domingo, 29 de julho de 2018

Contribuir para o bem do Corpo de Cristo

O corpo de Cristo é formado por pessoas de diversas nações e com diferentes condições sociais. As diferentes necessidades financeiras dos indivíduos pertencentes ao corpo de Cristo têm de ser satisfeitas da mesma forma que as necessidades espirituais. Para cuidar na Igreja de Cristo, é preciso não só dar o alimento espiritual como de cuidar das necessitados físicas existentes nos elementos corpo de Cristo.

O nosso Senhor Jesus mostrou-nos a importância de preocupar-nos não só com a necessidade de alimento espiritual das pessoas como também com a necessidade de alimento físico. O nosso Mestre preocupava-se com as pessoas por inteiro, com a necessidade de salvação, de cura e de alimento para viver.

Certa vez, Jesus recolheu-se com os discípulos para a cidade de Betsaida para descansar, depois de os ter enviado dois a dois para pregarem, mas as multidões o seguiram para ouvi-Lo e com isso o nosso Mestre sentou-se e passou a ensinar-lhes várias coisas do reino. “Ao regressarem, os apóstolos relatam a Jesus tudo o que tinham feito. E, levando-os consigo, retirou-se à parte para uma cidade chamada Betsaida. Mas as multidões, ao saberem, seguiram-no. Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura.” Lc 9:10-11

Quando o dia começou a declinar, os discípulos levantaram a questão de as pessoas precisarem de ser ir embora procurar alimento. Mas o Mestre respondeu-lhes que não deveriam mandar as pessoas embora mas sim lhes dar eles próprios de comer. Vemos isso a seguir: “Mas o dia começava a declinar. Então, se aproximaram os doze e lhe disseram: Despede a multidão, para que, indo as aldeias e campos circunvizinhos, se hospedem e achem alimento; pois estamos aqui em lugar deserto.” Lc 9:14.


Jesus preocupou-se em dar uma resposta às necessidades de alimento das pessoas da mesma forma como se preocupou em curar os enfermos e ensinar os princípios do Reino de Deus e por isso operou um milagre multiplicando cinco pães e dois peixes:. “Ele, porém, lhes disse: Dai-lhes vós mesmos de comer. Responderam eles: Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, salvo se nós mesmos formos comprar comida para todos este povo. Porque estavam ali cerca de cinco mil homens. Então, disse aos seus discípulos: Fazei-os sentar-se em grupos de cinquenta.” Lc 9:13-14

Os discípulos da Igreja primitiva seguindo os ensinos do Senhor Jesus cuidavam das necessidades uns dos outros e vendiam o que tinham para que fosse distribuído por todos.”Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” At 2:44-45.


O nosso Senhor Jesus hoje, continua a admoestar-nos através do seu Santo Espírito a cuidarmos das necessidades uns dos outros. Esse cuidado da Igreja pode ser feito de forma regular através da doação de dízimos e ofertas a Igreja local para que o presbitério da igreja divida o que ofertamos com aqueles que necessitam de pão. Para além disso as contribuições são importantes para que haja a manutenção da casa de oração, no que diz respeito às despesas de água, luz, aluguer do espaço, entre outras coisas.


O apostolo Paulo diz-nos que as nossas ofertas para a casa do Senhor devem ser dadas com alegria, sem sentimento de contrariedade e nem por interesse.  “Cada um contribua segundo o que tiver proposto no seu coração, não com tristeza ou por necessidade, porque Deus ama quem dá com alegria.” 2Co 9:7. A forma como damos as ofertas são importantes para Deus.


Se contribuirmos com alegria para as despesas da igreja local e para a assistência dos mais carenciados estamos a amar de forma prática a Igreja de Cristo. Para além disso estaremos a deixar Deus usar os nossos recursos financeiros para abençoar outras pessoas. Quando entregamos tudo o que temos ao dispor do nosso Deus, Deus se alegra e também nos abençoa.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Fonte de águas vivas


No reino animal vemos que muitos animais necessitam de uma higiene regular e consoante a espécie essa higiene é efectuada de uma determinada maneira. O ser humano também não é excepção e necessita de uma higiene regular não só no seu corpo, mas também de todas os locais onde frequenta. Sabemos que na sua necessidade de higiene o homem tem uma diferença em relação aos outros animais: para além de necessitar de limpar o corpo o homem precisa de limpar a sua alma,  juntamente com os seus pensamentos e sentimentos. Mas para isso precisa da ajuda do nosso Senhor Jesus Cristo. 

