemos ver na epístola aos gálatas os componentes do Fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

A amizade com Deus é um privilégio que os homens têm e que deve ser preservada. Deus é Senhor, e deve governar as nossas vidas. Pela criação de Deus que está a nossa, e pela salvação que o Pai Celeste nos concedeu, através do seu Filho Amado, devemos temer a Deus, e ser-Lhe obedientes; Deus merece todo o nosso amor e devoção.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Deus prova os corações

Deus criou o homem com características peculiares, que o distinguem de todo o resto da sua criação. Algumas dessas características é o facto de ter alma; capacidade de sentir, pensar e de escolher. O ser humano tem por isso a de capacidade de decisão. O homem pode, por isso, escolher o que quer fazer, entre todas as possibilidades que estiverem perante dele.

O facto de ter uma alma, e de sentir emoções, de ter vontades e desejos, influencia o seu comportamento. Consoante o que estiver na mente, e no coração do homem, as atitudes poderão ser ou não agradáveis a Deus. Por isso, o nosso Senhor Jesus avisa-nos que é do coração que procedem todas as atitudes más, como vemos no versículo a seguir: “Por que do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias.” Mt 15: 19.

Deus é omnisciente e por isso sabe tudo o que pensamos, desejamos e fazemos. Contudo, Deus por vezes deseja ver se aprendemos o que Ele nos tem ensinado na sua Palavra, e que tipo de coisas existem no nosso coração. Da mesma forma como fazemos uma prova pública, e os nossos conhecimentos são verificados e os resultados afixados publicamente, Deus permite que passemos por provas onde a nossa forma de pensar, e tudo que aprendemos são testadas publicamente.

No versículo a seguir vemos que Deus diz-nos através do livro do profeta Jeremias que Deus esquadrinha o coração, prova os pensamentos; e retribui ao homem consoante ao seu procedimento. “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” Jr 17:10.

Os pensamentos do homem são importantes para Deus; e por isso Deus prova os nossos pensamentos. Os cristãos são por isso aconselhados a não deixarem maus pensamentos na sua mente, e a cultivarem pensamentos que agradem a Deus: “Finalmente irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” Fp 4:8

Se já existirem pensamentos e ideias erradas, Deus aconselha-nos a arrepender-nos dos maus pensamentos e intenções e a voltar-nos para Deus. Caso haja conversão, Deus perdoa-nos e evitamos que esses pensamentos nos conduzam a perdição. “Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os vosso caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniquidade vos não servirá de tropeço.” Ez 18:30.

Para aqueles que não se convertem dos seus pensamentos e dos seus maus caminhos Deus, retribuirá com ira e indignação, como vemos nos versículos da epístola aos romanos: “que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem procuram glória, honra e incorruptibilidade; mas, ira e indignação aos facciosos, que desobedecem a verdade e obedecem à injustiça;” Rm 2: 6-7

A Bíblia fala de várias pessoas que foram provadas, e que com o seu comportamento mostraram amar a Deus e aos seus mandamentos. Essas pessoas foram recompensadas com o cumprimento de bênçãos, e com uma maior comunhão com Deus. Abraão, homem descrito na Bíblia como o pai da fé de Israel, foi provado por Deus, e mostrou com a sua obediência que amava mais a Deus do que as bênçãos que Deus lhe tinha prometido.

Nos versículos a seguir vemos a prova de Abraão e o resultado da mesma: Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. (…) Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.” Gn 22:1-2, 12.

Assim, com as provas, podemos ver até que ponto temos aprendidos aquilo que Deus nos tem ensinado, e também mostramos a Deus em que nível espiritual nos encontramos. Se passarmos prova, podemos continuar a crescer espiritualmente, caso não passemos temos de rever as áreas em que precisamos de nos aperfeiçoar. Deus tem como objetivo principal para a vida do cristão, fazê-lo crescer espiritualmente, tendo como referência o seu Filho, Jesus Cristo.

terça-feira, 23 de julho de 2019

O efeito do Senhorio de Cristo

O nosso Senhor Jesus Cristo, sendo Filho de Deus, foi enviado à terra pelo Pai Celeste, em forma de homem para que pudesse pagar o preço dos pecados da humanidade. Ao ter cumprido a sua missão, Jesus Cristo tornou-se o nome mais elevado, no céu e na terra; o Senhor de todos os homens, tanto daqueles que O servem como àqueles que não O servem.

