Deus
ao planear a salvação do homem não desejou apenas que ele tivesse
acesso a um lugar no céu, mas que sofresse uma transformação no
seu caráter para atingisse a maior semelhança possível com o
Senhor Jesus, o Filho de Deus. Esse objetivo de Deus para a vida do
cristão deve ser reconhecido, para que se possa deixar que o
Espírito Santo trabalhe no nosso seu caráter e faça crescer o
Fruto do seu Espírito
No
Novo Testamento podemos ver as características que Deus deseja
desenvolver nas nossa vidas. O nosso Mestre, o Senhor Jesus,
ensinou-nos no seu sermão do monte como deveria ser um cristão.
Podemos ler o que o nosso Mestre nos ensinou nos versículos a
seguir: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é
o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão
fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão
a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados
filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando por
minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e mentindo, disserem
todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o
vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que
viveram antes de vós.” Mt 5:3-12
Deus
Pai é um Deus de amor; Nele não há ódio, não há maldade; Ele é
totalmente Santo, é a definição do Amor. Como nosso Pai, Ele
deseja que nós, como seus filhos, sejamos semelhantes a Ele. Por isso,
o nosso Mestre diz-nos que amemos o nosso próximo da mesma forma
como Deus Pai ama os bons e os maus. “Eu porém, vos digo: amai os
vosso inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis
filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre
maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” Mt 5:44-45.
A
Bíblia dá-nos outro motivo para amarmos ao nosso próximo, que é a
gratidão. Se formos gratos a Deus por Ele nos ter salvado através
da morte do seu Filho, o Senhor Jesus, ficaremos comprometidos em
servi-Lo ao longo da nossa via e em seguir os mandamentos do seu
Filho Jesus. O nosso compromisso com Deus mostra-se quando nos
negamos a nós próprios e seguimos a vontade do nosso Mestre, comos lemos a seguir: “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,
dia a dia tome a sua cruz e siga-me” Lc 9:23
Por
isso, como nos diz o apóstolo João, se amarmos e Deus e formos
gratos a Ele, acabaremos por amar ao nosso próximo: “ Amados,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo
aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não
ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o
amor de Deus em nós: em haver Deus enviado ao seu Filho unigênito
ao mundo para vivermos por meio dele.” 1 Jo 4:7-9
Se
quisermos amar a Deus, amando ao nosso próximo temos de dar espaço
ao Espírito Santo para que Ele faça brotar em nós o seu fruto, que
é composto de características que devem constituir o caracter do
cristão: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, mansidão,
domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5:22-23.
O
Espírito Santo reforça a necessidade de termos o caráter cristão
na primeira epístola do apóstolo Paulo aos corítinos. “Ainda
que eu fale aos línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor,
serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que
eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a
ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar
montes, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu distribua todos
os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio
corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me
aproveitará” 1Co 131-3. Mesmo que façamos muita coisa para Deus e
tenhamos todos dons do Espírito Santo, se não tivermos o carácter
cristão não seremos nada. O carácter cristão é o ingrediente que
torna amoroso o que fazemos para Deus.
Se
substituirmos nos versículos seguinte a palavra amor pela palavra
cristão vemos as caraterísticas que devem estar presentes no
caráter do cristão: “O amor é paciente, é benigno; o amor não
arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se
exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com o a injustiça,
mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.” 1Co 13:4-7
Isto
porque Deus é Amor, e mostrou através do seu Filho que deseja que
sejamos mansos e humildes; e que imitemos o nosso Mestre na sua
dedicação a Deus e ao próximo. O cristão deve ser paciente,
benigno; não deve arder em ciúmes por causa da vida dos outros; não
deve se ufanar, nem ser soberbo; não deve se conduzir
incovenientemente, nem viver para procurar apenas os seus interesses.
O
Cristão não deve se exasperar com as atitudes dos outros; nem se
ressentir do mal lhe façam; não deve se alegrar com a injustiça
praticada contra os outros; mas deve-se regozijar com a verdade, e
com as coisas boas que acontecem na vida do seu próximo. O cristão
deve ser paciente e ser capaz de tudo sofrer, e acreditar em todas as
promessas de Deus para a sua vida.
E
em caso de necessidade deve suportar tudo o que for necessário para
que a obediência a Deus seja praticada todos os dias da sua vida.
Todos os cristão devem deixar que o Espírito Santo trabalhe nas
suas vidas para que eles possam agradar a Deus com o seu carácter.
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