sábado, 26 de dezembro de 2015

Não vivamos para nós mesmos


A época do Natal é a celebração do nascimento do nosso Salvador Jesus Cristo. Contudo, com o aumento de marcas e indústrias variadas, tem-se visto um aumento da publicidade de todos estes produtos na época do Natal. Por isso, ao Natal ficou-se associado ao Pai Natal, como uma oportunidade de maior consumismo.

Assim, o Natal não é hoje apenas a celebração do nascimento de Jesus mas também do Pai Natal, do consumismo, da satisfação de todos os prazeres e sonhos que possamos ter. Conduto, o nosso Senhor, aquele a quem celebramos o nascimento, nasceu para que não vivamos para nós mesmos, e para a satisfação dos nossos sonhos e desejos, mas para o nosso Deus e para cumprir aquilo que Ele determinou para as nossas vidas.

O nosso Senhor Jesus, sendo Deus, nasceu nesta terra e viveu como homem humilde, ensinando como o homem deveria viver de forma a agradar ao Pai Celeste. Para consumar o plano de salvação de toda a humanidade o nosso Senhor Jesus morreu nas Cruz do Calvário pelos pecados e todos nós.

O apóstolo Paulo descreva nas sua segunda epístola aos Coríntios que: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2Co 5:15. O nosso Senhor salvou-nos para que não vivêssemos apenas para nós mesmos, e para a satisfação dos nossos desejos, mas para Deus; produzindo as obras que Ele planeou que andássemos nelas.

O nosso Senhor Jesus salvou-nos para que O amassemos e amássemos ao nosso próximo como a nós mesmos. O nosso Mestre deseja que nos assemelhemos a Ele no carácter, que amemos como Ele nos amou e que nos preocupemos com o nosso próximo, com aqueles que têm necessidades e não somente connosco.

Sendo imitadores do nosso Senhor, e seguidores Dele, que é Santo, e a Luz do mundo, devemos ser o sal da terra; aqueles que têm como função preservar a sociedade e manter os valores morais ensinados pelo Mestre. Somos também a luz do mundo, aqueles que mostram a Verdade ou seja, os ensinamentos do Mestre ao mundo.

O cristão tem como função ser embaixador de Jesus Cristo, representante na terra do reino celestial e dos seus valores. Por isso não devemos viver de acordo com a nossa vontade, mas de acordo com os ensinamentos do nosso Senhor e Rei Jesus Cristo. Como diz o apóstolo Paulo na segunda carta aos Coríntios, Deus usa-nos para exortar o mundo a reconciliar-se com Ele.

Podemos ver este assunto no seguinte versículo: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois rogamos que vos reconcilieis com Deus.” 2Co 5:20. Para além de sermos embaixadores também somos servos de Deus e por isso devemos viver para cumprir a sua vontade para a nossa vida.

Os cristãos, como servos de Jesus Cristo, são mordomos de tudo o que têm: dos seus talentos, das suas finanças, dos seus relacionamentos. Por isso, todos cristãos terão de dar contas a Deus de tudo o que tiverem feito em vida. No seguinte versículo da segunda carta aos Coríntios vemos isso: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo.” 2Co 5:10.

Por tudo isso a celebração do Natal é a celebração do nosso Senhor Jesus Cristo, e dos seus valores. Não podemos deixar-nos confundir e sermos levados pelo consumismo que a publicidade de tandos produtos e marcas apelam. Devemos lembrar-nos que já não somos de nós próprios e que fomos salvos para não vivermos para nós mesmos, mas para Deus.