Na epístola aos romanos o apóstolo Paulo refere que tudo o que os homens fazem é para o Senhor Jesus, tanto aquilo que fazem de bem, como aquilo que fazem de mal. O Espírito Santo diz-nos que o Filho de Deus ao ter morrido e ressuscitado tornou-se Senhor tanto dos vivos, como dos mortos espiritualmente. “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si mesmo. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.” Rm 14:7-9.

Quando o homem encontra-se com o Senhor Jesus, e apercebe-se que Ele é Deus, Todo-Poderoso, ele rende-se aos seus pés e aceita Jesus como salvador da sua vida. No entanto, quando o cristão apercebe-se que Jesus Cristo é Senhor da sua vida, por o ter comprado com o seu sangue, ele deixa de agir como se fosse dono da sua vida e deixa de buscar apenas a sua vontade, para buscar a vontade de Deus.

Jesus Cristo, deseja que o cristão reconheça, a cada dia, que Ele é o seu Senhor, e que ponha a sua vida à disposição Dele e ao seu serviço. O Espírito Santo deseja ajudar-nos a sermos mordomos de tudo na nossa vida e a multiplicar tudo o que Ele nos tem dado para o Reino de Deus. O nosso Mestre explica que devemos multiplicar para Ele tudo o que nos foi dado através da parábola dos talentos: “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.” Mt 25: 14-15.

Nos versículos a seguir vemos que o profeta Davi, louvou a Deus porque tudo o que ele e o povo de Israel tinham vinha de Deus; e por isso, em agradecimento eles ofertavam tesouros para a casa de Deus. “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. Agora, pois, ó nosso Deus, graças de damos e louvamos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.” 1 Cr 29:11-14

Essa nova visão acerca da vida transforma os objetivos da vida e também o próprio carácter do cristão. O cristão deixa a avareza, a soberba, para humildemente dispor tudo o que tem para o bem do seu próximo e da igreja. Os seus planos, deixam de ser motivados pela ideia da superioridade sobre os outros e passam a focar-se na obediência do exemplo do Mestre em lavar os pés os discípulos.

Nos versículos a seguir vemos a recomendação do nosso Senhor Jesus de que os seus servos, e discípulos, deveriam seguir o seu exemplo e lavar os pés uns dos outros. “Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu voz fiz, façais vós também.” Jo 13:12-14.

Deus deseja que tenhamos a perceção de que, para além de sermos seus filhos, pela Graça do Senhor Jesus, também somos seus servos. Como servos, devemos imitar o nosso Senhor Jesus, que veio a terra, e viveu como servo em obediência ao Pai Celeste. A nossa vida, é do Senhor Jesus, para servi-Lo e contribuir para o crescimento do seu Reino; tudo o que temos e somos é do Senhor e devemos administrar a nossa vida, não como se a vida fosse nossa, mas na consciência de que a nossa vida é do Senhor Jesus e que teremos de dar contas de tudo o que fizermos.

domingo, 21 de julho de 2019

Veja que não caia


O povo de Israel que sofria por causa da escravidão no Egipto, viu grandes sinais e maravilhas de Deus, enquanto faraó era convencido a deixa-los sair do Egipto. Eles presenciaram as dez pragas que Deus fez cair sobre o Egipto, e foram protegidos do exterminador, quando todos os primogénitos egípcios morreram. Eles souberam o que era sair da terra da escravidão cheios de riquezas e ainda viram a salvação de Deus quando faraó foi atrás deles no deserto; Deus abriu o mar Vermelho e eles passaram em seco até ao outro lado do mar.

Vemos a seguir a última praga que Deus lançou sobre o Egipto e que convenceu a faraó deixar sair o povo de Israel: “Aconteceu que, à meia noite, feriu o Senhor todos os primogénitos na terra do Egito, desde o primogénito de Faraó, que se assentava no seu trono, até o primogénito do cativo que estava na exovia, e todos os primogénitos dos animais. Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto.” Ex 12:29.

Depois desta última praga, o faraó deixou que o povo saísse levando consigo o seu gado, e outros bens; e ainda desejou que Moisés e Arão abençoassem-lhe. “Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do povo, tanto vós como os filhos de Israel: ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me a mim também” Ex 12:31-32.

Enquanto caminhavam pelo deserto o povo de Israel viu dificuldades e então deixavam de  temer a Deus e murmuravam contra Moisés, Arão e o próprio Deus. Eles esqueciam-se do grande poder com que Deus os tinha libertado e não confiavam no Senhor Deus. As necessidades imediatas eram mais importantes para eles do que Deus.