A sujidade na alma causada pelo pecado, pelos maus pensamentos tem um efeito nefasto na via do homem, destruindo os seus relacionamentos e a possibilidade de gozar a vida eterna.Para além disso rouba-lhe a paz interior e a alegria porque a própria consciência do homem acusa-o do mal que fez, fazendo com que não se sinta bem consigo próprio.

Na Bíblia vemos o exemplo de alguém que perdeu a paz de espírito por causa do seu pecado. O salmista do salmo 51, o rei Davi, descreve que via o seu pecado constantemente diante dele. “Pois eu conheço as minhas transgressões e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.” Sl 51:3-4. Por este motivo, o salmista tinha a necessidade de ser lavado no seu interior.

O rei Davi tinha a consciência de que todos os pecados eram contra a vontade de Deus e por isso rogava que Deus que o limpasse da sua iniquidade, porque só Deus pode perdoar os pecados e limpar a alma. “Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. (...) Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais alvo do que a neve.(...)Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.” Sl 51:2,7,9

Deus é totalmente Santo e Justo e sabendo da nossa natureza pecaminosa entregou o seu Filho Amado, Jesus Cristo para que Ele pagasse o preço dos nossos pecados. Com o sacrifício de Jesus temos a justificação que necessitamos e somos portanto declarados justos perante Deus. "sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;" Rm 3:24-25.

Quando aceitamos que Jesus Cristo pagou o preço dos nossos pecados e O aceitamos como Senhor e Salvador o Espírito Santo vivifica a nossa alma e passa a fazer morada em nós. O Espírito Santo então faz uma obra em nós de regeneração, eliminando os pecados que existiam na nossa vida. "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo o lavar regenerador e renovador do Espírito santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador." Tt 3:5-6

Como apenas sofrem essa transformação, causada pelo Espírito Santo, aqueles que creem no seu Nome, o nosso Senhor Jesus diz-nos por isso, que Ele é a fonte das águas vivas como vemos a seguir: “Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” Jo 4:13-14.

Crer em Jesus é a nossa única forma de alcançar a vida eterna e por isso o nosso Mestre convida a todos os que estão sedentos de uma nova vida com Deus a virem até Ele como vemos a seguir: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” Jo 7: 37-38

Para além disso o nosso Senhor Jesus é o único que pode limpar diariamente o nosso interior do pecado, dos maus pensamentos e dar-nos a paz e a alegria que tanto necessitamos. Sem Jesus somos como a terra seca necessitada de chuva para que as suas sementes cresçam e deem frutos.

Com isso, podemos dizer que necessitamos de Jesus Cristo mais do que água que usamos para saciar a nossa sede e para a nossa higiene. Porque Ele limpa nosso coração, rega a nossa alma com paz e alegria e nos capacita a dar frutos com o seu Santo Espírito. Sem Jesus não temos esperança da vida eterna nem forma de obter o perdão dos nossos pecados.

terça-feira, 24 de julho de 2018

A família de Deus

Ao longo do tempo que Jesus Cristo esteve a ministrar às pessoas em Israel sempre mostrou que a relação que tinha com o Pai Celeste era uma relação do tipo Pai e Filho. O nosso Senhor Jesus também nos ensinou a aproximar-nos de Deus tendo em consideração que Ele é o nosso Pai Celeste. O facto de Deus ser o nosso Pai Celeste e não apenas o nosso Deus e Criador modifica a forma como devemos nos relacionar com Ele.

A relação entre pai e filho é uma relação de amor e respeito e tudo o que se faz tem como objetivo fortalecer a relação de amizade. Por isso o nosso Mestre ensina-nos a dirigir-nos em oração a Deus como Pai Celeste. Vemos isso no versículo seguinte: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás no céus, santificado seja o teu nome;” Mt 6:9 Esta é uma forma de reconhecer que sabemos que Deus nos ama e que nos dará o que precisamos não porque nos deve alguma coisa mas porque nos ama.