domingo, 20 de dezembro de 2015

A verdadeira riqueza

Na nossa sociedade é considerado um homem rico aquele que tem muitos bens, e que goza todos os prazeres da vida em abundância. O nosso Senhor Jesus ensina-nos que esta mentalidade é errada e que a verdadeira riqueza do homem não se traduz pela abundância de bens que um homem possui.
No evangelho de Lucas vemos as palavras de Jesus sobre a ânsia de ter cada vez mais e sobre a vontade de acumular riquezas: “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância de bens que possui.” Lc 12:15.
O nosso Mestre contou por isso uma parábola para explicar este assunto. Nesta parábola, um homem rico, dono de um campo, depois de verificar que o seu campo tinha produzido em abundância, começou a pensar para si mesmo: (…) Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?” Lc 12:17.
A solução para o problema foi a seguinte: “E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, contrui-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens.” Lc 12:18. Este homem demonstrou que ansiava por acumular cada vez mais riquezas, e que preocupava-se em não perder nenhum dos seus bens, pois provavelmente temia lhe roubassem.
Essa solução demonstra que ele era avarento e que amava as riquezas que possuía. A contemplação de um celeiro maior cheio de riquezas era para ele motivo de gozo e segurança. Por isso pensou que quando tivesse toda a sua riqueza armazenada num celeiro maior, que poderia dizer: “ Então, direi a minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.” Lc 12:19.
Contudo, o nosso Mestre mostra o que Deus pensa dos homens quando afirmam essas palavras: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.” Lc 12:20-21.
O nosso Mestre mostrou com esta parábola o que o mundo ensina sobre o acumular tesouros é errado. Aqueles que se preocupam em ajuntar tesouros na terra são loucos porque a qualquer momento podem lhes pedir a alma deles e todos os bens que acumularam ficam na terra.
O mundo cultiva a ideia de que quanto melhor nos vestimos e quanto melhor comemos e bebemos mais plena é a vida. Mas o nosso Senhor Jesus mostra que é uma loucura entesourar para nós mesmo mas não sermos rico para com Deus.
Como a nossa alma é mais importante do que a roupa que vestimos e a comida que comemos, o nosso Mestre ensina-nos que não devemos andar ansiosos com o vestir e o comer. A ansiedade cultivada pela mentalidade do mundo, sobre a roupa e a comida devem ser banidas na vida do cristão.
A nossa alma ou contrário do nosso corpo é eterna e a forma como o homem vive a sua vida determina e destino eterno da mesma. Por isso o nosso Mestre aconselha-nos a não nos entregarmos a inquietações, mas sim a buscar em primeiro lugar o reino de Deus porque tudo o resto nos será acrescentado.
O nosso Mestre aconselha-nos a usar os nossos bens para ajudar os mais desfavorecidos porque desta forma podemos acumular riquezas nos céus. Ao contrário dos ensinamentos do mundo o nosso Senhor Jesus diz-nos que enriquecemos quando partilhamos com o nosso próximo; quando auxiliamos aqueles que se encontram aflitos. Esta é a verdadeira riqueza, porque assim somos ricos para com Deus e investimos na vida eterna.

 

Oração

Na vida cristã, a oração é fundamental na comunicação com Deus. Como processo de comunicação a oração tem duas componentes fundamentais: uma em que falamos com Deus, desabafamos e clamamos a Deus e outra componente, que consiste em escutar a Deus.
A escutar a Deus como componente da comunicação com o nosso Deus, é fundamental porque é escutando, ouvindo a vontade de Deus que vivemos os planos de Deus para a nossa vida. Escutando e obedecendo a Deus, o homem assume que Jesus Cristo é o seu Senhor e portanto, que é Ele quem governa a nossa vida.
A comunicação com Deus não pode ser unilateral e egoísta. O cristão não pode apenas pensar na sua vontade mas sim na vontade de Deus para a sua vida. A Palavra de Deus deve ser um guia para o cristão, inclusive, para as suas orações; para que o cristão possa saber o que pode pedir a Deus e de que forma.
O cristão deve fugir da tentação de esperar que Deus, sendo o Criador do céu e da terra, aquele que reina no céu e na terra, simplesmente ouça as nossas petições e as execute automaticamente. Deus tem um plano e um propósito para as nossas vidas e de acordo com a sua vontade Ele responde aquilo que sabe ser o melhor para nós.
Por tudo isso, o cerne da oração é escutar a Deus; ouvi-Lo atentamente e colocar logo em prática as suas recomendações para a nossa vida. É necessário perceber quando Deus está a falar a nossa vida, ouvir a sua voz e responder imediatamente com obediência.
O profeta Samuel foi um exemplo de vida com Deus, praticando a escuta e a obediência a voz de Deus. Desde jovem Samuel aprendeu a importância de escutar a Deus. Quando Deus falou pela primeira vez com Samuel, ele não sabia como responder a Deus; mas instruído pelo sacerdote Elí, Samuel aprendeu a responder a voz de Deus.
No primeiro livro de Samuel vemos como Samuel respondeu a Deus, pela segunda vez que Deus chamou-o. O seguinte versículo descreve este episódio da vida de Samuel: “Então, veio o Senhor, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve.” 1Sm 3:10.
Pelo facto de ouvir e obedecer a voz Deus, Samuel pôde, ao longo da sua vida, ser usado como profeta por Deus, ou seja, para transmitir a vontade de Deus ao povo de Israel. Um exemplo em que Deus usou a Samuel para transmitir a sua vontade a outras pessoas foi o momento que Deus rejeitou a Saul como rei de Israel.
No primeiro livro de Samuel são descritas as palavras de Deus nos seguintes versículos: “Então ,veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda noite clamou ao Senhor.” 1Sm15:10-11.
Na relação do cristão com Deus é, por isso, necessário que ele clame a Deus, faça-lhe as suas petições mas, contudo, esteja atento a Sua voz e pronto para responder em obediência as recomendações do Senhor. O nosso Senhor Jesus Cristo é Senhor das nossas vidas, e por isso é Ele quem dirige os nossos passos, pois sabe o que é o melhor para nós. Devemos reconhecer a soberania de Deus a cada dia e obedecer a sua vontade.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Um menino nos nasceu

