quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Não há escolha quando Deus envia


Nós humanos fomos feitos a imagem e semelhança de Deus e por isso temos a possibilidade de escolha. Contudo, no que se refere as ordens dadas por Deus, o homem não tem escolha, pois tudo o que Deus nos ordena é o melhor para nós. Por esse motivo só nos sentimos realizados quando obedecemos a voz de Deus


Jonas foi um profeta que pensou que tinha possibilidade de escolha sobre se obedeceria ou não uma ordem dada por Deus. Ele achou que poderia fugir da vontade de Deus, e deixar de ir pregar ao povo de Nínive sobre as transgressões que eles cometiam e sobre a decisão de Deus destruir a cidade num pequeno prazo de tempo.


Nos seguintes versículos vemos a ordem de Deus a Jonas, para que ele fosse aos habitantes da Nínive e proclamasse o descontentamento de Deus com a maldade dos seus habitantes. “Veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Dispõe-te, vai a grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.”Jn 1:1-2.


Ao ouvir a ordem de Deus Jonas dispôs-se mas para fugir da presença do Senhor, como vemos no versículo seguinte: “ Jonas dispôs, mas para fugir da presença do Senhor, para Tarsis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Tarsis; pagou, pois a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Tarsis, para longe da presença do Senhor.” Jn 1:3


Por isso Jonas, fugiu apanhando um navio para outra cidade longe de Nínive, a cidade de Tarsis. Contudo, enquanto Jonas viajava no navio, o nosso Deus, fez vir uma tempestade muito grande que colocou em risco de vida todos os ocupantes do navio. Os homens que estavam no navio acharam que alguém presente no meio deles tinha feito alguma ofensa a Deus e que por isso lhe tinha sobrevindo aquela tempestade.

 

Vemos isso no versículo a seguir: “E diziam uns aos outros: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por causa de quem nos sobreveio este mal. E lançaram sortes, e a sorte caiu sobre Jonas. “ Jn 1:7. Quando a sorte caiu sobre Jonas ele teve de confessar que era hebreu temente a Deus, e que estava a fugir da presença de Senhor.


A solução que eles encontraram, em concordância com o próprio Jonas, foi lançar Jonas no mar para que a tempestade se acalmasse. Quando Jonas foi atirado ao mar a tempestade se acalmou e Deus fez com que um grande peixe engolisse a Jonas. Dentro do peixe Jonas pôde cair em si arrepender-se de ter tentado fugir da vontade de Deus.


Assim, Jonas orou a Deus arrependido e Deus ordenou ao peixe que o vomitasse em terra. Nos versículos seguintes vemos a oração de Jonas: “Então, Jonas, do ventre do peixe, orou ao Senhor, seu Deus, e disse: na minha angústia, clamei ao Senhor, e ele me respondeu, do ventre do abismo, gritei, e tu me ouviste a voz.(...) Quando dentro de mim, desfalecia a minha alma, eu me lembrei do Senhor; e subiu a ti a minha oração, no teu santo templo.” Jn 2:1-2,7.


Deus é totalmente soberano. Ele tem controle e domínio sobre tudo, tanto nos céus como na terra, e nós somos obras das suas mãos. Por isso devemos ser humildes e reconhecer que nada podemos controlar e que tudo está nas mãos de Deus. O nosso Deus está acima de todo o poder e autoridade. Por isso devemos aceitar a vontade de Deus para nossa vida e obedecer-lhe. Nada somos sem Deus e apenas quando estamos nas suas mãos a nossa vida tem valor. Louvemos e adoremos a Deus pois Ele é digno que toda a nossa honra, e louvor.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Como devemos cuidar do solo do nossos corações

O nosso coração é comparado na Bíblia a um solo. Como solo, o nosso coração tem de ser lavrado, adubado, e regado para que a semente, que é a Palavra de Deus possa germinar, crescer a dar frutos. Quando somos salvos um dos objetivos de Deus para a nossa vida é que possamos dar frutos. Por isso, devemos preparar bem o terreno do nosso coração para que a frutificação seja abundante.
 
 
O nosso Senhor Jesus comparou ao nosso coração a um solo, referindo que é no nosso coração que a Palavra de Deus é semeada. O nosso Mestre frisou as várias atitudes que podemos ter depois de ouvir a sua Palavra. As nossas reações dependem do estado do nosso coração: se ele está duro, se ele está com muitos espinhos, ou se está lavrado.
 