Quando nos aproximamos de Deus temos de considerar também, que Ele tem outros filhos, a quem ama igualmente; e logo, uma forma que agradar a Deus é tratando bem aqueles a quem ama. Ao amarmos e honrarmos ao Senhor Jesus estamos a agradar ao Pai. Da mesma forma se amarmos aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo também fazemos feliz o coração do Pai.

A semelhança dos relacionamentos humanos, no nosso relacionamento com o nosso Pai Celeste e com o seu Filho, não podemos apenas buscar a satisfação dos nossos interesses mas sim os interesses dos Pai e da Família de Deus “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Fp 2:4

Quando Jesus se deu na Cruz do Calvário por nós e depois ressuscitou ao terceiro dia, Ele passou a ser o Filho Primogénito do Pai e nós filhos de Deus por adoção. O apóstolo Paulo fala-nos sobre o plano de Deus de nos tornar semelhantes a Jesus Cristo, o primogénito de toda a igreja: “Porquanto os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos.” Rm 8:29.

Jesus, é a cabeça da Igreja, o primogénito da família de Deus e o nosso modelo de ação. Por isso da mesma forma como Jesus não pensou apenas em si quando se entregou na Cruz do Calvário, não devemos pensar apenas nos nossos interesses, mas também nas necessidade do Corpo de Cristo. O Espírito Santo diz-nos isso no versículo a seguir: “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.” Rm 15:2-3

Portanto, quando pensamos também nas necessidades do corpo de Cristo estamos também a contribuir para que a vontade de Deus se cumpra na vida das pessoas à nossa volta. Então expressamos de forma prática o que dizemos na oração do Pai nosso: “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mt 6:10.

O Pai Celeste planeou que o nome de Jesus Cristo fosse o nome acima de todo nome e que toda a língua confessasse que Jesus é Senhor. Contudo, o Pai Celeste não planeou que a nossa relação com Jesus fosse apenas servo/Senhor mas uma relação de amizade e amor. Por outras palavras, como nos diz o versículo a seguir, Deus chama-nos para uma comunhão com o seu Filho e também com Ele: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” 1 Co 1:9

O objetivo do Pai Celeste é através da chamada à salvação de todas as pessoas, formar uma família onde Jesus é o Senhor e o Primogénito e as pessoas salvas, filhos por adoção. Como família de Deus todas as relações devem ser permeadas de amor e as ações tornarem-se a expressão do amor.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Aproximar-se de Deus

A Bíblia ensina-nos que o homem tem uma natureza pecaminosa e que Deus tem uma natureza oposta a do homem: Deus é Santo, é Amor. Por isso que separa o homem de Deus é o pecado. Deus, sabendo da impossibilidade do homem conseguir aproximar-se Dele providenciou uma solução que foi enviada através da pessoa do Senhor Jesus. Através de Cristo, Deus limpou os nossos pecados e declarou-nos aceitáveis a sua presença.

Portanto, todo homem pode hoje ter acesso a Deus, bastando aceitar que Jesus Cristo morreu pelos seus pecados e que seu sangue justifica-o perante Deus. “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. (…) Mas Deus prova o seu próprio amor para connosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos por ele da ira.” Rm 5:6,8.

Depois de o homem estar debaixo da nova aliança efetuada através do sangue de Jesus ele tem ainda liberdade diária de escolher andar no Espírito fazendo o que agrada a Deus e andar na carne, vivendo para satisfazer as vontades da carne e do mundo. Como nos diz os versículos seguintes o cristão quando vive fazendo a vontade da carne não agrada a Deus. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas do Espírito, para a vida e paz. (…) Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Rm 8:5-6,8.

Isso provoca um afastamento de Deus, que não é espacial, mas sim um afastamento mental, relativo as ideias e objetivos do coração de Deus. A semelhança do que acontecia com o povo de Israel os cristãos, neste caso passam a estar separados de Deus nos seus corações: “As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59:2. O pecado que existe na vida desses cristãos passa a ser um obstáculo para uma boa comunhão com Deus.