Em todo mundo os cristãos têm o mês de dezembro como um mês de grande festa, porque um menino se nos deu, a mil e quinze anos; um menino que tinha como missão salvar a humanidade e governa-la eternamente. O nascimento deste menino é descrito no livro de Isaías: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; “Is 9:6.
A celebração do nascimento deste menino, o Senhor Jesus Cristo, acontece em todos os continentes, porque através da morte e ressurreição desse menino, somos todos um só povo e uma só nação. “há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.” Ef 4:4-6.  
Este menino fez-se homem, com grande sabedoria e santidade e mostrou a humanidade a vontade do Pai Celeste para o homem. Este menino cresceu e tornou-se a Luz do mundo, pois sendo o Verbo de Deus, tornou-se para todos os que desejam a salvação, o Caminho a Verdade e a Vida. No evangelho de João vemos o nosso Senhor Jesus Cristo afirmando: “Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Jo 14:6.
A celebração do Natal tem para todos os cristãos um grande significado pois é a celebração do amor e da entrega de Deus Pai, que por nos amar imensamente entregou o seu Filho Unigénito para que todos aqueles que Nele cressem, não perecessem mas tivesse a vida eterna. É o que nos diz o seguinte versículo do evangelho segundo João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16
Esta data tornou-se por isso a celebração da dádiva, do amor de Deus Pai para com o mundo, da entrega de Jesus Cristo a este mundo para a nossa remissão, e do amor do Espírito Santo para com os crentes, guiando-nos a cada dia pelo seu grande amor e misericórdia.
Assim como a milícia celestial, que surgiu com o anjo que anunciou o nascimento de Jesus Cristo aos pastores, se alegraram e louvaram a Deus, que os corações de todos os crentes do mundo possam alegrar-se com o nascimento do nosso Senhor Jesus, e por tudo o que o Senhor Jesus Cristo consumou nas nossas vidas com a sua morte e ressurreição.
Neste Natal apenas podemos desejar que os corações dos cristãos de todo mundo possam dizer como os anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” Lc 2: 14. A maior bênção que um homem pode desejar, a salvação, foi conquistada para todos nós através do nascimento de uma criança que sendo Filho de Deus, viveu humildemente na terra e fez-se homem e cumpriu a vontade do Pai Celeste morrendo na cruz do Calvário por todos nós.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Ser e fazer

