domingo, 28 de fevereiro de 2016

Comunhão com Deus

O homem, depois da sua queda no Jardim do Éden, ficou afastado de Deus devido ao pecado. O nosso Senhor Jesus Cristo, entregou-se na Cruz do Calvário para a remissão dos pecados do homem. Por isso, o nosso Senhor Jesus, possibilitou que o homem se reconciliasse com Deus e abriu caminho para que todo aquele que deseja tiver comunhão com Deus. 
 
Comunhão com Deus significa um caracter comum com Deus. Por outras palavras, significa uniformidade de ideias e de opiniões. Depois da conversão, o cristão pode cultivar diariamente a comunhão com Deus. Isto implica que o cristão abandone progressivamente a mentalidade do mundo e consequentemente a mentalidade do reino das trevas e adquira a mentalidade cristã. 
 
Em relação a necessidade do cristão de renovar a sua mentalidade o apóstolo Paulo escreve na sua epístola aos Romanos o seguinte: "E não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Rm 12:2.
 
A mentalidade do reino das trevas é contrária a Deus e cultiva a satisfação dos desejos do homem como objetivo de vida, sem a orientação de Deus. A mentalidade cristã adquire-se a medida que aprendemos a vontade de Jesus Cristo para as nossas vidas, através da meditação na Palavra de Deus, oração e obediência a Palavra. 
 
O nosso Senhor Jesus Cristo deixou-nos orientações sobre a forma que deveríamos viver de maneira a agrada-lo. A medida que o cristão aprende sobre a vontade de Deus e põe em prática esses ensinamentos  vai adquirindo o caracter de Jesus Cristo. A medida que o caracter do cristão se assemelha ao de Jesus Cristo a comunhão com Deus aumenta.
 
Isto porque a comunhão implica um caracter comum e também uniformidade de ideias e opiniões. Para que haja uniformidade de ideias com o nosso Senhor Jesus Cristo é necessário saber o que o nosso Senhor pensa sobre determinados assuntos e pensar da mesma forma.  
 
Na vida cristã é determinante a forma como o nosso Senhor Jesus vê o relacionamento entre os homens. O nosso Mestre não concorda com a inveja, com a maledicência, com a vingança, com a soberba, com a lascívia, nem com indiferença perante os sofrimentos do próximo. Antes pelo contrário o nosso Senhor Jesus deseja que sejamos humildes uns para com os outros, perdoadores, bondosos, mansos, ajudadores do próximo que se encontra em dificuldades. 
 
No evangelho segundo Mateus podemos ver as seguintes palavras de Jesus Cristo: "Eu porém, vos digo: amai os vosso inimigos e orai pelos que vos perseguem; Mt 5:44. No capítulo seis do mesmo evangelho vemos: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas) tampouco vosso Pai celeste vos perdoará as vossas ofensas. (…) mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam;"  Mt 6:14-15, 20. 
 
Em relação ao nosso relacionamento com Deus, o nosso Senhor deseja que coloquemos o nosso relacionamento com Deus em primeiro lugar das nossas vidas. Vemos isso no seguinte versículo: "Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento." Mt 22:37.  
 
O nosso Deus quer ter um relacionamento íntimo e de amizade connosco. Para isso, devemos reconhecer diariamente, nas nossas atitudes, a nossa dependência de Deus e do seu Santo Espírito e conduzir-nos em obediência a sua Palavra. A medida que crescemos na obediência aos mandamentos de Jesus Cristo, crescemos também no nosso amor a Ele. 
 
O nosso Senhor diz-nos através do evangelho segundo São João que aquele que o ama guarda os seus mandamentos. "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele." Jo 14: 21. Ao aplicarmos os mandamentos do Senhor Jesus no nosso dia a dia vamos também nos afastando das trevas que existiam na nossa vida antes da conversão. Quando mais nos aproximamos da Luz mais aumenta a nossa comunhão com Deus. 
 