Esse obstáculo é quebrado quando o cristão reconhece o seu pecado, arrepende-se e pede perdão a Deus. Como nos ensina o apóstolo João, Deus não rejeita o cristão que se arrepende porque Deus é fiel no seu amor por nós; e por ser misericordioso perdoa-nos. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” 1 Jo 1:9.

Como é o nosso coração quem determina as nossas ações é necessário que o cristão passe a ter uma nova visão sobre o pecado que antes cometia e que esta visão esteja de acordo com a Palavra de Deus. Caso o cristão não tenha uma visão renovada é provável que volte a fazer o mesmo, porque é do coração que procedem as más ações: “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias.” Mt 15:19.

Para podermos ter uma relação cada vez mais próxima de Deus temos de, ir transformando a nossa mente de acordo com a Palavra de Deus. “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12:2. Essa transformação  vai ajudar a vermos a vida e as pessoas a nossa volta da mesma forma como Deus vê e a contribuir na defesa dos interesses de Deus na terra.

Conseguirmos manter o nosso coração puro diariamente é por isso o nosso maior dever, como nos alerta o Espírito Santo no versículo seguinte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4:23. Para isso podemos contar com a ajuda o Espírito Santo e devemos focar-nos em tudo o que é bom agradável para Deus.

Obediência

A obediência é o ato diário mais importante na relação do homem com Deus. É através dela que o homem mostra o quanto ama a Deus e dá importância as leis divinas. Os patriarcas da fé ensinaram-nos que para agradar a Deus é necessário obediência as ordens de Deus de forma incondicional. O Filho Unigenito de Deus, Jesus Cristo mostrou-nos com a sua obediência à Deus, até a morte de cruz, como devemos nos comportar como filhos por adopção do Pai Celeste. Outros exemplos na Bíblia mostram-nos a importância da obediência na expressão do amor a Deus.

Várias pessoas ao longo do Antigo e do Novo Testamento mostraram com a sua obediência o grau de fé que tinham em Deus. Começando com os patriarcas da fé, vemos que Abraão por exemplo obedeceu a Deus saindo da casa da sua parentela porque teve fé em Deus e iniciou a viajem rumo a uma terra que não conhecia, como nos diz o versículo seguinte: "Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia." Hb 11:8 

A fé de Abraão em Deus era tal que ele não hesitou em obedecer a Deus e em sacrificar o seu filho Isaque, mesmo tendo conhecimento de que era a partir dele que a promessa de Deus seria cumprida. “Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho e o deitou no altar, em cima da lenha. Gn 22:9

Foi por causa de obediência de Abraão que Deus confirmou-lhe o cumprimentos da sua promessa de fazer a partir dele uma grande nação como vemos no versículo seguinte: "e disse: Jurei por mim mesmo diz o Senhor, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste a minha voz.” Gn 22:16-18.

Por isso o apóstolo Tiago diz-nos que Abraão mostrou a sua fé através da sua obediência ou seja, através de obras concretas. “Não foi por obras que Abraão, o nosso pai foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a sua fé se consumou,” Tg 2:21-22.

Se olharmos para a vida dos patriarcas da fé vemos que todos mostraram a sua fé em Deus através da obediência as ordens de Deus: Noé teve fé em Deus e por isso obedeceu e construiu ao longo de vários anos uma grande arca. Da mesma forma José mostrou a sua fé temendo o nome do Senhor e evitando adulterar com a mulher de Potífar. Moisés teve fé em Deus e obedeceu a sua ordem de ir ter com faraó para ordenar que ele libertasse o povo de Israel, apesar de não se sentir capaz de o fazer, e de ser gago.