Nos versículos seguintes vemos a murmuração do povo de Israel quando faltou-lhes água para beber no deserto. “Contendeu, pois os povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Porque contendeis comigo? Porque tentais ao Senhor? Tendo aí o povo sede de água, murmurou contra Moisés e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nosso rebanhos?” Ex 17:2-3. Ao revoltaram-se pela falta de água, eles mostraram-se ingratos por tudo quanto Deus tinha feito por eles, dizendo que Moisés os tinha feito sair do Egipto para morrerem alí.

Mesmo depois de ver tantas maravilhas feitas pelo Senhor Deus, o povo de Israel não temia a Deus. Eles não pensaram que a atitudes deles poderiam ofender à Deus, que tinha feito o Egito ser coberto de gafanhotos, e que tinha morto todos os primogénitos dos egípcios. O temor a Deus é muito importante para caminharmos em direção as promessas de Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam. O seu louvor permanece para sempre”. Sl 111:10.

A principal bênção que Deus tinha prometido ao povo de Israel era leva-los para a terra de Canaã, uma terra que manava leite e mel, onde poderiam ter uma terra deles, e onde poderiam viver com as suas famílias e adorar a Deus. As outras bênçãos dadas por Deus eram um meio para que o povo atingisse a bênção final. Muitos, israelitas apesar de terem visto a libertação da escravidão do Egipto, não viram a bênção final que era a chegada à terra prometida.

Isto porque Deus castigou o pecado de rebelião do povo, demonstrado quando os doze espiais vieram da terra de Canaã, relatando o que viram. Deus castigou-os deixando-os andar no deserto por quarenta anos até que toda a geração que tinha-se rebelado contra Ele tivesse morrido: “Depois, disse o Senhor a Moisés e a Arão: Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim. Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto, cairá o vosso cadáver, como também de todos os que de vós foram contados segundo o censo, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.” Nm 14:26-30.

Por esse motivo, o Espírito Santo diz-nos através da epístola do apóstolo Paulo aos coríntios, que aquele que pensa que está firme na fé, porque viu maravilhas de Deus deve vigiar os seus comportamentos, para que não peque contra Deus, nem se afaste do caminho da salvação. Se desagradarmos a Deus podemos ficar afastados da promessa principal que é a vida eterna.

Vemos as palavras do apóstolo Paulo a seguir: “Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão porque ficaram prostrados no deserto. Ora, estas coisas se tornaram exemplo para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: (...) E não pratiquemos imoralidade como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. Não ponhamos o Senhor a prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. (…) Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia.” 1Co 10: 5-10,11

Depois de termos vistos as bênçãos do Senhor, devemos temer a Deus e ter o cuidado para não desagrada-Lo com o nosso comportamento; isso para que possamos caminhar em direção a principal bênção que é a vida eterna. Caso não atentemos para os mandamentos e os ensinos do nosso Mestre, podemos correr o risco de cair no deserto e de nos afastar-nos do caminho da nossa Pátria Celestial.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

A obediência e os milagres


Os milagres de Deus são atos maravilhosos que contrariam as leis da natureza e que satisfazem necessidades dos homens. Esses acontecimentos são desejados por todos os cristãos, em várias áreas das suas vidas. Contudo, vemos geralmente mais do que conceder milagres que satisfaçam necessidades materiais, de saúde entre outras, Deus deseja satisfazer a maior necessidade do homem que é a salvação.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus aconselha-nos a desejar em primeiro lugar o Reino dos Céus, e consequentemente em preocupar-nos em manter-nos no caminho da salvação, porque a maior necessidades do homem não é a comida, o vestuário, e todas as necessidades relacionadas com o corpo, mas sim a salvação, a vida eterna ao lado do Pai Celeste.

Nos versículos a seguir vemos as palavras do nosso Senhor Jesus: “Por isso vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as aves? (…) Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai Celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o reino e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:25, 32-33.

Apesar do homem ser um ser vivo e de precisar, por isso, de alimento, vestuário e de abrigo, ele também é um ser espiritual, dotado de uma alma que o faz diferente de todas as outras espécies animais. A alma humana é eterna e quando o homem morre, ela apenas tem dois distintos possíveis: ou fica eternamente com Deus ou fica eternamente afastada com Deus. Só Deus Pai pode ter ação sobre o destino da alma do homem, como vemos no versículo seguir: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.” Mt 10:28.