Isto porque o nosso Deus é Santo e Nele não existe trevas nenhumas. Se quisermos ter uniformidade de ideias com o nosso Senhor Jesus temos de deixar as trevas e pensar da mesma forma como o nosso Senhor nos ensina a pensar. Na segunda carta aos coríntios o apóstolo Paulo diz-nos: "(…) porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?(…)" 2Co 6:14-16.  
 
Assim, quanto mais nós praticarmos atos de justiça, e seguirmos os mandamentos de Jesus Cristo mais aumenta a nossa comunhão não só com o Senhor Jesus Cristo, mas como também com o Espírito Santo. Somos templo do Espírito Santo, que é totalmente santo; e por isso quanto mais andarmos na luz, mais aumentamos também a comunhão com o Espírito Santo. É o Espírito santo quem nos revela a Palavra do nosso Mestre e quem nos capacita a seguir a Jesus Cristo e por isso devemos manter a comunhão com o Espírito Santo. 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Está às portas a vinda de Jesus


A vinda de Jesus está às portas e por isso todos os cristãos devem estar preparados. A hora exata da vinda de Jesus Cristo, apenas Deus Pai o sabe. O nosso Mestre e Senhor, Jesus Cristo deixou-nos uma série de recomendações que podem ser vistas no Evangelho segundo São Mateus. 
 
Uma das primeiras recomendações é não deixar-nos absorver pelas questões do dia a dia como o comer, beber, plantar, edificar, casar entre outras coisas. Não podemos esquecer-nos do Senhor Jesus nem deixar de dedicar-nos a sua Palavra e as sua obras. No versículo seguinte vemos como o nosso Senhor lembra-nos o que aconteceu nos dias de Noé, em que pessoas ocupadas apenas com as suas questões do dia-a-dia foram levadas no dia do dilúvio. 
 
"Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o aperceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem." Mt 24:38-39. Por isso não podemos centrar todo o nosso pensamento nas questões quotidianas; é necessário dedicar-nos também a Deus. 
 
Para além de dedicarem-se ao Senhor os cristãos devem também manter-se cheios do Espírito Santo. Isto porque é o Espírito Santo quem alumina e dirige as nossas vidas. 
No nosso dia a dia muitas coisas podem apagar a chama da nossa vida alimentada pelo Espírito Santo como a amargura, a cólera, a ira, a gritaria, a malícia entre outras coisas. Por isso devemos evitar tudo o que possa apagar a chama do Espírito Santo e fazer pelo contrário tudo o que agrada ao Espírito Santo como o ser, para com o nosso próximo, benignos, compassivos, perdoadores como nos ensinou o nosso Mestre (Ef 4:30-32). 
 
Aos cristãos que mantêm a chama alimentada pelo Espírito Santo acesa, o nosso Mestre compara como virgens prudentes que mantinham as suas lâmpadas acesas. Para que as suas lâmpadas estivessem acesas as virgens prudentes  tinham de reserva uma vasilha cheia de azeite. Para terem uma vida cristã plena e que reflita a glória de Jesus Cristo os crentes devem também estar cheios do Espírito Santo e manterem-se vigiantes para que mantenham sempre cheios do Espírito Santo ( Mt 25:4,10). 
 
Para além de dedicarem ao Senhor e de manterem a chama alimentada pelo Espírito Santo  acesa os cristãos são recomendados multiplicar todos os talentos que o Senhor lhes confiou. Por outras palavras os cristãos são aconselhados a utilizar todos os talentos e recursos que o Senhor confiou para servirem ao próximo e ao reino de Deus. Cada gesto feito por um cristão pode tocar muitas vidas e essas vidas tocadas podem tocar outras vidas dando assim fruto abundante. 
 
Por isso dos servos referidos na parábola dos talentos, dois deles têm uma atitude que agrada muito ao seu Senhor: negociaram os talentos que receberam e conseguem duplicar o valor que lhes foi confiado, como podemos ver a seguir: "Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. (...) E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei." (Mt 25:20, 22). 
 
