domingo, 29 de outubro de 2017

A segunda oportunidade de Deus

Algumas pessoas são chamadas por Deus para trabalhos específicos, como pregar a sua Palavra, louva-lo através da música, ou prestar ajuda ao próximo. Estas pessoas sentem claramente que Deus as ordenou fazer alguma coisa para o seu reino. Na Bíblia temos vário exemplos de homens que foram chamados por Deus para alguma obra específica.

Um destes homens foi Sansão. Sansão foi um homem a quem Deus separou desde o ventre materno para defender o povo de Israel dos ataques dos filisteus. Para isso, Deus ordenou a sua mãe através de um anjo, como ela deveria santificar-se enquanto estivesse grávida, e que nunca deveria cortar o cabelo do seu filho depois que ele nascesse.

Vemos as orientações do anjo no versículo seguinte: “E o anjo do Senhor apareceu a esta mulher e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho. Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda. Porque eis que tu conceberás e terás um filho, sobre cuja cabeça não passará navalha; porque o menino será nazireu de Deus, desde o ventre; e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus.” Jz 13:3-5.

Sansão tinha uma força extraordinária que lhe permitia lutar contra os filisteus e ajudar os israelitas a libertarem-se da opressão que eles exerciam sobre eles. Contudo, um dia Sansão pecou e deixou de estar em condições para cumprir o propósito que Deus tinha para a sua vida. Sansão fez isso revelando o seu segredo a Dalila, uma filisteia, e confessando-lhe que a sua grande força desapareceria se lhe cortassem o cabelo.

Dalila estava ao serviço dos seus inimigos filisteus e contou o segredo se Sansão. Os inimigos dele cortaram-lhe o cabelo, vazaram-lhe os olhos e o Espírito do Senhor que estava sobre ele e que lhe dava as forças retirou-se dele. Sansão foi colocado numa prisão acorrentado, a rodar um moinho para os filisteus. Uma situação humilhante e totalmente distante da vontade de Deus para Sansão.

Isto porque todo o homem, tem capacidade de escolha para decidir obedecer a Deus ou não. Contudo, Deus pela sua misericórdia convence o homem a escolher fazer aquilo que Ele ordena, porque a ordens de Deus são as únicas que podem dar paz e sucesso ao homem. Deus contende com o Espírito do homem e muitas vezes permite certas situações para convence-lo a escolher fazer a vontade de Deus.

Apesar de Sansão ter-se colocado numa situação onde não poderia servir aos propósitos de Deus para a sua vida, Deus por ser misericordioso, deu logo uma segunda chance a Sansão como vemos a seguir: “Então os filisteus pegaram nele, e lhe arrancaram os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarram-no com duas cadeias de bronze, e andava ele moendo no cárcere. E o cabelo da sua cabeça lhe começou a crescer, como foi rapado.” Jz 16:21-22.

Deus fez o cabelo de Sansão crescer como estava antes de ser rapado e assim as suas forças voltaram. Em certa ocasião quando os filisteus ofereciam sacrifícios ao seu deus Dagon e se alegravam dizendo que o seu deus os tinha entregue Sansão nas suas mãos, mandaram chamar Sansão para ridiculariza-lo e mandar-lo brincar para eles. Nesta ocasião estavam presentes todos os príncipes dos filisteus, sobre o telhado do edifício estavam, três mil homens e mulheres.

Então Sansão lembrou-se que podia empurrar os pilares do templo de Dagon onde estavam e matar todos os filisteus que estavam presentes juntamente com os seus príncipes. Para conseguir forças para derrubar o templo de Dagon, Sansão pediu a Deus, em oração, forças por só mais uma vez como vemos a seguir: “Então Sansão clamou ao Senhor, e disse: Senhor Jeová, peço-te que te lembres de mim, e esforça-me agora, só estava vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos.” Jz 16:28.

Deus ouviu a oração de Sansão, porque o propósito de Deus era que Sansão livrasse os israelitas das mãos dos filisteus. Assim, ele sentiu forças para derrubar os pilares que sustentavam a casa e de uma só vez matou mais filisteus com a sua morte do que em toda a sua vida como vemos a seguir: “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nele havia: e foram mais os mortos que na sua morte, do que os que matara em sua vida.” Jz 16:30.

