O
movimento da Reforma começou quando um monge, de nome Martinho
Lutero descobriu que o homem para alcançar a vida eterna e para se
apresentar a Deus como justo, apenas precisava de ter fé em Jesus
Cristo. Esta verdade transformou a vida deste monge, e incentivou-o a
contestar a forma como era comprada a salvação na época, através
das indulgências.
O
apóstolo Paulo explica ao longo das suas cartas aos Romanos, Gálatas
e Efésios que a salvação oferecida por Deus, pela sua Graça,
podia ser alcançada, por qualquer homem, apenas pela fé. Num dos
versículos das mesmas cartas, como vemos a seguir, vemos que o
Evangelho, possui o poder de salvar a qualquer homem, tanto os judeus
como os gentios.
É
no evangelho que é revelado a forma como Deus justificou os pecados
dos homens através do sacrifício de Jesus Cristo. Para tomarmos
posse dessa justificação apenas precisamos de crer no Evangelho.
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também
do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé
em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” Rm 1:16-17.
A
vida eterna só é alcançada pela fé no Senhor Jesus e no seu
sacrifício por nós. A justificação que Deus nos concede é
gratuita, não precisamos de comprar, como defendiam na época de
Martinho Lutero. Qualquer homem, de qualquer lugar do mundo, sendo
pobre ou rico, pode ter os seus pecados justificados pelo sangue de
Jesus. Deus, nos ama de tal forma que escolheu o seu próprio Filho
para pagar o preço dos nossos pecados.
No
versículo a seguir, vemos o que o apóstolo Paulo diz sobre isso ainda na carta
aos romanos: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs,
no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a
sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos;” Rm 3:24-25.
O
homem sendo intrinsecamente pecador não merecia o favor de Deus, mas
Deus é Amor e Ele nos ama apesar de nós não merecermos. Deus,
manifestou a sua Graça, e deu-nos uma forma de termos acesso ao
perdão dos nossos pecados e a salvação. Nada que o homem pudesse
fazer iria apagar os seus pecados e torna-lo justo perante Deus. As
boas obras não podem salvar o homem, apesar de se serem uma forma de
louvor a Deus e de amar ao próximo.
O
apóstolo Paulo sublinha este este facto na sua epístola aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.”
Ef 2:8-9. É importante todos os cristãos lembrarem-se disso para
não se gloriarem das boas obras que fazem e para não julgarem que
são merecedores da salvação que receberam.
Não
há nenhum homem que merecesse a salvação e estar eternamente com
Deus. É Deus pela sua Graça quem nos concede essa grande bênção.
Por isso, devemos ser humildes, perante Deus e perante os homens,
porque não somos melhores do que aqueles que não foram alcançados
pela salvação. Para além disso, aquilo que os cristãos fazem de
bom apenas o fazem pela Graça de Deus que nos capacita com o seu
Espírito Santo.
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