 
Quando o nosso coração está duro, a semente, que é a Palavra tem dificuldade em germinar e morre rapidamente e não faz diferença na nossa vida. Por isso devemos preparar o nosso coração para receber a Palavra lavrando-o.
 
Quando se lavra a terra revolve-se a terra com um arado de forma a que a superfície e outras camadas mais profundas da terra fiquem soltas, descompactadas, para que seja mais fácil a infiltração da água, do ar no solo, e também o crescimento das raízes. Lavrar a terra é uma etapa essencial para que a semeadura tenha sucesso.

 
Podemos lavrar ou arar a terra do nosso coração analisando o que não está bem nos nossos relacionamentos e sobretudo, no nosso relacionando com o Pai Celeste. Ao remover-mos as coisas que não estão bem nos nossos comportamentos e corrigindo as coisas que nos impedem de viver de cordo com os ensinamentos de Jesus estamos nos arrependendo e preparando o nosso coração para receber a Palavra de Deus e para pratica-la.

 
O nosso Jesus afirmou que as pessoas do seu tempo tinham os seus corações duros e os seus ouvidos fechados para a Palavra de Deus porque já tinham ouvido a admoestação de Deus de que deviam arrepender-se, mas não davam ouvidos.
 
No versículo a seguir podemos ver as palavras de Jesus sobre a dureza de coração de muitas pessoas na sua época: "Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração e sejam por mim curados.” Mt 13:15
 
Para além de falar que muitas pessoas tinham os seus corações endurecidos, o nosso Senhor Jesus disse também que muitas pessoas depois de ouvir a Palavra de Deus reagiam como uma semente que caía num solo cheio de espinhos, ou seja, por terem os corações cheios de espinhos não deixavam a Palavra crescer nas suas vidas e dar frutos.
 
Vemos isso no versículo a seguir: “E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear. (...) Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. (...) O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a Palavra, e fica infrutífera.” Mt 13:3,7,22.
 
Muitas coisas na nossa vida funcionam como espinhos no nosso coração. Como exemplo temos as preocupações com as coisas necessárias para o dia a dia (como o comer, beber, e vestir). Da mesma forma, o amor as riquezas, e o desejo de adquirir as coisas bonitas que vemos disponíveis nas lojas, também funcionam como espinhos sufocando a palavra, por ocupar totalmente o nosso pensamento sem deixar espaço para pensarmos na Palavra de Deus e para a praticarmos.
 
O Espirito Santo tem um papel muito importante na preparação dos nossos corações, pois Ele nos convence do pecado que existe na nossa vida e da necessidade de abandonarmos o pecado. Para além disso, o Espirito Santo age como chuva regando o nosso coração e fazendo com que a semente que é a Palavra cresça em nossos corações. Tudo o que o crente faz em obediência a Palavra de Deus é através da capacitação do Espírito Santo.
 
 
Em várias passagens da Bíblia, o Espírito Santo é referido como chuva que rega a terra, como vemos a seguir: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” Os 6:3.
 
A água é um dos elementos essenciais para o desenvolvimento das sementes e o crescimento das plantas. Sem água as plantas morrem secas. Da mesma forma, precisamos do Espírito Santo para que possa haver crescimento da semente, que é a Palavra de Deus em nossas vidas e para que posamos dar fruto. Devemos ficar firmes no Senhor Jesus, para que possa haver água viva em abundância nas nossas vidas.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Coparticipantes da natureza de Deus

Os cristãos têm o privilégio de serem coparticipantes da natureza de Deus. Isto porque, quando o Espírito Santo vivifica os cristãos e passa a fazer morada neles, os cristãos tornam-se filhos de Deus e ficam prontos para iniciar um processo gradual de santificação, e de semelhança gradual com o Senhor Jesus Cristo, em carácter e em obras.

Deus deseja que a natureza divina seja manifestada em nós enquanto estamos na terra. Deus é bom, é santo, e ama a todos. Com a nova natureza adquirida pelo cristão, ele deve também, com a capacitação do Espírito Santo, ser gradualmente mais, bondoso, mais santo e ter a capacidade de amar a todos, inclusive as pessoas más.
 
O apóstolo Pedro diz-nos na sua segunda epístola: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, e pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção que há no mundo,” 2Pe 1:3-4.

