terça-feira, 30 de maio de 2017

Tenha fé em Deus


A fé cristã hoje está espalhada por todo o mundo, contudo as gerações mais novas têm um conceito errado de fé e pensam que a fé é apenas acreditar que Deus existe. Contudo, ao longo da Bíblia podemos ver que a fé é algo muito mais profundo, que envolve uma crença inabalável em Deus e que é independente das circunstâncias.


A fé cristã como podemos ver pelo testemunho dos primeiros apóstolos de Jesus Cristo é acreditar que Jesus Cristo é o Filho do Deus vivo que deu a sua vida para perdão dos pecados da humanidade. A fé cristã condicionou todas as atitudes dos apóstolos, pois por acreditarem em Deus, tiveram temor ao Seu nome e viveram para obedece-Lo e para agrada-Lo.


A fé leva aos cristãos prostrarem-se perante Deus, em reconhecimento que a vida já não é deles mas sim de Deus Pai, porque Jesus Cristo os comprou com o seu sangue. O apóstolo Paulo, por exemplo, pela sua fé em Jesus Cristo, dedicou toda a sua vida a propagar o evangelho da Graça, e amar a Deus.


A fé de Paulo demonstrava-se em obras, não era uma emoção que vacilava consoante as circunstâncias fossem boas ou más. A fé de Paulo, ou seja o seu ato de acreditar e de confiar em Deus, fazia com que Ele não se preocupasse com a sua vida, mas sim em cumprir o ministério que recebera de Jesus Cristo. Vemos isso no versículo a seguir: “Porém em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” At 20:24.


Outro exemplo de um homem que tinha fé em Deus era Abraão, como nos relembra o autor da epístola aos hebreus. Abraão é considerado ao pai da fé, pois foi aquele que ouvindo a voz de Deus e a promessa de receber uma terra, por herança, que mana leite e mel, obedeceu a Deus, deixando a casa da sua parentela e foi para um lugar que não conhecia, apenas confiando na voz de Deus.


Vemos isso no versículo a seguir: “Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber onde ia.” Hb 11:8. Vemos que a fé que Abraão tinha traduziu-se na sua atitude de confiança e obediência a Deus. A fé quando não é exteriorizada, expressa em atitudes, está adormecida, como que morta e tem de ser despertada.


O apóstolo Tiago diz-nos isso na sua epístola como vemos a seguir: “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas se não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salva-lo?(...) Queres, pois ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? Não foi por obras, que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,” Tg 2:14,20-22.


A fé leva-nos a ter um relacionamento com Deus, de Pai-filho e ao mesmo tempo, Senhor- servo. Por um lado sentimos o seu amor e cuidado de Pai e vivemos para obedece-Lo porque nos sentimos seguros nos seus braços; por outro lado, apercebemos que Somos propriedade de Deus e que a nossa existência tem como objetivo adora-Lo e servi-Lo.


Em tudo o que fazemos, demonstramos a nossa fé no fato de Deus ser o nosso Pai, e que como Pai, cuida de nós e nos ama. Por isso sem acreditar em Deus, sem ter confiança em Deus, as nossas atitudes já não têm o mesmo aroma suave de adoração. Por isso, sem fé é impossível agradar a Deus, como vemos no versículo a seguir: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” Hb 11:6.


Como filhos de Deus, podemos também crescer em estatura, em maturidade em direção a semelhança com Cristo Jesus. Por isso, podemos crescer na fé, na confiança em Deus. O Espírito Santo é aquele quem nos ajuda a crer e a confiar em Jesus Cristo e no Pai Celeste, e por isso podemos procurar o seu auxílio em oração e nas nossas atitudes no dia a dia. Por outro lado, a fé aumenta quando ouvimos e meditamos na Palavra de Deus. Podemos voluntariamente procurar crescer na fé, e ao mesmo tempo contar com a ajuda do Espírito Santo para que esse crescimento se dê.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sede meus imitadores


O apóstolo Paulo em várias cartas aconselhou as várias igrejas que fossem seus imitadores na sua fé e na sua vida para Deus. Hoje o apóstolo Paulo continua a ser uma referência para os cristãos pela forma como se entregou a Jesus Cristo e dedicou a sua vida inteiramente a propagação do evangelho.