O nosso Senhor deseja também que ajudemos aos nosso próximo que se encontra em dificuldades. Por isso, todos aqueles que: deram de comer ao que tinha fome; deram de beber ao que tinha sede; vestiram o nu; acolheram ao forasteiro; visitaram ao enfermo; serão recompensados pelo Senhor no dia do grande julgamento. O Senhor Jesus diz-nos que quando fazemos uma destas ações a algum dos seus pequeninos, estamos fazendo ao próprio Senhor Jesus (Mt 25:40). Por isso devemos fazer o bem a todos os que necessitam pois estamos fazendo o nosso próprio Senhor Jesus. 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O que farei Senhor?

Depois da conversão a pergunta  mais importante que um cristão pode fazer é: "O que farei Senhor?", como perguntou Paulo quando encontrou o Senhor Jesus a caminho de Damasco e convenceu-se de que Jesus Cristo, a quem perseguia era o verdadeiro Deus, o Messias que tinha sido enviado. 
 
Apóstolo Paulo tinha um objetivo na vida que era servir a Deus como fariseu, e enquanto seguia a caminho de Damasco o objetivo da sua vida, passava também por perseguir aos cristãos. Contudo, quando Paulo vê a luz que o encadeia e ouve a voz do Senhor Jesus respondendo-lhe " Eu sou Jesus a quem persegues" Paulo convence-se que Jesus Cristo era de facto o verdadeiro Deus, o criador dos céus e da terra, que tinha vindo a terra como homem, que morrera, mas que ressuscitara. 
 
Por isso, Paulo vendo que está perante o Senhor e que tudo o que se tinha convencido a cerca dos cristãos não estava correto, Paulo humilha-se perante Jesus Cristo e demonstra que só o Senhor poderia conduzir a sua vida, perguntando ao Senhor "O que farei?", como podemos ver a seguir: "Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer." At 22:10. 
 
Paulo obedeceu minuciosamente ao Senhor e dirigiu-se a Damasco ajudado pelos os que estavam com ele, porque estava cego e não podia andar sozinho. Em Damasco, Paulo falou com o servo de Deus, Ananias, que orou por ele para que recuperasse a visão. Ananias disse ainda a Paulo que o objetivo do Senhor Jesus Cristo era que Paulo conhecesse a Sua vontade, O visse e ouvisse o evangelho da Sua própria boca, para que Paulo  testemunhasse do Senhor aos gentios e reis de tudo o que tivesse ouvido e visto da parte de Deus. 
 
Podemos ver Paulo descrevendo este fato da sua vida no livro de Atos: "Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o justo e ouvires uma voz da sua própria boca, porque terás de ser testemunha diante de todos os homens, das coisas que tens visto e ouvido." At  22:14-15. 
 
Para que Paulo começasse a missão que o Senhor Jesus lhe tinha ordenado, Paulo necessitou de ser batizado,  lavado dos seus pecados e cheio do Espírito Santo. Todos os cristãos depois de convertidos são também convidados a abandonarem os seus pecados, abandonarem a mentalidade mundana, a batizarem-se e a buscarem o Espírito Santo para caminharem com o Senhor Jesus. 
 
Os cristãos necessitam, depois da conversão, de adquirirem uma mentalidade cristã, para que possam caminhar seguindo os passos do Mestre. Nessa nova mentalidade o perdão das ofensas sofridas, a humildade, a mansidão, a bondade, a paciência, e a prática de boas obras são fatores fundamentais. Como pecadores perdoados por Deus, os cristãos também têm de oferecer perdão; como filhos de um Deus bondoso que ama tanto os bons como os maus, os cristãos têm também de amar tanto os que os amam como aos seus inimigos. 
 
Assim, como o nosso Senhor Jesus percorreu as ruas de Jerusalém pregando o evangelho e oferecendo a sua bondade a todos os que necessitavam, os cristãos são também chamados a ir pregar o evangelho e ajudar aos que estão em necessidade material ou física. Os cristão são chamados a submeterem-se ao Senhor e a sua vontade da mesma forma que Paulo se submeteu ao Senhor, dedicando-se até ao fim da sua vida a missão que lhe foi dada pelo Senhor Jesus.