A salvação é fruto de uma decisão de aceitar a Graça de Deus na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Essa aceitação tem de ser acompanhada de arrependimento dos antigos pecados e da obediência aos ensinos do Senhor Jesus. Por isso, o nosso Mestre afirma, no versículo a seguir, que aqueles que ouvirem a Sua Palavra, e crerem no Pai Celeste, que O enviou, têm a vida eterna. “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Ouvir a Palavra do Senhor Jesus, é dar ouvidos aos seus ensinos; reconhecer que os seus ensinos são a Verdade e obedecer a Palavra do nosso Mestre. Quando as pessoas ouvem a palavra do Senhor Jesus, mas não obedecem aquilo que o Senhor Jesus manda, ou agem sem ter em conta os ensinamentos do Mestre, elas não estão a ouvir ao Mestre.

À essas pessoas o Senhor Jesus diz o seguinte: “Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? (…)Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa. Lc 6:46,49

Para manter-nos no caminho da salvação, com o objetivo de alcançar o maior dos milagres que é a vida eterna, é necessário obediência aos ensinos do Mestre. Sem obediência, não nos separamos do pecado que rodeia tenazmente o homem, nem nos aproximamos da purificação que Deus deseja para as nossas almas. A obediência é por isso o caminho para alcançarmos a promessa da vida eterna.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Geazi, o servo que amou o dinheiro

No Novo Testamento estão descritas vários conselhos para os cristãos acerca de coisas que podem afastar-nos da fé cristã. Entre estas coisas está o amor ao dinheiro. O amor ao dinheiro é algo que faz com que surjam outros sentimentos pecaminoso no coração do homem como, inveja, avareza, orgulho, entre outras coisas, que vai destruir a fé cristã.

Por isso o Espírito Santo aconselha-nos através da epístola do apóstolo Paulo a Timóteo, a não amarmos o dinheiro, pois isso é como uma raiz que possibilita que cresça no coração todos os tipo de males. “Ora os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentaram com muitas dores.”1 Tm 6:9-10.

Geazi, foi um homem foi um servo de Eliseu que o acompanhou em momentos importantes da sua vida e que por isso assistiu grandes milagres de Deus feitos através de Eliseu. Apesar de ter estado perto do profeta Eliseu e de ter conhecido o poder de Deus, Geazi, amou mais o dinheiro do que a Deus e pecou gravemente contra Deus.

O primeiro milagre presenciado por Geazi foi a conceção milagrosa de uma rica mulher sunamita. Este milagre aconteceu porque Eliseu quis recompensar a generosidade da mulher Sunamita, pois ela diversas vezes ofereceu-lhe pão e mais tarde construiu um quarto para ele junto do muro da sua casa. Como a sunamita não mostrou querer nenhuma recompensa, Geazi sugeriu que ela poderia querer um filho, visto que apesar de ser casada não tinha nenhum filho.

Vemos como tudo se passou no versículo seguinte: “Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta sunamita. Chamando-a ele, ela se pôs diante do profeta. Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com muita abnegação; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela respondeu: habito no meio do meu povo. Então, disse o profeta: que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho. Disse Eliseu: Chama-a. Chamando-a ele, ela se pôs à porta. Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. Concebeu a mulher e deu a luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.” 2 Rs 4:12-17.

O segundo milagre foi quando um chefe do exército do rei da Síria, chamado Naamã dirigiu-se ao rei de Israel, com uma carta do rei da Síria, pedindo para ser curado da lepra. Eliseu ouvindo que o rei de Israel rasgou as vestes, quando leu a carta do rei da Síria que pedia que curasse a Naamã, enviou uma mensagem dizendo que conduzisse a ele para que fosse curado.

Nos versículos a seguir vemos como tudo se sucedeu: “Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.(...) Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança e ficou limpo.” 2 Rs 5: 8-9;14.

Apesar de estar perto de um homem de Deus e de ter assistido os milagres que Deus operou através de Eliseu, Geazi, não temeu a Deus e foi ter com Naamã e mentiu-lhe dizendo que o profeta precisava que lhe dessem dinheiro. Vemos isso a seguir: “Então, foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontra-lo e perguntou: Vai tudo bem? Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que, agora mesmo vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais.” 2 Rs 5:21-22.