No versículo a seguir vemos, o conselho de Paulo como pai da fé de muitos cristãos, perante a soberba de alguns cristãos da igreja de Corinto. “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.” 1Co 4:11. Paulo era um discípulo fiel de Cristo, e tinha como referência e modelo de comportamento o próprio Senhor Jesus, que era humilde e manso de coração.


A igreja de Corinto demonstrava pouca espiritualidade no seu comportamento uns com os outros; pois havia ciúmes e contendas entre eles. Eles gloriavam-se nos homens e na sabedoria que tinham a ponto de se ensoberbecerem um em detrimento do outro. Por isso, Paulo relembra-lhes do seu próprio modo de agir, da sua humildade no comportamento com os outros irmãos.


A Igreja de hoje, pode receber também a admoestação de Paulo, e procurar ser imitadora dele, pois ele demonstrou em vários aspetos ser um servo fiel de Deus, dedicado a Igreja de Cristo. Ele era um verdadeiro discípulo, reconhecido por aqueles que tinham andado com Jesus, como Pedro e Tiago, pois o próprio Senhor Jesus lhe aparecera e entregou-lhe o evangelho pessoalmente.


A primeira coisa que podemos salientar do comportamento de Paulo é que ele não fixava a sua atenção nas coisas materiais, que os olhos podem alcançar, mas sim para as coisas celestiais, aquelas que os nossos olhos não conseguem ver porque sabia que as coisas que se veem são temporárias, e as que não se veem são eternas. Vemos isso no versículo a seguir: “não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que não se veem são eternas.” 2Co 4: 18.


Paulo sabia que era muito melhor estar no céu do que estar vivo na terra, e considerava que enquanto estava vivo estava ausente do Senhor. Esse conhecimento fazia com que ele tivesse bom ânimo perante as dificuldades que passava, porque ele vivia para estar com Jesus e gozar das coisas celestes. Paulo diz-nos isso no versículo a seguir: “Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; visto que andamos por fé e não pelo que vemos.” 2Co 5:6-7.


Para além de ter bom ânimo, Paulo demonstrava ser um exemplo na pureza, na longanimidade, na bondade para com os outros, e no amor não fingido. Por isso ele recomendava-se a si próprio como podemos ler no versículo a seguir: “Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias(...) na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido.” 2Co 6:4,6. Essas qualidades devem ser cultivadas e buscadas em Deus pelos cristãos de hoje também.


O nosso Mestre, o Senhor Jesus era o dono da vida de Paulo e ele vivia para Deus e esforçava-se para agradar ao Senhor Jesus. Paulo esforçava-se por conquistar todo o tipo de pessoas para Jesus Cristo. Ele não considerava as dores e os sofrimentos por que passava, porque o mais importante da sua vida era Jesus Cristo e o Evangelho.

No versículo a seguir vemos as palavras de Paulo sobre isso: “É por isso, que nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes para lhe sermos agradáveis.” 2Co 5: 9. Tudo o que fizesse por amor a Cristo, seria recompensado quando estivesse perante o tribunal de Cristo.
Paulo tinha a plena consciência de que Jesus Cristo tinha morrido por todos nós para que nós, os cristãos, já não vivêssemos para nós mesmos, mas sim para Jesus Cristo. É de grande importância termos a consciência que já não somos de nós mesmos, que agora somos de Jesus e que devemos viver para Ele, para fazer a sua vontade.
O egoísmo e a soberba, são totalmente condenáveis; os cristãos não podem pensar apenas em si mesmo, mas em Jesus Cristo e no próximo. Vemos isso no versículo a seguir: “Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2 Co 5:15.

Ao longo da sua caminhada cristã, Paulo esforçou-se para ser cooperador de Jesus Cristo. Paulo lutava a cada dia para proclamar o evangelho, e anunciar a salvação que há em Jesus Cristo, da mesma forma que o Mestre fez. Ele lutava para fazer crescer a Igreja de Cristo, fazendo viagens missionárias.

A Graça da Salvação e o dom da Presença do Espírito Santo na sua vida não foram recebidos em vão; Paulo esforçou-se para ser um servo diligente e trabalhar muito para o seu Senhor. Por isso ele disse o seguinte a igreja em Corinto: “E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus.” 2Co 6:1

Apesar de ser um pai da igreja e exemplo para outros cristãos, Paulo não considerava que já tinha alcançado a perfeição; mas prosseguia diariamente para conquistar a vida eterna que Jesus Cristo lhe ofereceu. “Não que eu já tenha já recebido ou já tenha obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.” Fp 3:12.

