sábado, 27 de agosto de 2016

Jesus o nosso Advogado


Os homens na terra não estão sós e distantes do olhar de Deus Pai. Pelo contrário, o Pai Celeste sabe tudo o que os homens fazem, pensam e desejam. Da mesma forma como Jó foi acusado pelo nosso inimigo Satanás, os cristãos também são acusados perante o Pai devido as suas falhas e os seus pecados. A acusação do nosso inimigo, tem como objetivo a nossa condenação eterna, e a permissão para nos fazer algum dano.


Contudo, nós cristãos temos um Advogado, alguém que como nós em tudo foi tentado, mas sem nunca pecar. Esse alguém é o nosso Senhor Jesus, o Filho de Deus. Depois de ter-se entregue por nós na cruz do Calvário, e de ter ressuscitado, o nosso Senhor Jesus passou a estar assentado a dextra de Deus Pai e intercede por nós quando somos acusados pelo nosso inimigo ou quando precisamos de perdão por parte do Pai Celeste.


Na primeira epístola do apóstolo João vemos que se o cristão pecar, não tem que se preocupar, pois tem como Advogado, o nosso Senhor Jesus que está junto do Pai. Podemos ver isso no versículo a seguir: “Filhinhos meus, estas estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1 Jo 2:2.


Mesmo que aconteça cairmos em pecado, ou mesmo que nos recordem dos nossos antigos pecados não temos de nos preocupar, como nos diz o apóstolo Paulo, pois quem intentará acusação contra nós se é o próprio Cristo, o Filho de Deus quem nos defende e nos justifica com o seu sangue, como podemos ver a seguir: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está assentado à direita de Deus e também intercede por nós.” Rm 8: 33-34.


O nosso Senhor Jesus, eterno; Ele é o Alfa e o Ômega, e vive sempre a interceder por nós, nas nossas fraquezas e dificuldades, como podemos ver no versículo seguinte: “Por isso, também pode salvar salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Hb 7: 25.



Podemos também ver no livro dos Salmos que o nosso Senhor Jesus, e o nosso Deus Pai, estão sempre vigiando e zelando pelas nossas vidas. O nosso Deus não dormita nem toscaneja. “ É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.” Sl 121:4. Não existe possibilidade de sermos condenados a morte eterna porque é o próprio Senhor Jesus quem nos defende e salva.


O nosso Senhor Jesus, é assim, o nosso Advogado, porque é Ele quem nos defende perante o Pai. Isto porque, o nosso Mestre é o nosso Intermediário, a nossa ponte para chegar ao Pai, pois Ele morreu por nós na cruz do Calvário. Por isso, devemos chegar ao Pai Celeste confiadamente porque quem nos defende, é o próprio Senhor Jesus, aquele que é Santo, e Justo.


O pecador pode ter alento durante a sua caminhada rumo a Pátria Celestial, porque para além de ter a capacitação do Espírito Santo para poder seguir o Senhor Jesus, tem também a Jesus Cristo como Advogado. Por isso, caso aconteça algum pecado num momento de fraqueza, o cristão pode descansar na Graça e Misericórdia do Senhor Jesus, que nos defende e purifica-nos com o seu sangue.

Todo aquele que o Pai me dá


Na Bíblia Sagrada vemos que é o Pai Celeste quem envia seguidores ao nosso Senhor Jesus. Independentemente do estado em que o homem chega aos pés do nosso Mestre, ele é sempre bem recebido. O nosso Senhor Jesus nunca rejeita aqueles que vêm até Ele, quer estejam magoados, feridos ou sujos pelo pecado.

O nosso Senhor Jesus diz-nos no evangelho segundo S. João que todo aquele que o Pai lhe dá, esse virá a Ele, e que o nosso Mestre de modo nenhum as lançará fora. Podemos ver isso no versículo seguinte: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:37.
 
Por isso devemos rogar a Pai Celeste pela salvação da humanidade, para que vidas sejam enviadas aos Senhor Jesus, e recebam Dele a Salvação. Para além de orarmos ao Pai pedindo a salvação daqueles que não conhecem o Senhor Jesus, devemos também pedir ao Pai que se faça a sua vontade, não só na terra como no céu.
 
