quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Perseverança

A fé cristã é uma corrida que tem como alvo diário permanecer firme nos ensinos do Senhor Jesus perante as várias situações diárias que tentam desmotivar o cristão em seguir o Mestre. Esta corrida apenas termina com a nossa morte ou com a vinda do Senhor Jesus para buscar a sua Igreja.

Temos uma promessa dada pelo nosso Senhor Jesus, de vida eterna com Deus no céu. “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna.” 1Jo 2:24-25. Para alcançar esta promessa precisamos de permanecer firmes naquilo que nos tem sido ensinado pelo Espírito Santo, como o Senhor nos avisa no versículo seguinte: “Aquele porém que perseverar até ao fim será salvo” Mt 24:13.

Esta promessa gloriosa, a principal bênção que Deus tem para as nossa vidas, exige perseverança diária, para podermos chegar ao fim da nossa carreira e dizer como Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” 2Tm 4:7. Sabemos que a salvação, para além de uma condição, é como que um caminho que nos leva a vida eterna, e que quando saímos do caminho da salvação nos  afastamos do nosso destino eterno.

Por isso devemos perseverar a cada dia em fazer a nossa semeadura no Espírito e não na carne; quando semeamos na carne apenas colhemos corrupção, mas se semearmos nos Espírito colheremos vida eterna. Mesmo que surjam situações que nos queiram desanimar, não devemos nos cansar de fazer o bem pois Deus nos recompensará em vida ou no céu.

O apóstolo Paulo adverte-nos sobre isso a seguir: “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” Gl 6:8-9. O Espírito Santo está em nós e devemos fazer aquilo que lhe agrada e afastar-nos daquilo que Ele não gosta.

É importante perseverar na fé e na prática do amor e das boas obras durante as provações. A provação é um meio de confirmação da nossa fé. Por isso devemos alegrar-nos porque durante a provação, a perseverança e a integridade são aperfeiçoadas. O carácter do cristão também é aperfeiçoado durante a tribulação, quando este persevera em praticar os ensinamentos do Mestre.

Por tudo isto, o apóstolo Tiago exorta-nos a alegrar-nos durante a provação, como vemos a seguir:” Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a cora da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Tg 1:12 Deus alegra-se quando prosseguimos firmes na fé apesar das tribulações.

O apóstolo Paulo fala-nos também da provação e dos benefícios que esta traz na fé do cristão quando este persevera. “E não somente isto, mas nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”Rm 5:3-5.

A perseverança diária na fé é a única forma de caminharmos em direção a Pátria Celestial e para as promessas que Deus tem para as nossas vida. Quando perseveramos somos aprovados por Deus e a nossa experiência com Deus aumenta. Por isso perseveremos em Deus.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Vacilam todos os fundamentos

Deus como Senhor do céu e da terra, e criador do homem estabeleceu regras de conduta para que os homens pudessem relacionar-se uns com os outros mantendo os princípios de respeito e amor. Sabemos contudo, que nem sempre os homens obedecem as leis de Deus e que por vezes as infrações as leis de Deus são tais que as leis morais são como que abaladas.

Na Bíblia, vemos a descrição de lamentos de homens que viveram situações em que fundamentos que Deus estabeleceu para os relacionamentos foram destruídos e que por isso sentiram-se vivendo numa tempestade. O salmista no versículo a seguir comenta que os homens a sua volta não sabem nada sobre a vontade de Deus, nem entendem os seus pecados e que quando agem vacilam todos os fundamentos que Deus estabeleceu para os homens na terra. “ Eles nada sabem, nada entendem; vagueiam em trevas; vacilam todos os fundamentos da terra.” Sl 82:5

O ser humano é um ser social e muitas vezes imita o que os outros fazem a sua volta. Por isso, a Bíblia ensina-nos a não ter como exemplo homens que agem impiamente e que não seguem as leis de Deus. Contudo, a injusta as vezes baralha o homem; e a aflição de ver que as pessoas a sua volta não agem corretamente leva a perguntas como a do salmista: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sl 11:3

Quando o homem se encontra numa situação assim, o que deve fazer é em primeiro lugar perdoar aqueles que o tenham lesado, pois o nosso Senhor Jesus nos ensina que devemos perdoar as ofensas cometidas pelos outros homens contra nós. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se porém, não perdoardes aos homens [as ofensas as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” Mt 6:14-15.

Para além disso, devemos lutar para seguir o exemplo do nosso Senhor Jesus, que era misericordioso, e cheio de bondade e que mesmo na cruz do Calvário perdoou aqueles que o tinham agredido e ainda rogou ao Pai Celeste que lhes perdoasse. “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.” Lc 23:34.