Paulo não fixava o seu olhar no passado, naquilo que tinha feito de bom ou mal. Pelo contrário, ele esquecia-se das coisas que ficavam para trás e avançava para as coisas que tinha diante de si e prosseguia para o alvo, para o prémio da vocação de Deus em Cristo Jesus como vemos a seguir: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3:13-14.
A Igreja de Cristo era o objeto da dedicação e amor do apóstolo Paulo. Ele cuidava exemplarmente do rebanho que lhe tinha sido confiado por Deus e mesmo ausente cuidava das ovelhas de Cristo, escrevendo cartas para exortar os cristãos a seguirem o modelo do Senhor Jesus, que ele próprio imitava. At 20: 20,27.

A vida de Paulo era totalmente dedicada a Deus e ele vivia para cumprir a sua carreira e o ministério que tinha recebido de Jesus Cristo para testemunhar o evangelho da graça. Vemos isso a seguir: “Em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus.” At 20: 24.
Devemos imitar a dedicação de Paulo a Deus e a sua Igreja, preservando para cumprir o ministério que recebemos do Senhor Jesus, sendo testemunhas do Evangelho da Graça.
É importante esforçarmos para desenvolvermos a humildade, a longanimidade, e o amor pelo próximo. Nas nossas mentes devem estar sempre a ideia de que a vida eterna e tudo o que Deus tem para nós é incomparável as coisas desta terra e por isso devemos ter bom ânimo nas aflições pois estaremos para sempre com o Senhor no céu.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Por amor do Seu Nome


O nome de Jesus Cristo é o nome mais sublime na terra e no céu; e é o único nome pelo qual o homem pode ser salvo. Muitos discípulos da igreja primitiva, tudo fizeram e sofreram pelo nome do Senhor Jesus. Hoje na Igreja de Jesus, temos os mesmo desafio de levar este nome para o mundo que não O conhece e naturalmente sofrer, o que for necessário pelo nome do Senhor Jesus.


Ao longo do Novo Testamento, os cristãos são exortados de que levar o nome do Senhor Jesus tem as suas consequências, que podem trazer sofrimentos, mas que se perseverarmos até ao fim teremos a recompensa, seremos salvos. Para além da salvação, existem outras recompensas, nesta vida na terra, como a presença do Espírito Santo nas nossas vidas para nos guiar, e a paz e o amor de Deus.


O nosso Senhor Jesus, avisa-nos que o facto de levarmos o nome do Senhor Jesus e de seguirmos os seus princípios pode trazer ódio de pessoas a nossa volta. O ódio traduz-se em atitudes más contra o cristão que é odiado, mas é necessário um olhar de perdão para com as pessoas que nos odeiam e perseverar em seguir ao Senhor como nos diz o versículo a seguir: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mt 10:22.


Por isso, os cristãos têm de estar de sobreaviso, pois podem surgir provações, tribulações diversas por causa do ódio de outras pessoas. Isso significa que têm de estar prontos a sofrer pelo nome de Jesus. Os apóstolos da Igreja primitiva depois do revestimento com o Espírito Santo, ficaram prontos a sofrer pelo nome do Senhor Jesus e ficavam alegres, depois de padecerem maus tratos, pois tinham sido achados dignos de sofrer pelo nome de Jesus.


Vemos isso, quanto os apóstolos foram presos, por estarem a pregar o nome do Senhor Jesus na sinagoga. Mas, um anjo do Senhor Jesus libertou-os e mandou-os ir novamente a sinagoga e pregar o nome do Senhor Jesus. Quando os sacerdotes do sinédrio souberam, que eles estavam novamente na sinagoga pregando o nome do Senhor Jesus, ameaçaram-nos para que não pregassem mais esse Nome e lhes deram muitos açoites.


No versículo a seguir vemos a reação dos discípulos depois de serem ameaçados: “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos a vós outros do que a Deus; pois não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera.” At 4: 19-21.


Os cristãos hoje, devem seguir o exemplo dos cristãos primitivos e deixar tudo o que for preciso por causa do nome do Senhor Jesus. Certas pessoas, não acreditam em Deus e não estão dispostas a viver o que nos ensina o Senhor Jesus; por isso é preciso afastar-nos das amizades que possam fazer-nos afastar de Deus.


