quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

As características do carácter cristão


Deus ao planear a salvação do homem não desejou apenas que ele tivesse acesso a um lugar no céu, mas que sofresse uma transformação no seu caráter para atingisse a maior semelhança possível com o Senhor Jesus, o Filho de Deus. Esse objetivo de Deus para a vida do cristão deve ser reconhecido, para que se possa deixar que o Espírito Santo trabalhe no nosso seu caráter e faça crescer o Fruto do seu Espírito

No Novo Testamento podemos ver as características que Deus deseja desenvolver nas nossa vidas. O nosso Mestre, o Senhor Jesus, ensinou-nos no seu sermão do monte como deveria ser um cristão. Podemos ler o que o nosso Mestre nos ensinou nos versículos a seguir: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.” Mt 5:3-12

Deus Pai é um Deus de amor; Nele não há ódio, não há maldade; Ele é totalmente Santo, é a definição do Amor. Como nosso Pai, Ele deseja que nós, como seus filhos, sejamos semelhantes a Ele. Por isso, o nosso Mestre diz-nos que amemos o nosso próximo da mesma forma como Deus Pai ama os bons e os maus. “Eu porém, vos digo: amai os vosso inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” Mt 5:44-45.

A Bíblia dá-nos outro motivo para amarmos ao nosso próximo, que é a gratidão. Se formos gratos a Deus por Ele nos ter salvado através da morte do seu Filho, o Senhor Jesus, ficaremos comprometidos em servi-Lo ao longo da nossa via e em seguir os mandamentos do seu Filho Jesus. O nosso compromisso com Deus mostra-se quando nos negamos a nós próprios e seguimos a vontade do nosso Mestre, comos lemos a seguir: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” Lc 9:23

Por isso, como nos diz o apóstolo João, se amarmos e Deus e formos gratos a Ele, acabaremos por amar ao nosso próximo: “ Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado ao seu Filho unigênito ao mundo para vivermos por meio dele.” 1 Jo 4:7-9

Se quisermos amar a Deus, amando ao nosso próximo temos de dar espaço ao Espírito Santo para que Ele faça brotar em nós o seu fruto, que é composto de características que devem constituir o caracter do cristão: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5:22-23.

O Espírito Santo reforça a necessidade de termos o caráter cristão na primeira epístola do apóstolo Paulo aos corítinos. “Ainda que eu fale aos línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” 1Co 131-3. Mesmo que façamos muita coisa para Deus e tenhamos todos dons do Espírito Santo, se não tivermos o carácter cristão não seremos nada. O carácter cristão é o ingrediente que torna amoroso o que fazemos para Deus.

Se substituirmos nos versículos seguinte a palavra amor pela palavra cristão vemos as caraterísticas que devem estar presentes no caráter do cristão: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com o a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 1Co 13:4-7

Isto porque Deus é Amor, e mostrou através do seu Filho que deseja que sejamos mansos e humildes; e que imitemos o nosso Mestre na sua dedicação a Deus e ao próximo. O cristão deve ser paciente, benigno; não deve arder em ciúmes por causa da vida dos outros; não deve se ufanar, nem ser soberbo; não deve se conduzir incovenientemente, nem viver para procurar apenas os seus interesses.

O Cristão não deve se exasperar com as atitudes dos outros; nem se ressentir do mal lhe façam; não deve se alegrar com a injustiça praticada contra os outros; mas deve-se regozijar com a verdade, e com as coisas boas que acontecem na vida do seu próximo. O cristão deve ser paciente e ser capaz de tudo sofrer, e acreditar em todas as promessas de Deus para a sua vida.

E em caso de necessidade deve suportar tudo o que for necessário para que a obediência a Deus seja praticada todos os dias da sua vida. Todos os cristão devem deixar que o Espírito Santo trabalhe nas suas vidas para que eles possam agradar a Deus com o seu carácter.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A recompensa do temor a Deus


Deus é o criador do homem e deu-lhe o privilégio de ter comunhão com Ele. Mas, depois da queda do homem, essa comunhão foi rompida e toda a humanidade está separada de Deus. Apesar de Deus ter dado uma solução a humanidade para que pudessem ter comunhão com Ele, através do sacrifício vicário do Senhor Jesus, o homem ainda pode ficar afastado da comunhão com Deus se não escolher diariamente seguir os mandamentos de Deus.