Sansão entrou num mau caminho ao apaixonar-se por uma filisteia, mas pecou mais ainda ao deixar que ela lhe manipulasse e fizesse-lhe contar o seu segredo sobre o motivo da sua força. Mas mesmo assim Deus deu a Sansão a oportunidade de livrar o povo de Israel dos filisteus matando os seus príncipes e cerca de três mil homens e mulheres que estavam com eles.

Apesar de sermos falhos pecadores, Deus nos ama a tal ponto de nos querer para o seu serviço. Para além dos nos chamar para servi-Lo, Deus não nos rejeita para sempre quando nos afastamos dos seus caminhos. Deus contende com os nossos corações e cria situações para nos aproximar-mos Dele e fazermos a sua vontade. A misericórdia e o amor de Deus é muito grande e por isso Ele nunca nos abandona.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Domínio próprio e a firmeza espiritual


Um dos grandes objetivos de qualquer cristão é estar firme na fé, sobretudo depois de o cristão efetuar um compromisso com Deus de segui-Lo ao longo de toda a sua vida, em qualquer circunstância. Por isso, todos os recursos que contribuem para a firmeza na fé são buscados pelo cristão de forma a ficar mais forte nas suas fraquezas e poder resistir a tentação.

A firmeza na fé é o ato de não se afastar dos princípios da fé cristã e consequentemente é não pecar nem se afastar dos objetivos de Deus para a nossa vida. Quando um cristão peca, não mostra firmeza suficiente para fazer aquilo que sabe ser correto perante as tentações que o rodearam. Um cristão pouco firme não agrada a Deus nas suas atitudes.

Mesmos em momentos de grande pressão devemos ser firmes no compromisso de fazer a vontade de Deus, mesmo que isso custe a nossa vida. Daniel, um grande profeta de Deus, ao longo da sua vida mostrou amar a Deus acima de todas as coisas. Isto porque nos momentos de grande tensão, como por exemplo quando foi levado para Babilónia, ainda jovem, Daniel propôs no seu coração não contaminar-se com as iguarias da mesa do rei, colocando a Deus em primeiro lugar e a sua vida em segundo lugar.

Nos versículos seguintes vemos a atitude de firmeza de Daniel: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se. Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos.” Dn 1:9. A firmeza demonstrada por Daniel é uma exemplo de atitudes que agradam a Deus. Se Daniel tivesse cedido a pressão da nova sociedade e contaminado-se não teria agradado a Deus.

Na nossa vida cristã, sabemos que a oração (1Pe 4:7) e a meditação na Palavra de Deus são armas para que o cristão se mantenha firme (Js 1:8) , mas existem outras armas que têm de ser desenvolvidas para que o cristão se mantenha firme nos mandamentos do Senhor Jesus e nos propósitos de Deus para a sua vida. Uma dessas armas é o domínio próprio.

O domínio próprio é a capacidade do cristão controlar as suas emoções de forma a não ter comportamentos que desagradam a Deus, como deixar exaltar-se, manifestar sentimentos como inveja, lascívia, entre outras manifestações da carne. Na epístola aos Gálatas, Paulo fala-nos das manifestações da carne, como vemos a seguir: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facões, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” Gl 5:19-21.

Estas manifestações da carne surgem quando não temos capacidade de dominar a nossa carne com as suas emoções, nem levar o nosso pensamento cativo a obediência a Deus, como nos recomenda o apóstolo Paulo no versículo seguinte: “e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando todo o pensamento cativo à obediência de Cristo.” 2Co 10:5

A falta de domínio próprio é uma ruína para o crente pois leva-o a pecar e a ficar desprotegido na sua luta espiritual contra as forças das trevas. Por isso um homem sem domínio próprio é como uma cidade sem murros, como nos diz o rei Salomão no provérbio seguinte: “Como a cidade derribada, que não tem murros, assim é o homem que não tem domínio próprio.” Pv 25:28.
 
Quando temos o domínio próprio não deixamos que as situações a nossa volta nos levem ao pecado, qualquer que sejam a gravidade do pecado. Por outras palavras o domínio próprio impedem-nos de cometer grandes pecados que podem ter repercussões graves na nossa vida, ou mesmo, de cometermos pecados que aparentemente não têm repercussão na nossa vida mas ferem a nossa relação com Deus e desagradam ao Espírito Santo.
O apóstolo Pedro, na sua segunda epístola, diz-nos que Deus deseja tornar-nos co-participantes da sua natureza divina e livrar-nos das corrupções das paixões que há no mundo. Para cooperar no propósito de Deus para a nossa vida, o apóstolo Pedro aconselha-nos a acrescentar diligentemente à nossa fé o domínio próprio, e outras atitudes que nos levam a cumprir o mandamento central do Senhor Jesus que é a pratica do amor.
 

