terça-feira, 1 de maio de 2018

A parábola do rico insensato

A Bíblia e a história da humanidade mostram-nos que e em todas as épocas tem havido uma tendência para acreditar que a felicidade é conseguida através das riquezas. Jesus Cristo, é a imagem do Pai Celeste, e enquanto esteve na terra demonstrou de várias formas que as riquezas não consistem no melhor bem que o homem pode possuir.

Em certa ocasião Jesus ensinou a multidão que o seguia, que nem a vida de uma homem nem o seu sucesso são traduzidos pela quantidade de bens que possui. Este ensino foi feito foram porque um homem recebeu uma herança e não quis repartir a mesma com o seu irmão. O irmão que sentiu-se prejudicado pediu a Jesus ajuda para que Jesus dissesse ao irmão que lhe desse a parte da herança que teria direito.

Nos versículos a seguir vemos a descrição da situação: “Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou repartidor entre vós? Lc 12:13-14.

O irmão que não quis repartir a herança mostrou avareza. Amou de tal forma aquilo que tinha herdado que não queria deixar-se convencer por ninguém a dar ao seu irmão uma parte da herança. Esse seu gesto mostrou que dava grande importância as riquezas e que que colocava nelas a sua esperança de felicidade. Jesus vendo essa situação recomendou: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui.” Lc 12:15

Tem existido sempre a tendência de acreditar que quanto mais se possui mais feliz se será na terra. Esse pensamento leva não só a cobiça como também a avareza. Por um lado, as pessoas cobiçam aquilo que os outros possuem pensando que se tivessem o mesmo seriam felizes. Por outro lado, outras pessoas não querem compartilhar aquilo que têm porque acham que se partilharem serão menos felizes.

Para explicar a insignificância para Deus, da quantidade de bens que um homem pode possuir, Jesus contou a parábola do rico insensato. Esta parábola pode ser lida nos versículos a seguir: “E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstituí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. Então direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lc 12: 16-20.

Deus não avalia as pessoas pela quantidade de bens que elas possuem mas sim pelos seus corações. O homem rico da parábola demonstrou avareza; demonstrou amar as riquezas e colocar nelas a sua esperança de felicidade. O amor ao dinheiro impediu-o de amar as pessoas a sua volta e fez dele um homem pobre para Deus. A pobreza de um homem para Deus é quando alguém possui recursos mas não partilha o que tem com os outros e só se preocupa consigo.

Para além de outras coisas, se uma pessoa é avarenta não tem lugar no céu. O amor ao dinheiro é uma desobediência aos mandamentos de Deus; entre outras coisas é uma forma de idolatria. Por isso é uma insensatez para um homem preocupar-se em ajuntar riquezas e não preocupar-se com o destino da sua alma. Por isso Jesus nos diz: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.”Lc 12: 21.

A vida eterna é o mais importante na vida do homem. O que pode valer a um homem ter o mundo inteiro mas não ter a vida eterna? Deus ensina-nos a pedir-Lhe e a trabalhar para o pão de cada dia. Deus ensina-nos a não nos preocupar-nos em acumular riquezas mas a buscar o que precisamos para cada dia. A preocupação em acumular de riquezas faz com que o homem ame os bens que possui e que deixe-se de preocupar com Deus e com o seu próximo. Por isso devemos ouvir ao nosso Mestre e fugir de toda e qualquer cobiça ou avareza.

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