quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A dissolução

A dissolução nos relacionamentos é definida como o rompimento de uma ligação que existiam entre uma ou mais pessoas. Esse ato traduz uma quebra da relação de harmonia ou amizade e consequentemente a separação de pessoas. A dissolução é algo condenado por Jesus Cristo e um resultado da carnalidade nas pessoas cristãs.

A dissolução é um ato que tem origem em pensamentos no coração do homem. O nosso Senhor Jesus ensina-nos que é do coração do homem que nascem atitudes más, como vemos no versículo a seguir: “Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura.” Mc 7:21-22.

A dissolução muitas vezes é acompanhada de atitudes que demonstram hostilidade, como o sobrolho franzido, uma cara irada ou como nos diz a Bíblia o ato de endurecer a cerviz. A cerviz é a parte posterior do pescoço ou nuca; e o endurecimento da cerviz demonstra orgulho, soberba e independência. Quando endurecemos a cerviz não somos capazes de ser humildes, de dar ouvidos aos outros, nem de mostrar que precisamos dos outros.

O endurecimento da cerviz é uma atitude que traz a ruína como nos diz o versículo seguinte do livro de Provérbios: “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura.” Pv 29:1 Quando temos essa atitude para com Deus é muito negativo, porque deixamos de ouvir as recomendações de Deus para a nossa vida e teimamos naquilo que é mau para nós.

Quando temos essa atitude para com as pessoas a nossa volta, demonstramos falta de mansidão. Essa característica, a mansidão, é muito importante nos cristãos porque reflete o carácter do Senhor Jesus. Em Mateus vemos que Jesus Cristo se define como manso e humilde de coração e que o nosso Mestre deseja que aprendamos isso com Ele. Podemos ver as palavras de Jesus no versículo seguinte: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” Mt 11.29.

A mansidão é a característica daquele que é brando, pacífico, moderado e de temperamento fácil. Quando um cristão é irancudo, ou seja, irrita-se facilmente, e é hostil com as pessoas a volta, está a deixar de lado a mansidão que Jesus deseja que tenhamos. A má cara para com as pessoas a volta é uma atitude que tem como objetivo afastar as pessoas de nós e impedir que se relacionem connosco.

Deus Pai, deseja que sejamos obedientes ao mandamento que o Senhor Jesus nos deixou e que nos amemos uns aos outros da mesma forma que Jesus nos amou. Como podermos amar os outros que somos hostis e demonstramos não querermos nada com o nosso próximo? No evangelho segundo João vemos o mandamento de Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Jo 13:34.

Para além de desejar que todos os discípulos do Senhor Jesus sejam mansos, o Espírito Santo recomenda através de Paulo que os bispos das igrejas, não sejam pessoas que se irritam facilmente ou irancudas; nem que sejam pessoas que demonstrem ira, e hostilidade no seu rosto. Podemos ver isso no versículo a seguir: “Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem irancudo,nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado a hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,” Tt 1:7-8.

No dia a dia, muitas situações fazem com tenhamos vontade de fazer uma cara de ira, e de nos afastar dos outros ou por outras palavras muitas coisas tentam nos levar a ira.  Mas devemos deixar de lado a voz da nossa carne, e ser brandos e pacíficos. Devemos proceder assim, mesmo que estejamos em situações hostis, e que contrariem a nossa vontade. Isto porque o nosso Mestre deseja que deixemos de lado esses nossos impulsos carnais para seguirmos a sua mansidão e humildade.

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