O primeiro mandamento que Deus deu ao povo que escolheu para servi-Lo, a Israel, foi que O amassem de todo o coração e acima de todas as coisas. Vemos isso a seguir em alguns versículos do livro de Deuteronômio: “Amarás, pois o Senhor, teu Deus, e todos os dias guardarás os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos. (…) Pode, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os vossos olhos” Dt 11:1,18

Para amarmos a Deus precisamos de reverência-Lo diariamente, e obedecer-lhe em todas as nossas decisões. A expressão exata do ser Deus, o Senhor Jesus, diz-nos que que se quisermos ama-Lo e amar a Deus Pai temos de obedecer aos seus mandamentos. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” Jo 13:21“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos do meu Pai e no seu amor permaneço.” Jo 15:10

Como o mundo está no maligno, o cristão só tem duas hipóteses nas suas atitudes diárias: ou agrada a Deus ou agrada ao mundo e a carne. Não é possível agradar a Deus quando estamos na carne, e fazendo as coisas que o mundo valoriza. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito para as coisas do Espírito.(...) Porque o pendor da carne é inimizade contra Deus, nem mesmo pode estar. Porque os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:5, 7-8.

O mundo é regido por outros princípios, diferentes dos princípios ensinados por Deus, e são contrários a Deus. Por isso Deus ensina-nos a não amarmos o mundo. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que está no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. 1Jo 2:15-17.

Para não pecarmos, e para mantermos a nossa comunhão com Deus temos de temer a Deus e lembrar que tudo o que Ele nos diz é para o nosso bem e para não nos deixar influenciar pelo mal. No livro de provérbios vemos que o princípio da sabedoria, para sabermos como agir em todas as situações da vida e temer a Deus. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é a prudência.” Pv 9:10.

Quando tememos a Deus nos lembramos da presença de Deus onde estamos e agimos com respeito a Ele, fazendo o que nos ordena. Se temermos a Deus diariamente seremos recompensados. Uma das recompensas do nosso temor é a comunhão com Deus e conhecermos os seus segredos. “A intimidade do do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” Sl 25:11

Outra recompensa é a proteção de Deus, através dos seu anjos, nas alturas em que o Maligno quer atingir-nos. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que os temem e os livra. (…) Temei o Senhor vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem.” Sl 34:7,9. A maior recompensa é sem dúvida caminhar diariamente com na presença de Deus e ter guardado um lugar no céu onde poderemos gozar eternamente da comunhão com Deus.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

A importância do ser

Deus através das Sagradas Escrituras ensina-nos o que devemos fazer para agrada-Lo. Os dez mandamentos são, por exemplo, coisas que devemos fazer para amarmos a Deus e ao nosso próximo. Contudo, o Espírito Santo diz-nos através do Novo Testamento que Deus Pai tem como objetivo principal, não apenas fazer-nos obedecer aos seus mandamentos, mas transformar o nosso ser à imagem do Filho de Deus, o Senhor Jesus.

Deus revelou-se ao mundo através do seu Filho, o Senhor Jesus; e pudemos ver que o seu Filho tem um carácter amoroso, manso e humilde. Apesar de ser Filho de Deus, autor e consumador da criação, Ele fez-se igual a sua criatura e viveu na terra como homem humilde, e morreu pelos nossos pecados na cruz do Calvário. O apóstolo Paulo fala-nos isso a seguir: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2:5-8

Como Pai, Deus deseja que os seus filhos sejam iguais a si, e por conseguinte iguais ao seu Filho Amado, pois Ele é a expressão exata do seu ser como podemos ver no versículo a seguir: “Havendo Deus, outrora, falado, de muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” Hb 1:1-3.

Como Deus tem como alvo a nossa vida eterna na sua presença, o que Ele deseja fazer ao longo da nossa vida é transformar o nosso carácter até a máxima semelhança possível com o seu Filho Amado, o Senhor Jesus. Isso para constituirmos um reino de filhos semelhantes a Jesus Cristo e por conseguinte com um coração que agrade a Deus Pai. Na epístola de Paulo aos Romanos vemos que os cristãos foram predestinados a serem como o Filho de Deus, para que o nosso Senhor Jesus fosse o primogénito entre muitos irmãos. “Porquanto aos que de antemão conheceu, também predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos.” Rm 8:29.