O nosso Senhor Jesus ensinou-se a orar ao Pai Celeste como vemos pela oração do Pai nosso, pedindo que o nome do Pai seja santificado e para que a sua vontade seja feita no céu e na terra. A vontade do Pai é que vidas sejam salvas da condenação eterna, através do sacrifício vicário do Senhor Jesus.
 
É também a vontade do Pai Celeste que os cristãos, depois de aceitarem a Jesus Cristo, como Senhor e Salvador das suas vidas, tenham uma vida livre do pecado. Por outras Palavras o Pai Celeste deseja que sigamos os passos do Senhor Jesus e que não pratiquem mais os pecados que dantes faziam parte das suas vidas.
 
O apóstolo Pedro diz-nos na sua primeira epístola, que o Pai Celeste deseja que os homens, depois de aceitar a Jesus Cristo, não vivam mais de acordo com as paixões da carne, como as dissoluções, invejas, entre outras coisas, mas segundo tudo aquilo que o nosso Senhor Jesus nos ensinou.
Podemos ver isso no versículo seguinte: “para que no tempo que vos resta na carne, já nãos vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus. Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.” 1Pe4: 2-3.
 
O Pai Celeste também deseja tem comunhão com cada um de nós; e que nos relacionemos com Ele um filho relaciona-se com o seu Pai. Para termos comunhão com o Pai temos de nos purificar do pecado e de toda a mentalidade mundana. Temos uma forma de nos comunicarmos com o Pai Celeste, e que devemos usar, que é a oração. Assim estaremos a seguir o exemplo do Senhor Jesus que estava sempre em oração ao Pai Celeste.
 
Anteriormente, a humanidade encontrava-se condenada a estar separada de Deus Pai por causa do pecado; e por isso o nosso Pai Celeste deu o seu Filho amado, o nosso Senhor Jesus, para que através da sua morte e ressurreição, pudéssemos ter a vida eterna. O nosso Senhor Jesus entregou-se por nós de livre e espontânea vontade e morreu na Cruz do Calvário e ressuscitou ao terceiro dia.
 
O nosso Senhor Jesus é por isso o nosso exemplo de obediência ao Pai Celeste porque Ele veio a terra não para fazer a sua vontade mas sim, a vontade do Pai Celeste, e entregou-se em nosso lugar na Cruz do Calvário. Podemos ver isso no versículo seguinte: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou; (…) De fato, a vontade de meu Pai é que todo aquele que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” Jo 6: 38,40.
 
O Pai ama-nos de forma incalculável e está sempre de braços abertos para nos receber como um Pai a um filho. Temos o caminho aberto para o relacionamento com o Pai Celeste aberto, porque o nosso Senhor Jesus morreu por nós e hoje vive intercedendo por nós perante o Pai Celeste. Não precisamos de ter receios e podemos assim dirigir-nos ao Pai diariamente em oração e desfrutar o seu amor.

domingo, 21 de agosto de 2016

A disciplina do cristão


Na Bíblia o cristão é comparado a um atleta que corre num estádio com objetivo de ganhar a medalha da competição. Ser um atleta envolve uma disciplina, uma preparação diária rigorosa nos treinos e um cuidado rigoroso com tudo o que possa influenciar o desempenho físico, como a alimentação e o descanso. Essa disciplina constitui normas e regras que o levam ao sucesso.

Vemos a comparação do cristão com um atleta no seguinte versículo da epístola do apóstolo Paulo: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos na verdade, correm mas só um leva o prémio? Correi de tal forma que o alcanceis.” 1Co 9:24. Vemos então, que como os atletas, os cristãos só ganham a coroa da vida eterna se correrem a sua carreira de forma adequada, ou seja, se prepararem-se espiritualmente  e se tiverem uma vida disciplinada em todos os aspetos: na alimentação, no descanso e nos treinos.

A alimentação espiritual do cristão está relacionado com a leitura da Palavra de Deus, porque é ela que possibilita o cristão crescer espiritualmente e viver da forma que agrada ao Pai Celestial. A Palavra de Deus dá a direção para a vida do cristão, porque nos diz a vontade de Deus para as nossas vidas.

Da mesma forma que a alimentação física do atleta é rigorosa, e não pode conter coisas que façam mal a sua saúde, a alimentação espiritual do cristão deve ser cuidadosa. Isto porque se o cristão alimentar os seus pensamentos com ideias contrárias a Palavras de Deus, propagadas em filmes séries e publicidades, o cristão acabará por pensar e agir de forma contrária a vontade de Deus.

Tudo o que possa influenciar a mente do cristão, como filmes e series com violência, sexo e linguagem obscena devem ser evitados. O cristão deve regular a sua alimentação espiritual, ou seja, tudo o que lê em livros, sites e revistas ou vê na televisão e cinemas de forma a sua mente não ser influenciada negativamente.

Sobre isso o apóstolo Paulo diz: “Todo o atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós porém a incorruptível.” 1Co 9:25. Os cristão devem controlar e dominar a sua carne com as suas concupiscências para que possam seguir a disciplina cristã. Isto porque o mundo nos apresenta hipóteses de formas de conviver com os outros, de utilizar o nosso tempo, entre outras coisas, que não ajudam a edificar a vida cristã.

Um edifício ao ser construído sofre um aumento no seu tamanho porque o construtor ao edificar a sua construção usa coisas que vão fazer o edifício crescer, como os tijolos por exemplo. Da mesma forma, a vida cristã tem de ser edificada, construída com critério de forma a que possa resultar em crescimento da nossa espiritualidade. Isto porque apesar de tudo nos ser lícito, nem todas as coisas edificam a nossa vida, ou seja, nem todas as coisas nos fazem crescer espiritualmente.

O descanso também deve ter um lugar na vida cristã. Isto porque somos homens e o nosso corpo e alma precisam de descanso para nos recuperarmos física e emocionalmente. O nosso Pai Celeste depois de formar a terra e tudo o que nela há, no sétimo dia descansou. Devemos seguir o exemplo do Pai celeste e separar um tempo para descansar.

O treino da vida cristã consiste em todas as ações em que o cristão coloca em prática a Palavra de Deus: a oração ao Pai Celeste; a perseverança no estuda da Palavra de Deus, na oração e no partir do pão com os irmãos da fé; a prática de boas obras às pessoas que estão a nossa volta.

A oração é fundamental para a vida cristã, pois permite ao cristão falar com Deus e expor as suas necessidades físicas e espirituais, bem como a sua necessidade de orientação. Através da oração os cristãos podem também exercitar o amor ao próximo intercedendo a Deus pelos que necessitam de ajuda física e espiritual, bem como, pelas autoridades do seu país e por todas as situações, inclusive as relacionadas com a vida da Igreja.

A vida cristã, portanto, possui uma disciplina, um conjunto de regras e normas que permitem ao cristão, ser bem sucedido e alcançar sua coroa. Esta disciplina é composta por: estudo e meditação na Palavra de Deus; a prática da Palavra de Deus, e pelo descanso. A prática da Palavra de Deus é feita através de perseverança, na oração, no estudo da Palavra e no partir do pão com os irmãos da fé e através de boas obras em favor do nosso próximo. Ao aplicarmos essas regras corremos diariamente rumo a pátria celeste.

sábado, 13 de agosto de 2016

Os machucados pela vida


O mundo muitas vezes deixa de lado aquele que está mais fraco ou magoado, porque não vê utilidade em pessoas nestas condições; mas Jesus Cristo não põe de lado aquele que está fraco, magoado pela vida. O nosso Senhor Jesus, muito pelo contrário, estende a sua mão e restaura as pessoas que se encontram assim.

O nosso Senhor como estava escrito a seu respeito não esmaga a cana quebrada, nem apaga a torcida que fumega. A cana é algo muito frágil, que quando quebrada não tem mais utilidade e por isso e deitada fora. Jesus Cristo não desiste daqueles que estão partidos física e moralmente; não os coloca de lado como faz a sociedade. Da mesma forma, a torcida que fumega, não é apagada pelo Senhor Jesus.

As torcidas da lâmpada, quando não têm óleo suficiente, dão um chama de má qualidade e deitam muito fumo. Por isso, as torcidas que deitam muito fumo, que não desempenham bem o seu papel são cortadas e substituídas. Jesus Cristo não corta aqueles que pelo pecado ou por outras situações da vida estão dando chamas de má qualidade e deitam muito fumo.

Estas pessoas são cuidadas pelo Senhor Jesus e transformadas em torcidas que dão chamas de qualidade e que não deitam fumo. Nos versículos seguintes vemos essa característica do Senhor Jesus: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega; em verdade, promulgará o direito.” Is 42:3.

O nosso Senhor Jesus ensinou-nos a tratar dos mais fracos, daqueles que foram desistidos pela sociedade, quer seja por motivos de doença quer seja por pecado. A mulher adúltera era uma mulher que a sociedade tinha condenado porque tinha sido pega em adultério, mas Jesus Cristo não a condenou, e sim ofereceu-lhe uma nova vida, sem pecado.

Da mesma forma, aqueles que tinham problemas de saúde, como a cegueira, que lhes impedia de ser úteis a sociedade O nosso Mestre não desprezava-os, curava-os e restituía-os as suas famílias e a sociedade.

Naquela altura os endemoninhados, quando não se conseguisse liberta-los eram dados como perdidos, como pessoas que não tinham utilidade para a sociedade. Mas Jesus, sendo o Filho de Deus, e tendo todo o poder no céu e na terra, libertava os endemoninhados, curva-os das suas enfermidade e dava-lhes novamente utilidade as suas vidas.
 
Podemos ver o poder do Senhor Jesus no versículo seguinte: “Então, lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de David?” Mt 12:23. Jesus Cristo é aquele que ama ao pecador, e também aquele que não tem utilidade para a sociedade, por estar caído ou doente.

Quando os cristãos estão fracos e já não têm forças para caminhar, o Senhor Jesus continua sendo aquele que salva e que restaura. O nosso Mestre nunca rejeita aquele que se encontra fraco e abatido por causa dos pecados e das situações da vida, mas sim fortalece-os, restaura-os e capacita-os a caminhar com Ele.

O nossos Senhor Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores; está assentado a dextra de Deus Pai e intercede por nós junto ao Pai. Quando o pecado e o mundo acusam-nos, o Senhor Jesus nos defende junto ao Pai e fortalece-nos com o seu Espírito Santo. O Senhor Jesus é aquele que nunca põe de lado os machucados pela vida.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Guia-me nas veredas da justiça


Uma das passagens mais conhecidas da Bíblia é o Salmo 23. Neste texto bíblico o nosso Deus, o Senhor Jesus é apresentado como o Bom Pastor. Sabemos que um pastor, conduz diariamente as suas ovelhas, para permitirem que se alimentem e para protege-las dos perigos. O nosso Senhor Jesus é o Bom Pastor que conduz as suas ovelhas, rumo a pátria Celestial.

Neste Salmo podemos ver os benefícios de ter o Senhor Jesus como o Bom Pastor das nossas vidas. ”O Senhor é o meu pastor nada me faltará. Ele faz-me repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso;” Sl 23:1-2. O nosso Senhor, dá-nos tudo o que precisamos, tanto física como espiritualmente; Ele sustenta-nos com as águas do seu Espírito.
 
Podemos salientar que para que o Senhor Jesus seja de fato o Pastor das nossas vidas, temos de aceita-lo como Senhor das nossas vidas; como o proprietário de tudo o que somos e temos. Para além disso, temos de aceitar a sua Palavra como a única Verdade e submeter-nos a sua vontade.

O pastor é quem dirige as suas ovelhas e quem as conduz para locais seguros, e não ao contrário. As ovelhas não sabem escolher para onde devem ir, porque são cegas e não se apercebem dos perigos a sua volta. As ovelhas da Igreja, devem por isso, ter consciência de que nada sabem sobre os perigos a sua volta e que precisam de um guia, o Bom Pastor.

Como o Bom Pastor que é Deus, e também Santo, Justo e Misericordioso, Ele leva as ovelhas por bons caminhos, por veredas da justiça, como vemos a seguir: “refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.” Sl 23:3. Para que de facto o cristão possa andar pelas veredas da justiça, ele tem de ser sensível vara do Pastor, a voz do Espírito Santo.

O Pastor enquanto conduz o rebanho, por vezes tem necessidade de impedir que as ovelhas se afastem do rebanho; e ele faz isso com a vara ou o bordão. Vemos a referência da vara com que o Pastor conduz as ovelhas, no versículo seguinte: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” Sl 23:4.

O toque da vara, pode ser um subtil conselho, pela Palavra, por exemplo, um então um repreensão mais insistente. O objetivo do toque da vara, ou da repreensão, é sempre que as ovelhas não se afastem do rebanho e para que não se percam. Como ovelhas, com capacidade de decisão que somos, temos responsabilidade naquilo que fazemos porque podemos nos decidir submeter ao bom Pastor e deixar-nos conduzir nas suas veredas de justiça ou não.

Os caminhos de justiça que a Bíblia nos fala, estão relacionados com o cumprimento dos mandamentos de Deus e com a forma como tratamos os outros a nossa volta. Deus deseja que O amemos mais do que todas as coisas e também que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos.

Amar a Deus e ao próximo, inclui principalmente, a submissão a vontade de Deus e por outro lado, o tratar o próximo com bondade, longanimidade, misericórdia, humildade, entre outras coisas. Entendamos como próximo, tanto aqueles que são nossos amigos, como aqueles que são nossos inimigos. Estas atitudes, traduzem-se em boas obras que Deus preparou para que andássemos nelas, como vemos a seguir: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” Ef 2:10.

Contudo, o caminhar pelas veredas da justiça, amando ao inimigo, socorrendo ao necessitado, perdoando as ofensas, e servindo a Deus apenas é possível, através da Graça do Senhor Jesus e da capacitação do seu Santo Espírito; ou por outras palavras, é por amor ao seu nome.

sábado, 6 de agosto de 2016

Considerai o vosso passado


O Deus de Israel, o nosso Deus, é um Deus que deseja abençoar o seu povo, mas não deseja que o seu povo se apegue mais a suas bênçãos do que ao próprio Deus, porque isso acarretaria um afastamento de Deus e da sua vontade. Por outras palavras, não deseja que a própria bênção se torne mais importante do que Ele nem que afaste o nosso coração Dele.

O povo Israelita, ficou muitos anos no exílio, na Babilónia, e um dia, como Deus prometera, o povo de Israel voltou a Jerusalém. Contudo, quando chegaram a pátria, começaram-se a preocupar mais com as suas vidas, do que com o Deus que lhes tinha feito chegar a terra dos seus antepassados como prometera.

Como consequência do egoísmo do povo, Deus voltou a desagradar-se de Israel. Eles apenas preocupavam-se em construir as suas casas, fazer as suas plantações, mas não estavam preocupados com as coisas de Deus, mais concretamente com a reconstrução do templo para que pudessem adorar a Deus de forma coletiva.

O desleixo com os assuntos de Deus fez com as bênçãos de Deus não acompanhassem o esforço que eles desempenhavam nas suas plantações e nas suas atividades em geral. Devido ao seu desagrado com o comportamento do povo de Israel Deus usa o profeta Ageu para avisar ao seu povo que queria que eles reconstruíssem o templo e que o povo já não estava a ser abençoado por não dedicarem-se a Deus.

Podemos ver isso no versículo seguinte: “Acaso, é tempo de habitardes vós em casas aplaineladas, enquanto esta casa permanece em ruína? Ora, pois assim diz o Senhor do Exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado.” Ag 1:4-6.

Deus frisa neste livro, que o povo deveria considerar o seu passado; relembrarem-se de onde vieram, do sofrimento que passaram enquanto estiveram no exílio e serem gratos a Deus, dedicando o seu tempo a Deus e a reconstrução do seu templo. Se o povo se convertesse e começa-se a reconstruir o templo Deus se agradaria deles e os abençoaria e passariam a ver prosperidade nas suas plantações e outras atividades.

Podemos vemos isso nos versículos seguintes: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um sopro dissipei. Por quê?- diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa.” Ag 1:7-9.

O povo de Israel é avisado que a falta de chuva, a seca e o insucesso em todo o tipo de trabalhos do povo devia-se ao fato de se terem tornado egoístas, e de só se preocuparem com as suas casas e com os seus trabalhos e não com Deus e o seu templo. Mas se o povo se convertesse e começasse a reconstruir o templo, Deus os abençoaria e eles veriam que a falta de chuva e outras calamidades desapareceriam.

Hoje, temos de ter cuidado para não esquecermos a Deus depois de termos recebido dele a bênção que pedimos, pois Deus nos ama de tal maneira, que deseja para nós mais do que as bênçãos materiais; Deus deseja que tenhamos também a bênção principal que é a salvação e a comunhão com o Pai Celeste. Muitas vezes Deus pode fazer-nos lembrar que estamos a esquecer-nos dele por causa da bênção que tanto queríamos receber, e temos de ter a sensibilidade para ouvi-Lo e para coloca-lo em primeiro lugar na nossa vida.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Simples como as pombas


O nosso Senhor Jesus ao enviar os seus doze discípulos para pregarem o evangelho, para curarem toda a sorte de enfermidades, e para expelirem espíritos imundos, aconselhou-os a serem simples como as pombas como vemos a seguir: “Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.” Mt 10:16.

A simplicidade é portanto, fundamental para que os cristãos se assemelhem em carácter ao Senhor Jesus, para fazerem as obras que o nosso Senhor Jesus nos ordena, e para que possam renegar as influências do mundo, como a concupisciência da carne, a concupisciência dos olhos e a soberba na vida.

A simplicidade do cristão está relacionada com a humildade, ausência de soberba e de arrogância. Podemos ver na Bíblia várias passagens que nos alertam a não sermos soberbos. Uma destas passagens é o versículo a seguir: “Ao que as ocultas calunia o próximo, a esse destruirei, o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei” Sl 101:5.

A soberba é o oposto do carácter do cristão, do carácter no nosso exemplo, o Senhor Jesus Cristo. O nosso Mestre, Jesus Cristo, não era soberbo, pelo contrário era manso e humilde de coração. O nosso Senhor não se exaltava a si mesmo, nem com trajes finos, nem com um olhar altivo para com o próximo.

O nosso Mestre era humilde em todas as áreas da vida e podemos destacar a sua grande humildade nos seus relacionamentos, e na forma humilde como vivia na terra, sem ter inclusive onde reclinar a cabeça. Nos seus relacionamentos, ou seja, na forma como lidava com as outras pessoas o nosso Mestre não demonstrava um olhar altivo para com ninguém: nem para o pecador, nem para o mendigo.

No evangelho segundo João, vemos que o nosso Senhor não olhou com altivez ou com superioridade para a mulher adúltera, como os escribas, os fariseus e todos aqueles que vieram para apedreja-la. Vemos isso nos versículos a seguir: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te condeno; vai e não peques mais.” Jo 8:10-11.

Como vemos o nosso Senhor não a condenou, como os escribas e fariseus, que eram o modelo, na altura, de conduta e que por isso achavam-se melhores que os outros. Pelo contrário, o Senhor Jesus estendeu-lhe a oportunidade de começar uma nova vida em vez de a condenar a morte. Por isso devemos seguir o exemplo do Senhor Jesus, e não ter um olhar altivo perante o pecador ou o mendigo.
 
Apesar de ser Filho de Deus, Criador dos céus e da terra, de ter poder para multiplicar pães e peixes, transformar água em vinho, o nosso Senhor Jesus não vivia faustosamente na terra; mas sim como toda a humildade, vivendo servindo aos outros em vez de ser servido. Em Filipenses, está referido a forma como o Senhor Jesus esvaziou-se da sua glória e se entregou na cruz do Calvário por amor a nós.

Podemos ver isso a seguir: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2: 7-8. O esvaziamento do Senhor Jesus permitiu que cumprisse obedientemente a vontade do Pai e que se entregasse na cruz do Calvário por nós. Por isso devemos também nos esvaziar, no nosso eu e das nossas prioridades.

Temos a promessa de que Deus exalta a aqueles que se humilham, que se reconhecem como pecadores e que se sujeitam a vontade de Deus Pai sem se acharem superiores ao seu próximo. Deus Pai exaltou ao Senhor Jesus depois de o nosso Senhor ter-se humilhado e de ter-se entregue a morte no Calvário pela humanidade. Por isso o nosso Senhor Jesus hoje está sentado a dextra de Deus Pai e tudo governa.