Deus,
tempos depois da criação, chamou a Abraão para seguir as sua ordens e para
fazer dele uma nação de propriedade
exclusiva de Deus e dedicada a sua vontade. Deus cumpriu os seus planos e a partir de Abraão formou a grande nação de Israel, a
quem Deus transmitiu os seus mandamentos e ensinou a viver de uma
forma santa e agradável a Deus.
A
nação de Israel tinha assim, o privilégio de ter comunhão com Deus, e de
poder usufruir de uma relação de intimidade e amor com Deus. Os
judeus tinham consciência de que Deus não se agradava das práticas
idólatras e imorais que os povos que estavam a sua volta tinham.
Por isso, não se misturavam com os gentios, e consideravam-nos
condenados totalmente ao afastamento de Deus.
Contudo,
Deus não planeou apenas conceder o privilégio da comunhão consigo à nação de Israel, como os judeus acreditavam, mas sim, alargar
todas as bênçãos que tinha concedido aos judeus a todos os povos, de
todas as raças, línguas e nações. Deus planeou criar uma só nação
formada por gentes de todos os cantos do mundo. Para a criação
dessa nação foi necessário a vinda do Senhor Jesus a terra, e
também a sua morte e ressurreição.
Na
epístola aos efésios Paulo fala-nos que antes todos os que não
conheciam a Jesus, nem tinham-No aceite como Senhor e salvador,
estavam longe de Deus e separados da comunidade de Israel. Por
estarem longe não tinham esperança da vida eterna. Vemos isso no
versículo a seguir: “naquele tempo, estáveis sem Cristo,
separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da
promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.” Ef 2: 12.
Mas com a morte e ressurreição de Cristo,
todos os benefícios da relação dos israelitas com Deus Pai, foi
estendida a todos os povos: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que
antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de
Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo
derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
(…) e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio
da cruz, destruindo por ela a inimizade.” Ef 2:13-14,16.
Para alcançar outros povos, Deus
usou os apóstolos para falarem do nome do Senhor Jesus aos gentios,
para que eles pudessem conhecer e aceitar a Jesus como Senhor e
Salvador das suas vidas. O apóstolo Pedro, apesar de ter a cultura
judia e acreditar que os judeus não deveriam ter comunhão com os
gentios, foi usado para evangelizar a Cornélio, um romano temente a
Deus, dedicado a boas obras em favor dos pobre e também dedicado a oração.
Deus
convenceu a Pedro, através de uma visão que aqueles que estavam
impuros, depois de serem santificados por Deus poderiam fazer parte
da Igreja de Cristo. No versículos seguintes vemos a forma como Deus
convenceu a Pedro a deixar-se usar para evangelizar os gentios:
“então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um
grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas,
contendo toda a sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do
céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro!
Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque
jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe
falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.” At 10:11-15.
Através
de Jesus Cristo, hoje, independentemente da raça ou da nação,
todos aqueles que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador são santificados e tornam-se parte da
nação de Israel. O sangue de Jesus Cristo nos purifica e nos
santifica para que possamos estar diante de Deus Pai. O único requisito para entrarmos nesta nação é aceitar, pela fé, o sacrifício de Jesus Cristo por nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário