O nosso
Senhor Jesus ao enviar os seus doze discípulos para pregarem o
evangelho, para curarem toda a sorte de enfermidades, e para
expelirem espíritos imundos, aconselhou-os a serem simples como as
pombas como vemos a seguir: “Eis que vos envio como ovelhas para o
meio de lobos; sede portanto, prudentes como as serpentes e símplices
como as pombas.” Mt 10:16.
A
simplicidade é portanto, fundamental para que os cristãos se
assemelhem em carácter ao Senhor Jesus, para fazerem as obras que o
nosso Senhor Jesus nos ordena, e para que possam renegar as
influências do mundo, como a concupisciência da carne, a
concupisciência dos olhos e a soberba na vida.
A
simplicidade do cristão está relacionada com a humildade, ausência
de soberba e de arrogância. Podemos ver na Bíblia várias passagens
que nos alertam a não sermos soberbos. Uma destas passagens é o
versículo a seguir: “Ao que as ocultas calunia o próximo, a esse
destruirei, o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o
suportarei” Sl 101:5.
A
soberba é o oposto do carácter do cristão, do carácter no nosso
exemplo, o Senhor Jesus Cristo. O nosso Mestre, Jesus Cristo, não
era soberbo, pelo contrário era manso e humilde de coração. O
nosso Senhor não se exaltava a si mesmo, nem com trajes finos, nem
com um olhar altivo para com o próximo.
O
nosso Mestre era humilde em todas as áreas da vida e podemos
destacar a sua grande humildade nos seus relacionamentos, e na forma
humilde como vivia na terra, sem ter inclusive onde reclinar a
cabeça. Nos seus relacionamentos, ou seja, na forma como lidava com
as outras pessoas o nosso Mestre não demonstrava um olhar altivo
para com ninguém: nem para o pecador, nem para o mendigo.
No
evangelho segundo João, vemos que o nosso Senhor não olhou com
altivez ou com superioridade para a mulher adúltera, como os
escribas, os fariseus e todos aqueles que vieram para apedreja-la.
Vemos isso nos versículos a seguir: “Erguendo-se Jesus e não
vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde
estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela:
Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te
condeno; vai e não peques mais.” Jo 8:10-11.
Como
vemos o nosso Senhor não a condenou, como os escribas e fariseus,
que eram o modelo, na altura, de conduta e que por isso achavam-se
melhores que os outros. Pelo contrário, o Senhor Jesus estendeu-lhe
a oportunidade de começar uma nova vida em vez de a condenar a
morte. Por isso devemos seguir o exemplo do Senhor Jesus, e não ter
um olhar altivo perante o pecador ou o mendigo.
Apesar
de ser Filho de Deus, Criador dos céus e da terra, de ter poder para
multiplicar pães e peixes, transformar água em vinho, o nosso
Senhor Jesus não vivia faustosamente na terra; mas sim como toda a
humildade, vivendo servindo aos outros em vez de ser servido. Em
Filipenses, está referido a forma como o Senhor Jesus esvaziou-se
da sua glória e se entregou na cruz do Calvário por amor a nós.
Podemos
ver isso a seguir: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a
forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido
em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até
a morte e morte de cruz.” Fp 2: 7-8. O esvaziamento do Senhor Jesus
permitiu que cumprisse obedientemente a vontade do Pai e que se
entregasse na cruz do Calvário por nós. Por isso devemos também
nos esvaziar, no nosso eu e das nossas prioridades.
Temos
a promessa de que Deus exalta a aqueles que se humilham, que se
reconhecem como pecadores e que se sujeitam a vontade de Deus Pai sem
se acharem superiores ao seu próximo. Deus Pai exaltou ao Senhor
Jesus depois de o nosso Senhor ter-se humilhado e de ter-se entregue
a morte no Calvário pela humanidade. Por isso o nosso Senhor Jesus hoje
está sentado a dextra de Deus Pai e tudo governa.
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