O apóstolo Paulo resume a importância de sermos bondosos, misericordiosos e de nos perdoar-nos uns aos outros como Deus nos perdoou no versículo seguinte: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros como também Deus em Cristo, vos perdoou.” Ef 4:32.

Sabemos que o nosso velho homem tem tendência para atitudes contrárias a vontade de Deus e que quando o homem se encontra numa situação em que todos os fundamentos vacilam ele tem a tendência de ficar amargurado, cheio de ira e de cólera. Devemos rejeitar as obras da nossa velha natureza, como nos aconselha o versículo seguinte: “Longe de vós, toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfémias, e bem assim toda a malícia.” Ef 4: 31

Isso mostra que devemos lutar para que o nosso coração fique puro, sem malícia e nem ódio, amargura e outras coisas que desagradam a Deus. Para preservar o nosso coração também devemos fugir da falsidade e de tudo aquilo que é vão e passageiro do mundo. Deus ama aqueles que são retos e abençoa-os no tempo oportuno como nos diz o versículos a seguir: “O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. Este obterá do Senhor a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.” Sl 24:4-5.

Devemos ter como confiança que Deus abençoa aqueles que são puros de coração e retos nos seus procedimentos; e mesmo que todos a nossa volta se afastem de Deus como nos dias de Noé, devemos permanecer firmes na obediência a vontade de Deus e praticar a bondade, a misericórdia e o perdão.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Moisés e os milagres de Deus

Deus ao longo dos séculos tem revelado ao homem o seu poder para que o homem possa compreender que está perante o Deus criador de tudo o que existe, e que merece ser adorado e honrado. Deus revelou-se a Moisés no tempo oportuno para que Moisés se deixasse usar por Deus na libertação do povo de Israel da escravidão.

Quando Deus se revelou pela primeira vez, Deus atraiu a atenção de Moisés com um milagre: uma sarça ardente no deserto que não se consumia. Moisés ficou tão espantado com o fato que aproximou-se para ver como é que uma sarça ardia sem se consumir. Vemos como isso se sucedeu a seguir: “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e, levando o rebanho para o lado ocidental do deserto, chegou ao monte de Deus, a Horebe. Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Então, disse consigo mesmo: Irei lá e verei essa grande maravilha; porque a sarça não se queima?” Ex 3:1-3.

Deus ao ver que Moisés se aproximava da sarça para ver o que se passava então chamou-lhe. Depois de Moisés responder afirmativamente a Deus, Deus avisou-lhe da necessidade de ter uma postura de adoração e temor por causa da sua santidade e também por causa do lugar santo que Deus escolhera para se encontrar com ele.

Vemos isso nos versículos a seguir: “Vendo o Senhor que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.” Ex 3:4-5.

Ainda hoje, quando Deus chama a nossa atenção para Ele e nos convida a aproximar-nos Dele, Deus avisa-nos da sua santidade e da nossa necessidade de ter uma postura de respeito a Deus e também da necessidade de separar-nos do pecado que anteriormente havia nas nossas vias.

O apóstolo Pedro avisa-nos sobre isso no versículo a seguir: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu santo.” 1 Pe 1:13-15

Depois Deus disse a Moisés quem era: aquele a quem o seus ancestrais, que deram origem ao povo de Israel, tinham servido ao longo de suas vidas. Deus marcou a vida de Abraão, Isaque e Jocó porque tinha sido aquele que os tinha dirigido e também dado a proteção que necessitavam para eles e para as suas famílias.

Deus hoje, também nos diz que Ele é o Deus Todo Poderoso, Criador dos céus e da terra, que por amor a humanidade, deu o seu Filho ao mundo para que o mundo pudesse ter a expiação necessária para os seus pecados e assim ter acesso a Ele. Devemos a cada responder positivamente a Deus e dizer como Moisés, com toda a humildade e gratidão: “Eis-me aquí!”

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Requesito da humildade

Jesus Cristo é o fundador da Igreja e é também o Senhor e Mestre de todos os que desejam segui-Lo. Para fazer aquilo que o nosso Mestre ensinou é necessário também aprender a ser como era o nosso Mestre. O nosso Senhor Jesus, sendo o Criador e Senhor de tudo, era manso e humilde de coração.

O forma abnegada com que o Senhor viveu mostra a sua humildade. Ele não veio a terra como um homem rico mas sim como alguém humilde filho de um carpinteiro, que também tornou-se carpinteiro de profissão. O nosso Senhor poderia vir a terra como alguém poderoso e rico mas preferiu vir como homem humilde para mostrar o valor que Deus Pai dá a um coração manso e humilde, que está mais preocupado em servir do que ser servido.