Vemos isso nos versículos a seguir: “pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. 2Pe 1:4-7.

O domínio próprio é algo que se desenvolve por decisão própria mas é dado também pelo Espírito Santo quando o cristão se dispõe a dominar as suas emoções e a sua carne. Por este motivo o domínio próprio faz parte do fruto do Espírito Santo. Na luta contra a carne e contra as situações tentadoras temos a ajuda do Espírito Santo para nos ajudar e por isso não estamos sozinhos.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Permanecer firmes

A caminhada cristã, inicia-se no momento em que aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador das nossas vidas. O alvo da caminhada é a pátria celeste. Para chegarmos ao céu, temos de permanecer firmes da fé, andando conforme o exemplo que o Senhor Jesus nos deixou enquanto esteve na terra.
 
 
O Espírito Santo aconselha-nos através das exortações de Paulo na sua primeira carta aos coríntios, a permanecermos firmes e constantes na nossa caminhada na fé. Isto porque, em volta dos cristãos, em todos os lugares do mundo, existem costumes e modas que podem afastar o cristão do caminho planeado por Deus para nós.

Vemos as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” 1Co 15:5. As boas obras dos cristãos feitas por amor e obediência a Jesus Cristo serão recompensadas, pois o Senhor Jesus já venceu a morte e está vivo e virá um dia buscar a sua Igreja em grande glória.

Os nossos corpos serão trocados por um corpo imortal e incorruptível. Todos os sofrimentos que passarmos por causa do nome de Jesus Cristo serão recompensados e nunca mais sentiremos tristeza ou dor. Deus preparou para nós no céu alegrias que a nossa imaginação não consegue alcançar. A nossa caminhada tem um objetivo que é incomparável a qualquer bem ou alegria que possamos ter na terra.

Para sermos firmes na nossa caminha, Deus dá-nos algumas armas que nos ajudarão a evitar os perigos das más decisões e da cultura mundana a nossa volta. Uma dessas armas é a moderação. Esta atitude deve estar presente em todas as nossa forma de viver e em todos os nossos relacionamentos. Por isso, apóstolo Paulo aconselha-nos a viver de tal forma a que a nossa moderação seja vista por todas as pessoas a nossa volta.
 
Podemos ver as palavras do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.” Fp 4:5. A moderação, é sinónimo de agir com prudência, amabilidade, mansidão, ser pacífico, comedido. A moderação evita os excessos na forma de vestir, comer, e beber e procura ser pacífico com as pessoas a volta e também prudente nas decisões que toma.
 
Nas situações do dia a dia por vezes surgem conflitos e a moderação leva as pessoas a agir de forma a acalmar as confusões que possam surgir. A moderação faz com as pessoas não teimem em seguir as suas próprias opiniões, nem a exaltar demasiado o seu “eu”. A moderação é sinónimo de humildade com os outros homens.

 
A moderação ajuda-nos a não inclinar-nos nem para a esquerda nem para a direita como nos aconselha o sábio em Provérbios: “Pondera a vereda dos teus pés, e todos os teus caminhos sejam retos. Não declines para a direita nem para a esquerda; retira o pé do mal.” Pv 4:26-27. Existem atitudes extremas que nos fazem desviar no caminho planeado por Deus. Mas, com a moderação não caímos em situações extremas.

 
 
A moderação também ajuda-nos a ter domínio próprio, que é algo fundamental para podermos negar as nossas vontades e emoções agirmos de acordo com a Palavra de Deus. A moderação também gera a longanimidade, necessária quando enfrentamos situações que poderiam levar-nos a ira. Por isso a moderação é uma forma de abrirmos espaço para o Espírito Santo poder controlar a nossa vida.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Alargamento dos pervilégios da Nação de Israel


Deus, tempos depois da criação, chamou a Abraão para seguir as sua ordens e para fazer dele uma nação de propriedade exclusiva de Deus e dedicada a sua vontade. Deus cumpriu os seus planos e a partir de Abraão formou a grande nação de Israel, a quem Deus transmitiu os seus mandamentos e ensinou a viver de uma forma santa e agradável a Deus.