Deus deseja livrar-nos da corrupção que há no mundo, e fazer-nos semelhantes ao seu Filho Jesus Cristo. Devemos desejar que Deus realize essa obra em nós e colaborar com Ele através da meditação da Palavra, para que a nossa mente possa ser renovada. Ao mesmo tempo devemos renegar a nossa velha natureza, levando os nossos pensamentos mundanos cativos a obediência a Palavra de Deus.

O apóstolo Paulo diz-nos como vemos em seguida, que na nossa luta espiritual temos armas que não são carnais, mas poderosas através do Espírito Santo, que nos ajudam a destruir fortalezas, ou ideias que temos acerca da vida que nos levam a afastar-nos de Deus, e a anular qualquer raciocínio que justifiquem factos que desagradam a Deus.

Vemos as palavras do apóstolo Paulo no versículo a seguir: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda a altivez que levante contra o conhecimento de Deus, e levando todo o pensamento cativo a obediência de Cristo,” 2Co 10:4-5.

O nosso Senhor Jesus, mostra-nos a forma de pensar e de sentir Pai Celeste. Tanto o Pai Celeste como o nosso Mestre não gostam do pecado e inclusive enquanto Jesus esteve na terra nunca pecou apesar de ter sido tentado em todas as coisas como qualquer homem. Deus deseja libertar-nos gradualmente do pecado e fazer-nos afastar dos caminhos pecaminosos que existem na nossa vida.


Como Deus sabe da nossa natureza pecadora entregou o seu Filho amado para que Ele pagasse o preço dos nossos pecados. Assim, somos justificados pelo sangue de Jesus, e Deus não nos considera mais dignos da morte eterna. Com a ajuda do Espírito Santo podemos viver uma nova vida como coparticipantes da natureza de Deus.


Quando a nossa velha natureza quiser comandar os nossos pensamentos podemos descansar em Jesus Cristo, pois somos todos bem aventurados, pois Deus devido ao sacrifício vicário do seu Filho, perdoa as nossas iniquidades e cobre os nossos pecados com o sangue de Jesus Cristo. Hoje temos o privilégio de sermos coparticipantes da natureza de Deus, pois está em nós o seu Santo Espírito.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Filho meu, dá-me o teu coração


O nosso Senhor Jesus ensinou-nos que o coração tem uma importância fundamental para a nossa vida porque é dos corações que saem todos os desígnios do homem, tanto os bons como os maus. Por isso o nosso Pai Celeste diz-nos: “Filho meu dá-me o teu coração”, para que os nossos passos possam ser dirigidos e possamos ser mais semelhantes ao seu Filho Jesus.

Vemos a seguir o convite do Pai Celeste para que lhe dê-mos o nosso coração: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” Pv 23:26. Deus deseja o nosso coração e também que nós gostemos dos caminhos que Ele tem para a nossa vida. Os caminhos de Deus são caminhos retos, de paz e de alegria. Contudo a nossa velha natureza pode desejar outras coisas e outros caminhos diferentes da vontade do Pai.

Quando o cristão chega ao conhecimento de Jesus Cristo e aceita-o como Senhor e Salvador da sua vida, geralmente chega com muitos sonhos e planos para a sua vida. Muitos sonhos que o cristão tem pode não estar de acordo com os sonhos que Deus tem para a sua vida. A medida que o cristão vai conhecendo a Deus, vai sabendo dos sonhos que Deus tem para a sua vida.

Os sonhos de Deus para a vida do cristão são sonhos belos, que estão relacionados com a vontade de Deus para todos os seus filhos e também com a nossa frutificação numa determinada área da vida da Igreja, dependendo dos dons e talentos que Deus concedeu a nossa vida.

Na primeira epístola aos  coríntios, o apóstolo Paulo fala dos diversos dons que o Espírito Santo concede aos cristãos para a edificação da Igreja, como vemos nos versículos a seguir: “Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um variedade de língua; e a outro, capacidade para interpretá-las.” 1Co 12:8-10. Assim os sonhos de Deus podem estar relacionados com o desenvolvimento de um destes dons.

Esses sonhos devem ser recebidos pela fé em Cristo Jesus e confiando que Deus em tudo pode capacitar-nos para a concretização desse sonhos. Deus é aquele em quem devemos confiar e não em nós mesmos para a realização de qualquer coisa, como nos diz o versículo seguinte: “Bendito o homem que confia no Senhor e cuja a Esperança é o Senhor.” Jr 17:7.

