terça-feira, 24 de julho de 2018

A família de Deus

Ao longo do tempo que Jesus Cristo esteve a ministrar às pessoas em Israel sempre mostrou que a relação que tinha com o Pai Celeste era uma relação do tipo Pai e Filho. O nosso Senhor Jesus também nos ensinou a aproximar-nos de Deus tendo em consideração que Ele é o nosso Pai Celeste. O facto de Deus ser o nosso Pai Celeste e não apenas o nosso Deus e Criador modifica a forma como devemos nos relacionar com Ele.

A relação entre pai e filho é uma relação de amor e respeito e tudo o que se faz tem como objetivo fortalecer a relação de amizade. Por isso o nosso Mestre ensina-nos a dirigir-nos em oração a Deus como Pai Celeste. Vemos isso no versículo seguinte: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás no céus, santificado seja o teu nome;” Mt 6:9 Esta é uma forma de reconhecer que sabemos que Deus nos ama e que nos dará o que precisamos não porque nos deve alguma coisa mas porque nos ama.

Quando nos aproximamos de Deus temos de considerar também, que Ele tem outros filhos, a quem ama igualmente; e logo, uma forma que agradar a Deus é tratando bem aqueles a quem ama. Ao amarmos e honrarmos ao Senhor Jesus estamos a agradar ao Pai. Da mesma forma se amarmos aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo também fazemos feliz o coração do Pai.

A semelhança dos relacionamentos humanos, no nosso relacionamento com o nosso Pai Celeste e com o seu Filho, não podemos apenas buscar a satisfação dos nossos interesses mas sim os interesses dos Pai e da Família de Deus “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Fp 2:4

Quando Jesus se deu na Cruz do Calvário por nós e depois ressuscitou ao terceiro dia, Ele passou a ser o Filho Primogénito do Pai e nós filhos de Deus por adoção. O apóstolo Paulo fala-nos sobre o plano de Deus de nos tornar semelhantes a Jesus Cristo, o primogénito de toda a igreja: “Porquanto os que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogénito entre muitos irmãos.” Rm 8:29.

Jesus, é a cabeça da Igreja, o primogénito da família de Deus e o nosso modelo de ação. Por isso da mesma forma como Jesus não pensou apenas em si quando se entregou na Cruz do Calvário, não devemos pensar apenas nos nossos interesses, mas também nas necessidade do Corpo de Cristo. O Espírito Santo diz-nos isso no versículo a seguir: “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.” Rm 15:2-3

Portanto, quando pensamos também nas necessidades do corpo de Cristo estamos também a contribuir para que a vontade de Deus se cumpra na vida das pessoas à nossa volta. Então expressamos de forma prática o que dizemos na oração do Pai nosso: “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” Mt 6:10.

O Pai Celeste planeou que o nome de Jesus Cristo fosse o nome acima de todo nome e que toda a língua confessasse que Jesus é Senhor. Contudo, o Pai Celeste não planeou que a nossa relação com Jesus fosse apenas servo/Senhor mas uma relação de amizade e amor. Por outras palavras, como nos diz o versículo a seguir, Deus chama-nos para uma comunhão com o seu Filho e também com Ele: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” 1 Co 1:9

O objetivo do Pai Celeste é através da chamada à salvação de todas as pessoas, formar uma família onde Jesus é o Senhor e o Primogénito e as pessoas salvas, filhos por adoção. Como família de Deus todas as relações devem ser permeadas de amor e as ações tornarem-se a expressão do amor.

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