A Bíblia ao longo do Novo Testamento indica a importância do ser e no fazer na vida do cristão. O ser do cristão deve assemelhar-se ao ser de Cristo Jesus, ou seja, assemelhar-se ao caracter do nosso Mestre. Ao Mesmo tempo que o nosso Mestre ensinou-nos o que devemos fazer, mostrou-nos também como devemos ser, que tipo de caracter devemos desenvolver ao longo da vida cristã.
O caracter do cristão é dependente do controlo que o Espírito Santo exerce sobre o cristão, quanto as suas emoções e forma de pensar. O fruto do Espírito Santo é também uma consequência no caracter do cristão que deixa-se controlar pelo Espírito Santo ao longo da sua vida.
O apóstolo Paulo indica na carta aos gálatas os frutos do Espírito Santo que são também elementos do caracter de alguém que rejeita as obras da carne e escolhe andar no espírito. O fruto da ação do Espírito Santo na vida do crente são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 4:22-23). Esses elementos são portanto, características constantes da forma de comportar do cristão e por isso tornam-se também no caracter cristão que anda no espírito.
O nosso Mestre indicou no início do Sermão do Monte características do cristão que vão de encontro com a ação do Espírito Santo na vida do crente. A humildade de coração, ou seja, a humildade na forma de pensar e de sentir, assim como a mansidão, a misericórdia, a pureza de coração e a capacidade de ser pacificador são elementos indicados pelo Mestre, como fazendo parte do caracter do cristão (Mt 5:3-11).
O caracter do cristão ou a sua forma de ser é determinante para que o cristão possa fazer o que o Mestre nos ensinou e para que o mundo reconheça o cristão como seguidor de Jesus Cristo. Na maneira de viver ensinada pelo nosso Mestre, existem duas posturas: uma postura interior no coração do cristão e outra exterior visível pelas palavras e ações para com o próximo.
As principais atitudes interiores estão relacionadas com a forma como pensamos do nosso próximo e com o tipo de sentimento que nutrimos. O nosso Mestre ensinou-nos a amar ao nosso próximo, a perdoar intimamente aqueles que nos ofenderam e orar por aqueles que nos perseguem. Para estas atitudes interiores é necessário desenvolver a humildade de coração, mansidão, a misericórdia a e a pureza de coração indicadas pelo nosso Mestre no Sermão do Monte.
O nosso Mestre ensinou-nos também que devíamos ter atitudes exteriores que amparassem ao nosso próximo, sobretudo aqueles que se encontram em dificuldades. Ensinou-nos também a não nos vingarmos, abençoar ao invés e amaldiçoar aqueles que nos maldizem. Para isso é necessário desenvolver a longanimidade, benignidade, bondade e o domínio próprio possibilitados pelo domínio do Espírito Santo na vida do crente.
Apesar de o fazer ser visível pelas pessoas que nos rodeiam ao contrário do ser, devemos também desenvolver o ser, pois o fazer também está dependente do ser, ou seja do caracter do nosso coração, que é apenas visível para Deus. Para uma vida cristã plena com uma verdadeira adoração o ser e o fazer têm de ser desenvolvidos ao mesmo tempo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Prosperidade segundo Deus


Normalmente, no findar de um ano deseja-se aos amigos um ano novo cheio de prosperidade, alegria e paz entre outras coisas. Contudo, nos dias que correm o conceito de prosperidade tem estado relacionado apenas com o aumento de bens matérias. A palavra de Deus mostra-nos um conceito mais abrangente de prosperidade.
A Bíblia relata que a prosperidade não se refere apenas ao crescimento financeiro do cristão, mas também na capacidade de viver obedecendo a Palavra de Deus. Uma vida cristã é também próspera quando os objetivos traçados são alcançados sem abandonar a integridade.
Por este motivo o grau de prosperidade na vida cristã não é medida apenas pelo grau de abundância de bens matérias ou de privilégios que se usufrui, mas também pela preservação da fé e pela obediência a Deus. Por este motivo no Antigo Testamento José é um exemplo de um homem bem-sucedido, ou seja, prospero.
José foi um homem de sucesso não só por ter-se tornado no governador do Egito mas também por ter guardado a sua fé em cada situação de crise por que passou. Quando jovem, José foi vendido pelos irmãos como escravo e mais tarde foi preso, mas em todo o seu percurso não perdeu a sua fé e muito menos a sua integridade.
Apesar de ser escravo, José mante-se fiel a Deus ,e Deus o prosperava em tudo quanto fazia. O seu sucesso espiritual, refletia-se na sua prosperidade material. Ao longo do seu trabalho como mordomo, Deus era com ele em tudo quanto fazia e abençoava a casa de Potifar por amor a ele. “Vendo Potifar que o Senhor era com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos, logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha.” Gn 39:3-4.
Quando José foi abordado pela mulher de Potífar, que o convidou a deitar-se com ele, José colocou a sua integridade em primeiro lugar, temeu a Deus e preferiu fugir da mulher de Putifar a deitar-se com ela. A Bíblia relata nos seguintes versículos a postura de José perante a proposta da mulher de Potifar: “Ele, porém, recusou e disse à mulher de seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como ,pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus. “Gn 39: 8-9.
 
Neste momento da vida deJosé a sua prosperidade pode-se ver pela sua integridade, pelo seu temor e obediência a Deus. Apesar da sua atitude íntegra não lhe ter trazido imediatamente sucesso material, José continuou sendo um homem espiritualmente próspero e a prosperidade material surgiu mais tarde com as consequência da sua rejeição a mulher de Potifar.