Na Igreja primitiva, os apóstolos para poderem falar do nome do Senhor Jesus noutras regiões tiveram de deixar para trás muitas coisas, inclusive a família. Mas, o nosso Senhor Jesus diz-nos que todos que deixaram para trás alguma coisa por amor ao Seu nome de Jesus recompensados.


Vemos isso no versículo a seguir: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe (ou mulher), ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna.” Mt 19:29.


A Igreja foi feita para adorar e louvar o nome do Senhor Jesus, e quando os cristãos se reúnem no nome do Senhor, mesmo que sejam dois ou três, o Senhor Jesus se faz presente no meio deles. Vemos isso no versículo a seguir: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Mt 18:20. Devemos perseverar em nos reunirmos no nome do Senhor Jesus, nos cultos de estudo Bíblico e de oração.


Os cristãos devem também amar ao próximo por amor ao nome do Senhor Jesus; principalmente aqueles que se encontram desamparados e necessitados de alimento físico ou espiritual, e de outras coisas necessárias ao dia a adia. Sempre que ajudarmos alguém, é como se estivéssemos a fazer esse bem ao próprio Senhor Jesus e Ele nos recompensará quando chegarmos ao céu.


O nosso Mestre diz-nos isso no versículo a seguir: “O Rei, respondendo lhes dirá: Em verdade vos afirmo, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” Mt 25: 40. Os cristãos devem amar o nome do Senhor Jesus e isso deve traduzir-se em levarem o nome do Senhor Jesus para aqueles que não conhecem.


 
Existem outras coisas que demonstram o nosso amor pelo nome do Senhor Jesus como o renunciar a tudo o que nos afasta de Jesus. Da mesma forma, quando perseveramos em seguir o nosso Mestre também estamos a amar o nome do Senhor Jesus. No mundo existem muitas coisas que são necessárias, mas os cristãos devem perseveram em reunir-se com os outros cristãos em cultos. O amor ao nome do Senhor Jesus também deve levar os cristãos a cuidarem dos necessitados, pois Deus deseja que amemos ao nosso próximo.
 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Tornando-vos modelo do rebanho


A Bíblia ensina-nos que aspirar ao episcopado é desejar excelente obra. Mas é necessário que aqueles que desejam o episcopado e tornarem-se líderes ou presbíteros da igreja sejam modelos para o rebanho de Jesus Cristo. Uma vida de íntima comunhão  com Deus é necessário para aqueles que desejam ajudar outras pessoas a seguir a Cristo. A comunhão com Deus reflete-se nas atitudes que são visíveis aqueles que estão a volta dos líderes da igreja.

O apóstolo Pedro aconselha aos presbíteros da igreja a conduzirem as pessoas da igreja não como dominadores mas sim, conduzirem as pessoas tornando-se modelo da conduta cristã. Vemos isso a seguir: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-se modelos do rebanho.” 1Pedro 5:2-3.
 
A forma mais fácil de conduzir um rebanho é ser modelo para o mesmo, pois as pessoas tendem a imitar os líderes da igreja. Foi sobre esse assunto que apóstolo Paulo abordou  na carta que dirigiu a Timóteo, um discípulo a quem ele estava a preparar para ser pastor da igreja. A ele, Paulo aconselha a ser padrão ou modelo dos fieis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.
 
Podemos ver as palavras de Paulo no versículo a seguir: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” 1Tm 4:12. Paulo reforça a necessidade de que os pastores e os presbíteros da igreja devem ser padrão para os fieis, mas explicita em quê devem ser padrão. Esses elementos citados por Paulo são fundamentais na vida cristã.

A palavra de Deus é a nossa base; é o fundamento da nossa fé. Conhecendo a Palavra de Deus podemos viver a fé em Jesus Cristo. O procedimento do cristão deve ser baseado nos ensinamentos do Senhor Jesus e deve ser conduzido pelo Espírito Santo; por outras Palavras os presbíteros devem conhecer bem a Palavra, andar no Espírito e afastarem-se das coisas da carne.
 