Deus na sua infinita misericórdia, pode também ajudar-nos a realizar outros sonhos concernetes a nossa vida terrena, porque se buscarmos a sua vontade e o seu reino Ele promete nos acrescentar todas as coisas de que necessitamos. “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acescentadas.” Mt 6:33.

Contudo, a nossa vida só terá significado e valor se cumprimos os sonhos de Deus para a nossa vida. Deus diz-nos: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jr 29:11. Isto porque Deus é quem sabe o que necessitamos para sermos verdadeiramente felizes.

Devemos por isso entregar o nosso coração ao Senhor juntamente com os nossos sonhos e planos e descançar Nele. Deus então poderá contolar a nossa vida, com o seu Santo Espírito e dar-nos um novo coração, com novos sonhos. Essa é a promessa de Deus para aqueles que lhe dão o seu coração (Ez 36:26-27).

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

As raposinhas

A vida espiritual, e outras áreas da nossa vida, têm a capacidade de crescer como as plantas; e da mesma forma que as plantas estão sujeitas a pragas, e microrganismos que podem impedir o seu crescimento, essas áreas da nossa vida podem ser impedidas de crescer devido a presença de certas coisas no nosso coração. A Bíblia utiliza a metáfora raposinhas para referir-se a coisas na vida do cristão que podem impedir o crescimento da sua vida espiritual e de outras áreas.

A referência as raposinhas que lesam uma plantação de uvas está no livro Cânticos de Salomão como vemos a seguir: “Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor.” Ct 2:15. A fase que antecede a frutificação das vinhas, é quando as vinhas estão em flor. Nesta altura é necessário prevenir qualquer estrago que pragas ou microrganismos possam ter no desenvolvimento dos frutos da videira.

Existem certas plantas, que crescem ao lado das videiras, chamadas raposinhas. Estas plantas são muito parecidas com as folhas da videira, mas são muito nocivas as videiras e podem sufocar o crescimento e impedir a frutificação da videira.

Nas várias áreas da nossa vida podemos também prevenir o aparecimento de raposinhas, como nos adverte o versículo anterior do livro de Cânticos de Salomão. Na vida espiritual, quando já investimos no nosso crescimento espiritual, também podemos prevenir o aparecimento de elementos que impeçam a nossa vida de dar frutos para Deus.

A medida que crescemos temos de vigiar o nosso coração, para que nada possa crescer e sufocar a semente da Palavra que tem sido plantada em nossos corações. Existem coisas da velha natureza humana que se crescerem enquanto esperamos que o fruto da Palavra cresça em nossos corações, podem impedir o aparecimento dos frutos como um carácter  semelhante ao de Jesus Cristo, a benignidade, a bondade, e as boas obras ensinadas por Jesus Cristo.

Essas coisas podem ser por exemplo a inveja, a preguiça, a malícia entre outras coisas. A inveja é algo que impede que o nosso coração seja benigno ou seja, faz com que não consigamos pensar bem dos outros e desejar coisas boas e felizes para os outros. A inveja é um desgosto ou tristeza provocada pela alegria, prosperidade ou felicidade dos outros.

Por isso a inveja deve ser despojada do nosso coração, juntamente com a malícia, hipocrisia e maledicência, para que possamos crescer e dar frutos, como nos ensina o apóstolo Pedro. “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda a sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,” 1Pe 2:1-2.

A preguiça é um entrave ao crescimento de todas as áreas da nossa vida incluindo a nossa vida espiritual. Se formos preguiçosos, não vamos aos cultos, não meditamos na Palavra, não oramos, e deixamos de fazer tudo aquilo que Deus nos recomenda para o nosso crescimento espiritual. A preguiça, é a pouca disposição para fazer alguma coisa, que sabe-se ser necessária para o nosso dia-a-dia. É a lentidão para praticar alguma ação.

O nosso Deus, quando dava alguma ordem aos seus profetas, dizia sempre “Dispõe-te”, e o hoje Deus diz-nos o mesmo através do seu Santo Espírito. Temos de nos dispor mentalmente para fazer aquilo que Deus nos ordena e também para fazer aquilo que é necessário para a nossa vida.

