Quando
alguém se converte e aceita Jesus como Senhor e Salvador Deus atua
com o seu Santo Espírito e opera a regeneração. Naquele momento em
diante essa pessoa torna-se num filho de Deus, justificado dos seus
pecados pelo sangue de Jesus Cristo. Por outras palavras essa pessoa
sofre um novo nascimento e é por isso uma criança na fé.
No
tempo do ministério de Jesus alguém ficou impressionado pelos
milagres de Jesus e procurou o Mestre afirmando que Deus certamente
estaria com Jesus para que Ele fizesse tamanhos sinais. Esse homem
era um fariseu e chamava-se Nicodemos. Jesus apercebeu-se que
Nicodemos estava a interrogar-se sobre a entrada no reino de Deus
respondeu-lhe o seguinte: “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.” Jo 3:3.
Jesus
mostrou a Nicodemos que era necessário um novo nascimento para
entrarmos no Reino de Deus. Esse nascimento é operado em nós
através do Espírito Santo. Depois de nascermos de novo precisamos
então de crescer em maturidade espiritual da mesma forma que um
recém nascido precisa de crescer e tornar-se num adulto.
A
Bíblia fala da necessidade de crescermos espiritualmente. Mas como
temos uma mentalidade já formada antes da conversão, temos de purificar a nossa mente
como vemos no versículo seguinte: “Despojando-vos, portanto, de
toda a maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda a sorte de
maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas,
o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para a salvação,” 1Pe 2:1-2.
Nesse
crescimento a Palavra de Deus tem um papel fundamental porque é
através da Palavra que sabemos o que Deus acha correto e o que Deus
abomina. Através da meditação da Palavra de Deus podemos conhecer
o coração de Deus e crescer espiritualmente como nos disse o
apóstolo Pedro. Se não sofremos esse processo de crescimento
mantemos um comportamento de crianças em Cristo ou seja mantemos um
comportamento carnal desagradável a Deus.
O
apóstolo Paulo quanto escreveu a primeira carta aos coríntios conta
que não consegui pregar para os coríntios como desejava porque eles
mostravam ainda ser carnais, ainda mostravam imaturidade espiritual.
Vemos as palavras do apóstolo Paulo a seguir: “ Eu, porém,
irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a
carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos
dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem
ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.” 1Co 3:1-3.
Essa
imaturidade revelava-se em atitudes como dissensões, invejas entre
os irmãos da igreja de Corinto. “Porquanto, havendo entre vós
ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo
o homem?” 1Co 3:3. Deus não deseja que o cristão estacione no
primeiro estágio da vida espiritual. Deus não deseja que sejamos
sempre crianças em Cristo.
Pelo
contrário, Deus deseja que cresçamos em maturidade espiritual e que
o nosso carácter se vá assemelhando cada vez mais ao do nosso
Mestre Jesus Cristo ou por outras palavras até chegarmos a idade
adulta espiritual. “até que todos cheguemos à unidade da fé e do
pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à
medida da estatura da plenitude de Cristo,” Ef 4:13.
Paulo
como pai na fé dos cristão da igreja na Galácia ao ver que os
cristãos estavam a desviarem-se da verdade, passou a orar novamente
por eles para que crescessem espiritualmente e para que Cristo fosse
formado neles. “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de
parto, até ser Cristo formado em vós;” Gl 4:19. Hoje, Pai Celeste
deseja também que Cristo esteja formado em nós, e que na nossa
forma de pensar, sentir e agir sejamos semelhantes a Cristo.
Pelo desejo do Pai Celeste de transformar-nos até que Cristo seja formado em nós, devemos lutar para colaborar com o Espírito Santo nesse importante
plano de Deus para as nossas vidas. Temos de nos lembrar que Deus
deseja que, como seus filhos, nos assemelhemos a Ele e
consequentemente ao seu Filho Jesus. Como filhos devemos agradar ao nosso Pai Celeste.
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