A obediência é portanto, a única forma do homem mostrar que tem fé em Deus e também de expressar o seu amor. Se não houver obediência a vontade de Deus através de obras concretas de acordo com a Palavra da Deus a fé está morta e o cristão precisa de verificar a sua vida com Deus e pedir que Deus o ajude através do seu Espírito Santo. “Queres ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem obras é inoperante? Tg 2:20

O coração de Deus agradada-se apenas da nossa obediência, e quando tentamos compensar a falta de obediência com sacrifícios enganamos-nos a nós mesmo porque Deus prefere a obediência à sua Palavra a qualquer sacrifício que façamos. Apenas a obediência honra a Deus de maneira absoluta e coloca-O no centro da nossa vida.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

A Escrituras

A Igreja foi um organismo planeado por Deus desde da fundação do mundo. Para formar a Igreja Deus escolheu um homem chamado Abraão através do qual iria formar uma grande nação de pessoas de todos os povos línguas e nações. Isto era possível porque através da descendência de Abraão sairia o salvador da humanidade que iria formar com o seu sangue, uma só nação através de povos de todas as raças, língua e continentes.

A descendência de Abraão multiplicou-se muito e como Deus avisara a Abraão, eles tornaram-se escravos durante 400 anos na terra do Egito. Este povo constituiu a nação de Israel e foram ensinados por Deus a andar nos bons caminhos e a viver de forma distinta dos povos das nações pagãs aos redor. Então Deus para transmitir a sua vontade utilizou a Moisés para escrever tudo o que era necessário para que esta nação pudesse saber quem é Deus e o que deveriam fazer para agrada-Lo.

Nos versículos seguintes vemos que Deus ordenava a Moisés que escrevesse fatos importantes sobre a vida de Israel e também ditava-lhe as leis de conduta para o povo. “Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras, porque segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel.” Ex 34: 27. “Disse o Senhor a Moisés: (…)Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; (...)Não aborrecerás a teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado. Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” Lv 19:1,2,17-18.

Para além de ter deixado por escrito a descrição sobre a origem da terra e do homem, a história dos patriarcas da fé, Moisés descreveu todos os eventos importantes da saída da terra prometida; o percurso do povo de Israel em direção a terra prometida, juntamente com as rebeliões do povo e os discursos que fez sob a direção de Deus. Assim, Moisés escreveu Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

Para além de Moisés outras pessoas foram utilizadas para escrever os vários livros que compõem as Sagradas Escrituras, Josué, Samuel, Jeremias, Ezequiel, Daniel entre outros. Em alguns destes livros vemos o relato da conquista da terra de Canaã, o comportamentos o povo nas gerações seguintes, a opressão dos povos vizinhos sobre Israel. Para além disso, relatam-nos o surgimento dos primeiros reis e a vida daqueles que ocuparam o trono em Israel.

O relato sobre acontecimentos importante da vida do povo de Israel e da vida de algumas pessoas em particular são de grande importância para o nosso ensino. Por isso o apóstolo Paulo diz-nos sobre as Escrituras: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que pela paciência e pela consolação das Escrituras tenhamos esperança.” Rm 15:4

Com os relato da vida de grandes personagens Bíblicas como Abraão, Jó, Moisés, Saúl, Davi, aprendemos que a recompensa de Deus para a nossa fidelidade e obediência; e o bom fim que esperam aqueles que seguem a Deus com todas as suas forças, independentemente das circunstâncias.  Aprendemos também com  os episódios negativos de muitas personagens bíblicas. Por exemplo, aprendemos com a desobediência de Saúl e com a resposta de Deus aos seus atos.

Podemos ver isso nos versículos a seguir: “Então, disse Samuel a Saul: espera e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. Respondeu-lhe Saul: Fala. (...)Prosseguiu Samuel: porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça das tribos de Israel, e não te ungiu o Senhor rei sobre ele? (...)Porém Samuel disse: tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto a que se obedeça a sua palavras? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” 1 Sm 15:16,19, 22

Com os evangelhos aprendemos a confiar no poder salvador do Senhor Jesus e a compreender tudo o que Ele sofreu por amor de nós. Aprendemos também como amar a Jesus Cristo e a sermos seus discípulo como nos indica os versículos seguintes: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. (…) O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” Jo 15:10, 12.