Quando Deus quis falar a Jeremias sobre o povo de Israel disse-lhe: “ Dispõe-te” como vemos a seguir: “Dispõe-te, e desce a casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.” Jr 18:2.Temos de nos dispor para fazer tudo o necessário para o nosso crescimento e frutificação e inclusive temos de obedecer a vontade de Deus para a nossa vida.

Para além da preguiça existe outras coisas que podem impedir a nossa frutificação como a malícia. A malícia é uma inclinação que deve ser eliminada do nosso coração porque mancha a forma como vemos as outras pessoas. A malícia é a atitude de pensar sobre coisas banais atribuindo significados sexuais, ou de ter pensamentos de zombaria de outras pessoas.

Por isso a malícia além de sujar o nosso coração também entristece o Espírito Santo como nos adverte o apóstolo Paulo: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfémias, e bem assim, toda a malícia.” Ef 4:30-31.

Em resumo, quanto estamos a receber a semente da Palavra nos nossos corações e desejamos produzir frutos para Deus temos de estar atentos, nos primeiros sinais de que estamos a crescer, e retirar do nosso coração todas as raposas e raposinhas que possam destruir os frutos que desejamos dar para Deus.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Enviados para dar fruto

O nosso Senhor Jesus para além de ter estado com os discípulos e de lhes ter ensinado como deveriam andar de maneira agradável a Deus, também os enviou ao mundo e os ordenou que fossem e dessem fruto, e fruto que permanecesse na vida eterna. Os discípulos de Jesus hoje, também são enviados ao mundo com o mesma ordem de irem e darem fruto e fruto que permaneça na vida eterna.

No seguinte versículo do evangelho de João vemos as próprias palavras do Senhor Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Jo 15:16.


O objetivo do Senhor Jesus não é dar-nos apenas a salvação, mas fazer de nós seus imitadores, seus discípulos e assim fazer-nos dar frutos coincidentes com o reino da Luz do qual fazemos parte. O apóstolo Paulo diz-nos que antes de sermos alcançados pela Graça eramos trevas, mas agora somos filhos da Luz e por isso devemos agir como tais.


Devemos imitar o nosso Senhor Jesus, andando em amor, e produzindo os frutos da luz, que são os atos de bondade, a justiça e a verdade. Vemos o conselho do apóstolo Paulo no versículo seguinte: “Pois outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça e verdade), aprovando sempre o que é agradável ao Senhor.” Ef 5:8-11.


Para podermos dar fruto podemos contar com a ajuda do Senhor Jesus e do Espírito Santo. O nosso Senhor Jesus é aquele em quem temos de estar para podermos dar fruto. Não podemos dar fruto por nós próprios, porque dependemos Dele, da sua direção, e do seu Santo Espírito para darmos os frutos da luz, de bondade, justiça e verdade.


Na realidade o Senhor Jesus é a verdadeira videira, o nós os cristãos somos os seus ramos e sem Ele, nada podemos fazer como nos diz o versículo seguinte: “permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15:4-5.


O Espírito Santo, quando tem liberdade em nossas vidas, produz em nós o seu Fruto, que tem nove componentes: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5:22-25). As componentes do Fruto do Espírito Santo ajudam que a nossa relação com Deus, com o nosso próximo e connosco mesmos sejam de acordo com os ensinamentos do Senhor Jesus.


As componente amor, fé, mansidão são importantes na nossa relação com Deus, pois se amarmos a Deus acima de todas as coisas conseguimos fazer a Sua vontade; a fé ajuda-nos a crer nas promessas no Senhor Jesus e a caminhar em direção ao céu; a mansidão ajuda-nos a obedecer prontamente a Deus sem colocar resistências.


A longanimidade, a benignidade, a bondade e a temperança, ajudam-nos a conviver com o nosso próximo em amor, como nos ensinou o Senhor Jesus Cristo. Se formos pacientes com o nosso próximo, e tivermos bons pensamentos, ou pensamentos benignos para com a vida dos outros, facilmente conseguimos por em prática as atitudes bondosas ensinadas pelo Senhor Jesus. O gozo e a paz são coisas importantes para vivermos bem connosco mesmos, e sermos felizes independentemente das circunstâncias.