O amor reflete o coração de Deus e a motivação de tudo o que o Senhor Jesus e o Pai Celeste fizeram por nós. Os cristãos devem ser motivados pelo amor e os presbíteros e pastores devem dar exemplo de como se deve deixar mover pelo amor a Deus e pelo próximo. A fé, também é importante, porque capacita-nos a andar de forma cristã mesmo sem ver fisicamente o que acreditamos.

A fé, faz-nos andar em direção a pátria celestial e viver a Palavra de Deus. A fé é confiar e temer o nome do Senhor Jesus. Por outro lado num mundo tão corrompido e tendo em conta a presença do Espírito Santo nas nossas vidas, é preciso pureza, nas nossas atitudes, na nossa forma de pensar e de sentir a vida. Por isso, os presbíteros e pastores também devem ser modelo de fé e de pureza para o rebanho do Senhor Jesus.
 
O modelo da fé cristã é o nosso Senhor Jesus Cristo, e por isso ao seguir os passos do nosso Mestre, os que desejam tornarem-se presbíteros da igreja podem também tornarem-se modelos para o rebanho do nosso Senhor Jesus Cristo. Isto porque o nosso Mestre é o nosso modelo de obediência e de confiança no Pai Celeste.

Ao mesmo tempo o nosso Senhor Jesus sempre se mostrou dedicado ao estudo da Palavra; e mesmo em criança causava admiração aos mestres da lei pelo seu conhecimento e sabedoria. No seu procedimento o nosso Senhor Jesus foi sempre irrepreensível, sempre manso e humilde e nas suas palavras nunca se achou dolo algum.
 
No amor, sem dúvida não haverá maior exemplo de amor do que o do Senhor Jesus na terra, pois Ele deu a sua vida por amor de toda a humanidade. Na fé e na pureza também não temos exemplo igual. Por isso o conselho de Paulo a Timóteo pode ser seguido por todos aqueles que desejam servir a Igreja, porque temos o nosso Senhor Jesus como exemplo e o Espírito Santo como aquele quem nos capacita a seguir o nosso Mestre.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

A porta fechada


Depois da morte de Jesus Cristo os discípulos ficaram com medo do que lhes pudessem fazer, por causa do nome do Senhor Jesus. Por isso eles esconderam-se; e mesmo depois de Maria Madalena ter-lhes contado que Jesus ressuscitara eles continuaram receosos. Mas, numa tarde de domingo, enquanto os discípulos reuniam-se cheios de medo, o nosso Senhor Jesus apareceu-lhes.


As portas da casa estavam trancadas, para que ninguém pudesse entrar; mas para Jesus não há nada que possa impedir o seu Poder e Ele entrou na casa e pôs-se no meio dos discípulos e confortou-lhes. Vemos isso no versículo a seguir: “Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco.!” Jo 20:19.


Os discípulos tinham seguido de forma entusiasmada o Senhor Jesus; mas Ele tinha sido preso e morto; e agora os judeus pretendiam fazer o mesmo aos seguidores do Mestre. Os discípulos estavam confusos, sem saber o que fazer pois não viam forma de continuar proclamando os ensinamentos do Mestre num ambiente de tanta hostilidade. Jesus veio ao encontro dos seus corações assustados e cheios de receio e disse: a Paz seja convosco.


Contudo, os planos de Deus são maiores do que os dos homens; e nada pode impedir os planos de Deus de se realizarem. Jesus veio a eles e lhes ordenou que fossem ao mundo da mesma forma que o Senhor tinha ido ao encontro das necessidades do mundo e que fizessem aquilo que Ele lhes tinha ensinado. No versículo seguinte vemos a direção do Mestre ao discípulos: “Disse-lhes, pois Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.” Jo 20:21.


No meio do desespero, de uma total desesperança os discípulos receberam a orientação do Filho de Deus sobre o que deveriam fazer e receberam a esperança do revestimento com o Espírito Santo: “E havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Jo 20: 22. Jesus soprou sobre eles o Espírito Santo o que terá sido o antegozo do derramamento do Espírito Santo.


Os discípulos provavelmente tinham sentido que a porta para a vida deles, como discípulos do Senhor, tinha-se fechado, que eles iram morrer nas mãos dos judeus e que o sonho de proclamar o nome do Senhor Jesus tinha acabado. Mas para Jesus não há portas fechadas. Jesus entrou por uma porta fechada, numa situação em que os discípulos eram procurados para serem torturados e mortos, e os animou.