A nação de Israel tinha assim, o privilégio de ter comunhão com Deus, e de poder usufruir de uma relação de intimidade e amor com Deus. Os judeus tinham consciência de que Deus não se agradava das práticas idólatras e imorais que os povos que estavam a sua volta tinham. Por isso, não se misturavam com os gentios, e consideravam-nos condenados totalmente ao afastamento de Deus.


Contudo, Deus não planeou apenas conceder o privilégio da comunhão consigo à  nação de Israel, como os judeus acreditavam, mas sim, alargar todas as bênçãos que tinha concedido aos judeus a todos os povos, de todas as raças, línguas e nações. Deus planeou criar uma só nação formada por gentes de todos os cantos do mundo. Para a criação dessa nação foi necessário a vinda do Senhor Jesus a terra, e também a sua morte e ressurreição.


Na epístola aos efésios Paulo fala-nos que antes todos os que não conheciam a Jesus, nem tinham-No aceite como Senhor e salvador, estavam longe de Deus e separados da comunidade de Israel. Por estarem longe não tinham esperança da vida eterna. Vemos isso no versículo a seguir: “naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.” Ef 2: 12.


Mas com a morte e ressurreição de Cristo, todos os benefícios da relação dos israelitas com Deus Pai, foi estendida a todos os povos: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, (…) e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” Ef 2:13-14,16.


Para alcançar outros povos, Deus usou os apóstolos para falarem do nome do Senhor Jesus aos gentios, para que eles pudessem conhecer e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas. O apóstolo Pedro, apesar de ter a cultura judia e acreditar que os judeus não deveriam ter comunhão com os gentios, foi usado para evangelizar a Cornélio, um romano temente a Deus, dedicado a boas obras em favor dos pobre e também dedicado a oração.


Deus convenceu a Pedro, através de uma visão que aqueles que estavam impuros, depois de serem santificados por Deus poderiam fazer parte da Igreja de Cristo. No versículos seguintes vemos a forma como Deus convenceu a Pedro a deixar-se usar para evangelizar os gentios: “então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda a sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.” At 10:11-15.


Através de Jesus Cristo, hoje, independentemente da raça ou da nação, todos aqueles que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador são santificados e tornam-se parte da nação de Israel. O sangue de Jesus Cristo nos purifica e nos santifica para que possamos estar diante de Deus Pai. O único requisito para entrarmos nesta nação é aceitar, pela fé, o sacrifício de Jesus Cristo por nós.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O conselho dos ímpios


Ao longo da nossa vida muitas vezes somos impulsionados por conselhos, que vêm de pessoas que não são nossas amigas, e que por isso estão mal intencionados. Estes conselhos muitos vezes fazem-nos ir por caminhos onde não temos a ajuda de Deus e que por isso se tornam caminhos de aflição para nós.


Para que não passemos por este tipo de situações Deus aconselha-nos a não deixar-nos levar por conselhos dos ímpios, nem nos deixar-mos expor as suas ideias, para que elas não contaminem o nosso coração. O Espírito Santo diz-nos isso no Salmo 1, como vemos a seguir: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sl 1:1.


Deus aconselha-nos a não nos determos nos caminhos dos pecadores, nem entrarmos nos caminhos que sabemos que são contra a Palavra e a Lei de Deus. Embora o ato de escarnecer não nos coloque propriamente em caminhos de aflição, faz mal a nossa relação com Deus e torna o nosso coração corrompido. Deus não se agrada quando gozamos das outras pessoas, sejam pessoas amigas ou não.


O ímpio da Bíblia é aquele homem que não teme a Deus, e que pratica ações baseados em maus sentimentos como o ódio, a inveja, a malícia, a cobiça entre outras coisas. Quando um cristão não toma decisões segundo o conselho dos ímpios é bem-aventurado e as suas decisões têm sucesso. Para não tomar decisões sob a direção de ímpios o cristão necessita de meditar na Palavra de Deus e estar atento a voz do Espírito Santo que conduz-nos sempre de acordo com os mandamentos de Jesus.


No livro de Josué, vemos que o Espírito Santo aconselha a todos os que querem ser bem-sucedidos, a meditarem na Palavra de Deus dia e noite. Se o fizermos, e buscarmos a Deus em oração, todas as nossas decisões estarão de acordo com a Palavra de Deus. Vemos isso no versículo seguinte: “Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; estão farás prosperar o teu caminho e será bem-sucedido.” Js1:8


Os conselhos de Deus estão baseados na justiça, no amor, paz, retidão, paciência, altruísmo e amor ao próximo. Quando nos aproximamos de Deus para receber Dele orientação, Ele nos aconselha porque é o nosso Pai Celeste e tem grande amor por nós. Apenas em Deus existe a sabedoria e os conselhos que necessitamos como vemos a seguir: “Não! Com Deus está a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento.” Jó 12:13.