Ao enganar a Naamã para ficar com o dinheiro que este queria dar a Eliseu, Geazi pecou gravemente e o profeta Eliseu ficou indignado com ele porque tinha ido com ele em espírito e viu tudo quanto Geazi fizera. Como castigo pela atitude de Geazi Eliseu proferiu que tanto Geazi como a sua descendência ficariam com a lepra de Naamã. 

Nos versículos seguintes vemos as palavras do profeta Eliseu: “Ele, porém, entrou e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte nenhuma. Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto, a lepra de Naamã se apegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.” 2 Rs 5:25-27.

Geazi, é um exemplo de alguém que afastou-se de Deus por causa do seu amor ao dinheiro. Outras pessoas na Bíblia deixaram-se levar pelo amor ao dinheiro e perderam-se na fé. Para não corrermos os risco de nos afastar de Deus, o Espírito Santo, ensina-nos a não amar o dinheiro, nem aquilo que o dinheiro proporciona no mundo a nível de status social. Quando o homem ama o mundo e os seus status o amor do Pai deixa de estar nele e ele deixa o caminho da salvação.

sábado, 6 de julho de 2019

Para que creiais

O nosso Senhor Jesus enquanto esteve na terra teve como prioridade a proclamação do Evangelho, e por isso, percorria as cidades para falar da vontade do Pai Celeste. A medida que ia-se encontrando com pessoas necessitadas de ajuda, ia operando milagres, impulsionado pela misericórdia que sentia pelas pessoas. Os evangelhos, descrevem a vida e o ministério do Senhor Jesus, e foram escritos por vários apóstolos: João, Marcos, Lucas e Mateus.

Com exceção de Lucas, e Marcos, estes apóstolos estiveram lado a lado com o Senhor Jesus, e viram pessoalmente os milagres do Senhor Jesus. Eles seguiram ao Mestre pela fé, e creram que o Mestre era o Messias, pelos grandes milagres que operava. Um dos primeiros milagres que o Senhor Jesus operou perante os discípulos foi a pesca maravilhosa, que aconteceu quando Jesus indicou aos pescadores, Pedro, João, Tiago, que lançassem as redes para o lado direito do barco.

Vemos no versículo a seguir como o milagre sucedeu: “Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes.” Lc 5:4-6

A reação dos apóstolos ao ver a grandeza do milagre de Jesus, foi de fé em Jesus. O milagre fez-lhes crer que Jesus era o Filho de Deus, o Messias prometido a Israel. Vemos no versículo a seguir que Pedro ao ver o milagre, compreendeu a divindade de Jesus e sentiu-se pecador, indigno de estar na presença do Filho de Deus. “Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. Pois a vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros, bem como a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.” Lc 5: 8-11.

Após ter-prostrado aos pés de Jesus e compreendido que Jesus era o Filho de Deus e que ele apenas um pecador, Jesus chama a Pedro para ser pescador de homens. Da mesma forma como Pedro reconheceu que Jesus era o Filho de Deus, outras pessoas que viram os milagres e o poder de Jesus Cristo, e reconheceram que Jesus era o Filho de Deus.

A mulher samaritana, enquanto conversava com Jesus apercebeu-se que havia algo de especial em Jesus e que ele deveria ser profeta. Mas, quando Jesus fala acerca da sua vida e de quantos homens já havia tido ela apercebe-se da divindade de Jesus. Com explicação de Jesus que Ele era o Messias que havia sido prometido à Israel ela crê que Jesus era o Messias. (...) ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta.(...)Quanto a mulher, deixou o seu cântaro, foi à e disse àqueles homens: Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura o Cristo?!” Jo 4:17-19; 28-29.

Hoje o Espírito Santo utiliza os evangelhos para mostrar aos homens que Jesus é o Filho de Deus, o Messias que Deus havia prometido a Israel. Os sinais e milagres descritos nos evangelhos estão escritos para que, nós aos lermos tenhamos fé em Jesus Cristo e creiamos no Filho de Deus. O apóstolo João refere essa intenção do evangelho no versículo a seguir: “Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20:31

Os milagres de Jesus abençoam aqueles que os receberam e suprem alguma necessidade física ou material. Contudo, mais do que abençoar os homens o nosso Senhor Jesus deseja que ao apercebermos do poder milagroso que existe Nele possamos crer que Ele é o Filho de Deus, e ao cremos tenhamos vida eterna, que é a maior bênção que o homem pode ter.