quinta-feira, 19 de março de 2015

A última Páscoa


A última Páscoa descrita na Bíblia foi a última Páscoa celebrada por Jesus com os seus discípulos, foi também a noite em que Jesus foi traído. A festa dos pães asmos ou a Páscoa passou a ser, desde então, um símbolo da libertação do povo de Deus do pecado através do sacrifício do verdadeiro cordeiro Pascal, Jesus Cristo, o Filho de Deus.

Na sua última ceia com os discípulos, antes de ser sacrificado o Senhor, institui uma nova, e mais significativa ceia, a celebração da Sua morte e ressurreição. Com esta noite, terminou a dispensação judaica e iniciou-se a fase da nova aliança no sangue de Jesus, a fase da Graça.

O Senhor Jesus, o nosso Mestre tinha tido ansiosamente vontade de comer a Páscoa com os discípulos, e por isso, o nosso Deus conduziu os preparativos da comemoração, indicando aos discípulos onde deveriam dirigir-se para preparem a festa da Pascoa. Este momento era de extrema importância, tinha sido o objetivo da vinda de Jesus á terra, e finalmente chegara a hora em que o nosso Senhor seria entregue como sacrifício, para perdão dos nossos pecados.

Nesta importante noite, o Senhor Jesus instituiu a Santa Ceia, ensinando-nos a comer da Sua carne e a beber do Seu sangue, pois o seu sangue é o sangue da nova aliança, derramado em favor de nós. “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” Mt 26: 26-28.

Devemos por isso tomar a Santa Ceia para sermos obedientes ao Senhor, pois o nosso Mestre mandou-nos fazer isso em memória Dele (1 Co 11:24), como forma de confessarmos que somos salvos e perdoados pelo sangue de Jesus. É importante que tomemos a Santa Ceia, para termos comunhão com Cristo e com o seu corpo, ou seja, com os outros crentes. Quando tomamos a santa ceia celebramos a comunhão do sangue e do corpo de Cristo (1Co 10:16).

O nosso Senhor, o Cordeiro de Deus, merce toda a nossa honra e todo o nosso louvor, pois Ele deu-se em sacrifício vicário por nós pecadores, e padeceu em nosso lugar, para que fossemos perdoados e gozássemos a vida eterna. ”e entoavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abri-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, (…) Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” Ap 5: 9, 13.

O nosso Senhor, foi prepara-nos lugar no céu, e voltará para buscar a sua Igreja, por isso devemos alegrar-nos e animar-nos com essa gloriosa esperança. Devemos também estimular-nos a viver de forma que agrade ao nosso Mestre, para que estejamos prontos para a sua vinda. Quando o Senhor voltar, o Senhor exigirá prestação de contas das nossas vidas. Cada vez que tomamos a Santa Ceia anunciamos a morte do Senhor Jesus, e devemos fazer isso até que o Senhor venha buscar a Igreja (1Co 11: 26).

A noite em que Jesus foi traído foi, então, a última Páscoa descrita pela Bíblia, e marca o início da nova aliança, no sangue de Jesus e, assim, a Páscoa deixa de ser a celebração da proteção do povo de Deus pelo sangue do cordeiro imolado, que impediu os primogénitos de Israel de serem mortos, e passa a ser a celebração da proteção do povo de Deus pelo sangue do verdadeiro cordeiro Pascoal, o Senhor Jesus, o Filho de Deus, que foi sacrificado em lugar de todos os pecadores, dando-nos acesso a vida eterna.

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