Como Filho de Deus, Jesus é aquele que tem o Espírito de sabedoria e de conselho, e nos aconselha através da sua Palavra e através do seu Santo Espírito. No livro de Isaías vemos a referência das características do Espírito de Jesus Cristo: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e fortaleza, o Espírito de conhecimento e temor do Senhor.” Is 11:2.


Quando aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador, reconhecemos que precisamos da direção do nosso Mestre a cada dia. Contudo, para que possamos reconhecer quando o nosso Mestre fala connosco, através do seu Espírito Santo, é necessário que saibamos distinguir a voz do Mestre da voz da nossa carne e da voz do diabo.


Para que consigamos distinguir a voz do Mestre é necessário conhecer como o Senhor Jesus pensa sobre o pecado, sobre a forma como devemos usar os bens materiais, e sobre como deve ser o relacionamento com as outras pessoas. Por outras palavras é necessário intimidade com Jesus, e conhecer o seu coração.


O nosso Mestre deseja ser o nosso Pastor e conduzir-nos a todos, em conjunto para o reino celestial. Vemos isso no versículo a seguir: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” Jo 10:27. Para além de falar connosco, através da sua Palavra e do seu Espírito Santo, o Senhor Jesus deixou-nos o seu exemplo para o seguirmos.


Para que possamos deixar de lado os conselhos dos ímpios precisamos de meditar na Palavra de Deus, dia e noite, para tomar decisões de acordo com os princípios de Deus. Para além disso precisamos de desenvolver intimidade com o Senhor Jesus para que possamos distinguir a sua voz e compreender o seu coração.

domingo, 8 de outubro de 2017

Não está sujeito a lei de Deus

Todos os cristãos desejam agradar a Deus, mas por vezes em determinadas situações na vida, as decisões que tomamos não são agradáveis e Deus e não nos damos conta disso. Deus é Santo e para agradá-Lo é necessário andar no Espírito, praticando obras que lhe são agradáveis.


Na epístola de Paulo aos Romanos, o Espírito Santo diz-nos que aquele que está na carne não pode agradar a Deus, isto porque as leis da carne não estão sujeitas a lei de Deus. Vemos isso nos versículos a seguir: “Porque o pendor da carne da para a morte, mas o pendor do Espírito, para a vida e paz. Por isso, pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito a lei de Deus, nem mesmo pode estar.” Rm 8:6-7.


A inclinação da carne são para obras que tiram a paz, estimulam o egoísmo, o ódio, e trazem inimizade entre as pessoas. As obras do Espírito Santo produzem paz, entre Deus e os homens e estão de acordo com a lei de Deus. A lei de Deus, baseiam-se em princípios como paz, amor, prudência, moderação, retidão e justiça.


A lei de Deus, foi dada pela primeira vez a Moisés, e ao longo do Antigo Testamento vemos as ordens que Deus dava ao seu povo, sobre o comportamento com o próximo, principalmente com os mais desfavorecidos. Um dos exemplos dessas ordens vemos no versículo a seguir: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Mq 6:8.


Algumas decisões que tomamos em nosso benefício podem não ser de acordo com a lei de Deus. Por exemplo podem ser atitudes que nos põem em perigo, financeira ou fisicamente. Deus não nos ordena que façamos loucuras contra nós mesmos. Pelo contrário Deus ensina-nos a sermos prudentes nas nossas decisões e moderados nos nossos relacionamentos, na nossa forma de vestirmos e na forma como gozamos os bens materiais em geral.


O nosso Senhor Jesus ensinou-nos a ser prudentes como as serpentes e simples como as pombas. As serpentes têm a particularidade de andarem lentamente e de não chamarem atenção sobre si enquanto andam. Nós também não devemos ser precipitados e nem chamar atenção a nossa pessoa de forma desnecessária.


A prudência evita perigos e situações desvantajosas para nós. Por isso várias vezes o Espírito Santo aconselha-nos através das epístolas de Paulo a sermos prudentes. Devemos ser prudentes para evitarmos o mal e as tentações, e também para preparar-nos para a vinda do Senhor Jesus. Vemos esses conselhos nos versículos a seguir: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscio, e sim como sábios,” Ef 5:15.