A mulher de Potífar por vingança acusou José de tentativa de abuso e Potífar furioso o entregou a prisão. Durante o tempo em que esteve preso José pode contactar com outras personalidade que mais tarde fizeram que ele fosse apresentado a Faraó como podemos ver no livro de Gênesis.
O Faraó do Egito tivera um sonho que o impressionou extremamente e que o levou a procurar quem pudesse decifrar o sonho. Um dos homens que José conheceu na prisão falou de José ao faraó e este mandou chamar José a sua presença (Gn 41:14-36). Como José auxiliado por Deus pode decifrar o sonho do Faraó e dar-lhe conselhos sensatos sobre a prevenção de uma seca, José foi constituído administrador sobre o Egito. “Disse Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este em quem há o Espírito de Deus?” Gn 41:38.
Como podemos ver na vida de José, na vida cristã a prosperidade não se alcança apenas quando se obtém sucesso e crescimento de bens materiais mas também quando se vive as crises da vida e ultrapassa-se obstáculos, mantendo a integridade, temendo a Deus e mantendo a obediência a Palavra de Deus. Sem dúvida que um ano próspero é o melhor que se pode desejar para o ano novo que se aproxima e é também o que Deus deseja para nós.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Despreocupação das coisas terrenas

Na Igreja primitiva os membros demonstravam uma grande despreocupação com as coisas terrenas, visto que eram desapegados aos bens matérias que possuíam. Na realidade, todos os membros não consideravam exclusivamente seu coisa alguma que possuíam, mas pelo contrário tudo lhes era comum.
Nesta comunidade cristã, cheia do Espírito Santo, todos eram um coração e uma só alma. Os atos dos apóstolos descreve aqueles que criam no Senhor Jesus da seguinte maneira: ”Da multidão dos que creram era um coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” At 4: 32.
Como ninguém considerava exclusivamente seu coisa nenhuma que possuía, todos partilhavam o que tinham com os outros, de maneira que, nenhum necessitado existia na comunidade cristã. Os que possuíam bens, como terras ou casas vendiam-nas e traziam os valores correspondentes aos apóstolos para que eles distribuíssem a medida das necessidades de cada um.
O autor do livro dos Atos descreve este fato com as seguintes palavras: ”Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um a medida que alguém tinha necessidade.” At 4:34-35.
A presença do Espírito Santo na vida da Igreja era visível pela obediência as palavras do nosso Mestre que nos recomendou que não ajuntássemos tesouros na terra mas sim nos céus, através de auxílio a queles que se encontram aflitos ou com alguma necessidade material.
No evangelho de Mateus vemos este conselho do nosso Senhor Jesus Cristo com as seguintes palavras: ”Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” Mt 6:19-21.
O nosso Mestre, o Senhor Jesus nos ensinou a ajudar ao próximo nas suas necessidades; e ao longo da sua vida deu-nos exemplo socorrendo aqueles que estavam desamparados e aflitos. O nosso Senhor Jesus deu o maior exemplo de abnegação do mundo, pois sendo Deus criador dos céus e da terra, fez-se homem e viveu como um humilde carpinteiro.
Na doação ao próximo, o Senhor Jesus é o maior exemplo de doação, pela forma com se deu na Cruz do Calvário para a salvação de toda a humanidade. O nosso Senhor Jesus pagou o preço da salvação de toda a humanidade com o seu sangue, apesar de nunca ter cometido pecado.
Hoje o nosso Mestre, Jesus Cristo, é o Senhor das nossas vidas e por isso tudo o que somos e temos é Dele; somos apenas mordomos do que temos e do que somos. Por isso devemos doar ao nosso próximo como ele nos recomenda. O nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina que é mais aventurado dar do que receber.
O apóstolo Paulo fala da necessidade de doar da seguinte forma: ”Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.”At 20:35. Para que possamos administrar o que temos em favor dos interesses do Pai não nos podemos prender a este mundo e nunca devemos nos esquecer que temos um reino glorioso a nossa espera.
O nosso Senhor Jesus convida a cada um de nós a despreocupar-nos com as coisas terrenas; convida-nos a entesourar no céu e a partilhar com aqueles que tiverem necessidades materiais. O nosso Deus promete-nos bênçãos, não só celestiais como em vida, pela nosso desprendimento as coisas materiais e pela nossa capacidade de ajudar ao nosso próximo.