O Espírito Santo fala-nos da necessidade de seguirmos o exemplo de humildade de Jesus Cristo no versículo a seguir: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.” Fp 2:5-8

Os poderosos da terra vivem de forma luxuosa e muitos homens deixam-se dominar pela soberba e desejam todas as manifestações sociais que possam mostrar que são superiores aos outros homens. Na humanidade vemos que isto é feito de muitas formas: através de bens materiais (roupas, carros e casas) como também através de servos, ou pessoas que façam tudo o que a pessoa deseja.

Por isso o nosso Senhor, ao ensinar-nos sobre o carácter que devemos ter enquanto seus discípulos referiu que não devemos preocupar-nos em sermos servidos como fazem os poderosos que vivem cercados de criados; mas devemos ser como o Senhor Jesus que veio a terra não para ser servido mas para servir.

Vemos o ensino do nosso Mestre nos versículos a seguir: “Então, Jesus, chamando-os disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mt 20:25-28.

Desta forma o discípulo do Senhor deve também ser humilde e estar sempre pronto para partilhar a sua vida com os outros e também os recursos financeiros que dispuser. A humildade do discípulo é o oposto da soberba que o mundo cultiva. A soberba, necessita de mais bens materiais para sentir-se melhor do que os outros e para realizar-se. A humildade que nos ensina o Senhor Jesus, é aquela que coloca os outros acima de si mesmo e que compartilha aquilo que tem para suprir as necessidades dos outros.

O nosso Mestre faz-nos o convite seguinte: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mt 11:28-3o.

O convite do Senhor Jesus é irrecusável pois apenas com Ele podemos ter descanso para as nossas almas e propósito para as nossas vidas. Apenas precisamos de deixar para trás toda a soberba e egoísmo que o mundo nos ensina e seguir humildemente o nosso Mestre em direção a nossa Pátria Celestial.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O potencial de uma semente

Uma semente é algo que, em si mesmo, contém a capacidade de gerar a mesma espécie que lhe deu origem. Isto porque a semente contém toda a informação necessária para que um organismo se desenvolva, se encontrar as condições adequadas. A palavra de Deus é comparada pelo nosso Mestre Jesus com uma semente, pois ela tem a capacidade de gerar, não só a vida eterna pela fé, como também comportamentos semelhantes ao do nosso Senhor Jesus.

Como a Palavra, quando cai no coração humano, tem a capacidade de enraizar-se e gerar fé em Jesus (a fé leva a salvação) é necessário que toda a humanidade tenha a oportunidade de ouvir a Palavra de Deus e de ser salva. “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24.

Para além de operar a fé em Jesus, que leva a salvação, a Palavra também é capaz de gerar uma mudança de vida tal que a pessoa passa a assemelhar-se no seu comportamento ao Senhor Jesus e ao Pai Celestial. Essa mudança é operada através do controlo do Espírito Santo das atitudes diárias do cristão.

O Espírito Santo origina frutos na vida do cristão, fazendo com que ocorra uma transformação progressiva no carácter da homem. Essa transformação conduzida pelo Espírito Santo é chamado de Fruto do Espírito Santo que e é composta por vários componentes como vemos a seguir: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas cisas não há lei.” Gl 5:22-23. Quando o Espírito Santo tem liberdade para controlar a nossa vida, acabamos por desenvolver a longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio entre outras coisas.

Quanto mais espaço dermos ao Espírito Santo, mais o nosso coração fica em boas condições para deixar crescer a semente da palavra de Deus nas nossa vidas e de gerar tudo o que Deus planeou para nós. Isto porque Deus dá-nos o livre arbítrio de dar ouvidos ou não a voz seu Espírito.

Assim, consoante o espaço que o Espírito Santo tem na nossa vida, o nosso coração pode estar de várias maneiras quando ouvimos a Palavra de Deus; e isso afeta o resultado da Palavra nas nossas vidas como nos ilustrou o Senhor Jesus na parábola do semeador.

E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o lavrador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um” Mt 13: 3-8.

Dependendo do estado coração do cristão, a semente pode gerar diferentes quantidades de frutos. Em outros casos a semente pode não dar fruto por causa da má condição do coração. Por isso a cada dia devemos vigiar o nosso coração e pedir a Deus que limpe de nós tudo o que lhe desagrada para que a sua Palavra possa encontrar espaço no nosso coração e dar frutos em abundância.