Para que possamos desenvolveu o carácter de Jesus Cristo, Deus colocou em nós o seu Espírito que deseja moldar diariamente o nosso carácter. A transformação que o Espírito Santo provoca no carácter do cristão é chamado também de Fruto do Espírito. Esse fruto, é um conjunto de características que cooperam entre si para que em todas as situações possamos ser e agir conforme o exemplo do Filho de Deus. Essas características são as que pudemos ver no versículo seguinte: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.” Gl 5:22-23.

Essa transformação de carácter é possível se deixarmos que o Espírito Santo molde a nossa vida. Se dermos ouvidos a sua voz, e formos obedientes a Palavra de Deus, o Espírito Santo vai transformando o nosso carácter; mas se não cooperarmos com o Espírito Santo e não dermos liberdade à Ele no nosso coração Ele não poderá transformar o nosso carácter. O desenvolvimento de um carácter cristão é da escolha diária do cristão, a medida que ele vai sendo confrontado com as diversas situações do dia a dia. O Espírito Santo é manso e suave e não nos obriga a darmos-lhe ouvidos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A fé que vence o mundo


O nosso Mestre, o Senhor Jesus, é o Filho de Deus que veio ao mundo para ser a propiciação pelos nossos pecados. Ele venceu o mundo e deseja que cada cristão vença também o mundo. Como não é fácil vencer o mundo, o nosso Senhor enviou-nos o seu Espírito Santo para nos capacitar nessa missão diária de sermos vitoriosos sobre o mundo.

Para além do Espírito Santo, o que nos vai permitir vencer o mundo, o que nos faz vencer diariamente o mundo é a nossa fé. “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo a nossa fé.”1 Jo 5:4 O mundo é o sistema contrário a Deus e do qual Deus deseja que nos afastemos.

O apóstolo João diz-nos que aquele que ama ao mundo está afastado da comunhão com Deus e não consegue agrada-Lo. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupisciência da carne, a concupisciência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas do mundo.” 1 Jo 2:15-6.

O Espírito Santo ensina-nos através das Sagradas Escrituras que a fé é sinónimo de fidelidade a Deus. Na descrição do fruto gerado pelo Espírito Santo, vemos que um dos componentes do mesmo é a fé ou fidelidade. “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,” Gl 5: 22 A palavra fé aparece em várias traduções como fidelidade.

Os autores do Antigo Testamento, utilizaram uma palavra  em hebraico, para falar de fé, que pode ser traduzida como confiança digna, lealdade e fidelidade. No Novo Testamento foi utilizado em grego palavras que podem ser traduzidas como fé, fidelidade, confiança e lealdade. Assim, vemos que para vencermos o mundo precisamos de ser fieis a Deus a cada dia.

A nossa fidelidade a Deus mostra-se com a nossa obediência aos mandamentos de nosso Senhor Jesus. Um dos maiores mandamentos do nosso Senhor Jesus e que nos define enquanto cristãos é aquele que nos diz que devemos amar-nos uns aos outros, da mesma forma como o Senhor Jesus nos amou. “Novo mandamento vou dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35.

A nossa vitória sobre mundo, concretiza-se através de atitudes em que aplicamos de forma prática o mandamento do Senhor Jesus de amarmos o nosso próximo. O apóstolo João diz-nos que se virmos alguém a nossa volta a padecer necessidade, devemos mostrar a nossa fé em Deus, não apenas com palavras, mas com atitudes de obediência aos ensinos do Mestre. “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir o seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” 1 Jo3:17

O apóstolo Tiago refere o mesmo e questiona se alguém diz que tem fé, mas não demonstra fidelidade aos mandamentos de Deus, será que tem uma fé que o pode salvar? “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode acaso, semelhante fé salva-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados de alimento cotidiado, e qualquer de vós lhe disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” Tg 2: 14-17.