A morte não tinha detido o Senhor Jesus: Ele tinha ressuscitado! Apesar de tudo o que sofrera e de ter sido sepultado, naquele momento o Senhor estava no meio deles para dizer que fossem ao mundo e que fizessem o que tinham visto o Senhor Jesus a fazer. No versículo a seguir vemos como os discípulos se alegraram ao verem ao Senhor Jesus: “E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto os discípulos ao verem o Senhor.” Jo 20:20.


Na nossa vida por vezes algumas portas ficam fechadas, mas o Senhor Jesus é aquele que entra através dessas portas fechadas para nos dar alento, para nos dar direção. O Senhor Jesus é aquele que ressuscitou e por isso não precisamos de temer a morte e as dificuldades, pois para o nosso Mestre não obstáculos.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Amanhã o Senhor fará maravilhas


A Bíblia mostra-nos que quando queremos ver a manifestação do poder de Deus, devemos santificar-nos. Da mesma forma, quando queremos que Deus opere maravilhas através de nós devemos santificar-nos. Este requisito deve-se pelo facto de Deus ser Santo e não gostar do pecado.


Da mesma forma como o povo de Israel estava dependente da direção de Deus e do Seu poder para poder conquistar a terra prometida, hoje também precisamos de Deus e do poder do seu Espírito para realizar a vontade de Deus e para ver concretizadas as promessas que Deus nos deu.


José, sabendo que Deus iria manifestar o seu Poder e fazer com que o povo passasse o rio Jordão, ordenou que se santificassem para estarem em condições de ver as maravilhas que Deus iria operar. No versículo seguinte vemos as palavras de Josué: “Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.” Js 3: 5.


Da mesma forma hoje, se queremos ver o poder de Deus, devemos santificar-nos e ter em atenção que o Espírito de Deus que está em nós é Santo, e que se desagrada de todas as manifestações de maldade, ódio, inveja tanto no nosso coração como nas nossas atitudes. Somos o santuário do Santo Espirito de Deus como nos diz o apóstolo Paulo no versículo a seguir: “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos o santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” 2 Co 6:16.


A santificação não se efetua apenas evitando fazer aquilo que Deus não gosta, mas sobretudo fazendo o que agrada a Deus e o que está de acordo com o Seu coração. Deus deseja que utilizemos tudo o que somos como instrumentos de justiça, ou seja, para realizar a sua vontade. “nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurectos dentro os mortos, e os vosso membros a Deus, como instrumentos de justiça.” Rm 6:13.


A Palavra de Deus nos ensina o que devemos fazer para a agradar a Deus e quando colocamos em prática assumimos a atitude se servo: vivemos para agradar ao Senhor e para obedecer as suas ordens. Por outras palavras a santificação é colocar-se a disposição do Senhor para realizar a Sua vontade, da mesma forma como o Senhor Jesus se colocou a disposição do Pai Celeste para fazer a Sua vontade.


Na epístola aos hebreus vemos como Jesus Cristo, o Messias que havia sido anunciado pelos profetas, se pôs a disposição do Pai Celeste para fazer a sua vontade:” Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer ó Deus a tua vontade.” Hb 10:7


A santificação é em resumo, seguir os passos do Senhor Jesus e servi-Lo, servindo de instrumento para abençoar aqueles que estão a nossa volta. Como instrumentos que somos, nas mãos de Deus, nada podemos fazer por nós mesmos e temos que estar em condições para que o Espírito Santo possa usar-nos para abençoar outras pessoas e para que Deus possa realizar as suas promessas para a nossa vida. Por isso, se queremos ver o poder de Deus e as suas maravilhas devemos santificar-nos.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Estar em fraqueza


O nosso Senhor Jesus morreu mesmo antes de o termos conhecido e aceite como nosso Senhor e Salvador. Antes de termos consciência do pecado e da condenação eterna que merecíamos o Senhor Jesus já tinha morrido por nós. Nessa altura ainda eramos fracos, pois estávamos sujeitos a todo o tipo de pecado e de toda a influência das trevas.


Antes de nós conhecermos o nosso Senhor Jesus, Ele já nos tinha conhecido e amado e já tinha se entregue por todos os nossos pecados. Por isso, temos a garantia de que depois de termos conhecido o Senhor Jesus e de termos aceite a sua salvação seremos salvos da ira de Deus, contra o pecado.


