quinta-feira, 26 de março de 2015

O nosso coração: o cerne da santidade


Na Bíblia, o coração tem um papel muito importante na vida espiritual do homem, pois constitui tanto a mente, como a sede das suas emoções e vontades. O coração é descrito muitas vezes como a mente, o local onde o homem processa as informações captadas do exterior, e o órgão através do qual pensa e toma decisões.

Por isso, o livro de Provérbios descreve, que, o que mais importa ser guardado na vida do homem é o coração, pois é através dele que o homem pensa, raciocina, e toma todas as decisões importantes na sua vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” Pv 4:23.

O nosso Mestre reforça a importância do coração dizendo-nos que é do coração que procedem os maus pensamentos, as mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias e todas as atitudes que vão contra a Palavra de Deus. “Porque do coração procedem os maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias” Mt 15:19.

No nosso dia-a-dia, somos confrontados com diversas informações e contactamos com um mundo que tem uma forma de pensar e de agir diferentes da Palavra de Deus. Por isso devemos ter cuidado com o que olhamos e com o que ouvimos, para que não entrem ideias que sujem o nosso coração, fazendo-nos pensar de forma contrária a Palavra de Deus.

Deus salvou-nos para que fossemos santos e a nossa santidade passa por um coração puro, sem duplicidade. Devemos ser santos como o Senhor é Santo e ter um interior que Lhe agrade, pois Ele habita em nós através do seu Santo Espírito e não suporta o pecado. Portanto, para termos comunhão com Ele devemos ter um coração puro, ou seja, devemos ser santos como Ele é Santo.

Para preservarmos a santidade do nosso coração não devemos alimentar no nosso pensamento invejas, mágoas, rancores, ódios, ciúmes e maus pensamentos em relação ao nosso próximo. Quanto maior o número de pensamentos contrários a Palavra de Deus, maior é o nosso afastamento do ideal de Deus para o nosso coração. Deus deseja que sejamos meninos na malícia, e que não sejamos hipócritas, pensando mal do nosso próximo e agindo com falsidade.

A duplicidade nos pensamentos que temos em relação ao nosso próximo, em relação a Deus, é algo que desagrada ao nosso Mestre e origina uma caminhada com Deus inconstante. Por isso o apóstolo Tiago diz-nos: “homem de ânimo dobre, inconstante em seus caminhos.”Tg 1:8. Com dois tipos de pensamentos na sua mente, um de acordo com a Palavra de Deus e outra de acordo com a carne, o homem acaba por ter, por vezes, atitudes de acordo com a Palavra de Deus e outras, de acordo com a carne e com os critérios do mundo.

O nosso Deus aconselha-nos, através da epístola de Tiago, a limpar o nosso coração se constatarmos que temos um coração dobre, ou seja, com duplicidade. “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vos outros. Purificai as mãos, pecadores e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração.” Tg 4:8. Para limpar o nosso coração demos detetar as ideias da nossa mente que são contrárias e Deus remove-las, levando cativo cada pensamento contrário a Deus, e tomando as nossas atitudes de acordo com a Palavra do Mestre.

Para servirmos a Deus, para termos atitudes que louvam ao Mestre devemos ter o nosso coração puro e guardarmos o nosso coração de tudo o que possa contamina-lo. Servir o Mestre é segui-Lo, andando na Luz e cumprindo os seus mandamentos.” Se alguém me serve, siga-me, e, e onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.” Jo 12: 26.

O nosso Deus quer e ordena que O amemos com todo o nosso coração, com todo a nossa alma, e acima de todas as coisas. Por isso devemos purificar as nossas motivações, não fazendo a Sua vontade apenas para sermos vistos pelo homem, mas na plena vontade de agrada-lo, por gratidão e amor. “ Respondeu-lhe Jesus: amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” Mt 22: 37.

Devemos também amar ao nosso próximo ardentemente, da mesma forma como o Senhor Jesus nos ama, para agradar ao nosso Deus, pois este é um mandamento do nosso Mestre. “O meu mandamento é este: que vos ameis uns outros, assim como eu vos amei.”Jo 15:12.

Devemos entregar o nosso coração ao nosso Senhor, aceitar os seus caminhos, ou seja, os caminhos que Ele tem para as nossas vidas. Deus pede o nosso coração, e deseja que nós nos agrademos dos Seus caminhos “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” Pv 23:26. É necessário também perdoar a todos os que nos tenham ofendido para não sujarmos o nosso coração com amargura e para podermos ter a santidade que Ele deseja para nós.

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