A nosso fé, demonstra-se na nossa fidelidade em obedecer a Deus. E se não somos fieis a Deus, a nossa vida espiritual precisa de ser revista e necessitamos de buscar ao Espírito Santo para ajudar-nos a ser fieis a Deus. Existem apenas duas hipóteses na nossa vida espiritual: ou agradamos a Deus e estamos próximos do Seu coração, ou não agradamos a Deus e estamos afastamos dos seus mandamentos e da comunhão com Ele. Se quisermos ter uma fé que vence o mundo precisamos de ser fieis a Deus, agrada-Lo através da obediência aos seus mandamentos nas nossa atitudes diárias. Só assim poderemos ter uma fé que vence o mundo.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Olhai por vós

Deus na sua grande misericórdia enviou o seu Filho Amado, o Senhor Jesus, para morrer pelos nossos pecados e assim pudéssemos ter acesso a Pátria Celeste. Como o homem é falho, e incapaz de agradar a Deus por si só, após a ascensão de Jesus, Deus enviou o Espírito Santo para que pudesse morar nos cristãos e ajuda-los a seguir os mandamentos que o Senhor Jesus nos tinha deixado.

Contudo, o homem foi feito com livre arbítrio e existe um papel na santidade do homem, que só ele pode desempenhar, apesar da ajuda diária de Deus. Esse papel é o de vigiar e guardar o seu coração de tudo o que possa distraí-lo da vinda do nosso Senhor Jesus. Vemos o conselho do Senhor Jesus no versículo a seguir: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.” Lc 21:34

A vinda do Senhor Jesus a terra será num dia e numa hora que o Pai Celeste escolher e por isso, ninguém sabe quando será esse dia. Temos por isso de olhar por nossa vida e ser cautelosos. A santidade do cristão deverá ser preservada a cada dia; ele deve desviar-se de tudo aquilo que é mau para Deus e prontificar-se para fazer tudo o que Deus gosta que o homem faça, para Deus e para as pessoas que estão a sua volta.

O desejo de Deus é que o homem viva em santidade e justiça todos os dias da sua vida e que tenha sempre a arder a chama do Espírito Santo. Foi para tornar isso possível que o Pai enviou o seu Filho Jesus, como tinha prometido: “e nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo, como prometera, desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas, (…) de conceder-nos que, livres das mãos dos de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele todos os nossos dias.”Lc 1:69-70;74-75.

O homem, foi então planeado para servir a Deus e ter comunhão diária com o nosso Criador. Mas o homem, como ser humano que é, tem necessidades como por exemplo: de alimentar-se diariamente, de vestir-se,  de ter uma habitação para proteger-se do frio e do calor, e também tem necessidade de afeto. As necessidades do homem podem tornar-se o foco da sua vida e desviar a sua atenção de Deus.

A Bíblia mostra-nos exemplos de pessoas que estavam tão preocupadas com as coisas do dia a dia, como o comer, beber, vestir, casar que quando Deus enviou o seu juízo, elas não estavam atentas à Deus e foram destruídas. O nosso Mestre, nos versículos seguintes, recorda-nos dos dias de Noé, e diz-nos que assim como foi nos dias de Noé, assim será a sua vinda. “Pois, assim como nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. Porquanto, como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e dava-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o aperceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” Mt 24:37-39.

Por isso o nosso Mestre, o Senhor Jesus, avisa-nos que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e confiar na sua ajuda para satisfazer as nossas necessidades humanas. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mt 6:33

As pessoas no mundo colocam toda sua atenção nas necessidades da vida, e Deus avisa-nos a não seguirmos o exemplo delas, pois Deus tem mostrado o seu amor para connosco e podemos confiar Nele. “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;” Mt 6:31-32.

Cabe ao homem estar então atento, ao que está a sua volta e desviar-se de tudo o que possa desagradar a Deus. O homem deve usar o seu livre arbítrio para escolher fazer aquilo que o Espírito Santo o orienta a fazer, e encher o seu coração com assuntos relacionados com a vida eterna para que o seu foco esteja no céu e não na terra. Assim, o homem poderá estar pronto para ir com Jesus Cristo quando Ele voltar.