Com as epístolas Paulinas e do apóstolo Pedro aprendemos a ter esperança em Cristo Jesus: na sua volta para buscar a Igreja e na vida com Ele no céu. Temos também aos longo do Novo Testamento consolo nos momentos de dificuldade e direção para enfrentarmos os desafios do dia a dia. Tudo o que precisamos de saber sobre Deus Pai e sobre Jesus Cristo encontram-se nas Sagradas Escrituras por isso elas são o nosso grande tesouro em todas as etapas da nossa vida.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Quem será exaltado

Desde cedo, o homem aprende a gostar de ser exaltado. Em criança, aprende gostar de ser acarinhado por todos. Depois de começar a ir a escola aprende a gostar de ser o melhor da turma, a ser elogiado pelas suas capacidades mentais e físicas. Quando o homem começa a relacionar-se com Deus verifica que a exaltação de Deus é diferente daquela que as pessoas fazem: Deus exalta aqueles se se humilham perante Ele e o homem exalta aqueles que têm comportamentos notáveis.

Sendo assim, o homem não pode esperar que Deus o exalte, pelas suas qualidades morais e por causa daquilo que fez, mas sim pela sua humildade. Jesus descreveu numa parábola um certo homem que esperava que Deus o exaltasse por tudo o que ele fazia: ele jejuava duas vezes por semana, dava o dízimo de tudo o que possuía e não tinha comportamentos condenáveis pela sociedade. Por exemplo, ele não roubava, não adulterava e não ganhava o seu dinheiro de forma ilícita como os publicanos.

Contudo, o coração deste homem estava cheio de soberba e não reconhecia que também era pecador e que precisava do perdão e da misericórdia de Deus. Por achar-se perfeito ele já nem orava a Deus mas falava consigo próprio. Vemos isso a seguir: “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou dízimo de tudo quanto ganho.” Lc 18:11-12.

A soberba do fariseu afastava-o de Deus e por isso não foi ouvido na sua oração. Deus prefere um pecador que se humilha e que pede o Seu auxílio do que um homem que se acha perfeito, e que não precisa do favor de Deus. O nosso Mestre fala-nos disso na mesma parábola, dizendo-nos que um homem de má fama, um publicano, por se humilhar perante Deus, reconhecendo que era pecador e pedindo a ajuda de Deus, teve os seus pecados perdoados enquanto que o fariseu não.

Nos seguintes versículos podemos ver isso: “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para a sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” Lc 18:13-18.

A Bíblia mostra que a nossa relação com Deus deve ser alimentada com humildade e que quando nos chegamos a sua presença para orar não podemos estar cheios de soberba. Precisamos de reconhecer que somos pecadores e que nada somos sem Deus. A Bíblia descreve a história de homens que humilharam-se perante Deus e que foram ajudados.

Por exemplo, na história dos reis de Israel houve um rei chamado Manassés que praticou o que era mau para Deus: adorou ídolos, construiu altares para os baalis, colocou ídolos no santuário de Deus em Jerusalém e sacrificou os próprios filhos para deuses. Ele foi um rei que fez tudo o que Deus condenava.

Podemos ver nos versículos seguintes as abominações que Manassés praticava: “Fez o que era mau perante o Senhor, segundo as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia derribado, levantou altares aos baalins, e fez postes-ídolos, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e o serviu. Edificou altares na Casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém, porei o meu nome para sempre.” 2Cr 33:2-4.

Quando Manassés foi castigado por Deus sendo levado preso para a Babilónia pelos príncipes da Assíria, ele humilhou-se muito perante Deus e suplicou o favor de Deus, Deus tornou-se favorável a ele e libertou-o da prisão em que se encontrava. Vemos isso a seguir: “Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; e fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então reconheceu Manassés que o Senhor era Deus.” 2 Cr 33:12-13.

Para além da história de Manassés, podemos ver muitas mais pessoas que se humilharam perante Deus e foram ajudadas. Por isso, conhecendo a Deus e sabendo o que devemos fazer para sermos aceites por Deus o apóstolo Pedro aconselha-nos: “Rogo igualmente aos jovens sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns para com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte,” 1Pe 5:5-6.

Por isso, devemos seguir o conselho do apóstolo Pedro e sermos humildes nos nossos relacionamentos e humilhar-nos sobre a potente mão de Deus. A Bíblia mostra-nos que Deus não se agrada da soberba mas sim da humildade e se seguirmos a sua vontade, Ele a seu tempo nos exaltará.