Isto, é o que nos diz o apóstolo Paulo na sua epístola aos romanos, como vemos a seguir: “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.(...) Mas Deus prova o seu próprio amor para connosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rm 5: 6,8.


Hoje, apesar de termos em nós o Espírito Santo, podemos estar em fraqueza, devido a alguma situação de pecado na nossa vida. No nosso dia a dia vemos o quanto é difícil fazermos certas coisas quando estamos com fraqueza devido a alguma situação banal como uma gripe, ou por outras situações mais graves.


Quando estamos com fraqueza não temos forças para fazer as coisas, e se a fazemos, fazemos com dificuldade. Na nossa vida espiritual também podemos estar em fraqueza, por causa de algum pecado que repetidamente cometemos, ou por causa de alguma situação que o Espírito Santo revelou a nossa vida que deveríamos concertar mas ainda não concertamos.


O apóstolo Pedro caiu em fraqueza e fez aquilo que nunca pensou que era capaz de fazer: negou o Senhor Jesus três vezes, horas depois de o Senhor ter sido preso e levado pelos principais sacerdotes para a casa de Caifás o sumo sacerdote. Depois de ter caído em pecado, Pedro ficou desanimado, sem convicção de que conseguiria fazer aquilo que se tinha comprometido fazer, que era capaz de seguir o Senhor Jesus até a morte.


O pecado tira a força do cristão, ou seja, tira a sua vitalidade, o ânimo para fazer certas coisas para Deus, como louvar a Deus, ler a Bíblia, estar com os irmãos na igreja. O pecado torna-nos vulneráveis aos ataques de Satanás e as tentações. Por isso devemos afastar-nos de pecado, e sobretudo vigiar em todas as circunstâncias, porque somos falhos, e a carne, que está em nós, é fraca como nos diz o nosso Mestre: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mt 26:41.


O Nosso Mestre, sabe das nossas fraquezas, e nos perdoa. O Senhor Jesus não julgou a Pedro por ele o ter negado depois de ressuscitar, mas perguntou a Pedro se ele O amava. Deus exige apenas o nosso amor por Ele. Pedro afirmou a Jesus que O amava e em resposta Jesus ordenou-lhe que pastoreasse as sua ovelhas, que pastoreasse aqueles que criam no Seu nome. Jo 21:15-17.


A Bíblia refere outro tipo de fraqueza, que não advém do pecado mas sim da impotência perante as situações difíceis, as vezes causadas por situações de doença, por dificuldades financeiras e outras situações. Essa fraqueza pelo contrário trás dependência da pessoa de Deus e abre espaço na nossa vida para que o Espírito Santo possa tomar dirigir-nos e fazer aquilo que nós não podemos fazer.


O apóstolo Paulo, relata-nos na sua epístola aos coríntios que passou por tantas dificuldades, e que quando estava fraco devido as situações que o debilitavam então, estava forte, porque o Espírito Santo operava por ele fazia o que ele não podia fazer; e fazia muito mais além do que podia imaginar. Deus em resposta a um pedido de Paulo por causa de um espinho que tinha na carne, afirmou-lhe que o Poder se aperfeiçoava na fraqueza.


Vemos isso a seguir: “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque quando sou fraco, então, é que sou forte.” 2Co 12: 9-10.


Paulo sentiu o Poder de Deus a fortalece-lo, a capacita-lo a enfrentar todo o tipo de situações que o enfraqueciam, tanto fisicamente, como emocionalmente, por causa da angústia ou dor. Por isso disse na sua carta aos Filipenses que tudo podia Naquele que lhe fortalecia. Vemos isso no versículo a seguir: “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de ter fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” Fp 4:12-13.


A fraqueza causada pelo pecado afasta-nos de Deus e tornam-nos vulneráveis na guerra espiritual do dia a dia. A fraqueza causada pelas situações difíceis, tanto financeiras, como causada por problemas de saúde e outras situações, pelo contrário, aproximam-nos de Deus, tornam-nos mais dependentes de Deus e da Graça do seu Espírito Santo. Apenas precisamos de focar a nossa atenção em Jesus Cristo, pois Ele é o nosso Advogado, o nosso Sumo Sacerdote e aquele que nos capacita a segui-Lo com o seu Espírito Santo.