O que separa o homem de Deus

Todos os dias quando os cristãos refletem a sua relação com Deus desejam muitas vezes ter uma relação mais íntima com Deus e agrada-Lo em tudo o que fazem. Este desejo para ser realizado exige a consciência do quê que afasta o homem de Deus. Na Palavra de Deus vemos recomendações que ajudam o cristão a aproximar-se de Deus e ter uma relação mais íntima com Ele.

O nosso Mestre, o Senhor Jesus deu-nos mandamentos e disse que se as suas Palavras estivessem a ser colocadas em prática no nosso dia a dia, permaneceríamos no Pai Celeste e o Pai Celeste permaneceria em nós. Uma das recomendações que Jesus disse que deveria estar na nossa vida diária é o de amarmos o nosso próximo. "O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei." Jo 15:12

Através das palavras do Senhor Jesus, no versículo seguinte, vemos que a relação do cristão com Deus Pai, Deus Filho e com Deus Espírito Santo depende da sua obediência à Palavra de Deus. "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." Mt 7:21

A nossa comunhão com Deus, e uma relação progressivamente mais íntima com Deus depende da nossa capacidade de obedecer a Deus em todas as nossas atitudes diárias. Sabemos que quando o homem não obedece a Deus peca, e que existem vários tipos de pecado: os pecados cometidos por desobediência direta a Deus, e os pecados cometidos por deixar de fazer o bem aos outros.

Os mandamentos de Deus dados ao povo de Israel mostra-nos o que não devemos fazer. “E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como ati mesmo.” Mt 19:18-19. Esses mandamentos proíbem-nos de praticar coisas de agridem a santidade de Deus.

O mandamento de Jesus aos seus discípulos, de amarem-se uns aos outros, diz-nos que devemos fazer bem aos outros para seguir o exemplo de Jesus e assim mostrar que temos o mesmo coração que Ele. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:34-35

Nas pregações nas igrejas, fala-se mais do pecado de comissão, como por exemplo o adulterar, mentir, odiar etc, e geralmente são estes pecados que as pessoas lembram-se mais. Contudo, lembrar do pecado de omissão, aquele em que deixamos de praticar o amor de Deus com o nosso próximo, também é muito importante.

Isto, porque Deus deseja usar-nos para abençoar os outros e quando não o fazemos entristecemos o Espírito Santo, e deixamos de mostrar o coração amoroso de Deus aos outros. Por isso o apóstolo Tiago diz-nos no versículo seguinte que é pecado deixar de fazer o bem. “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” Tg 4:17

Todos os pecados separam o homem de Deus, tanto os de omissão como os de comissão, como nos avisa o Espírito Santo no versículo seguinte: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não nos ouça.” Is 59:2 Por isso, a Bíblia recomenda-nos de lembrar-nos dos nossos pecados e colocarmos neles a culpa das más situações da nossa vida, e inclusive da nossa má relação com Deus: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.” Lm 3: 39

Para termos uma relação mais próxima com Deus devemos analisar a nossa vida, e todas as atitudes que temos no nosso dia a dia e arrepender-nos daquelas que desagradam a Deus. “Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor.” Lm 3:40. Deus não despreza um coração contrito e arrependido; se voltar-nos para Ele e deixarmos aquilo que Ele desaprova para trás, teremos então uma relação mais próxima com Ele.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Acrescentou às suas maldades

Deus é um Deus de Amor que reprova a maldade e a injustiça. Ao longo dos séculos Deus tem comunicado a sua vontade aos homens através dos seus profetas e por fim através do seu Filho Amado Jesus Cristo. Depois da ascensão de Jesus, Deus enviou o seu Espírito Santo para que conduzisse os que criam no Senhor Jesus e conduziu a escritura dos Escrituras Sagradas.

Apesar de Deus comunicar-se com o homem muitas vezes, existem dúvidas sobre a real vontade de Deus para a humanidade, quanto ao seu comportamento e aos relacionamentos na terra. Séculos antes da vinda do Senhor Jesus Cristo, Deus mostrou que se sentia enfadado com o fato de as pessoas acharem que Deus aprova o comportamento maldoso entre os homens; e que tanto aqueles que são justos como os que são ímpios têm a mesma bênção do Senhor .

