segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Alargamento dos pervilégios da Nação de Israel


Deus, tempos depois da criação, chamou a Abraão para seguir as sua ordens e para fazer dele uma nação de propriedade exclusiva de Deus e dedicada a sua vontade. Deus cumpriu os seus planos e a partir de Abraão formou a grande nação de Israel, a quem Deus transmitiu os seus mandamentos e ensinou a viver de uma forma santa e agradável a Deus.


A nação de Israel tinha assim, o privilégio de ter comunhão com Deus, e de poder usufruir de uma relação de intimidade e amor com Deus. Os judeus tinham consciência de que Deus não se agradava das práticas idólatras e imorais que os povos que estavam a sua volta tinham. Por isso, não se misturavam com os gentios, e consideravam-nos condenados totalmente ao afastamento de Deus.


Contudo, Deus não planeou apenas conceder o privilégio da comunhão consigo à  nação de Israel, como os judeus acreditavam, mas sim, alargar todas as bênçãos que tinha concedido aos judeus a todos os povos, de todas as raças, línguas e nações. Deus planeou criar uma só nação formada por gentes de todos os cantos do mundo. Para a criação dessa nação foi necessário a vinda do Senhor Jesus a terra, e também a sua morte e ressurreição.


Na epístola aos efésios Paulo fala-nos que antes todos os que não conheciam a Jesus, nem tinham-No aceite como Senhor e salvador, estavam longe de Deus e separados da comunidade de Israel. Por estarem longe não tinham esperança da vida eterna. Vemos isso no versículo a seguir: “naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.” Ef 2: 12.


Mas com a morte e ressurreição de Cristo, todos os benefícios da relação dos israelitas com Deus Pai, foi estendida a todos os povos: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, (…) e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” Ef 2:13-14,16.


Para alcançar outros povos, Deus usou os apóstolos para falarem do nome do Senhor Jesus aos gentios, para que eles pudessem conhecer e aceitar a Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas. O apóstolo Pedro, apesar de ter a cultura judia e acreditar que os judeus não deveriam ter comunhão com os gentios, foi usado para evangelizar a Cornélio, um romano temente a Deus, dedicado a boas obras em favor dos pobre e também dedicado a oração.


Deus convenceu a Pedro, através de uma visão que aqueles que estavam impuros, depois de serem santificados por Deus poderiam fazer parte da Igreja de Cristo. No versículos seguintes vemos a forma como Deus convenceu a Pedro a deixar-se usar para evangelizar os gentios: “então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda a sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum.” At 10:11-15.


Através de Jesus Cristo, hoje, independentemente da raça ou da nação, todos aqueles que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador são santificados e tornam-se parte da nação de Israel. O sangue de Jesus Cristo nos purifica e nos santifica para que possamos estar diante de Deus Pai. O único requisito para entrarmos nesta nação é aceitar, pela fé, o sacrifício de Jesus Cristo por nós.

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