A moderação é uma forma de sermos prudentes, não só financeiramente mas também nos nossos relacionamentos. Isto porque quanto somos moderados nos nossos gastos, com o que vestimos, compramos para nós, é mais fácil lidar com as pessoas que estão a nossa volta e inclusive é mais fácil ajuda-las financeiramente também.


O apóstolo Paulo aconselha-nos, como vemos a seguir, a sermos moderados em todos os aspetos da nossa vida, exterior e interior, para podermos estar em condições de ir com o Senhor, quando Ele voltar para buscar a sua Igreja. “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.”Fp 4:5.


Quando tomamos decisões imprudentes, pouco moderadas ou mesmo extravagantes, não podemos estar a ser influenciados por Deus, porque estas decisões não combinam com a lei de Deus e nem dão espaço para o Espírito Santo nos conduzir. Portanto devemos ser criteriosos nas nossas decisões, e não dar ouvidos nem a carne nem aos demónios, mas unicamente ter atenção a Palavra e a voz do Espírito Santo.

domingo, 1 de outubro de 2017

O fundamento dos apóstolos

A Igreja de Cristo foi edificada desde o primeiro século sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas. Esse fundamento é o que sustenta a Igreja e permite que ela cresça em número e em maturidade. Para que hoje possa continuar a haver crescimento da Igreja em todo o mundo é necessário que esses fundamentos se mantenham.


Na epístola de Paulo aos efésios vemos a importância da edificação da Igreja sobre esse fundamento. “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra fundamental.” Ef 2:20. A Igreja apenas existe porque está solidamente fundamentada.

Ao longo do Novo Testamento vemos que todos os apóstolos proclamaram que o Messias que Israel espera para a salvação do mundo já tinha chegado na pessoa de Jesus Cristo. Todos aqueles que creem em seu nome, têm o perdão dos seus pecados e a salvação das suas almas. Eles proclamavam também que Jesus Cristo tinha sido morto, como um cordeiro, numa cruz do Calvário mas que ressuscitou ao terceiro dia, vencendo a morte e o inferno, e desde então está assentado a destra de Deus Pai, como o Rei dos reis e Senhor dos Senhores.


Este é o fundamento no qual Paulo edificou as igrejas que fundou ao longo das suas viagens missionárias. Vemos isso a seguir: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” 1Co 3:10-11.


O fundamento da Igreja é a pessoa da Cristo e tudo o que Ele fez por nós para que hoje pudéssemos ser salvos e membros de um só corpo. O seu nome é o essencial na pregação e ensino nas Igrejas em todo o mundo. Não se pode pregar outro nome, outro assunto, com risco de desviar perigosamente a mensagem central do evangelho.


No livro de Atos, Pedro proclamou cheio de ousadia, o nome do Senhor Jesus, e afirmou que não há salvação em outro nome para além de Jesus Cristo, e por isso é sobre Ele que as pessoas devem meditar, e é a Ele que as pessoas devem buscar conhecer. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” At 4:11.
 
Os profetas, inspirados pelo Espírito Santo, anunciaram o envio a terra pelo Pai Celeste, do Messias, a pedra fundamental aprovada, no qual quem cresse estaria seguro. “Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já aprovada, pedra preciosa, angular solidamente assentada; aquele que nele crer não foge.” Is 28:16.

Tudo o que fazemos no nosso dia a dia, e também as atividades nas igrejas, deve estar fundamentado sobre essa verdade, que Jesus veio a terra para se dar por nós pecadores, para que os nossos pecados fossem perdoados, e para que fizéssemos parte do reino Celestial.
 
Por gratidão e amor louvamos o nome de Cristo nas Igrejas e no nosso dia a dia. Por confiança no seu poder salvador, e no seu amor, oramos a Deus, pedindo socorro para as nossa dificuldades e para as dificuldades dos outros. Por consciência do grande tesouro que é a salvação, homens e mulheres dedicam-se a pregação, nas suas igrejas ou em locais distantes.

Por temor ao nome do Senhor somos advertidos a fugirmos do pecado e a buscarmos o que é agradável a Deus, cumprindo o mandamentos do Senhor Jesus e ouvindo a voz do Espírito Santo. Por causa da salvação que Jesus nos deu, povos de todas as raças língua e nações fazem hoje parte de um só corpo e podem ter comunhão entre si.