Somos enviados ao mundo para dar frutos com perseverança, sobretudo nas situações difíceis ou de tribulação. Os nossos frutos devem glorificar o nome do Pai Celeste, mostrar o carácter de Jesus ao mundo e abençoar a todos aqueles que estão a nossa volta. Quanto mais deixarmos o Espírito Santo brotar o fruto do seu Espírito em nós, mais poderemos amar a Deus e ao nosso próximo. Por isso frutificar é uma grande alegria para Deus e uma bênção para o nosso próximo.

Despojar-vos do velho homem

O Senhor Jesus quando se entregou na cruz do Calvário tinha como objetivo pagar o preço dos nossos pecados para que pudéssemos ter vida eterna. Contudo, o nosso Senhor Jesus não deseja apenas ser nosso Salvador, deseja também ser nosso Senhor, o nosso Mestre que nos ensina que caminhos devemos andar e que deseja ser o nosso exemplo de vida.

Aceitar a salvação oferecida pelo nosso Senhor Jesus requer apenas da nossa parte a fé. Mas aceitar Jesus como nosso Senhor requer aceitar a Palavra do Senhor Jesus e obedecê-la diariamente. A pratica diária dos mandamentos do Senhor Jesus requer que diariamente nos despojemos do velho homem que existe em nós.

O velho homem, é a parte da nossa alma, que ainda pensa e tem os mesmos desejos que havia na nossa vida antes de aceitarmos a Jesus como Senhor e Salvador. Por outras palavras, o velho homem é a parte da nós que pensa e age de forma contrária a Deus. Por isso devemos, como nos aconselha o apóstolo Paulo, despojar-nos, do velho homem, no nosso procedimento diário, e não praticar as obras que praticávamos na altura da nossa ignorância.


Para podermos despojar-nos do velho homem temos de renovar a nossa mente, substituindo conceitos de vida que nos levavam ao pecado, pela Palavra de Deus. Quando aceitamos e colocamos em prática os ensinamentos de Jesus estamos a renovar a nossa mente e a revestir-nos do novo homem que o Espírito Santo quer nos oferecer.


No versículo seguinte vemos as palavras do apóstolo Paulo: “no sentindo de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem se que corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Ef 4:22-24.


O velho homem é inclinado as concupiscências do engano, a pratica coisas que não agradam a Deus, como por exemplo, a inveja, o ódio, a vingança, a soberba, a contenda, etc. Ao longo das várias epístolas o apóstolo Paulo refere-se às obras da velha natureza, como as obras da carne, que nada mais do que as obras que não estão de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, e são contrárias ao Espírito Santo.


Existe dois caminhos ou formas de proceder do homem que são totalmente contrárias: uma é o caminho da carne, que baseia-se nos conceitos de vida do velho homem; e a outra é o caminho do Espírito que baseia-se nos ensinamentos do Senhor Jesus e que são do agrado do Espírito Santo. A velha natureza, é por isso um obstáculo a santidade e a entrega da nossa vida nas mãos de Jesus Cristo, para que ele nos governe.


Todos os caminhos do Espírito são agradáveis a Deus e os seus resultados são vida eterna e paz com Deus. Os caminhos do velho homem, ou da nossa carne são caminhos opostos a vontade de Deus que demonstram rebeldia a vontade de Deus e por isso aqueles que andam segundo a sua velha natureza, ou segundo a sua carne, não podem agradar a Deus.


O apóstolo Paulo diz-nos na sua epístola aos Romanos que: "Porque o pendor da carne dá para a morte, mas do Espírito, para a vida e paz. Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:6-8. Devemos, por isso, lutar para sermos amigos de Deus e combater pelas mesmas coisas que Deus.


A velha natureza deve ser negada dia a dia, como recomenda Jesus Cristo á aqueles que desejam segui-Lo. Vemos os palavra de Jesus Cristo no versículo seguinte: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”Mt 16:24. Seguir os mandamentos de Jesus Cristo requer uma negação diária aos desejos da nossa velha natureza como a vingança, a inveja, o ódio, a contenda e certos prazeres apenas satisfazem a nossa carne.


Apesar de pela fé já estarmos mortos com Cristo, a nossa mente ainda tem muitas coisas que precisam de ser renovadas pela Palavra de Deus. A medida que caminhamos na vida somos aliciados a aprender hábitos de vida que não estão de acordo com a vontade de Deus. Por isso devemos não só trocar a velha mentalidade que aprendemos antes de nos convertermos como também lutar para ter uma mente pura, de acordo com a Palavra de Deus.