Vemos as Palavras do nosso Deus no versículo seguinte: “Enfadais o Senhor com as vossas palavras e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto, que pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo?” Ml 3:17. Deus está atento aos pensamentos dos homens e não se agrada quando as pessoas duvidam dos seus critérios de santidade.

Para além disso Deus está atento a vida daqueles que lhe são fieis e que obedecem a sua Palavra e tem um memorial com os seus nomes; na Pátria Celestial todos aqueles que foram fiéis a Deus serão recompensados e gozarão das bênçãos que Deus tem para eles.

A seguir vemos que Deus sente-se ofendido quando duvidamos da justiça de Deus.” As vossas palavras foram duras para mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperaram, sim, eles tentam ao Senhor e escapam. Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que se lembram do seu nome.” Ml 3:13-16.

A Bíblia diz-nos várias vezes que Deus abomina a maldade e muitas pessoas foram avisadas em vida acerca dos seus pecados. Uma delas foi Herodes Antipas, de quem Jesus preveniu que os seus discípulos deveriam guardar-se do seu fermento. “Preveniu-os Jesus dizendo: Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes.” Mc 8:15.

O nosso Mestre preveniu acerca do fermento de Herodes Antipas por causa da forma como Herodes Antipas praticava maldades sem nenhum temor a Deus. Herodes Antipas matou a João Batista. Isto aconteceu no dia do aniversário de Herodes Antipas, onde Herodes Antipas ofereceu-se para dar tudo o que Salomé quisesse, depois de uma dança que esta lhe dedicou.

Em resposta a sua oferta, Salomé, depois de consultar a sua mãe pediu a cabeça de João Batista. Vemos isso a seguir: “E, chegando um dia favorável, em que Herodes no seu aniversário natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galileia, entrou a filha de Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convivas. Então, disse o rei à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou-lhe: Se me pedires mesmo que seja a metade o meu reino, eu ta darei. Saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Esta respondeu: a cabeça de João Batista.” Jo 6:21-24

João Batista foi uma das pessoas que foram utilizadas na história da Bíblia para advertir homens acerca dos suas maldades. João Batista avisou a Herodes Antipas, que não era lícitos ele manter o relacionamento com Herodias, a atual esposa dele. Isto porque Herodias era mulher de Filipe, irmão de Herodes Antipas, e ele a seduziu e casou-se com ela. “Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe (porquanto Herodes se casara com ela), mandara prender a João e atá-lo no cárcere. Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. E Herodias o odiava, querendo mata-lo, e não podia.” Mc 6:17-19.

Herodes para além de ter sido traiçoeiro com o seu irmão foi insensível a voz de Deus, e cruel, pois mandou prender a João. O nosso Senhor Jesus, referiu-se de Herodes Antipas como uma “raposa” como vemos a seguir, que é o símbolo da traição: “Naquela mesma hora, alguns fariseus vieram para dizer-lhe: Retira-te e vai e daqui, porque Herodes quer matar-te. Ele, porém, lhes respondeu: Ide dizer a essa raposa que, hoje e amanhã, expulso demônios e curo enfermos e, no terceiro dia, terminarei.” Lc 13:31-32.

Deus abomina a maldade, e a injustiça e quando um homem peca mas se arrepende da sua maldade, Deus aceita-o; mas quando peca e não se arrepende, e ainda comete mais maldades, Deus desagrada-se totalmente desse homem. Através da Bíblia, o Espírito Santo diz-nos que Herodes Antipas, para além das maldades que cometeu, ainda fez uma muito grave a de mandar prender a João Batista homem profeta de Deus, que foi usado para avisa-lo dos seus pecados.

Vemos isso a seguir: “mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito, acrescentou ainda sobre todas a de lançar João no cárcere.” Lc 3:19-20. Se Deus se desagradou da maldade de Herodes Antipas de mandar prender a João Batista, quando mais desagradado terá ficado, com a forma como Herodes mandou assassinar a João Batista.

Devemos estar atentos a tudo o que se passa a nossa volta e desviar-nos de tudo o que nos possa levar a cometer maldades contra os outros, porque Deus e o seu Espírito Santo reprovam completamente toda a maldade. Uma forma de o fazer, para além de vigiar o nosso coração, é procurar amar a todos os que estão a nossa volta como nos ensinou o nosso Mestre, o Senhor Jesus.